quarta-feira, 22 de novembro de 2017

RESPOSTA AO SR. JULIO CEZAR FERRO

Com todo o respeito ao qual lhe falta para com a Kambina, falo não somente por ela, mas pela minha família, e pelo meu Olupilese, como um sacerdote desta tradição, e um descendente religioso do Baba Waldemar de Xangô.

Não receba esta mensagem como um ataque, mas apenas como um convite a vossa reflexão, no sentido que pare de achincalhar a kambina, demonstrando toda sua intolerância religiosa, e sua personalidade arrogante.

Sr. Júlio, este seu comportamento não constrói nada.

Respeitamos as opiniões das pessoas, mas não podemos nos calar diante de calúnias e fortes acusações infundadas, depreciando a nossa tradição e nossos ancestrais.

Parece que lhe falta, Sr. Júlio, conceito de nação. Neste  sentido sugiro-lhe a leitura deste texto: Nações religiosas afro-brasileiras não são Nações Políticas Africanas.

Nenhuma nação religiosa afro-brasileira, de qualquer Estado, de qualquer segmento, nem a minha, nem a sua, é de fato, ou representa verdadeiramente, alguma nação política africana.

O ketu do candomblé é o ketu do candomblé, não da África. O oyo do batuque, é oyo do batuque, não da África.

Os nomes similares às nações africanas apenas registram as diversidades afro-brasileiras de cada segmento, que aqui foram formadas, com várias influências étnicas.

O conceito de príncipes e princesas iorubas são diferentes do nosso. Nenhuma religião afro-brasileira foi formada por membros de famílias reais africanas, ainda que carreguem estes títulos.

Lamento que o senhor venha recebendo criticas e ataques, por que ninguém merece isso, mas talvez sejam reflexo da sua perseguição e discriminação contra a Kambina.

Peço que repense seus atos e mude a sua forma de agir, por que na sua idade, a sabedoria deveria prevalecer, evitando comportamentos levianos e inverdades, que jamais lhe trarão frutos, apenas desgostos.



Baba Erick Wolff de Oxalá

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