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segunda-feira, 29 de maio de 2023

O CONCEITO FILOSÓFICO DA BALANÇA DO BATUQUE DO RS.

Por Erick Wolff de Oxalá
Em 29/05/2023


Respeitando o direito de cada um e a liberdade de culto, este ensaio tem por finalidade trazer reflexões sobre os conceitos da Balança do Batuque do RS, nos templo Ilê Axé Nagô Kóbi, tradição do Batuque do Rio Grande do Sul.

O Kasun ou conhecida como Balança para Xangô é um ritual que procede sempre houver toque decorrente de cortar um quatro pés no templo. 

A Balança será formada por indivíduos que já tenham obrigações de quatro pés. 

Quando confirmada segue o Batuque e os orixás chegam dançam e a comunidade segue feliz até o final do Batuque.

Alguns sacerdotes entendem que a balança é um termômetro, que qualifica o estado da obrigação, pois é um momento que provoca a manifestação das divindades, desta forma é possível observar como as divindades manifestam, para que possam tomar providencias para amenizar ou seguir alguma orientação daquela obrigação. 

Já outros sacerdotes entendem que seja um julgamento de toda a obrigação, falha ou necessidade de fazer algo para aquela obrigação. 

É comum ouvir comentários onde termina a responsabilidade do sacerdote e onde começa a do tamboreiro, em qual seria função de cada um, onde alguns sacerdotes entendem que cabe a eles o dever de cuidar dos procedimentos caso a balança se rompa, diferente de outros sacerdotes que entendem que quem assume o ritual é o tamboreiro. 

terça-feira, 30 de agosto de 2022

CAXIAS: O CENTRO DOS CELEBRES BATUQUES, WALDEMAR DOS SANTOS

Postado pelo Jornal Caxias

Em 4/6/1931, acessado em 30/08/2022 às 7:00hrs



Transcrevemos estes artigo que relata a perseguição e intolerância da policia e da população contra o Batuque, não ficou claro sobre a origem do babalorixá ao qual foi preso, mas se refere a um Waldemar dos Santos do Xangô, talvez seja o pai Waldemar.

 

"Caxias, como os grandes centros, conta também, no tocante á seitas, com adeptos de "Xangô", espécie de "Deus" no cérebro dos crentes da celeberrina "religião" de fazer "bem ao próximo", nossos irmãos em Christo.

A existência desses antros denominados "batuques", onde, á luz da liberdade profissional se praticam toda a sorte de mandingas, não é um caso isolado na vida de Caxias.

A pratica da magia "negra" na qual são usados o mais exóticos apetrechos, como "tambores", "xicaras", "panelas", "xabumbas", etc. é exercida em nossa cidade em vários recantos, não sendo, portanto, estranho o facto que vamos narrar ocorrido domingo ultimo. 

Oxalá a nossa policia, que teve conhecimento, nesta cidade, de um templo de Xangô, extermine, de uma vez para todas, com essa "religião", trancafiando na cadeia os "santos", inclusive o próprio "Xangô".

Na semana finda, a convite do sr. João Lucena Junior ativo subintendente e subdelegado de policia, fomos ao prédio n 1543, da rua Pinheiro Machado a fim de apreciar um dos celebres "batuques'.

E um chalet de madeira, entramos. Fomos em seguida ao 2 andar. A um canto vimos um altar com imagens, algumas flores, copos com água e galhos de arruda e ou plantas. Xicaras, pratos, gamelas, etc. Em uma massa de cor estão pregadas penas brancas de ave. Todos esses objetos misturados com outras missangas, davam um aspecto de pavor! Velas acesas em redor das imagens.

A um lado uma taboa pintada de preto com 4 cruz nos cantos, além de outros signaes pertencentes a seita. 

No outro quarto, havia uma cama onde dormia o batuqueiro. Ao lado uma mala de viagem com o letreiro Waldemar Bragatti. Dentro havia roupas de uso e embrulhos com marmelada sobre a parede pendurados viam-se galhos de plantas medicinais. Aquilo tudo dava um aspecto de verdadeiro "caça níquel".

Num quarto no andar térreo, estava um doente que nos disse ser condutor de auto em Porto Alegre, que se achava em tratamento médico com o homem dos "batuques".

Este é um senhor Waldemar dos Santos, gordo, presto, bem conversado e que devido a energia ação da policia foi metido no Xadrez para acabar com as suas feitiçarias. 

Os vizinhos do prédio onde estava instalado o "batuque" ficaram satisfeitos por ter terminado o enorme barulho que ali faziam.

Felizmente que a nossa ativa e enérgica policia fez o homem ir barra a fora, visto aqui ninguém precisa dos seus "serviços"."  

Fonte - http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=882216&pesq=batuque&pasta=ano%20193&hf=memoria.bn.br&pagfis=986

quarta-feira, 24 de agosto de 2022

O XANGÔ DO PAI WALDEMAR

Extrato da live: Programa Especial Biografias do Batuque
Posta em 21/08/2022 acessado em 23/08/2022 às 20:00hrs



Este extrato da live do Pai Fabiano de Oxalá e do professor Denis de Odé,  registra a informação sobre o Xangô do  pai Waldemar.



Live completa disponível na página do Kizomba: https://www.facebook.com/grandeaxebrasil/videos/411079541007230












segunda-feira, 15 de agosto de 2022

IEMOJA SE COMUNICA COM O ALAAFIN QUE FALECEU

Postado por Àsà Òrìsà Aláàfin Òyó Èsìn Òrìsà Ìbílè

Em 14/08/2022 acessado em 15/08/2022 às 7:33


Yemoja chega ao palácio do Alaafin abençoando a cidade.

Yemoja é recebida por Baba Keji, a pessoa mais velha dentro do palácio.

Ele serviu 4 reis e ainda vive dentro de casa esperando o próximo Alaafin.

Festival Mundial de Sango

Assista o vídeo:

(Iemoja joga Obi na frente do palácio para 
se comunicar com o Alaafin que faleceu)



Fonte - https://www.facebook.com/asaorisaalaafinoyo/videos/4892491407517751

sexta-feira, 8 de abril de 2022

DURANTE O FESTIVAL, SANGO DISTRIBUI BALAS PARA AS CRIANÇAS

Postado por Orisá Brasil

Em 26/08/2019, acessado em 08/04/2022 às 23:53


Este vídeo registra o momento importante do festival de Sango, em 2019, ele coloca sobre a cabeça o tabuleiro e começa a andar, depois ele volta para o mesmo ponto de partida e joga balinhas para as crianças. 





[...]

Òrìsà Sàngó em Òyó 24/08

Ali ainda no vilarejo de koso, Sango Koso se apresenta para a multidão. O Orisa caminhou cerca de 12 horas nas ruas de Oyo abençoando a todos.

O culto a Orisa continua também vivo e forte na áfrica! [...] 

 

Neste outro vídeo, mostra detalhes do momento.


Link - https://www.facebook.com/watch/?ref=search&v=686807508462169&external_log_id=b6a82ae9-70ad-4ae3-a06e-5768fc9180a0&q=festival%20de%20sango%20oyo 

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Sàngó

Ṣàngó ou Xango, é Òrìṣà, de origem Yorubá. Seu mito conta que foi Rei da cidade de Òyó.

Pierre Verger dá como resultado de suas pesquisas que: Shango ou Ṣàngó, como todos os outros imolè (Òrìṣà e ebora), pode ser descrito sob dois aspectos: histórico e divino.

Como personagem histórico, Ṣàngó teria sido o terceiro Aláàfìn Òyó, "Rei de Oyo", filho de Oranian e Torosi, a filha de Elempê, rei dos tapás, aquele que havia firmado uma aliança com Oranian.

Ṣàngó, no seu aspecto divino, permanece filho de Oranian, divinizado porém, tendo Yemanjá como mãe e três divindades como esposas: Oyá, Òsun e Obá.

Sango Òrìṣà dos raios, trovões, grandes cargas elétricas e do fogo. É viril e atrevido, violento e justiceiro; castiga os mentirosos, os ladrões e os malfeitores. Por esse motivo, a morte pelo raio é considerada infamante. Da mesma forma, uma casa atingida por um raio é uma casa marcada pela cólera de Ṣàngó.

A característica do Òrìṣà do trovão é dada para a divindade Ayrà na cidade de Savé na região Mahi, região situada no Benin, antigo Dahomé, para Oramfé na cidade de Ifé na região Ijexá e para Xangô na cidade de Òyó na região Yorubá, regiões situadas na Nigéria.

Sangò era o rei de Òyó, terra de seu pai; já sua mãe era da cidade de Empê, no território de Tapa. Por isso, ele não era considerado filho legítimo da cidade. A cada comentário maldoso, Ṣàngó cuspia fogo e soltava faíscas pelo nariz. Andava pelas ruas da cidade com seu osé, um machado com duas lâminas, que o tornava cada vez mais forte e astuto. Onde houvesse roubo, o rei era chamado e, com seu olhar certeiro, encontrava o ladrão onde quer que estivesse. Para continuar reinando, Ṣàngó defendia com bravura sua cidade; chegou até destronar o próprio irmão, Dada, de uma cidade vizinha para ampliar seu reino. Com o prestígio conquistado; Ṣàngó ergueu um palácio com cem colunas de bronze no alto da cidade de Kossô, para viver com suas três esposas: Oyá, amiga e guerreira; Òsun, coquete e faceira; e Obá, amorosa e prestativa. Para prosseguir com suas conquistas, Ṣàngó pediu ao babalaô de Òyó uma fórmula para aumentar seus poderes; este entregou-lhe uma caixinha de bronze, recomendando que só fosse aberta em caso de extrema necessidade de defesa. Ṣàngó contou a Oyá o ocorrido e ambos, não se contendo, abriram a caixa antes do tempo. Imediatamente começou a relampejar e trovejar; raios destruíram o palácio e a cidade, matando toda a população. Não suportando tanta tristeza, Ṣàngó afundou terra adentro, tornando-se um Òrìṣà.

Ṣàngó foi o quarto rei lendário de Òyó (Nigéria, África), tornado Òrìṣà de caráter violento e vingativo, cuja manifestação são os raios e os trovões. Filho de Oranian, teve várias esposas sendo as mais conhecidas: Oyá, Òsun e Obá. Ṣàngó é viril e justiceiro; castiga os mentirosos, os ladrões e os malfeitores.

Enquanto Òṣòssi é considerado o Rei da nação de ketu, Ṣàngó é considerado o rei de todo o povo yorubá. Òrìṣà do raio e do trovão, dono do fogo, foi um grande rei que unificou todo um povo. Foi ele quem criou o culto de Egungun, sendo ele um dos Òrìṣàs que exerce poder sobre os mortos. Ṣàngó é a roupa da morte, por este motivo não deve faltar nos Egbòs de Iku e Egun, o vermelho que lhe pertence. Ao se manifestar nos Candomblés, não deve faltar em sua vestimenta uma espécie de saieta, com cores variadas e fortes, que representam as vestes dos Eguns.


Ṣàngó

O Òrìṣà do fogo e do trovão, Senhor da Justiça, considerado um Òrìṣà vaidoso, que gosta de festas e comemorações. Sua sensualidade atrai as mulheres de modo geral, na Mitologia dos Òrìṣàs, Ṣàngó é casado com três mulheres: Oyá, Obá e Òsun.


Saudação: Kawó kabiyèsílé (Venham ver o Rei descer sobre a terra!)

Dia da Semana:
Terça-feira

Número:
06 e seus múltiplos

Cor:
Vermelho x Branco

Ilẹkẹ̀: 01 conta vermelha, 01 conta branca, 01 conta vermelha, 3x3 ou 6x6

Oferenda:
Amalá (Carne de carneiro com mostarda refogada, sobre pirão de farinha e água, colocados em gamela de madeira, decorado com uma maça e seis bananas)

Alguns Oriṣás que pesquisamos:

Dadá = Ajacá foi coroado terceiro Alafim de Oyó, recebendo o apelido de Dadá (branco com vermelho 1 vermelha x 3 branca)

Àfonjá = Àfonjá, o Bale (governante) da cidade de Ìlorin. Àfonjá era também Are-Ona-Kaka-n-fo, quer dizer líder do exército provincial do império. Àfonjá descendia, por parte de mãe, de uma das famílias reais de Òyó. ṣangò Afonjá é aquele que está sempre em disputa com Ògún. (branco com vermelho 6 vermelha x 6 branca)

Agodo
= dos mais antigos e mais velho (branco com vermelho 3 x 3)

Sogbò
= um Vodoun cultuado entre os povos nagô (branco com vermelho 6 vermelha x 6 branca)

Aganju
- ele representa tudo que é explosivo, que não tem controle, ele é a personificação dos vulcões. (branco com vermelho 1 x 1)

Baru
= ṣangò chega ao apogeu do império, cria o culto de Egungun, grande expansão, é o senhor absoluto dos raios e do fogo em todas as suas formas. Ele acaba por destruir a capital do Reino com os raios numa crise de cólera, e depois arrependido, se suicida, adentrando na terra da mesma forma que Ògún, daí o nome Obà Irù "Rei sepultado". (branco com vermelho 1 vermelha x 6 branca)

Jacutá
- É o senhor do edun-ará, a pedra de raio. (branco e vermelho 3 x 3)

Airá
– Para a maioria dos terreiros, esta divindade é um ṣangò cultuado diferente dos demais, pois sempre usando muito branco, alem de ser dividido em mais qualidades que também são relacionadas ao branco e a comida muito parecida com a de Oṣalá. (guia 6 branco e 3 vermelho)

Aganju
igbeje = muito jovem (branco, vermelho, amarelo e marrom)


Ferramentas: Balança, machado de duas lâminas, livro, pilão, gamela, búzios e moedas, brinquedos para Xangô Agandjú Ibedji

Ave:
Galo Branco

Quatro pé:
Carneiro branco

Sua ferramenta é o Oṣè
: machado de dois gumes. É tido como um Òrìṣà poderoso das religiões afro-brasileiras.

O - Agodó màá iyo, agodó màá iyo àtéwó ya Àgànjú màá yo àtéwó ya òdodo màá iyo
R - Agodó màá iyo, agodó màá iyo àtéwó ya Àgànjú màá yo àtéwó ya òdodo màá iyo

Lendas

Ṣàngó incendeia sua aldeia acidentalmente

Ṣàngó governava com rigor a cidade de Òyó e redondezas.
Era chamado de Jacutá, o Atirador de Pedra.
Ṣàngó era muito prestigiado em seu reino e em reinos vizinhos, mas desejava algo mais para instilar medo nos corações dos homens.
Para isso convocou os maiores feiticeiros de Oyó e lhes pediu que inventassem novas fórmulas para aumentar seu poder.
Ṣàngó não ficou satisfeito com o trabalho dos feiticeiros e pediu ajuda a Èṣù.
Èṣù aceitou a tarefa, pediu uma oferenda como sacrifício e ordenou que dentro de sete dias Oyá fosse buscar o preparado.

Quando chegou o dia combinado, lá foi Oyá à casa de Èṣù.
Lá chegando, ela saudou Èṣù e disse que a oferenda estava a caminho.
O preparado estava embrulhado numa folha. Oyá pegou o pacote e partiu.
No caminho, Oyá parou para descansar. Não contendo a crescente curiosidade, desembrulhou o pacote para ver o que tinha dentro. Não havia nada além de um pó vermelho e ela pôs um pouquinho na boca para experimentar. Não era bom nem ruim; tinha um gosto diferente. Oyá fechou novamente o pacote e prosseguiu. Chegou a Oyó e deu o remédio a Ṣàngó, que perguntou: “Que instruções Èṣù te deu? Como o remédio deve ser usado?” Quando ela começou a falar, saiu fogo de sua boca.
Ṣàngó entendeu que Oyá tinha provado o remédio.
Ficou irado e tentou bater em Oyá, mas ela fugiu de casa, com Ṣàngó a persegui-la.
Oyá foi para um lugar onde carneiros pastavam.
Escondeu-se entre os carneiros, pensando que Ṣàngó não a encontraria.

Mas a ira de Ṣàngó era grande. Ele arremessava suas pedras de raio em todas as direções. Arremessou-as entre os carneiros, matando-os. Oyá ficou escondida embaixo dos corpos dos carneiros mortos e assim Ṣàngó não pôde encontrá-la.
Ṣàngó voltou pra casa. Muitas pessoas de Oyó estavam reunidas lá e clamavam pedindo que Ṣàngó perdoasse Oyá. A raiva dele abrandou-se. Mandou seus empregados procurar Oyá e trazê-la para casa. Mas ele ainda não sabia como usar o preparado.
Quando anoiteceu, ele pegou o pacote de Èṣù e foi a um lugar bem alto, de onde podia ver toda a cidade. Colocou um pouco de pó vermelho na língua e, quando expirou o ar dos pulmões, uma enorme labareda jorrou de sua boca, depois outra e mais outra, sem parar.

As chamas se estenderam por sobre toda a cidade, lambendo a casa dos súditos e também as dependências do palácio real.
Um grande incêndio tomou conta de Oyó. Tudo foi consumido pelo fogo até as cinzas.
Oyó foi destruída e teve que ser reconstruída.
Depois que a cidade ressurgiu das cinzas, Ṣàngó continuou a governá-la.
Em tempos de guerra, ou quando as coisas o desagradam, Ṣàngó arremessa as pedras de raio.
E o fogo da boca de Ṣàngó queima seus desafetos.
Os carneiros que morreram protegendo Oyá das pedras de raio de Ṣàngó não foram esquecidos.
Os devotos de Oyá não comem mais carne de carneiro.

Ṣàngó
ganha o colar vermelho e branco
Ṣàngó foi um filho rebelde, saía pelo mundo fazendo o que queria.
Seu pai Obàtálá era informado de seus atos, recebendo muitas queixas pelas artes do filho.
Obàtálá justificava os atos de Ṣàngó, alegando que ele não havia sido criado perto dele.
Mas esperava o dia em que Ṣàngó a ele se submeteria.
Uma ocasião, Ṣàngó estava na casa de uma de suas mulheres.
Havia deixado o cavalo amarrado à porta da casa.
Obàtálá e Oduduwá passaram por lá e levaram o cavalo.
Ṣàngó percebeu o roubo e saiu em busca do animal.
Foi informado de que dois velhos que por ali passavam haviam levado o cavalo.
Ṣàngó saiu em seu encalço e na perseguição encontrou Obàtálá.
Quis enfrentar Obàtálá, que não se intimidou diante do rapaz, exigindo respeito e submissão.
Obàtálá ordenou: ”Kunlé! Foribalé!”.
“Ajoelhe-se! Prostra no chão aos meus pés!”
E Ṣàngó, desarmado, atirou-se ao solo.
Ṣàngó estava dominado por Obàtálá.
Ṣàngó já tinha consigo seu colar de contas vermelhas e então Obàtálá desfez o colar de Ṣàngó e alternou as contas encarnadas de Ṣàngó com as contas brancas de seu próprio colar.
Obàtálá entregou a Ṣàngó o novo colar vermelho e branco.;
Agora todos saberiam que aquele era seu filho.
Ṣàngó cai no fogo e brinca com as brasas
Dadá foi quem criou Ṣàngó.Dadá tinha pena de Ṣàngó porque seu pai, Obàtálá, tinha ordenado que o matassem.
Dadá fazia tudo o que Ṣàngó queria. Ela cuidava o tempo todo de Ṣàngó, dava-lhe todas as atenções e o advertia para que não brincasse com fogo, não brigasse com os outros, nem montasse cavalo, porque poderia acabar se machucando.
Mas Ṣàngó, muito teimoso, fazia o que queria.
Lutava e ganhava sempre, andava a cavalo e jamais caia.

Certa vez, Ṣàngó estava brincando na cozinha e caiu dentro do fogão.
Dada ficou muito assustado, mas Ṣàngó queria continuar brincando com as brasas, porque ele gostava de ver como elas brilhavam.
E elas não lhe causavam, nenhum dano.
Ṣàngó era um menino muito malcriado e, adulto, só fazia o que queria.
Ṣàngó não escutava conselho de ninguém.
Culpa de Dadá, que mimou demais.

Ṣàngó dá a obaluaye os cães de Ògún
Ṣàngó era um homem muito popular.
Um dia, na praça, um leproso de nome Obaluaiyê o procurou.
“Por que não falas comigo?”, perguntou o pestilento.
Ṣàngó respondeu-lhe que seu pai Obàtálá lhe havia dito que naquela terra ele tinha um irmão de sangue e um irmão adotivo.
E era só com eles que deveria conversar.
Disse-lhe Obaluaiyê ser ele o seu irmão por doação e que o outro homem ali presente era seu irmão inteiro.
Esse outro era Ògún, que andava sempre acompanhado de muitos cães.
Ṣàngó disse a Obaluaiyê que aquela terra não lhe pertencia, que seguisse para terras distantes, onde encontraria melhor sorte.
Obaluaiyê retrucou da dificuldade em seguir caminho naquelas condições de doença em que se encontrava.
Ṣàngó tomou então dois cães de Ògún e os deu a Obaluaiyê, para que lhe servissem de guias e guardiões.
Mas Ògún não gostou de perder os cães e atacou Ṣàngó.
Iniciou-se um conflito de grande proporções entre os dois.
Desde então, Ṣàngó e Ògún, apesar de irmãos, tornaram-se eternos e irreconciliáveis antagonistas.
Desde então chamam Ògúnde, Ògúnjá, que na língua da terra quer dizer Ògún dos cães.

Ṣàngó
incendeia sua aldeia acidentalmente
Ṣàngó governava com rigor a cidade de Òyó e redondezas.
Era chamado de Jacutá, o Atirador de Pedra.
Ṣàngó era muito prestigiado em seu reino e em reinos vizinhos, mas desejava algo mais para instilar medo nos corações dos homens.
Para isso convocou os maiores feiticeiros de Òyó e lhes pediu que inventassem novas fórmulas para aumentar seu poder.
Ṣàngó não ficou satisfeito com o trabalho dos feiticeiros e pediu ajuda a Èṣù.
Èṣù aceitou a tarefa, pediu uma oferenda como sacrifício e ordenou que dentro de sete dias Oyá fosse buscar o preparado.
Quando chegou o dia combinado, lá foi Oyá à casa de Èṣù.
Lá chegando, ela saudou Èṣù e disse que a oferenda estava a caminho.
O preparado estava embrulhado numa folha. Oyá pegou o pacote e partiu.

No caminho, Oyá parou para descansar. Não contendo a crescente curiosidade, desembrulhou o pacote para ver o que tinha dentro. Não havia nada além de um pó vermelho e ela pôs um pouquinho na boca para experimentar. Não era bom nem ruim; tinha um gosto diferente. Oyá fechou novamente o pacote e prosseguiu. Chegou a Òyó e deu o remédio a Ṣàngó, que perguntou: “Que instruções Èṣù te deu? Como o remédio deve ser usado?” Quando ela começou a falar, saiu fogo de sua boca.
Ṣàngó entendeu que Oyá tinha provado o remédio.
Ficou irado e tentou bater em Oyá, mas ela fugiu de casa, com Ṣàngó a persegui-la.
Oyá foi para um lugar onde carneiros pastavam.
Escondeu-se entre os carneiros, pensando que Ṣàngó não a encontraria.
Mas a ira de Ṣàngó era grande. Ele arremessava suas pedras de raio em todas as direções. Arremessou-as entre os carneiros, matando-os. Oyá ficou escondida embaixo dos corpos dos carneiros mortos e assim Ṣàngó não pôde encontrá-la.
Ṣàngó voltou pra casa. Muitas pessoas de Òyó estavam reunidas lá e clamavam pedindo que Ṣàngó perdoasse Oyá. A raiva dele abrandou-se. Mandou seus empregados procurar Oyá e trazê-la para casa. Mas ele ainda não sabia como usar o preparado.

Quando anoiteceu, ele pegou o pacote de Èṣù e foi a um lugar bem alto, de onde podia ver toda a cidade. Colocou um pouco de pó vermelho na língua e, quando expirou o ar dos pulmões, uma enorme labareda jorrou de sua boca, depois outra e mais outra, sem parar.
As chamas se estenderam por sobre toda a cidade, lambendo a casa dos súditos e também as dependências do palácio real.
Um grande incêndio tomou conta de Òyó. Tudo foi consumido pelo fogo até as cinzas.
Òyó foi destruída e teve que ser reconstruída.
Depois que a cidade ressurgiu das cinzas, Ṣàngó continuou a governá-la.
Em tempos de guerra, ou quando as coisas o desagradam,
Ṣàngó arremessa as pedras de raio.
E o fogo da boca de Ṣàngó queima seus desafetos.
Os carneiros que morreram protegendo Oyá das pedras de raio de Ṣàngó não foram esquecidos.
Os devotos de Oyá não comem mais carne de carneiro.

Ṣàngó
é condenado por Oṣalá comer como os escravos
Airá, aquele que se veste de branco, foi um dia às terras do velho Oṣalá para levá-lo à festa que faziam em sua cidade. Oṣalá era velho e lento, Por isso Airá o levava nas costas. Quando se aproximavam do destino, vira a grande pedreira de Ṣàngó, bem perto de seu grande palácio. Ṣàngó levou Oalufã ao cume, para dali mostrar ao velho amigo todo o seu império e poderio. E foi lá de cima que Ṣàngó avistou uma belíssima mulher mexendo sua panela. Era Oyá! Era o amalá do rei que ela preparava!
Ṣàngó não resistiu à tamanha tentação. Oyá e amalá! Era demais para a sua gulodice, depois de tanto tempo pela estrada. Ṣàngó perdeu a cabeça e disparou caminho abaixo, largando Oṣalufã em meio às pedras, rolando na poeira, caindo pelas valas. Oṣalufã se enfureceu com tamanho desrespeito e mandou muitos castigos, que atingiram diretamente o povo de Ṣàngó.
Ṣàngó, muito arrependido, mandou todo o povo trazer água fresca e panos limpos. Ordenou que banhassem e vestissem Oṣalá. Oṣalufã aceitou todas as desculpas e apreciou o banquete de caracóis e inhames, que por dias o povo lhe ofereceu. Mas Oṣalá impôs um castigo eterno a Ṣàngó. Ele que tanto gosta de fartar-se de boa comida.
Nunca mais pode Ṣàngó comer em prato de louça ou porcelana. Nunca mais pode Ṣàngó comer em alguidar de cerâmica. Ṣàngó só pode comer em gamela de pau, como comem os bichos da casa e o gado e como comem os escravos.

Uma História de ṢÀNGÓ e o QUIABO
Existe uma qualidade de Ṣàngó, chamada Baru, que não pode comer quiabo. Ele era muito brigão. Só vivia em atrito com os outros. Ele é que era o valente. Quem resolvia tudo era ele. Ṣàngó Baru era muito destemido, mas, quando ele comia quiabo, que ele gostava muito, lhe dava muita sonolência. Dormia o tempo todo! E pôr isso perdeu muitas contendas, pois quando ele acordava, já tudo tinha acabado.
Então, resolveu consultar um oluô, que lhe disse:
- Se é assim, deixa de comer quiabo.
- Eu deixar de comer o que eu mais gosto? – respondeu Ṣàngó Baru.
- Então, fique por sua conta. Não me incomode mais! Será que a gula vai vencê-lo? - perguntou o oluô. Ṣàngó baru foi para casa e pensou:
- Eu não vou me deixar vencer pela boca. Vou voltar lá e perguntar a ele o que faço, pois o quiabo é meu prato predileto.

E saiu no caminho da casa do oluô, que já sabia que ele voltaria. Lá chegando, disse:
- Aqui estou. Diz-me o que eu vou comer no lugar do quiabo.
- Aqui neste mocó tem o que você tem que comer. São estas folhas. Você temperando como quiabo, mata sua fome – lhe mostrou o oluô.
- Folha?! – perguntou Ṣàngó Baru.
- Sim – respondeu o oluô – Tem duas qualidades, uma se chama Òyó e a outra, sanã. São tão boas e gostosas quanto o quiabo.
Ṣàngó Baru foi para casa e preparou o refogado, e fez um angu de farinha e comeu. Gostou tanto, e se sentiu tão bem e tão fortalecido, e não teve mais aquele sono profundo. Aliás, ele se sentiu bem mais jovem e com mais força. E não ficou com a sonolência que o quiabo lhe dava. Aí ele disse:
- A partir de hoje, eu não como mais quiabo.
Daí a sua quizila com o mesmo. "Todo caso é um caso. "Esse caso me foi contado pelas minhas mais velhas; assim, agora quem quiser dar quiabo a Baru, que dê!



Ṣàngó é ressuscitado do mundo dos mortos por Oyá


Ṣàngó, quando viveu aqui na Terra, era um grande Oba (rei), muito temido e respeitado. Gostava de exibir sua bela figura, pois era um homem muito vaidoso. Conquistou, ao longo de sua vida, muitas esposas, que disputavam um lugar em seu coração.

Além disso, adorava mostrar seus poderes de feiticeiro, sempre experimentando sua força.

Em certa ocasião, Ṣàngó estava no alto de uma montanha, testando seus poderes. Em altos brados, evocava os raios, desafiando essas forças poderosas. Sua voz era o próprio trovão, provocando um barulho ensurdecedor. Ninguém conseguia entender o que Ṣàngó pretendia com essa atitude, ficando ali por muito tempo, impaciente por não obter resposta. De repente, o céu se iluminou e os raios começaram a aparecer. As pessoas ficaram impressionadas com a beleza daquele fenômeno, mas, ao mesmo tempo, estavam apavoradas, pois nunca tinham visto nada parecido.

Ṣàngó, orgulhoso de seu extremo poder, ficou extasiado com o acontecimento. Não parava de proferir palavras de ordem, querendo que o espetáculo continuasse. Era realmente algo impressionante!

Foi, então, que, do alto de sua vaidade, viu a situação fugir ao seu controle. Tentou voltar atrás, implorando aos céus que os raios, que cortavam a Terra como poderosas lanças, desaparecessem. Mas era impossível - a natureza havia sido desafiada, desencadeando forças incontroláveis!

Ṣàngó correu para sua aldeia, assustado com a destruição que provocara.

Quando chegou perto do palácio, viu o erro que cometera. A destruição era total e, para piorar a situação, todos os seus descendentes haviam morrido. Ao ver que o rei estava muito perturbado, seu próprio povo tentou consolá-lo com a promessa de reconstruir a cidade, fazendo tudo voltar ao que era antes. Ṣàngó, sem dar ouvidos a ninguém, foi embora da cidade.

Ele não suportou tanta dor e injustiça, retirando-se para um lugar afastado, para acabar com sua vida. O rei enforcou-se numa gameleira.

Oyá, quando soube da morte de seu marido, chorou copiosamente, formando o rio Niger. Ela, que tinha conhecimento do reino dos Eguns, foi até lá para trazer seu companheiro da morte, que veio envolto em panos brancos e com o rosto coberto por uma máscara de madeira, pois não podia ser reconhecido por Ikú, o Senhor da Morte. Ṣàngó ressurge dos mortos, tornando-se um ser encantado. E foi assim que surgiu uma nova forma, ou qualidade, desse orixá, a qual chamamos Airá. Essa variação da essência de Ṣàngó adoptou, além do vermelho, a cor branca.
Ṣàngó promete carregar Oṣalá nas costas para sempre
Quando Ṣàngó pediu Ọ̀ṣún em casamento, ela disse que aceitaria com a condição de que ele levasse o pai dela, Oṣalá, nas costas para que ele, já muito velho, pudesse assistir ao casamento. Ṣàngó, muito esperto, prometeu que depois do casamento carregaria o pai dela no pescoço pelo resto da vida; e os dois se casaram.

Então, Ṣàngó arranjou uma porção de contas vermelhas e outra de contas brancas, e fez um colar com as duas misturadas. Colocando-o no pescoço, foi dizer a Ọ̀ṣún: "- Veja, eu já cumpri minha promessa. As contas vermelhas são minhas e as brancas, de seu pai; agora eu o carrego no pescoço para sempre."


Ṣàngó acaba com o seu reino e se transforma em Òrìsà junto com as suas mulheres
Ṣàngó vivia em seu reino com suas 3 mulheres ( Oyá, Ọ̀ṣún e Obá ), muitos servos, exércitos, gado e riquezas. Certo dia, ele subiu num morro próximo, junto com Oyá; ele queria testar um feitiço que inventara para lançar raios muito fortes.
Quando recitou a fórmula, ouviu-se uma série de estrondos e muitos raios riscaram o céu.
Quando tudo se acalmou, Ṣàngó olhou em direção à cidade e viu que seu palácio fora atingido.
Ele e Oyá correram para lá e viram que não havia sobrado nada nem ninguém. Desesperado, Ṣàngó bateu com os pés no chão e afundou pela terra; Oyá o imitou. Ọ̀ṣún e Obá viraram rios e os 4 se tornaram Òrìsà.


Rei Kosso

Entre os clientes de Ògún, o guerreiro estava Ṣàngó, que gostava de ser elegante a ponto de entrançar os seus cabelos como os de uma mulher.
Havia feito buracos nos lóbulos de suas orelhas, onde usava sempre argolas, usava colares de contas, usava braceletes, que elegância!!!
Este homem era igualmente poderoso pelos seus talismãs. Era guerreiro de profissão. Não fazia prisioneiros em suas batalhas, matava a todos os seus inimigos.
Por essa razão Ṣàngó é saudado:
Rei de Kosso, com um grito de independência.
Outras saudações que seus fiéis lhe dirigem têm certa graça que mostram sua forte personalidade.
Ele ri quando vai a casa de Ọ̀ṣún ele está bastante tempo em casa de Oyá ele usa um grande pano vermelho
oh¬ o elefante caminha com dignidade meu senhor que cozinha com a respiração como nada escapa de seu nariz meu senhor que mata seis pessoas com uma pedra de raio se és mentiroso tens medo do fogo de Ṣàngó.
É o irmão mais jovem, não somente de Dada-Ajaka, como também de Obaluaiyê. Entretanto ao que parece, não são vínculos de parentesco que permitem explicar a ligação entre o deus do raio e o das doenças contagiosas, mas sim prováveis origens comuns em Tapa. Obaluaiyê seria mais antigo que Ṣàngó e por deferência ao mais velho em certas cidades como Sakete e Ifanhim são feitas sempre oferendas a Obaluaiyê na véspera da comemoração das cerimônias de Ṣàngó.

Ṣàngó é o rei do trovão

Ṣàngó
, queria ser muito poderoso e respeitado e para isto consultou Ifá. Na consulta surgiu Okanran Meji, que determinou um sacrifício, que iria garantir ao Òrìsà, tudo que desejava.
Feito o Ẹbọ, Todas as vezes que Shangô abria a boca para falar, sua voz saia possante como um trovão e inúmeras labaredas acompanhavam suas palavras.
Diante do poder de seu marido Oyá resolveu consultar o Oráculo com a finalidade de se tornar tão poderoso quanto ele. Na consulta surgiu Okanran Meji, que lhe determinou o mesmo Ẹbọ.
Quando Ṣàngó descobriu que sua mulher havia adquirido um poder igual ao seu, ficou furioso e começou a maldizer Ifá por haver proporcionado tamanho poder a uma simples mulher.
Humilhada, Oyá recorreu a Olórun para que desse um paradeiro ao impasse. Olórun determinou então que a partir daquele dia, a vós de Ṣàngó soaria como o trovão e que provocaria incêndios onde ele bem estendesse, mas para que isto pudesse acontecer, seria necessário que Oyá, falasse primeiro, para que o fogo de suas palavras (os raios) provocasse o surgimento do som das palavras de Ṣàngó (o trovão), assim como o fogo que elas produzem sobre a terra (os incêndios provocados pelos raios que se projetam sobre a terra).
E por este motivo até hoje, não se pode ouvir o ribombar do trovão sem que antes, um raio ilumine o céu.



Cronologia:
Okambi – 1º alafim de oyó – 1700 a 1600 A.C.
Oranian – 2º alafim de oyó – 1600 a 1500 A.C.
Ajaká – 3º alafim de oyó – 1500 a 1450 A.C.
angò – 4º alafim de oyó – 1450 a 1403 A.C.
Ajaká – 5º alafim de oyó – 1403 a 1370 A.C.

ṣangò
Para o culto afro distingue entre qualidades a existência da variedade das divindades existentes, para que angò seja cultuado é denominado que primeiro quem ele é, para definir sua forma de culto. Ficando claramente distinto entre este Òrìsá, para cada divindade é preparada uma comida e depende da sua qualidade o seu ritual de feitura.

Veja exemplos das qualidades desta divindade.
Agodò - É aquele que ao lançar raios e fogo sobre seu próprio reino o destrói sem querer. O rei começou a jogar do alto do seu palácio cabacinhas mágicas contendo fórmulas que ao tocar o chão ou arvores explodia e lançava fogo para todo lado. Assustados, seus súditos ficaram desnorteados e sem ação enquanto o fogo se alastrava e incendiava o palácio e o reino de Agodò.

Jacutá - É o senhor do edun-ará, a pedra de raio.

Agandju - Ele representa tudo que é explosivo, que não tem controle, ele é a personificação dos Vulcões.

Afonjá – Este angò é muito conhecido pela eterna briga com ogum. Os dois disputam o amor de uma de suas esposas, lutam pelo amor da mãe e passam a eternidade lutando.

Airá – Para a maioria dos terreiros, esta divindade é um angò cultuado diferente dos demais, pois sempre usando muito branco, alem de ser dividido em mais qualidades que também são relacionadas ao branco e a comida muito parecida com a de Oṣalá.

Baru = Xangô chega ao apogeu do império, cria o culto de Egungun, grande expansão, é o senhor absoluto dos raios e do fogo em todas as suas formas. Ele acaba por destruir a capital do Reino com os raios numa crise de cólera, e depois arrependido, se suicida, adentrando na terra da mesma forma que Ogun, daí o nome Obà Irù "Rei sepultado".
Para o povo Nago e para o Batuque do rS ele é conheicido por Kamuká
Kamuká ou angò de Baruolofina que provavelmente é uma corruptela do Baru alafim.




Lenda do Baru

BARU
era muito destemido, mas quando comia quiabo, que ele gostava muito, dormia o tempo todo e ,por isto, perdeu muitas contendas, pois quando acordava seus adversários já tinham voltado da guerra. Ele ficava indignado.

Então resolveu consultar um OLUÓ que lhe disse: Se é assim, deixe de comer quiabo
BARU perguntou: me diz o que comerei no lugar do quiabo... Só folhas... Só folhas? perguntou BARU
Sim, respondeu o OLUÓ, tem duas qualidades, uma se chama orò e a outra xaná, são boas e gostosas como o quiabo.
E BARU falou: - A partir de hoje, eu não comerei mais quiabo.

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