quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Ação contra o Projeto de lei quer proibir sacrifício animal em rituais religiosos


19/10/2011 - 10h17 Projeto de lei quer proibir sacrifício animal em rituais religiosos 

Publicidade RAPHAEL SASSAKI COLABORAÇÃO PARA A FOLHA 

Um projeto de lei apresentado na Assembleia Legislativa de São Paulo pretende aumentar o cerco aos sacrifícios de animais feitos durante rituais religiosos no Estado. De autoria do deputado estadual Feliciano Filho (PV), o projeto foi apresentado na semana passada e agora aguarda aprovação das comissões responsáveis para ser votado, mas já causa polêmica entre os praticantes de religiões de origem africana que usam o sacrifício em seus rituais. O projeto propõe aplicar uma multa de 300 Ufesps (Unidade Fiscal do Estado de São Paulo), cerca de R$5.235, pagos pelo infrator em caso de morte de animais durante as cerimônias. Em caso de reincidência, esta multa dobraria. 

O presidente do Fórum Estadual das Religiões de Matriz Afro-brasileira, Tatá Matâmoride, critica a proposta. Segundo ele, o projeto é inconstitucional. Ele relembra que a tentativa de estender a lei anti-fumo aos terreiros de candomblé não teve sucesso, por ferir a liberdade religiosa. "Respeito o deputado, mas o artigo 5º da Constituição [que garante a liberdade religiosa] é muito claro, e não é competência do Estado patrulhar as práticas religiosas", disse Matâmoride. 

Segundo o deputado Feliciano Filho, os defensores dos sacrifícios são minoria. "Ninguém é contra a liberdade de culto, mas o crime não pode vir antes da liberdade. Se amanhã alguém inventa uma seita que faz rituais com crianças, como fica?", disse o deputado. 

O deputado disse ter recebido denúncias de sacrifício de cães e gatos em rituais religiosos. Para ele, há requintes de crueldade na execução dos bichos. "Sei de casos onde eles arrancam o pênis e os olhos dos animais, e os deixam agonizando por horas antes de matar", disse Feliciano Filho. 

Para Tatá Matâmoride, a tentativa de proibição é fruto da incompreensão dos aspectos que envolvem os sacrifícios nos rituais de origem afro-brasileira. "Não existe abate de animais domésticos no candomblé, e diferente de outras religiões, não podemos comprar carne no açougue, o animal é morto para ser comido", disse. "Se proibirem o sacrifício no candomblé, também terão que proibir o Natal. Ou a morte do peru não é um sacrifício?", argumenta Matâmoride.   

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/993055-projeto-de-lei-quer-proibir-sacrificio-animal-em-rituais-religiosos.shtml
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Nesta quarta feira dia 19 de outubro de 2011 as 19hs na Assembleia Legislativa Auditório Franco Montoro Realizaremos um colóquio público na Assembleia Legislativa de São Paulo 

O Fórum de Sacerdotes e Sacerdotisas de Matriz Afro-brasileiro FOESP , INTECAB/SP e As Aguas de São Paulo.

Para debater-nos entre nós e escolhermos caminhos viáveis para nossa religião
1 - Prisão de Sacerdotes por iniciar menores.
2 - Lei do Psiu.
3 - Lei do Abate que proíbe o abate animal 992/2011 AL.SP

vejam a matéria da rede tv http://www.redetv.com.br/Video.aspx?399224449entretenimentosuperpopvereador-e-ameacado-de-morte-por-aprovar-lei

Quanto mais sacerdotes mais força mostramos e obrigamos a discussão
Eduardo Brasil

Presidente do FOESP
Conselheiro das Aguas
11 - 8559.2722
PROJETO DE LEI Nº 992 DE 2011

Proíbe o uso e o sacrifício de animais em práticas de rituais religiosos no Estado de São Paulo e dá outras providências.

A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO DECRETA:
Artigo 1º - Fica proibido a utilização e/ou sacrifício de animais em práticas de rituais religiosos no Estado de São Paulo.
Artigo 2º - O descumprimento do disposto na presente Lei ensejará ao infratora multa de 300 UFESP’s (Unidade Fiscal do Estado de São Paulo) por infração dobrando o valor para cada reincidência.
Artigo 3º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
JUSTIFICATIVA

A Constituição da República Federativa do Brasil estabelece que todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações (art. 225ºVI). Para assegurar a efetividade desse direito incube ao Poder Público: Proteger a fauna e a flora vedadas na forma da leias práticas que coloquem em risco sua função ecológica provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade. (§ 1ºVII).

Somos favoráveis à preservação e ao incentivo às tradições e manifestações culturais bem como ao exercício dos cultos e liturgias das religiões de matriz africana, contudo não podemos permitir que animais indefesos sofram esta crueldade.

Por todo o exposto contamos com a colaboração desses Nobres Pares para aprovação do Projeto de Lei em tela.
Sala das Sessões em 11/10/2011
a) Feliciano Filho - PV


Tata Matâmoride
Eduardo Brasil
Conselheiro CPDCN - 2011 Conselho de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra.
Conselheiro do CONPAZ - Conselho de Cultura de Paz da Assembléia Legislativa SP.
Secretário do CONER/SP - Conselho de Educação Religiosa do Estado de SP.
Presidente do FOESP - Fórum de Sacerdotes e Sacerdotisas de Matriz Afro Brasileira.
Presidente do INDRAB - Instituto Nacional de Defesa da Matriz Afro Basileira.
Presidente do ITC - Instituto Terceiro Corpo em Defesa da Saúde Natural.
Conselheiro das Aguas de SP
Diretor de Cultura do http://www.portaldocandomble.pro.br/ 
11- 8559-2722 (tim) 11 9732 1966 (oi) 11 7234 7427 (Vivo)

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Intolerância religiosa produz mais uma vítima


Por Bàbá Erick D'Òòṣàálá


A casa onde a Umbanda começou está sendo demolida para construírem um Armazém, a centenária casa onde Zélio de Moraes, deu inicio a segunda maior religião brasileira, depois do Candomblé, que até hoje é uma das religiões mais popular brasileira que prega a solidariedade incondicional, sem se importar se o individuo ao qual for ajudar irá ou não frequentar, bem do estilo dá o pão e não obriga a rezar, faço a minha parte sem interesses, chora a brutal destruição de um passado que foi marcado por uma revolução espiritual.

Infelizmente a prefeita “Evangelica”, Aparecida Panisset, proporcionou todo o estado evitando que fosse  reformada até que a estrutura da casa chegasse ao limite, vendendo e transformando o terreno num armazém, apagando assim a história e um passado de caridade e dedicação de médiuns e pessoas que fizeram da sua vida uma missão de estudos e religiosidade.

Este patrimônio brasileiro poderia ser salvo por um decreto da prefeita, porem ela não fez nada, mais uma vez a má índole de pessoas como a prefeita fizeram com que o Brasil perdesse um tesouro inestimável.

Mas o que mais me admira é saber que o brasileiro não possui memória, nem mesmo os habitantes  do bairro e vizinhos sabiam da história daquela casa, porque será que ninguém dá valor a nada?

Eu tenho vergonha do meu Brasil!!!!!!

sábado, 10 de setembro de 2011

Tradição ou fundamento

A formação religiosa da tradicional comunidade Afro-Brasileira discute muito sobre o que pode ou não ser feito em determinadas horas e ou como deve ser feito.

Acredita-se que aqui no Brasil algumas divindades gostam de ser tratadas com dendê ou com mel, até mesmo em determinados casos o uso da banha vegetal é mais apropriada, pois se acredita que algumas divindades dão preferência a tal elemento ao invés do mel e ou do dendê.

No entanto vemos o caso de Yemonjá, que somente aqui no Brasil ela é cultuada no mar, como a rainha das águas salgadas, mas para quem já teve acesso aos Itan africanos, pode constatar que o verdadeiro dono do mar é Olokun, o senhor dos mares, então de onde tiraram que Yemonjá é a rainha dos mares? Bom eu não sei de onde tiraram, mas com certeza não veio da África este conceito...  Este equivoco deve ter ocorrido em determinado momento entre o sincretismo da igreja e ou da Umbanda que por sua vez pode cultuar Iemanjá no mar, afinal a umbanda possui um credo e fundamento diferente da matriz africana e deve ser respeitado.

Usando Yemonjá ainda como fonte, podemos notar que na África ela é tratada com dendê, ou melhor, a maioria das divindades adora dendê, com exceção da intervenção de Oxalá, que é proibido de receber qualquer oferenda com este óleo. Agora fica pergunta é costume dos brasileiros tratarem Yemonjá apenas com mel ou azeite doce, e ou, será algum fundamento particular? Qual a origem e ou a fonte que determinou que Yemonjá não devesse receber nada com dendê?

E não muito distante o povo Afrosul, costuma não despachar o Bará quando o tempo está chuvoso, mas por quê? Se a base do Ekomi (preparado à base de agua, farinha e dendê) é a agua? Além do que, sempre que vão despachar o Bará sai o Ekomi, a comida do Bará e a quartinha, que ao despachar ambos, a quartinha é descarregada ali em cima, mas neste caso não está molhando o chão?

Da mesma forma que fica a pergunta, quando o dia está chuvoso não se joga? Afinal o orixá não fica preso no quarto de santo, logo devemos pensar que ele não percorreria qualquer espaço entre o local ao qual ele está até o quarto de santo em dia chuvosos, sendo que ainda não inventaram o tele transporte africano... Conceitos e pensamentos contraditórios...

Por outro lado vemos que a maioria dos sacerdotes não costuma fazer seus despacho em pleno dia, mas por quê? Será que o sol teria algum efeito danoso ao ebó? Ou alguma divindade de desintegraria ao ver o sol? São tantas perguntas que prefiro acreditar que é apenas costume e não fundamento!

Sendo que eu despacho ebó, preparo osé (trato e manutenção dos assentamentos dos orixás) a qualquer hora  do dia, pois meus orixás não temem o Sol, Chuva, Lua cheia e ou qualquer elemento da  natureza, sendo que a maioria deles interagem com os próprios elementos da natureza, como Xangô que é o senhor do fogo e não teme o sol.

Conceitos e fundamentos misturados que geram um ritual errado na atual sociedade religiosa, que deve ser eliminado, quem sabe os religiosos possam estudar mais e acompanhar a evolução natural do mundo e perceber que muitos conceitos estão equivocados...

Espero realmente que possamos conviver harmoniosamente e prosperar, afinal as nações afro-brasileiras são lindas e devem ser respeitadas.

Abraços à todos.

TIKTOK ERICK WOLFF