segunda-feira, 10 de março de 2014

O Adósù o símbolo de submissão ao grande Aláàfin







Imagem ilustrativa do pps Ori o orixá individual de Aulo Barreti
Por Bàbá Erick Óbokún
10/03/2014




O Adósù é um símbolo de submissão ao grande Aláàfin (o soberano da cidade de Òyó). Os seus seguidores, portam este tufo de cabelo, que situa-se no alto da cabeça para que todos possam visualizar,  o mesmo ocorre com os iniciados que carregam este símbolo para que sejam reconhecidos como os seguidores e submissos de Sàngó em território Yorùbá, sabe-se que é um dos símbolos mais importantes e sagrados para os iniciados desta divindade, origem Yorùbá.





O mesmo simbolo é usado em algumas  religiões da cultura Afro-brasileira. 
Imagem ilustrativa do pps Ori o orixá individual de Aulo Barreti


Mais sobre o 
Adósù

As mulheres do Aláàfin
A lya-Naso está ligada ao culto de Sàngó e geralmente é responsável por tudo ligado ao seu culto.
É de sua responsabilidade a capela privada do rei, para o culto a Sàngó, todos os privilégios decorrentes ao cargo são dela.
A lya-fin-Ikù é a segunda no comando, assistente da lya-Naso. Ela esta ligada ao rei através do “Adósù Sàngó”, devota do rei para os mistérios de Sàngó, como todos os adoradores de Sàngó, cedem um de seus filhos para trabalharem para o Deus, ela assume um lugar privilegiado ao lado do rei, podendo ir e vir livremente, além de comer qualquer coisa sem que seja cobrado dos vendedores.  (Johnson, p. 64)

Adósù – Iniciado, aquele que tem tufos de cabelo no alto da cabeça (Beniste, p. 43)


Bibliografia
JOHNSON, Samuel.The history of the yorubas

BENISTE, José. Dicionário Yorubá, Português

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014


Por Bàbá Erick Óbokún



No último dia 30 de janeiro foi um marco na história da cultura Afro-brasileira e Afro-Gaúcha, nesta data a Família Nagô Kóbi iniciou um ilustre Bàbáláwo nos segredos do Batuque Afro-Gaúcho, o sacerdote Ifádámiláre Agbole Obemo,  iniciado pelo Bàbá Jimi, esta iniciação uniu dois pontos importantíssimo da religião, ou seja, recebemos para a nossa família um sacerdote de Ifá, agregando ao seu conhecimento e ancestralidade o nosso culto à òrìsà segundo os costumes brasileiros.  Isso tudo decorreu, sem que ele abandonasse a sua raiz e fundamentos de Ifá (Ilé-Ifá), afinal é assim que Ifá ensina, que devemos agregar e jamais abandonar o que carregamos.

É por isso que damos as boas vindas para o Bàbáláwo Ifádámiláre na nossa família e ancestralidade, para que ele possa nos ensinar a humildade e o bom pensamento, e ao mesmo tempo que poderemos ensinar os segredos do culto à òrìsà segundo a cultura Afro-gaúcha.

E eu como um sacerdote de òrìsà, me sinto honrado de poder ter passado o àse da família Nagô Kóbi para este sacerdote e filho do Bàbá Jimi, ao qual respeito muito, este que tem nos ajudado muito oferecendo gotas do saber (cultura). 

Que os nossos ancestrais possam se orgulhar da nossa família.



Àdimó

Abandonar ou não o sincretismo?

Por Bàbá Erick Óbokún



Caros amigos da cultura afro-brasileira, eu tenho acompanhado o sofrimento de muitos, e, claro que ao mesmo tempo vivenciado de perto o problema da discriminação religiosa e social, através dos crimes cometidos por parte de religiosos em cima dos templos de amigos e iniciados... E tenho pensado muito sobre as questões e problemas que assolam a comunidade afro-religiosa, e imagino que para que sejamos reconhecidos precisamos mostrar quem somos, mostrar a nossa cultura e mostrar a nossa raça, sem fantasias e ou misturas do sincretismo, se por algum momento foi necessário o sincretismo para disfarçar esconder e proteger o que fazíamos, hoje em dia precisamos fazer o inverso, ou seja, mostrar quem realmente somos, mostrar o que fazemos e qual é a nossa raça.... Não precisamos ter vergonha, nem mesmo precisamos nos disfarçar para que sejamos respeitados.... Vamos adotar a nossa raça e ter orgulho da nossa ancestralidade..... 


Grato

TIKTOK ERICK WOLFF