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terça-feira, 12 de novembro de 2024

CABINDA DO PAI CLEON DE OXALÁ

Coletamos esta postagem do sacerdote Agladio, postado no Facebook, onde informa as tradições e costumes da nação "Cabinda do pai Cleon de Oxalá".

"Por Agladio Weber da Costa



Postado em 12/11/2024

OBS: DEIXO AQUI REGISTRADO QUE ESTES FUNDAMENTOS ABAIXO DESCRITOS SÃO EXCLUSIVOS DA BACIA(linhagem) DE PAI CLEON de OXALÁ ELEFÃ e dos filhos q seguem seus ENSINAMENTOS pois, não basta ter axés de Cabinda plantados para defesa da casa para os mesmos serem CABINDAS da nossa linhagem. ESTE TEXTO SE PROPÕE APENAS A ESCLARECER QUESTIONAMENTOS DE CLIENTES,SEGUIDORES E FILHOS e INCLUSIVE IRMÃOS sobre algumas declarações e afirmações feitas em redes sociais.
NAÇÃO CABINDA
“(LÊ-SE :LINHAGEM PAI CLEON DE OXALÁ)”
SOBRE ORIXÁS QUE NÃO PEGAM CABEÇA e AJDUNTÓS
1*— EXU LODÊ (mulheres,mas alguns dirão: mas ELE tinha uma filha deste orixá SIM ! Mas a mesma já veio com 28 anos borida e pronta(LODÊ AÇANÃ)Por pai ROMARIO de OXALÁ após falecimento do mesmo e 25 anos de chegada e com a permissão de pai OXALÁ ELEFÃ foi aceita na casa com aceite de pai LODÊ com feitura feita dentro do ILÉ. Sendo filho deste pai e se não possuir avagã como terceiro santo o babalorixá que assim o fez não pertence a nossa linhagem de Cabinda.
2* — OGUM AVAGÃ não damos cabeça e também não temos adjuntó de Ogum com Yemanja (ou vice-versa)
3* — OYA TIMBOÁ(cultuamos mas não damos cabeça, fazemos sua obrigação na figueira e borimos para uma OYA de dentro de casa. E SIM! Pai CLEON teve várias na casa mas jamais cortou em suas cabeças para Timboá mas nem por isso deixaram de ser de TIMBOÁ apenas cultuavam seu orixá no mato(figueira).
3* — OYA DIRÃ : Não cultuamos na rua pois em nossa LINHAGEM, é uma classe de Oya de dentro. Também não temos adjuntó de Oya com Oxalá
(Ou vice-versa).
4*— XANGÔ KAMUCÁ: não damos cabeça a este orixá nem corpo e nem assentamos,sendo cultuado apenas no BALÉ.
5*— XANGÔ AGANJU: não damos adjuntó com Yemanja(ou vice-versa)nem com BARÁ
6*— IBEJIS: não cultuamos nem assentamos.
7*— OTIM: não damos cabeça para esta orixá
8*— OBÁ: não fazemos adjuntó com XAPANÃ (ou vice-versa) em raríssimos casos colocamos Yemanja como terceiro santo
9*— OSSANHA: não fazemos adjuntó com Oya
10*— XAPANÃ: não fazemos adjuntó com OBÁ:(ou vice-versa)em raríssimos casos colocamos Yemanja como terceiro santo
11*— YEMANJÁ: não cultuamos NANÃ. Não fazemos adjuntó de YEMANJA com OGUM(ou vice-versa),também não fazemos adjuntó de YEMANJA com BARÁ(ou vice-versa)
12*— OXALÁ OBOCUM: não damos cabeça para este Orixá e nem para OXALÁ OROMILAIA.
Não fazemos adjuntó de OXALÁ com OYA:(ou vice-versa).
13*—ORDEM DAS OBRIGAÇÕES QUANDO ARRIAMOS ORIXÁ PARA
COMER:
1*— Corte aos eguns. 2*—Corte aos orixás. 3*—toque aos orixás.
4*— obrigação do peixe. 5*—corte pra terminação. 6*—passeio(manhã)a noite terminação com mesa de IBEJI(se esta ordem não for seguida a casa não pertence a linhagem de PAI CLEON)
14*— PENEIRA: NÃO! não jogamos em peneira!
15*— BOI: NÃO damos pelo motivo de nosso PAI apesar de ter este axé preferia arriar 7 cabritas, motivo pelo qual não damos BOI para nenhum orixá nem entidade nem egum independentemente onde estivermos pois orixá é ONIPRESENTE em nossas vidas.
16*— FURIBALÉ: NÃO! Não temos pois em nossa linhagem de Cabinda e’ proibido.
17*— INJÉ de EXU: NÃO fazemos injé casado(homem com mulher) cada um com seu injé.
18*— ASSENTAMENTOS DE ORIXÁS: NÃO assentamos adjuntós e sim um mínimo de 8 orixás ou todos.
19*— AXÉ de BÚZIOS: sómente fazemos após aliviar o ORÍ do filho.
20*— BALANÇA(cassun) não fazemos sem 4 pés arriados.
21*— OCUTÁS: não damos para
Ogum avagã, ogum onira, ODÉ e OTIM.
22*— ORIXÁS VELHOS(Oxum, Yemanja e Oxalá: quando o filho for cabeça de um dos três o adjuntó precisa ser com o outros dois.
23*— ECÓS: somente para EXU LODÊ, LANÃ E ADAGUI( os destes 2 últimos são iguais. NÃO fazemos ecó para AGELU nem frente com balas de mel ou qualquer outra no dia a dia apenas quando houver corte de 4 pés. O ECÓ do toque não tiramos na noite apenas no outro dia.
24*— ALUJÁ: filhos de Yemanja e oxalá não dançam.
25*— AMALÁ: filhos de BARÁ,YEMANJA e OXALÁ não comem."

Selecionamos alguns comentários. 

Vejamos a seguir:

Yalorixa Camila Oya Dira
Quando a raiz é forte nada detém o crescimento ,cabinda uma linha reta a ser seguida com muito fundamento ,que eu possa sempre elevar nossa raiz através de todos os ensinamentos a nós passados pelo Senhor pai , assim como o senhor segue até hoje fazendo como pai Cleon oxalá elefã te ensinou .

Agladio Weber da Costa
Yalorixa Camila Oya Dira com certeza filha de Dirã herdeira do axé de EXU LODÊ TOROMI

Link da postagem primária: https://www.facebook.com/share/p/15NkEz4t4z/


A seguir, chegamos a um compartilhamento com informações complementares.

A seguir: 

Agladio Weber da Costa
Mãe Vitonella Silva Ramos quanto a mentir não estou a par pois apenas postei nossos fundamentos e não entendo no que isso atingiria a feitura de outras goas pois diz respeito apenas a nossa LINHAGEM pois se somos corretos fazemos apenas os fundamentos de nosso BABALORIXÁ pois pai Cleon sempre dizia: orelha não passa cabeça


Mary Faleiro
Só dele mesmo, nenhum dos pais de santo dele fazia como ele. Pai Romario, Pai Henrique, Mãe Palmira, todos colocaram a mão nele, Henrique foi por mais tempo que todos. Axé.

Chico Neto
Saudações irmãos, com todo o respeito, existem alguns pontos da Cabinda praticada pelo pai Cleon de oxalá e família, que não ficaram claros para mim, seguem:
1 - Não entendi, ao que se refere, pois ficou um pouco confusa esta fala:
"Sendo filho deste pai e se não possuir avagã como terceiro santo o babalorixá que assim o fez não pertence a nossa linhagem de Cabinda."
2 - Tinha várias filhas de Atimbowa, porém, nao eram feitas para ela, mas continuavam a ser filhas dela, também não consegui entender o mecanismo desta conceito:
"não damos cabeça, fazemos sua obrigação na figueira e borimos para uma OYA de dentro de casa. E SIM! Pai CLEON teve várias na casa mas jamais cortou em suas cabeças para Timboá mas nem por isso deixaram de ser de TIMBOÁ apenas cultuavam seu orixá no mato(figueira)."
3 - Então para a sua família, Kamuka seria um Egun, que comeria no igbale, então por que tinham a imagem do9 pai Waldemar no igbale se cultuam o orixá como Egun?
"sendo cultuado apenas no BALÉ."
4 - Ainda baseado na 4 questão, se Kamuka seria um Egun, então todas as casas, feituras e quartos de Orixás seriam abençoados por um Egun?
5 - Aqui afirma que não cultuam, entretanto mais a frente dizem que fazem mesa de Ibeji, ficou meio confuso....
"IBEJIS: não cultuamos"
6 — Há possibilidade de antigamente o pai Cleon em algum momento ter cultuado Nana e ter deixado de cultuar?
"não cultuamos NANÃ"
7 — Seria Foribale (tradução = ato de bater cabeça)
"FURIBALÉ"
8 - Há possibilidade de em algum momento pai Cleon assentar os três orixás ou quatro e mais tarde ter mudado? E ocorrido com o caso do pai Cleon ter mudado de 8 para todos?
"NÃO assentamos adjuntós e sim um mínimo de 8 orixás ou todos"
9 - Por gentileza, há possibilidade do pai Cleon antigamente fazer os ecos de Oxum, Yemanja e Oxalá e ter deixado de fazer com o tempo?
"ECÓS: somente para EXU LODÊ, LANÃ E ADAGUI"


Link - https://www.facebook.com/share/p/14D9bCbebw/ 

Fotos comprobatórias

Postagem primária



Postagem compartilhada



Link https://www.facebook.com/share/p/14D9bCbebw/

domingo, 6 de outubro de 2024

PAI WALDEMAR O FUNDADOR DA KAMBINA

Publicação da página Batuque do Rio Grande do Sul, no Facebook, postada em 01/10/2024, coletada em 06/10/2024.

Nesta página o autor abre o debate homenageando pai Waldemar e sugerindo que considera que ele seria o Rei da Kambina por ser o percursor deste segmento. Vejamos:





"Batuque do Rio Grande do Sul

01/10/2024

Babalorixá Valdemar de Xangô Agodô.
Considerado o Rei da nação Cabinda por ser percursor do culto aqui no RS.
.
Filho de Kun lulu, nome esse que caracteriza como filho de Xangô. Diante das informações sabemos que foi trazido como escravo do porto de Cabinda.
.

Referente ao orixá do Gululu, o autor não informa a origem desta informação, também não cita a fonte que da possível origem do Gululu.

Sobre o debate, coletamos algumas falas para registro, seguem:


"Victor T'Oxalá

Perguntas e afirmações muito necessárias! Vemos o quanto temos conteúdo, conhecimento e propriedade. O que realmente nos falta e ouvir e absorver o que nos cabe em quanto pertencentes destes cultos de Batuque, como o de Cabinda.


André D'Ogum Avagã

Uma questão que nunca vi ninguém tocar no assunto,é o porque do culto a egungun não ter vindo pro nosso batuque.


Erick Wolff

Por favor Batuque Do Rio Grande do Sul, poderiam fornecer a fonte desta informação:

[...] Diante das informações sabemos que foi trazido como escravo do porto de Cabinda.[...]


Victor T'Oxalá

Erick Wolff Falokun Fatunmbi (oriki Book Orunmila)


Erick Wolff

Continuação



Hendrix Silveira

No livro "Quem é Xangô Kamuká" de Paulo Tadeu Barbosa Ferreira, é dito que ele nasceu em 24 de agosto de 1883, no Brasil. Não consegui encontrar sua data de falecimento. Mas sei que essa foto que ilustra o post foi tirada do próprio jazigo dele.


Leandro Dos Santos

sobre a questão do culto de EGÚNGÚN , eu estive presente no ylê abula, na ilha de Itaparica Salvador BA e consegui entrar assim como consegui uma pessoa para me levar e mostrar o local para fins de pesquisa. E em minha viagem, concluí que temos uma grande diferença sim, mas muitas semelhanças..o que fica a questão aos senhores, tirarem suas conclusões e sem descaracterizar aquilo que acreditam como pesquisador e o que fazem como religiosos.

Fato é que neste culto em especial, segundo informações do Ojé é reverenciado o ancestral da África trazido por escravos libertos e os demais ancestrais da família foram compondo a família.

Ok a afirmação é que é o Bábà ancestral Abulá, porém existe manifestação e neste momento o Bábà é vestido e usa as ferramentas do orixá no caso deste usa o Oxè (Machado de Xangô).

A partir desta viagem e pesquisa como religioso, sigo ensinando o mesmo que me foi passado com mais certeza ainda daquilo que aprendi com meu babalorixa. Em nosso culto a xangô Kamuca são reverenciados os orixás dos nossos antepassados.

Esses orixás são únicos ligados a uma particula do ori do falecido que se separa após a missa.

Mesmo assim, neste quebra cabeça faltam peças pois quem viveu nesta época, já partiu e toda pesquisa será de certa forma um adicional ao que acreditamos.

Aí ficam as considerações finais que cada um acredita o que cada um tem e cultua sua casa? de fato o é ancestral ou seria o ancestral com uma partícula do orixá.

Reforço o que meu babalorixá Antônio Carlos que esplicava "Filho a pessoa se vai... quem fica é o orixá esse que tem poder e esse orixás é só daquele filho"

Xangô Kamuca não é Egum e em seu culto, são reverenciados, também outros orixás, ou seja, Balé de egum eo culto de Xangô Kamuca é diferente assim como o culto de egungum é outro culto

Fonte *Professor: Atalidio (Ojé) residente e morador da ilha de Itaparica Salvador BA


Leandro Dos Santos

Mais um detalhe, neste local ao contrário do que muitos pensam, também tem assentamento de orixás , na entrada tem um Exú (divindade o que alguns chamam de Bará) e assentamento de Oyá. Na foto uma espécie de casa de santo Odè

O que chamamos de Oyá Dirà ou TIMBOWÁ.


Erick Wolff

Contribuindo com o tema, o terreiro que o baba Leandro Dos Santos cita:

O Patrono do terreiro Agboula é Xango ... mas o eegun Agboula não é o Xango que virou eegun.... o eegun continua sendo o MORTO, não o ORIXÁ.


 

Mary Faleiro

Não veio escravizado, desembarcou no Porto do Rio de Janeiro e se estabeleceu no Rio Grande do Sul, ventre livre. Assim aprendi com o neto de santo dele, pai Romario de Oxalá Onifan.


João Carlos Fonseca

[Mary Faleiro] Foi o mesmo que meu avô, pai Romário de oxalá me falou.


Placer Sala

Alguém aqui vivo conheceu o próprio Waldemar vivo para poder contar a história correta ?

Se não tem não adianta fica em debate, simples!


Clovis de Souza

Placer Sala mano, existem registros, atestados de óbito, anotações deixadas pelas pessoas e pelos próximos que comprovam fatos e dados, assim é o estudo de história. Igual Waldemar nem Gululu não vieram de Angola, a Iyá Emília de Oyá não era princesa de nada, era filha de escravizados vindos de Pernambuco. Quando se estuda, pesquisa e investiga, historietas e devaneios são desmentidos e contra fatos, argumentos são nada. Axé meu velho, que Orixá nos abençoe e a luz do conhecimento nos ilumine!


Marcelo Souza

Clovis de Souza Gululu é mito criado, quanto a Princesa realmente era filha de escravizados, que tinha este titulo por herança. Isto também esta nos registros históricos. A oralidade cria muitos mitos e personagens fantásticos.


Clovis de Souza

Marcelo Souza sim meu velho. Mojuba. O "Gululu" seria Antônio filho de Xapanã, segundo as pesquisas do pai Denis PG


Clovis de Souza

[Placer Sala] https://acrobat.adobe.com/id/urn:aaid:sc:VA6C2:f2631462-a16b-46b8-9630-9bca71e97b5d?fbclid=IwY2xjawFv3FJleHRuA2FlbQIxMAABHeTZkwvWfeU_Ble2c9HSJp7qk-c84xibJrTy6efv-NKGm82MN-Fgfvpe6Q_aem_nQvAdX3SiJOe750NUmewVQ


Luiz Fernando Barbosa

Clovis de Souza no minimo sensacional, esse Artigo eu enquanto Batuqueiro Discente de um curso de licenciatura, fiquei apaixonado pela leitura ..axe


Clovis de Souza

Placer Sala sugiro a leitura da obra do pai Denis PG de Odé, historiador especializado na formação do fenômeno batuqueiro em conjunto com o Jovani Scherer e o Vinicius Pereira de Oliveira, ambos Historiadoes com mestrado!


João Carlos Fonseca

Placer Sala Bom dia! Meu avô,pai Romário de oxalá onifã o conheceu,era neto do mesmo e não teria porque me mentir, portanto,eu acredito no meu avô.


Lilly Abreu

Existe um contexto histórico não citado, Rio Grande do Sul é longe, afastado dos “principais portos”, assim como aqui foi o último Estado a parar de ter escravos, foi o último a se organizar no sistema escravagista. De primeiro, os negros iam pros portos principais, quando chegavam aqui já eram parte do PIB do país, os desqueridos daqui iam buscar escravos, e diferente dos demais estados, escolhiam os seus dentro das suas necessidades e não “famílias inteiras” vindas da mesma parte de África! Atentem que estou falando do começo… antes de virem escravos diretos pra cá, dessa forma se aglomeravam sem falar a mesma língua, sem ser da mesma religião, e com matriz africana diferente… daí se cria a diáspora! Porque não tem isso ou aquilo, esse ou aquele outro?!!

Simples, criaram o que tiveram condições, quem chegou depois, se conhecesse Ewá, por exemplo, já se adequou aos que os anteriores estavam fazendo… nisso muito se perdeu, mas se ganhou nossos pilares do batuque!

Espero ter sido clara!!!


Erick Wolff

[Batuque Do Rio Grande do Sul] saudações, sobre o "Gululu", existem divergências sobre o nome, e até a origem dele, seguem algumas:

Professor Hendrix afirma que “Gululu, um nome claramente de origem bantu.", entretanto, não ficou claro como ele chegou a esta conclusão. (p. 50)

Ari Oro

[...] Segundo consta, este culto foi trazido para o Rio Grande do Sul por um africano conhecido por Gululu [...] (p. 145)

Vinicius informa que:

[...]há uma referência ao Gululu, né, do Xapanã (divindade ioruba), preto, morreu com 102 anos a mais de 40 anos [...] (p. 156)

Sarin de Sàngó, informa que:

[...] O Gululu seria de Batuque vindo de Pernambuco. O nome Gululu era dado para filhos de Ogum (divindade ioruba), no entanto, o feitor de pai Antoninho seria de Oxalá (divindade ioruba) [...] (p. 156 a 160)

Segundo os pesquisadores Denis e Vincius, informa que:

Pai Waldemar do Xango (divindade ioruba) da Kambina e pai Antoninho da Oxum (divindade ioruba) do Oyo, foram feitos pelo Gululu.

Fonte WOLFF, Erick, A KAMBINA NAGÔ E O KAMUKA NA NIGÉRIA, 2024, Porto Aelgre https://loja.uiclap.com/titulo/ua49154/


Glenio Costa

Kabinda Porto angola não é Nigéria mas faz culto para orixa xango e citado como rei desta não oyo e origem de xango quem explica isto terá caído uma nação inventada por Valdemar que foi começo de tudo mas eu só sei dizer que tem muito fundamento e mistério é magia


Marcelo Souza

Glenio Costa o Porto de Kabinda era o entreposto Comercial aonde todos os cativos de todas as Nações ficavam cativos até serem transportados para as Américas. 80% de todos os africanos cativos passaram por lá.


Rodrigo Carvalho

Pelo o que se tem de estudo e pesquisa feito por algumas universidades aqui do RS, ele nunca foi escravizado. Provavelmente nasceu num período onde ja regiam as leis do sexagenário e ventre livre (esta pela qual com certeza o livrou do trabalho escravo), fora a lei internacional de proibição ao tráfico humano que a Inglaterra impôs principalmente a Portugal ainda no século XVIII e o fato dele ter nascido pouco antes da Lei Áurea.


Alexsandro Dolzan Vaz

Rodrigo Carvalho nasceu no Rio Grande do Sul como consta os registros


Alexsandro Dolzan Vaz

Rodrigo Carvalho não, tenho o registro de casamento dos pais dele (em Rio Grande) o batistério dele (em Rio Grande) nem seus Pais eram Africanos, seu avô sim, era Africano Liberto já no seculo 19


Erick Wolff

Continuação, explica que o Egun (morto) carrega insígnias, pode cantar e dançar para o orixá ao qual em VIDA, cultuava. A seguir:

"O espaço profano é dividido em dois lados: à esquerda ficam mulheres e crianças e à direita, os homens. Após Babá entrar no salão, ele começa a cantar seus cânticos preferidos, porque cada Egun em vida pertencia a um determinado Orixá. Como diz a religião, toda pessoa tem seu próprio Orixá e esta característica é mantida pelo Egun. Por exemplo: se alguém em vida pertencia a Xangô, quando morto e vindo como Egun, ele terá em suas vestes as características de Xangô, puxando pelas cores vermelha e branca. Portará um oxê (machado de lâmina dupla), que é sua insígnia; pedirá aos alabês que toquem o alujá, que também é o ritmo preferido de Xangô, e dançará ao som dos tambores e das palmas entusiastas e excitantemente marcadas pelos oiê femininos, que também responderão aos cânticos e exigirão a mesma animação das outras pessoas ali presentes."

Fonte Aulo Barreti: https://aulobarretti.wordpress.com/a-revista/o-culto-dos-eguns-no-candomble/


Erick Wolff

Caro irmão Victor T'Oxalá, com todo o respeito, mas Babalawo algum possui legitimidade para falar sobre o culto de Sango, somente o sacerdote de Sango que pode falar sobre o próprio.


Erick Wolff

André D'Ogum Avagã saudações amigo, sobre a sua questão sobre o culto de Egungun:

O CULTO AOS MORTOS NO BATUQUE NÃO É (E NÃO PRECISA SER) UM CULTO DE EGÚNGÚN.

https://luizlmarins.wordpress.com/wp-content/uploads/2020/04/o-culto-aos-mortos-no-batuque-nao-e-um-culto-de-egungun.pdf


João Carlos Fonseca 

Pai VALDEMAR ERA FILHO DE XANGO BARU OLOFINA E NAO DE XANGO GODO.XANGO AGODO E XANGO DE UMBANDA,[CABOCCLO],XANGO GODO E ORIXA."


Link https://www.facebook.com/BATUQUEDORIOGRANDEDOSUL/posts/pfbid02RJuKYwpAUgcJuX53mn6fgQKBaJVFPvLu4utEHdhjpDAFfFsVuX45HSbMKwRk9wwfl

Imagens comprobatórias:











 

quinta-feira, 3 de outubro de 2024

O CULTO DOS EGUNS NO CANDOMBLÉ

Este artigo foi publicado no site do Aulo Barret, publicado em março de 1986, acessado em 03/10/2024.

O tema é sobre o culto de Egun no Candomblé.


"O Culto dos Eguns no Candomblé

Sociedades


Os mortos do sexo feminino recebem o nome de Ìyámi Agbá (minha mãe anciã), mas não são cultuados individualmente. Sua energia como ancestral é aglutinada de forma coletiva e representada por Ìyámi Oxorongá chamada também de Ìyá Nlá, a grande mãe. Esta imensa massa energética que representa o poder da ancestralidade coletiva feminina é cultuada pelas “Sociedades Gëlèdé“, compostas exclusivamente por mulheres, e somente elas detêm e manipulam este perigoso poder. O medo da ira de Ìyámi nas comunidades é tão grande que, nos festivais anuais na Nigéria em louvor ao poder feminino ancestral, os homens se vestem de mulher e usam máscaras com características femininas, dançam para acalmar a ira e manter, entre outras coisas, a harmonia entre o poder masculino e o feminino (veja o mito sobre Ìyámi).


Além da Sociedade Gëlèdé, existe também na Nigéria a Sociedade Oro. Este é o nome dado ao culto coletivo dos mortos masculinos quando não individualizados. Oro é uma divindade tal qual Ìyámi Oxorongá, sendo considerado o representante geral dos antepassados masculinos e cultuado somente por homens. Tanto Ìyámi quanto Oro são manifestações de culto aos mortos. São invisíveis e representam a coletividade, mas o poder de Ìyámi é maior e, portanto, mais controlado, inclusive, pela Sociedade Oro.


Outra forma, e mais importante, é culto aos ancestrais masculinos é elaborada pelas “Sociedades Egungun“. Estas têm como finalidade elaborar ritos a homens que foram figuras destacadas em suas sociedades ou comunidades quando vivos, para que eles continuem presentes entre seus descendentes de forma privilegiada, mantendo na morte a sua individualidade. Esses mortos surgem de forma visível mas camuflada, a verdadeira resposta religiosa da vida pós-morte, denominada Egun ou Egungun. Somente os mortos do sexo masculino fazem aparições, pois só os homens possuem ou mantêm a individualidade; às mulheres é negado este privilégio, assim como o de participar diretamente do culto. (veja os mitos de Oyá).


Esses Eguns são cultuados de forma adequada e específica por sua sociedade, em locais e templos com sacerdotes diferentes dos do culto dos Orixás. Embora todos os sistemas de sociedade que conhecemos sejam diferentes, o conjunto forma uma só religião: a iorubana.


No Brasil existem duas dessas sociedades de Egungun , cujo tronco comum remonta ao tempo da escravatura : Ilê Agboulá, a mais antiga, em Ponta de Areia, e uma mais recente e ramificação da primeira, o Ilê Oyá, ambas em Itaparica, Bahia (veja o anexo: Histórico).


Egúngún


O Egun é a morte que volta à terra em forma espiritual e visível aos olhos dos vivos. Ele “nasce” através de ritos que sua comunidade elabora e pelas mãos dos ojé (sacerdotes) munidos de um instrumento invocatório, um bastão chamado ixan, que, quando tocado na terra por três vezes e acompanhado de palavras e gestos rituais, faz com que a “morte se torne vida”, e o Egungun ancestral individualizado está de novo “vivo”.


A aparição dos Eguns é cercada de total mistério, diferente do culto aos Orixás, em que o transe acontece durante as cerimônias públicas, perante olhares profanos, fiéis e iniciados. O Egungun simplesmente surge no salão, causando impacto visual e usando a surpresa como rito. Apresenta-se com uma forma corporal humana totalmente recoberta por uma roupa de tiras multicoloridas, que caem da parte superior da cabeça formando uma grande massa de panos, da qual não se vê nenhum vestígio do que é ou de quem está sob a roupa. Fala com uma voz gutural inumana, rouca, ou às vezes aguda, metálica e estridente — característica de Egun, chamada de séégí ou sé, e que está relacionada com a voz do macaco marrom, chamado ijimerê na Nigéria (veja os mitos de Oyá).



– Bàbá Egun, sob vigilância do Ojé, aconselha um fiel prostrado à sua frente. –

As tradições religiosas dizem que sob a roupa está somente a energia do ancestral; outras correntes já afirmam estar sob os panos algum mariwo (iniciado no culto de Egun) sob transe mediúnico. Mas, contradizendo a lei do culto, os mariwo não podem cair em transe, de qualquer tipo que seja. Pelo sim ou pelo não, Egun está entre os vivos, e não se pode negar sua presença, energética ou mediúnica, pois as roupas ali estão e isto é Egun.


A roupa do Egun — chamada de eku na Nigéria ou opá na Bahia , ou o Egungun propriamente dito, é altamente sacra ou sacrossanta e, por dogma, nenhum humano pode tocá-la. Todos os mariwo usam o ixan para controlar a “morte”, ali representada pelos Eguns. Eles e a assistência não devem tocar-se, pois, como é dito nas falas populares dessas comunidades, a pessoa que for tocada por Egun se tornará um assombrado”, e o perigo a rondará. Ela então deverá passar por vários ritos de purificação para afastar os perigos de doença ou, talvez, a própria morte.


Ora, o Egun é a materialização da morte sob as tiras de pano, e o contato, ainda que um simples esbarrão nessas tiras, é prejudicial. E mesmo os mais qualificados sacerdotes — como os Ojé atokun, que invocam, guiam e zelam por um ou mais Eguns — desempenham todas essas atribuições substituindo as mãos pelo ixan.


Os Egun-Agbá (ancião), também chamados de Babá-Egun (pai), são Eguns que já tiveram os seus ritos completos e permitem, por isso, que suas roupas sejam mais completas e suas vozes sejam liberadas para que eles possam conversar com os vivos. Os Apaaraká são Eguns ,ainda mudos e suas roupas são as mais simples: não têm tiras e parecem um quadro de pano com duas telas, uma na frente e outra atrás. Esses Eguns ainda estão em processo de elaboração para alcançar o status de Babá; são traquinos e imprevisíveis, assustam e causam terror ao povo.


O eku dos Babá são divididos em três partes: o abalá, que é uma armação quadrada ou redonda, como se fosse um chapéu que cobre totalmente a extremidade superior do Babá, e da qual caem várias tiras de pano coloridas, formando uma espécie de largas franjas ao seu redor; o kafô, uma túnica de mangas que acabam em luvas, e pernas que acabam igualmente em sapatos, do qual ,também caem muitas tiras de pano da altura do tórax ; e o banté, que é uma larga tira de pano especial presa ao kafô e individualmente decorada e que identifica o Babá.


O banté, que foi previamente preparado e impregnado de axé (força, poder, energia transmissível e acumulável), é usado pelo Babá quando está falando e abençoando os fiéis. Ele o sacode na direção da pessoa e esta faz gestos com as mãos que simulam o ato de pegar algo, no caso o axé, e incorporá-lo. Ao contrário do toque na roupa, este ato é altamente benéfico. Na Nigéria, os Agbá-Egun portam o mesmo tipo de roupa, mas com alguns apetrechos adicionais: uns usam sobre o alabá máscaras esculpidas em madeira chamadas de erê egungun ; outros, entre os alabá e o kafó, usam peles de animais; alguns Babá carregam na mão o opá iku e, às vezes, o ixan. Nestes casos, a ira dos Babás é representada por esses instrumentos litúrgicos.


Existem várias qualificações de Egun, como Babá e Apaaraká, conforme seus ritos, e entre os Agbá, conforme suas roupas, paramentos e maneira de se comportarem. As classificações, em verdade, são extensas.


O Rito


Nas festas de Egungun, em Itaparica, o salão público não tem janelas, e, logo após os fiéis entrarem, a porta principal é fechada e somente aberta no final da cerimônia, quando o dia já está clareando. Os Eguns entram no salão através de uma porta secundária e exclusiva, único local de união com o mundo externo.


Os ancestrais são invocados e eles rondam os espaços físicos do terreiro. Vários amuixan (iniciados que portam o ixan) funcionam como guardas espalhados pelo terreiro e nos seus limites, para evitar que alguns Babáou os perigosos Apaaraká que escapem aos olhos atentos dos Ojé saiam do espaço delimitado e invadam as redondezas não protegidas.


Os Eguns são invocados numa outra construção sacra, perto mas separada do grande salão, chamada de ilê awo (casa do segredo), na Bahia, e igbo igbalé (bosque da floresta), na Nigéria. O ilê awo é dividido em uma ante-sala, onde somente os Ojé podem entrar, e o lêsànyin ou balé, onde só os Ojé agbá entram (veja o anexo: Oiê masculinos).


Balé é o local onde estão os idi-egungun, os assentamentos – estes são elementos litúrgicos que, associados, individualizam e identificam o Egun ali cultuado -, e o ojubô–babá, que é um buraco feito diretamente na terra, rodeado por vários ixan, os quais, de pé, delimitam o local.


Nos ojubô são colocadas oferendas de alimentos e sacrifícios de animais para o Egun a ser cultuado ou invocado. No ilê awo também está o assentamento da divindade Oyá na qualidade de Igbalé, ou seja, Oyá Igbalé – a única divindade feminina venerada e cultuada, simultaneamente, pelos adeptos e pelos próprios Eguns (veja mitos de Oyá e Egun).


No balé os Ojé atokun vão invocar o Egun escolhido diretamente no seu assentamento, e é neste local que o awo (segredo) – o poder e o axé de Egun — nasce através do conjunto Ojé–ixan / idi-ojubô. A roupa é preenchida e Egun se torna visível aos olhos humanos.

– Ojé e Amuixan, atentos, acompanham Bàbá Egun na sua caminhada. –

Após saírem do ilê awo, os Eguns são conduzidos pelos amuixan até a porta secundária do salão, entrando no local onde os fiéis os esperam, causando espanto e admiração, pois eles ali chegaram levados pelas vozes dos Ojé, pelo som dos amuixan, branindo os ixan pelo chão e aos gritos de saudação e repiques dos tambores dos alabê (tocadores e cantadores de Egun). O clima é realmente perfeito.


O Salão e a Festa 


O espaço físico do salão é dividido entre sacro e profano. O sacro é a parte onde estão os tambores e seus alabês e várias cadeiras especiais previamente preparadas e escolhidas, nas quais os Eguns, após dançarem e cantarem, descansam por alguns momentos na companhia de outros, sentados ou andando, mas sempre unidos, o maior tempo possível, com sua comunidade. Este é o objetivo principal do culto: unir os vivos com os mortos.


Nesta parte sacra, mulheres não podem entrar nem tocar nas cadeiras, pois o culto é totalmente restrito aos homens. Mas existem raras e privilegiadas mulheres que são exceção, como se fossem a própria Oyá; elas são geralmente iniciadas no culto dos Orixás e possuem simultaneamente oiê (posto e cargo hierárquico) no culto de Egun — estas posições de grande relevância causam inveja à comunidade feminina de fiéis. São estas mulheres que zelam pelo culto, fora dos mistérios, confeccionando as roupas, mantendo a ordem no salão, respondendo a todos os cânticos ou puxando alguns especiais, que somente elas têm o direito de cantar para os Babá. Antes de iniciar os rituais para Egun, elas fazem uma roda para dançar e cantar em louvor aos Orixás; após esta saudação elas permanecem sentadas junto com as outras mulheres. Elas funcionam como elo de ligação entre os atokun e os Eguns ao transmitir suas mensagens aos fiéis. Elas conhecem todos os Babá, seu jeito e suas manias, e sabem como agradá-los (veja o anexo: Oiê femininos).


Este espaço sagrado é o mundo do Egun nos momentos de encontro com seus descendentes. A assistência está separada deste mundo pelos ixan que os amuixan colocam estrategicamente no chão, fazendo assim uma divisão simbólica e ritual dos espaços, separando a “morte” da “vida”. É através do ixan que se evita o contato com o Egun: ele respeita totalmente o preceito, é o instrumento que o invoca e o controla. As vezes, os mariwo são obrigados a segurar o Egun com o ixan no seu peito, tal é a volúpia e a tendência natural de ele tentar ir ao encontro dos vivos, sendo preciso, vez ou outra, o próprio atokun ter de intervir rápida e rispidamente, pois é o Ojé que por ele zela e o invoca, pelo qual ele tem grande respeito.


O espaço profano é dividido em dois lados: à esquerda ficam mulheres e crianças e à direita, os homens. Após Babá entrar no salão, ele começa a cantar seus cânticos preferidos, porque cada Egun em vida pertencia a um determinado Orixá. Como diz a religião, toda pessoa tem seu próprio Orixá e esta característica é mantida pelo Egun. Por exemplo: se alguém em vida pertencia a Xangô, quando morto e vindo como Egun, ele terá em suas vestes as características de Xangô, puxando pelas cores vermelha e branca. Portará um oxê (machado de lâmina dupla), que é sua insígnia; pedirá aos alabês que toquem o alujá, que também é o ritmo preferido de Xangô, e dançará ao som dos tambores e das palmas entusiastas e excitantemente marcadas pelos oiê femininos, que também responderão aos cânticos e exigirão a mesma animação das outras pessoas ali presentes.


Babá também dançará e cantará suas próprias músicas, após ter louvado a todos e ser bastante reverenciado. Ele conversará com os fiéis, falará em um possível iorubá arcaico e seu atokun funcionara como tradutor. Babá-Egun começará perguntando pelos seus fiéis mais freqüentes, principalmente pelos oiê femininos; depois, pelos outros e finalmente será apresentado às pessoas que ali chegaram pela primeira vez. Babá estará orientando, abençoando e punindo, se necessário, fazendo o papel de um verdadeiro pai, presente entre seus descendentes para aconselhá-los e protegê-los, mantendo assim a moral e a disciplina comum às suas comunidades, funcionando como verdadeiro mediador dos costumes e das tradições religiosas e laicas.


Finalizando a conversa com os fiéis e já tendo visto seus filhos, Babá-Egun parte, a festa termina e a porta principal é aberta: o dia já amanheceu. Babá partiu, mas continuará protegendo e abençoando os que foram vê-lo.


Esta é uma breve descrição de Egungun, de uma festa e de sua sociedade, não detalhada, mas o suficiente para um primeiro e simples contato com este importante lado da religião. E também para se compreender a morte e a vida através das ancestralidade cultuadas nessas comunidades de Itaparica, como um reflexo da sobrevivência direta, cultural e religiosa dos iorubanos da Nigéria.


Aulo Barretti Filho

Março/1986"


Fonte https://aulobarretti.wordpress.com/a-revista/o-culto-dos-eguns-no-candomble/



 


sexta-feira, 5 de abril de 2024

MÃE SIMARA DE YEMANJA INFORMA QUE NÃO EXISTE ASSENTAMENTO DE XANGO KAMUKA

Coletamos esta postada da página do Facebook, da sacerdotisa Simara de Yemanja, na postagem Simara comenta que segundo a família dela, não há assentamento de Xangô Kamuka, e que ele seria um orixá que não ficaria no igbale.

Por Simara de Yemanja
Postado em 02/04/2024

"ASSENTAMENTO DE XANGO KAMUKA
Pessoal q eu saiba não existe assentamento de Xangô Kamúca(Kamúka) só quem recebeu esse mérito foi pai Valdemar porém esse continua sendo um Orixá q come vários pratos inclusive amalá normal q eu saiba o amalá de repolho branco é prato de Xangô amalá de repolho roxo é axé de ancestrais ..."

Coletamos alguns comentários, a seguir:

Vitonella Silva Ramos
Pois é mãe , mas já vi algumas casas ! Dizem que é assentamento de kamuca

Simara de Yemanja
[Vitonella Silva Ramos] confundem reverência com assentamento pois estou dizendo q estão matando pra Kamúca fazendo esse Orixá em Okutá fazendo como qq um pode e tem esse inteligência, fundamento e esta errado aquele q se acha capaz de tal proesa..

Larissa Ferreira
Pois é mãe, mas a realidade que vemos por hay é bem diferente, inclusive pais de santo de nome ,participando de entrevistas na internet, afirmando ter assentamento de kamucá, que alimenta e etc, independente de não pegar cabeça, hay vamos dizer oque ?

Simara de Yemanja
[Larissa Ferreira] vamos dizer q está errado,se sabemos q esta incorreto não deveremos compactuar desmentindo é o melhor caminho pois inverdades na nossa religião vira pagode

Fabiãn Lacerda
Tomaaa, na cara, estranhamente aqui em Santa Maria tem uma turma que tem o assentamento de Xangô Kamucá... E digo mais tem Sambirá, Anjos, Zina, Pandilha... Tudo recém saídos das fraldas e detalhe quase nenhum tem casa própria.
Hahahahahah, sua benção mãe.

Simara de Yemanja
[Fabiãn Lacerda] pelo caso da casa própria as vezes se faz uma obrigação mais séria pra alcançarmos algo difícil mas dai vai de fundamento pq mtas vezes se planta obrigação em determinado ficando a, essência qd mudam-se esse apronte não responde ai vai de babalorixá para babalorixá. Porém tem mta patifaria feita por novatos e veteranos deslumbrados pela mídia me deixando fula da vida. 

Leonardo Corrêa
Eles confundem segurança de kamuca com assentamento mãe.
Xango é rei da nossa nação e é alimentado em toda terra 

Vera Mirales
Exatamente minha irmã, assim aprendi
Mas para likes e 💰 fazem quer coisa, sentam Kamuká, Zina, Pandilha, Harry Poter, espada de Jedi, Egun da vizinha , etc, etc...dão entrevista , filmam tudo e se sentem o máximo dos fundamentados !!!

Simara de Yemanja
[Vera Mirales] como disse antes Pandilha somente a do meu irmã de sto Adão de Bará Zina na época do pai Romário nunca ouvi falar eu vou fazer o assentamento de Thundercats..

Diego Luz
Não tem, Mãe, já vi pessoas que tem, respeito muito com certeza, mas não sei de onde tiraram e como fazem. Confundem segurança de Kamucá com assentamento. Primeiramente, sabemos bem onde se cultua esse Orixá, mas, o cômodo em não querer buscar conhecimento e a falta dele, faz pessoas crer naquilo que não sabem de onde vêm. Quanto aos amalás, está certíssima mana.

Simara de Yemanja
Diego Luz correto convém se manter desinformado para passar adiante o que se acredita ser correto mas estamos sem governo na religião e mts sabem que fazem errado mas usam o verbo dar...se deucerto até agora continuo e mts vezes já estão sentindo o erro na pele mas não expõem pra não perderem a credibilidade..Só acho...segurança preceitos, reverência é diferente de assentamento mas hj em dia está tudo junto e misturado e colocando o Orixá Xangô Kamúca no balé...

Link https://www.facebook.com/simara.deyemanja/posts/pfbid06EHPiGSaT6ZyLRxseetS9ZwHt79Y2ckUw9oAxVr961iUXgt5CzL8AL2wtk29M5Pyl 

Imagens comprobatórias:









segunda-feira, 12 de fevereiro de 2024

EGUN DE MENTIRA

Postagem coletada do perfil do face book de Oriques de Oxalá.



"### EGUN DE MENTIRA ###
Por Oriques De Oxalá
Postado em 11/02/2024
  
Entenda que absolutamente nada daquilo que for feito para um antepassado terá valor, se não houver conexão com às raízes e relacionamentos obtidos durante a vida terrena. Resumindo, se você não fez em vida, não adianta fazer após a morte! 
 
A grande maioria das pessoas que dizem possuir egum ou cultuar determinado baluarte de alguma nação, simplesmente tem um buraco nos fundos de casa, cheio de comida estragada e outras coisas que até mesmo configuram crime perante a lei dos homens e a lei espiritual. 
 
Já falei em outro momento e torno a repetir: Egum é a continuação do carinho e respeito, por um antepassado que por sua vez, passa a ocupar o lugar de destaque na comunicação dos fundamentos e ritualísticas realizadas aos Orixás. 
 
Chega ser triste ver a hipocrisia crescente no meio batuqueiro quando o assunto é egum. Pessoas realizando homenagens e até rituais para babalorixás que em vida, não tinham o mínimo de relacionamento respeitável. Lembrando ainda que todo Orixá, independente se é praia, mel ou epô, carrega com sigo seus mistérios de egum. Todo aquele que foi trazido, deverá ser mandado de volta! 
 
"Pai mais fulano disse em vida que não queria os rituais fúnebres." Essa afirmação simplesmente não serve como base de fundamento de culto! Perceba que se seguirmos a mesma linha de raciocínio, basta alguém dizer que em vida não quer ter axorô derramado na cabeça e mesmo assim quer ser pai ou mãe de santo e está tudo certo. 
 
Cansei de ver ótimos "balé de egum" pequenos e simples, porém com respostas firmes e verdadeiras, assim como vi palácios com fotos e até climatização, não terem nada além de beleza exterior. Casas literalmente vazias. 
 
Outro erro comum e ingênuo, é a afirmação de que: "Ele gostava de nós, jamais nos faria algum mal." Como se o egum fosse apenas um espírito do kardecismo e ficasse vagando pelo pátio da casa de religião! Amigos, falta muita compreensão do verdadeiro significado do egum e tudo aquilo que o culto pode causar, caso não seja feito corretamente. 
 
Como dito anteriormente, todo Orixá carrega consigo seus mistérios de egum, caso não seja mandado, ele mais cedo ou mais tarde terá fome! Quem ou o quê, vai servir de alimento? Não sejamos crianças, nem tão pouco ingênuos. Egum não é o dia dos finados católico, que você leva flores e reza uma "ave Maria". 
 
Já vi muita gente grande, que tinha tudo na vida, simplesmente se perder, acabar na miséria, por não compreender a importância do envolvimento ou não com o egum. 
 
Egum é o tudo e o nada, é a resposta e a pergunta... Só é mistério quando o fundamento for inventado e o babalorixá tiver medo de ser contestado, aí ele diz que "não pode contar". A seguir, vou expor algumas perguntas simples... 
 
Você sabe a chamada do seu egum? Sabe quais atetés podem ou não serem rezados para sua ancestralidade? Sabe quais comidas são quizilas e quais trazem movimento, axé e fartura? São tantas perguntas simples mas que a maioria não saberia responder! 
 
Faça uma análise pessoal, quem sabe àquilo que você não tem, esteja exatamente no culto que você não faz!


Link https://www.facebook.com/photo/?fbid=974491824284357&set=a.108491700884378 

domingo, 8 de outubro de 2023

QUEM É XANGÔ KAMUKÁ? [NO BLOG: UMBANDA DE VERDADE (AFRO-INDIGENA)]

Para registros da Cultura e memórias do Batuque, esta postagem foi publicada na UMBANDA DE VERDADE (AFRO-INDIGENA), uma comunidade aberta a qual, todos podem ler, porém, precisam pedir permissão para comentar.

Ao pedirmos autorização e a postagem foi apagada, entretanto, para registro já havíamos coletado o texto e imagens comprobatórias. 

Para melhorar visualmente e facilitar a leitura, adaptamos a postagem para o Blog, assim o leitor poderá acompanhar o pensamento e compreender o que o autor desejava expressar.

Importante destacarmos que o texto começa definindo Xangô Kamuka como uma divindade, enquanto algumas pessoas cometiam o equivoco em dizer que Kamuka seria um Egun, desconsiderando que orixá não vira Egun, nem morre. 

[...] Xangô Kamuká é o Rei da Nação religiosa de Cabinda. Este magnifico Orixá é exclusivamente cultuado na Nação de Cabinda, ou seja, Xangô Kamuká naõ é cultuado por outras Nações. [...]

[...] O fato de Xangô Kamuká não ser cultuado pelas demais Nações religiosas no estado do Rio Grande do Sul, apenas podendo ser cultuado na Cabinda e também de não poder ser assentado para pessoa alguma na Nação religiosa de Cabinda [...]

Professor Denis de Ode, informa que:

Voltando ao texto do blog, sem citar fonte o autor do artigo afirma que  "Baruálofina" seria o sobrenome do Xangô do pai Waldemar:

[...] Xangô Agodô Kamuká Baruálofina é o Rei da Nação religiosa de Cabinda, praticada e cultuada no estado do Rio Grande do Sul. Xangô é o nome do Orixá, Agodô é a classe deste Orixá, Kamucá é o nome deste Orixá Rei, que foi assentado para o Babalorixá Rei Waldemar Antonio dos Santos, Baruálofina é o sobrenome deste Orixá Rei da Nação de Cabinda. Kamuká não é classe do Orixá Xangô, é um nome apenas. [...] (o grifo é nosso)

Neste trecho, afirma que a Nação Kanbina seria regida por Egun:

[...] A Nação religiosa de Cabinda é uma Nação regida por Eguns. [...] 

A seguir, novamente sem citar as devidas fontes, o autor afirma que: 

[...]É simples, imaginamos que algum Babalorixá ou Yalorixá da Nação de Cabinda assente o Orixá Xangô Kamuká Baruálofina para algum dos seus filhos de religião, este filho ou filha, a partir da primeira gota de sangue (axorô) que caia sobre a sua cabeça (Eledá) ou Ocutá, estaria de volta á terra o Rei da Nação religiosa de Cabinda. Se o Xangô Kamuká incorporasse no filho ou filha, o Babalorixá ou Yalorixá teria que se curvar, bater cabeça para aquele Orixá Rei da Nação de Cabinda. [...]

Sem fontes ou alguma testemunha viva, não é possível checar a veracidade desta fala: 

[...] A frase dita não pelo pai Waldemar e sim pelo pai Kamuká foi: Depois de mim, não pegarei mais cabeça e nem mais serei assentado, permanecerei como protetor da minha nação![...] 

Considerações 

Segundo fontes e informantes pai Waldemar era de Xangô Agodo. (vide fontes virtuais)

Não há registros que comprovem que "Baruálofina" seja o oruko do Xangô do pai Waldemar.

Pai Waldemar tinha um Kamuka no pátio, que tomava conta da família, por isso, ele ficou conhecido como Waldemar do Kamuka.

Há registros de filhos do pai Henrique feitos para Xangô Kamuka.

Há registros de Kamuka sento. (vide fontes virtuais)

Não há registros da existência de um Xangô Kamuka entre os Banto.

Não há registros, nem testemunhas de que o Xangô do pai Waldemar enquanto ocupado, tenha deixado alguma mensagem, por isso, atualmente trata-se de uma lenda, a qual é repetida, mas sem seja  possível comprovação cientifica. 

Texto completo: 


"Quem é Xangô Kamuká?

Xangô Kamuká é o Rei da Nação religiosa de Cabinda. Este magnifico Orixá é exclusivamente cultuado na Nação de Cabinda, ou seja, Xangô Kamuká naõ é cultuado por outras Nações. Quando alguns se arriscam em falar ou palpitar sobre Xangô Kamuká o fazem de forma fria e até com ares de zombaria em suas "análises", ignorando a sua grandiosa força espiritual.

Também na qualidade de Rei desta populosa Nação religiosa, que é a maior Nação no estado do Rio Grande do Sul em números de adeptos e de templos de religião instalados.

Xangô Agodô Kamuká Baruálofina é o Rei da Nação religiosa de Cabinda, praticada e cultuada no estado do Rio Grande do Sul. Xangô é o nome do Orixá, Agodô é a classe deste Orixá, Kamucá é o nome deste Orixá Rei, que foi assentado para o Babalorixá Rei Waldemar Antonio dos Santos, Baruálofina é o sobrenome deste Orixá Rei da Nação de Cabinda. Kamuká não é classe do Orixá Xangô, é um nome apenas. 

Diferentemente das demais Nações em que os religiosos (por receio dos inimigos ou por desconhecimento) costumam omitir o nome do seu Orixá de cabeça, os Cabindeiros costumam se apresentar sempre declarando o nome de seu Orixá de cabeça. A classe do Orixá não é apresentada por uma questão de costume. Em nenhuma nação religiosa originária da áfrica daquelas praticadas e cultuadas no Rio Grande do Sul, sejam estas puras ou misturadas é assentado qualquer Orixá no Balé, portanto o Rei Xangô Kamuká teve o seu assentamento realizado para o seu filho Babalorixá Rei Waldemar Antonio Dos Santos dentro do Pejí (Quarto de Santo). 

A Nação religiosa de Cabinda é uma Nação regida por Eguns. O fato de Xangô Kamuká não ser cultuado pelas demais Nações religiosas no estado do Rio Grande do Sul, apenas podendo ser cultuado na Cabinda e também de não poder ser assentado para pessoa alguma na Nação religiosa de Cabinda, se dá por uma questão de respeito ao grandioso Babalorixá Waldemar Antonio dos Santos falecido em 15 de setembro de 1935. 

É simples, imaginamos que algum Babalorixá ou Yalorixá da Nação de Cabinda assente o Orixá Xangô Kamuká Baruálofina para algum dos seus filhos de religião, este filho ou filha, a partir da primeira gota de sangue (axorô) que caia sobre a sua cabeça (Eledá) ou Ocutá, estaria de volta á terra o Rei da Nação religiosa de Cabinda. Se o Xangô Kamuká incorporasse no filho ou filha, o Babalorixá ou Yalorixá teria que se curvar, bater cabeça para aquele Orixá Rei da Nação de Cabinda.

O Babalorixá Waldemar de Xangô Kamuká Baruálofina nasceu em 24 de agosto de 1883 e faleceu em 15 de setembro de 1935.

Autoria Zezé de Oxalá (In-Memorian)

A frase dita não pelo pai Waldemar e sim pelo pai Kamuká foi: Depois de mim, não pegarei mais cabeça e nem mais serei assentado, permanecerei como protetor da minha nação!

Peço a atenção de @todos 

Conteúdo sensível! Estamos falando de Cabinda, uma Nação/vertente específica de matriz africana, portanto não analise o tema sob outra perspectiva. Leia as regras do grupo antes de comentar."


Imagem comprobatória:


  


Link https://www.facebook.com/groups/515292469554413/permalink/735095234240801/


Fontes virtuais:
KAMUKA NA NIGÉRIA
https://www.facebook.com/groups/515292469554413/permalink/735095234240801/


Homenagem a Waldemar Antonio dos Santos, patrono e fundador da tradição Kànbína do Batuque do R.S.
https://iledeobokum.blogspot.com/2015/11/homenagem-waldemar-antonio-dos-santos.html


KANBINA: ORIGENS IORUBÁ E CONTINUIDADE NO BATUQUE DO RS
https://iledeobokum.blogspot.com/2019/12/kanbina-origens-ioruba-e-continuidade.html

TIKTOK ERICK WOLFF

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