sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

FELIZ 2022

Por Educa Yorùbá 
Postado em 31/12/2021 



E para o ano que breve estará chegando, 2022, desejamos sorte, prosperidade, resiliência, saúde e muito àṣẹ!

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Que todos os òrìṣà abençoem suas famílias, seus trabalhos, estudos e planos vindouros!
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Votos da Educa Yoruba e Olùkọ́ Vander a todos que há tanto nos seguem, assim como os mais recentes!
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Ẹ kú = prefixo usado em saudações;
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Ọdún = anos, comemoração, festividade. Nesse caso, usado no sentido de ano;
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Titun = novo, recente, fresco;
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Oò = expressão de reforço do que se disse anteriormente.
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Ẹ kú ọdún titun = Feliz ano novo!

quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

28 CURIOSIDADES SOBRE O ENTERRO EM ÁFRICA YORÙBÁ:

Postado por Orisa Brasil 
Em 29/12/2021



Paula Gomes embaixadora cultural do Alaafin Òyó, acompanhou os ritos fúnebres de um dos maiores sacerdotes de área yoruba e trouxe algumas informações. Ela orienta que os muitos rituais são específicos do povo de Sàngó e que não pretende mudar a tradição de nenhuma família, ou modo como alguém faz.

"1. Caixões em área yoruba é algo novo e não tradicional, tradicionalmente os yoruba enterram diretamente na terra. Hoje algumas famílias tem utilizado o caixão afim de facilitar o transporte, no caso de elegun Sàngó koso, como fizeram um grande cortejo em toda a cidade, com muitas pessoas usaram um caixão para facilitar a locomoção.

2. Todo povo de Òrìsà é enterrado dentro de casa, não são enterrados em cemitérios.

3. Cemitérios não pertencem a cultura yoruba.

4. Os sacerdotes podem ser enterrados em qualquer lugar da casa, mas geralmente são enterrados nos quartos onde dormiam ... o povo de Òrìsà pode ser enterrado até mesmo nos corredores de suas casas.

5. Em um mesmo quarto pode ser enterrado mais de um membro da casa.

6. é comum que os filhos também saiam de casa para viver suas vidas, e assim terão suas próprias casas onde começarão a sepultar seus integrantes, por isso é difícil que falte espaço.

7. Para uma primeira cerimônia o sacerdote pode estar vestido com uma roupa tradicional yoruba, mas para seu enterro ritos serão feitos e será enrolado em pano branco, não são enterrados com sapatos ou fios de conta.

8. Muitos rituais são feitos, 1 dia, 3 dias 5 dias, 7 dia. O local onde será enterrado é preparado com folhas e outras coisas no 3 dia.

9. No final do 7 dia o quarto já poderá ser usado novamente pela família. Vão cobrir o local onde está enterrado abaixo do solo, e vão usar o cômodo normalmente, vão dormir ali, comer ali etc.

10. A cultura yoruba diz que os mais velhos têm que viver com a família. E que os mortos convivem com os vivos, se houver algum problema vão consultar o morto. Os ancestrais sempre vão proteger a família.

11. O yoruba tem como hábito separar um pouco da comida e jogar no chão isso é para alimentar os ancestrais e Òrìsà.

12. A família de Sàngó não enterra seus mortos sem fazer o idasa, a consulta do jogo de búzios na própria terra, e tem que ser feito com o próprio jogo de búzios do falecido. Durante este jogo não colocam a cabeça no chão, para reverenciar o oraculo.

13. A consulta do jogo de búzios realizada serve para a família, para saberem as mensagens e também para saber se algo mais é preciso fazer para o morto.

14. No 7 dia do enterro, o Òrìsà do sacerdote é lavado e levado até a sepultura. No Sàngó da casa já está aglutinado Sàngó de outros familiares. Eles cultuarão Sàngó com o morto.

15. O (igba/ojubo) do Òrìsà do morto não será enterrado, quebrado ou despachado. Após a cerimonia, o igba/ojubo retorna para seu próprio local. Ele não fica junto com o morto. Nunca se enterra o Òrìsà da pessoa que morreu em área yoruba, o Òrìsà é colocado junto com Sàngó da casa, e será cultuado .. e se ninguém cultuar ficara guardado, mas nunca será abandonado.

16. Oka é também um nome para amalá em Òyó e é feito com farinha de inhame seca, cozida. No sétimo dia do enterro é dado para Sàngó e também ao morto.

17. Quem faz o ritual são os sacerdotes do Òrìsà no qual o morto é iniciado, não é feito por sacerdotes de Egungun.

18. Se a família tem egungun ele poderá visitar a sepultura.
Também se o sacerdote é muito conhecido é possível que várias famílias de orisa, egungun etc façam homenagens.

19. Todos os filhos carnais e iniciados pelo sacerdote de Sàngó que morreu, precisaram passar por rituais, tiveram que raspar a cabeça e pinta-la entre outros.

20. É tabu de um devoto de Sàngó raspar a cabeça após a iniciação de Sàngó, mas existem duas situações que os iniciados precisam raspar a cabeça. Quando o sacerdote morre e quando a própria pessoa morrer.

21. O adosu não é tirado da cabeça do iniciado, mesmo que ele tenha raspado a cabeça com a morte do sacerdote dele.

22. o adosu de Sàngó só é tirado quando a pessoa morre, então é comum que achem uma outra pessoa para iniciar dentro da família, se não houver ninguém da família para iniciar então fazem um outro ritual.

23. Ela orienta que não conhece Oya igbale e que não há relação nenhuma com Oya levar os mortos para o Orun. Os mortos se juntam aos antepassados.

24. Egun ( os ossos) tem grande importância para as famílias, por isso mantem dentro de casa.

25. Durante o ano eles poderão cultuar o falecido, os yoruba tem um jeito de chamar o morto nos cantos da parede dos quartos onde esta enterrado. Não precisam chamar egungun para falar com os antepassados, eles tem o próprio jeito de chamar o falecido.

26. As esposas do sacerdote que faleceu, ficam em casa durante 3 meses e rituais serão feitos para elas.

27. O falecido continuará a ser consultado para saber se precisa de alguma coisa e para ajudar sua comunidade.

28. Sàngó não tem problema com egungun . famílias de Sàngó podem ter egungun.

Texto: Yemojagbemi Arike - fonte: minha tradição da cidade de Oyo - via Paula Gomes Aduke https://www.facebook.com/paula.gomes.aduke

Fonte - https://www.facebook.com/orisabrasil/photos/a.900307813419420/4648057815311049/

terça-feira, 28 de dezembro de 2021

OGUN E A SERPENTE

Por Paula Cristina Gomes

Postado em 28/12/2013, acessado em 28/10/2021 às 16:58



O povo de Ogun possui a tradição de lidar com serpentes .


Imagem comprobatória


Fonte https://www.facebook.com/photo/?fbid=237234423120647&set=a.140243366153087


Mais fotos cedidas pelo Asa orisa:






domingo, 26 de dezembro de 2021

HÓRUS NASCEU NO DIA 25 DE DEZEMBRO? SAIBA MAIS SOBRE ESTE VIRAL DA INTERNET

Por Márcia Jamille | @MJamille | Instagram 

Postado em 24/12/2013 acessado em 26/12/2021 às 14:37



Todos os anos é compartilhada na internet uma imagem de deuses que supostamente nasceram no dia 25 de Dezembro e dentre eles está Hórus. Não sei em relação aos demais, mas acerca do Hórus isto é conversa, e das mais fiadas. Embora não seja incomum ler em alguns livros, inclusive de Egiptologia, que alguns símbolos cristãos foram adaptados da religião egípcia (a exemplo da Trindade, mas isto é assunto para outro post), particularmente nunca vi algo sobre o nascimento de Hórus ter ocorrido no dia 25 de Dezembro. Procurei nos manuais de Egiptologia e até fiz uma busca na internet e o que encontrei foram sites esotéricos ou amadores comentando sobre este assunto.


Outro fator que desmente esta teoria é que não é possível tentar criar um paralelo entre nosso calendário com o calendário egípcio que usualmente era dividido em:


(1) de acordo com as cheias e semeaduras;

(2) os anos individuais de reinado -ou seja, cada vez que um faraó assumia o trono ocorria uma recontagem-;

(3) o aparecimento da estrela Sirius, que bem sabemos que, embora anunciasse o início das inundações do Nilo, nem sempre ambos os eventos batiam.


Em resumo, por mais que exista uma insistência tanto entre alguns egiptólogos como entre entusiastas, não é possível apontar festividades e acontecimentos egípcios no nosso atual calendário, justamente pelo motivo que o calendário egípcio não tendia a ser linear e fixo como o nosso.


Por fim, nem mesmo as próprias sociedades egípcias costumavam dar uma data de nascimento oficial para as suas divindades, exceto Osíris, Ísis, Nefts e Seth, cuja uma das vertentes do mito apontam que nasceram em dias especiais. Porém, no geral, os documentos religiosos remanescentes tendem a dar interpretações diferentes acerca de alguns deuses e deusas, desta forma, seria pouco provável encontrarmos detalhes de uma divindade, especialmente tão antiga como Hórus, que seriam tomadas como unanime.

Fonte - http://arqueologiaegipcia.com.br/2013/12/24/horus-nasceu-no-dia-25-de-dezembro/





Márcia Jamille
Arqueóloga formada pela UFS com a monografia “Egito Submerso: a Arqueologia Marítima Egípcia” e mestra em Arqueologia também pela UFS com a pesquisa “Arqueologia de Ambientes Aquáticos no Egito: uma proposta de pesquisa das sociedades dos oásis do Período Faraônico”. É administradora do Arqueologia Egípcia e autora do livro "Uma viagem pelo Nilo

sábado, 25 de dezembro de 2021

EXU NÃO É O DIABO, MAS ISSO SÓ NÃO BASTA.

Luiz L. Marins

http://luizlmarins.wordpress.com

25/12/2021



Crédito da imagem: Herick Lechinski


A intolerância religiosa contra os afro-brasileiros tem dois lados:
  • o fundamentalismo evangélico,
  • e a prática da feitiçaria praticado por uma minoria ligada aos cultos afro-brasileiros,
Mas ninguém quer admitir isso alegando liberdade de religião (?) e apelando para a Constituição Federal.

Toda religião tem sua "banda podre", e é sobre a banda podre afro-brasileira que pretendo discorrer neste ensaio.

Os estudiosos do assunto só falam de um lado, o fundamentalismo evangélico, varrendo a sujeira dos afro-brasileiros para debaixo do tapete.
 
Acham que estou exagerando? Vá ao youtube e digite duas palavras: Exu, inimigo. Para facilitar, colocarei o link aqui: https://www.youtube.com/results?search_query=exu+inimigo

E como queremos que a sociedade seja tolerante a este tipo de coisa? É claro reagirá em defesa.

Se clamamos por justiça devida à intolerância religiosa que sofremos, e ela existe, precisamos primeiro dar o exemplo limpando a nossa casa.

Aqueles que se entregam à prática da feitiçaria, que praticam o mal para ganhar dinheiro e se escondem debaixo do nome dos Orixás, não são dignos de bater a cabeça no quarto de santo.

Você é feiticeiro, não gostou do que escrevi, ok ... então, antes de me criticar, leia abaixo o que disse a Mãe Menininha, depois me atire pedras, mas tenha em mente que também atirará pedras em nossa querida Mãe que hoje está entre os ancestrais:

"Saiba o senhor que eu sou mãe de culto africano e, portanto, uma amiga dos outros, e não uma feiticeira perversa. Eu mantenho boas relações com os deuses e não com o diabo. Com certeza, o senhor compreende. Posso curar uma doença sua e tentar alcançar sua felicidade por todos os meios indicados pelos deuses, mas não posso trabalhar para o diabo."


NOBREGA & ECHEVERRIA. “Mãe Menininha do Gantois, uma biografia”, Ed. Corrupio/Ediouro, 2006, p. 182.


Àse à todos!


sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

O MUNDO SE MOVIMENTA PARA COMBATER O SINCRETISMO: ÈSÙ NÃO É O DIABO

Por Erick Wolff de Oxalá
Em 24/12/2021
Créditos da imagem ignorado: à saber



Corre pelas mídias sociais manifestações que estão ocorrendo em alguns lugares do mundo, para combater o sincretismo entre Èsù e o diabo Cristão.  




Para entendermos o que é sincretismo, precisaremos saber que em determinada época os afro religiosos tiveram que camuflar a sua fé, disfarçando a sua identidade para sobreviver e resistir, enquanto eram perseguidos e atacados pela sociedade, que talvez por medo, não entendia a fé e prática religiosa do negro.

Enquanto os afro religiosos praticavam seus rituais, eles se escondiam por trás de imagens dos ícones católicos, uma forma de disfarçar sua cultura e criar simpatia às suas práticas religiosa. Mesmo que estruturalmente continuassem a manter tambores, danças e rituais, que se formos analisar, as imagens católicas não interferiam nos fundamentos, por sua vez, não seriam indispensáveis, servindo apenas como apoio.

Já nos anos 80, propriamente em 1983, o Candomblé dava os primeiros passos para o banimento do sincretismo nas religiões afro brasileiras, tendo como porta-voz a influente sacerdotisa Mãe Stella do Opo Afonja. (Caio - Link )

Já a Monja Coen alerta para o racismo praticado através do sincretismo, veja:
[…] mais tarde quando veio a escravatura, que coisa medonha né, nós todos tivemos uma participação nisto, por que nossos ancestrais estavam fazendo isso, nós estávamos lá, como eles estão aqui agora em nós, mas a diferença é o que nós  fazemos com estas informações, nós não podemos repetir aquilo que nós achamos que não foi digno,  de um ser humano… não foi ético…  não foi coerente com princípios, de PAZ, DE NÃO VIOLÊNCIA… Não permitam que você manifeste a religião que você escolheu, por que eu acho que ela não presta…. Aí começaram a esconder a misturar, daí vem a Umbanda... VAMOS FAZER O SINCRETISMO, vamos esconder as nossas deidades, as nossas entidades, por trás dos santos que vocês reconhecem... será que nós ainda não fazemos um pouco disso... no nosso dia-a-dia com filhos maridos, com irmãos parentes, pessoas com quem trabalhamos... tente fazer-me reconhecer o que você esta escolhendo para a sua vida... procure transforma para a minha linguagem [...] (o grifo é nosso)  

Link - https://iledeobokum.blogspot.com/2013/06/a-violencia-invisivel-com-monja-coen.html 

Mas... seria por acaso esta perseguição nociva e perversa?


IMAGENS 

De certa forma, a sociedade está praticando a sua fé e religião, pois o sincretismo e mensagem visual que traduz esta divindade é vinculada aos demônios, comum em suas literaturas, e, temidos pelos cristãos, veja alguns exemplos:







Observemos os detalhes que traduzem a imagens destas entidades, ou divindades, para entendermos o por que vinculam o nome Èsù ao diabo, principalmente no Brasil.

E hoje, diante tanta perseguição, que os adeptos das religiões de matriz ou influencia africana, estão lutando para desvincular o nome de Exu ao Diabo. 


FEITIÇARIA

Uma parte da sociedade afro-brasileira (?) publica nas mídias sociais ensinando como matar inimigos através de Exu (ainda que não seja o Èsù ioruba).
 
Diz Luiz L. Marins, escritor afro-brasileiro.



"Ora, deixemos de ser hipócritas! Como podemos reclamar de intolerância religiosa publicando vídeos como esse aqui. A prática da feitiçaria é o outro lado da moeda da intolerância religiosa. Então, se queremos dessincretizar Exu do Diabo, começamos por rever estas práticas. Não adianta continuar a prática da feitiçaria, e depois se esconder debaixo da bandeira da intolerância religiosa" (comunicação pessoal)

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

20 COISAS PARA SABER SOBRE EGUNGUN

Postado por yemoja_arike 
Em 20/11/2021, acessado em 15/12/2021 às 13:12



1-Existem muitos nomes de egungun. Não é considerado Orisa para muitos e sim uma sociedade ancestral, mas tb há quem considere.


2-Os egungun de diferentes maneiras é encontrado também em outros grupos étnicos.

3-Alguns Egungun se pode encostar, carregam crianças no colo, outros é preciso manter distancia e só os oloje quem podem interagir

4-Aleso é o nome da iniciação a egungun em Oyo

5-Em Oyo, não se raspa a cabeça para egungun, rituais são feitos nas mãos e nas pernas.

6-Em Oyo, uma iniciação a egungun pode implicar em ter que “criar” um egungun de sua família.

7-Eleru e Alabo são dois dos tipos de Egungun

8-Apenas pessoas especificas podem costurar e fazer as roupas para os egungun

9-Culto de egungun usa como oráculo o obi e alguns orogbo.

10-Iniciados no culto se chamam oje sacerdotes oloje

11-Alapini é um dos cargos mais importantes do culto.

12-Tem diversos tipos de canções e invocações, algumas são feitas em tom fino com a boca.

13-Mulheres só pode cultuar egungun dando oferenda e cantando

14-Muitas família na Nigéria fazem festivais de egungun em Junho/julho agosto que a preparação para a colheita do inhame

15-Egun, eegun é uma contração para a palavra egungun referente a culto, egun sozinha pode ser osso.

16-Ato é o nome que se da a recém nascidos mulheres que nascem com a cara coberta por uma película e precisam ir para o culto de egungun e amuson para sexo masculino.

17 - Existem diferentes cultos de egungun , em alguns falam, outros não, alguns sobem telhados, viram de ponta cabeça e fazem um show, em oyo no festival de sango, há a aposentação de um egungun que sai de dentro do fogo.

18- Em Odi no odu Oosa (buzios) mostra que egungun fica mais forte que os humanos.

19- Pessoas podem precisar cultuar Egungun durante a vida sem que precisem ser inicadas.

20-Baba Ojebode (Oyo) declara que os mortos podem interferir sempre no espaço dos vivos, egúngún é um meio através do qual os ancestrais falecidos retornam à terra em formas físicas. Oladimeji diz que eles conhecem a comunidade em que viveram enquanto vivos e aponta que entre os iorubás a união entre vivos e mortos é indissociável.

Beijos Yemojagbemi Arike
    link - https://www.instagram.com/p/CWfzSa-MZEQ/

10 COISAS PARA SABER SOBRE IYAMI OSORONGA

Postado por yemoja_arike 
Em 21/11/2021, acessado em 15/12/2021 às 13:57



1-Ìyá mi Osoronga-Não é Orisa Elas estão mais p/ 1 das forças controladoras do mundo, e tb uma força do poder feminino. Iyami não pode ser resumida a condição ‘feiticeiras” ou “bruxas”, elas possuem um poder oculto, àjé para mim está mais para aquela-que-age-e-não-vê-de-onde-veio. Elas ajudam os seres na terra, a solucionar problemas causados por más ações que despertam Ajogun (as negatividades).


2-A feitiçaria em área yoruba foi fortemente marginalizada, perguntar sobre witchcraft (feitiçaria) é algo condenável. Aquele que declara que faz feitiço pode ser perseguido por também devotos de Orisa.

3-Em algumas comunidades se faz imule, um pacto, não há iniciação. Em alguns locais dizem haver uma sociedade exclusiva, que não é possível identificar-las, e que ninguém diz pertencer é como um tabu falar que pertence, para entrar tem que ser chamada. Outras comunidades podem falar. existem locais que negam totalmente qualquer tipo de existência de pacto ou iniciação, afirmam não ter nenhuma pessoa com pacto ou uma sociedade existente.

4-Ipese é o nome específico de “ebo” que se faz, não é incomum usar okete um rato seco.

5-Homens e mulheres lidam com iyami através de alguns rituais até mesmo dentro do culto de outros Orisa.

6-As Orisa femininas possuem forte conexão com as iyami mas, elas não são as iyami.

7-Baba Ifatokun Aare Isese Alaafin Oyo, ensina que através dos Orisa, iyami, recebe as oferendas, muitas vezes por Esu colocadas na ruas, encruzilhadas, e locais específicos e até onde se junta terra revirada e detritos.

8-Uma das comunidades que mais demonstram abertamente sobre elas é Gelede, em alguns possuem ritos e mascaras específicas para representa-las em festivais públicos.

9-Alguns Pássaros noturnos são geralmente considerados mensageiros.

10-A maioria dos yoruba não gostam de falar abertamente sobre elas, é dentro dos ritos feitos que encontramos ali sua presença sem que muito precise ser dito. Ver é melhor que falar. Alguns locais quando falam o nome delas se estiver sentado, levanta-se, se estiver em pé sentam.

Tradições podem mudar de local para local . O dono da verdade é você na sua prática e eu na minha.
 Link https://www.instagram.com/p/CWiYFews_xV/

11CURIOSIDADES SOBRE OLOKUN

Postado por yemoja_arike 
Em 14/12/2021, acessado em 15/12/2021 às 12:57



1-Olokun é a/o Orisa ligado ao mar e oceano - òkun é a palavra para mar em Yorùbá


2-Algumas regiões é considero homem, mas em sua grande parte é considerada uma Orisa feminina

3-Em alguns cultos dizem que Yemoja é mãe de Olokun outros que Olokun é mãe de Yemoja em outros não possuem nenhum tipo de relação.

4-Olokun Seniade: Nome da Orisa feminina casada com Oduduwa
Olokun Ajaokoto: quando homem
Olokun Asorodayo: um nome para se referir a Orunmila sem relação com a Orisa Olokun (Sologbade Poopola)

5-Geralmente a cor de Olokun é o branco, mas o culto é tão espalhado que pode apresentar muitas variações.

6-No interior da terra yoruba as comunidades cultuam Olokun em lagos e rios.

7-Ao contrário de muitos Orisa, Olokun é encontrada sendo cultuada em várias etnias, até mesmo não Yorùbá. O seu nome é popular, mas não é todo local que tem festivais em sua homenagem.

8-Olokun pode ajudar seu devoto em todas as coisas, é muito ligada a fertilidade e riqueza- um itan diz que ela era uma fabricante de contas e pessoas de longe vinham comprar, então ela ficou rica. Os seus trabalhos de contas e comércio estavam numa área chamada Igbo-Olokun (floresta de Olokun).

Esse local sofreu escavações arqueológicas e foram encontradas contas (missangas) de vidros datadas do século 12 - muito antes da chegada dos europeus. Foto no carrossel.

9- Traços no chão são usados para chamar Olokun sem que precise invocá-la oralmente- a iconografia é chamada de Ikaye / Mgba para a adoração de Olokun no Reino de Owa, e entre as pessoas Ika do Estado Delta, Nigéria

10- Homens e mulheres são iniciados em Olokun

11- Ile ife ostenta em praça pública uma cabeça/estatua de Olokun, a curiosidade é que essa representação foi pela primeira vez feita em bronze, foi saqueada por britânicos, e historicamente é a imagem de uma das filhas do Ooni ife da época de fabricação. Com o tempo muitos yoruba adotaram como uma representação da Orisa Olokun.

Outras fontes - Solomon Omojie
Fotos: Bunmi Okunlola Faniyi, Cambridge University, Anthony Mahone, Benin City, Nigeria, 1994. Kathy Curnow, 1994.imodara 2016.











Link https://www.instagram.com/p/CXbiOOftSBi/

10 CURIOSIDADES SOBRE ORISA OBA

Postado por yemoja_arike 
Em 15/11/2021, acessado às 13:00

ORISA OBA - TRADIÇÃO DA CIDADE DE OYO



1- O rio Oba realmente existe e a Orisa Oba continua sendo cultuada nele até os dias de hoje

2- Oba foi a primeira esposa de Sango

3- Em Oyo a cor de Oba é o Branco porque dizem que ela tem relação com cultuadores de Olufon em Boro/Oyo

4- Em Oyo uma das comidas favoritas de Oba é a canjica branca e o yan.

5- O oráculo que a família de Oba usa em Oyo é o Obi, e com ele faz todos os rituais, seja ritos de nascimento de uma nova criança a uma iniciação. A família não usa sistema de odu.

6- A lenda contada em Oyo sobre Oba e Osun é que as duas entraram em uma briga por ciúmes de Sango, nesta briga entre as duas Oba perdeu a orelha.

7- Em Oyo dizem que quando Oba nasceu como ser humano na terra o nome dela era Asabo

8- (Segura que essa é forte) Os devotos de Oba no vilarejo de Oyo, se consideram conseguimos de Oba, e dizem que só eles podem entrar em segurança no rio Oba.

9- Oba em Oyo não utiliza bebidas alcoólicas em seu ojubo, os devotos também não podem consumi-la , o dendê também é um tabu, e também não podem transportar fogo em uma cabaça.

10 - Uma das saudações de Oba usada em Oyo é Omi o!







Coleta: Renata Barcelos / Yemojagbemi Arike, Fontes: Asa Orisa Alaafin Oyo, Iya Obafoyeke Odetunde, Baba Obadaiisi, Baba Obagbemi, Iya Mofobake, Iya Obafunmike e Iya Obabunmi
Fotos: Minhas em Oyo - Ile Oba
Link - https://www.instagram.com/p/CXgepO1KdXw/

TIKTOK ERICK WOLFF