terça-feira, 28 de novembro de 2023

NA CAPITAL GAÚCHA NÃO SE DORME SEM OUVIR AO FUNDO O BARULHO DOS TAMBORES DO BATUQUE

Este editorial foi publicado no site Sul21, em 27 de novembro de 2023.

A colunista Duda, aborda a realidade afro religiosa do Rio Grande do Sul e a quantidade de religiosos Afrosul. 

"Casas de religião de matriz africana batalham contra seu apagamento no estado com maior percentual de fiéis do Brasil

Por Duda Romagna

No Censo de 2010*, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), quase 600 mil pessoas disseram seguir religiões de matriz africana no Brasil – 407 mil praticantes de umbanda, 167 mil do candomblé e 14 mil de outras religiões, entre elas o batuque. Dos 407.332 brasileiros que se declararam umbandistas, 140.315 estavam no RS, ou 34,45% do total.

A população gaúcha, segundo dados de 2019 do Departamento de Economia e Estatística (DEE) da Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), é composta por 79% de pessoas brancas e 21% de negras, o segundo menor percentual de pessoas negras no Brasil. Apesar da predominância branca, o Rio Grande do Sul tem, proporcionalmente, a maior parcela de fiéis de religiões de matriz africana entre os estados brasileiros.

No estado, 1,48% da população declara ser do candomblé, umbanda e de outras religiões afro-brasileiras. As outras quatro Unidades Federativas no topo da lista são Rio de Janeiro (0,89%), São Paulo e Bahia (ambos com 0,34%) e o Distrito Federal (0,22%). O estado tem as 14 cidades com o maior número de pessoas autodeclaradas seguidoras de cultos de origem africana. Em Cidreira, no litoral norte, 5,9% da população se declara adepta, o que faz desta cidade do litoral gaúcho o município com maior proporção de seguidores de religiões afro-brasileiras do País.

“Na Capital gaúcha não se dorme sem ouvir ao fundo o barulho dos tambores do batuque, da umbanda ou da quimbanda”, afirma Baba Diba de Iyemonja, Babalorixá no Ilê Asé Iyemonjá Omi Olodô, sanitarista, ativista social e presidente do Conselho do Povo de Terreiro do Rio Grande do Sul.

Números apresentados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em 2017, mostraram que Porto Alegre era a cidade com maior desigualdade entre negros e brancos no Brasil. O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) da população negra na Capital totalizava 0,705, o da população branca era de 0,833 – diferença de 18,2%, enquanto a média nacional era 14,42%.

Territorialmente, Porto Alegre também é desigual. Se no passado regiões como o bairro Cidade Baixa tinham moradores majoritariamente negros, um processo de desterritorialização, assim chamado por ativistas, embranqueceu as áreas centrais. “Os terreiros estão em todos os bairros da cidade, com maior concentração nos bairros periféricos como Partenon, Bom Jesus, Restinga, Lomba do Pinheiro, Morro Santana, Mário Quintana, Medianeira, Vila Cruzeiro e por aí vai”, explica Baba Diba.

Essa migração data dos anos 1960 e, hoje, se vive um movimento de reivindicação dos territórios negros na cidade. “Desde o início da cidade o povo negro foi trazido para trabalho escravo e, com eles, sua cultura e seu sagrado que incorporaram-se ao cotidiano e à linguagem. Esse povo teve sua mão de obra nas edificações, agricultura e trabalhos domésticos, influindo na gastronomia e na culinária também”, relata o Babalorixá.

Ele conta, ainda, que nunca houve um mapeamento sério das casas de religião afro-brasileiras em Porto Alegre, mas que elas estão presentes em grande número. Em todo o Rio Grande do Sul, dados de 2010 apontam que há pelo menos 60 mil terreiros.

“A cultura de matriz africana, e dentro dela as religiosidades que são eixos fundantes para a cultura, são e estão na cultura de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul. Por óbvio não somos povos originários, fomos povos sequestrados da África. As casas de religião de matriz africana têm um problema territorial importante e que faz parte também do racismo fazer com que elas nunca estejam seguras, fixas e protegidas onde elas se estabelecem. É importante dizer que faz parte da tradição consagrar os espaços onde se trabalha a religiosidade. Uma vez consagrada na nossa tradição, é um crime nos retirar deles”, afirma a cientista social, mestra e doutoranda em Sociologia, Nina Fola, que também é parte do povo de terreiro.

O Mercado Público é um dos poucos locais que resistiu ao processo e permanece até hoje como referência para as religiões. Na origem de Porto Alegre, ali viviam os escravos que trabalhavam no porto. No início do século XX, Osuanlele Okizi Erupê, o príncipe de Ajudá, no Golfo da Guiné, que no Brasil adotou o nome José Custódio Joaquim de Almeida e ficou conhecido como Príncipe Custódio, um famoso líder religioso da Capital na virada do século, instalou no local o Bará, orixá que representa o movimento, a mudança, a virilidade e a sexualidade.

Porém, o cenário de apagamento pode mudar. Um Projeto de Lei aprovado no final de setembro pela Câmara de Vereadores da Capital criou o Censo de Inclusão das Religiões de Matriz Africana no município, que tem entre seus objetivos: identificar a quantidade e o perfil socioeconômico das pessoas que frequentam e praticam as religiões de matriz africana, criar o mapeamento das casas de religião de matriz africana e praticar políticas públicas que sejam direcionadas a religiões de qualquer credo.

Pela proposta, de autoria do vereador Cláudio Janta (Solidariedade), serão realizados censos para a obtenção de dados e para a quantificação, qualificação e localização das pessoas que frequentam e praticam as religiões. O primeiro censo deve acontecer em 2024, e os seguintes deverão ser realizados a cada cinco anos. “Com este projeto, buscamos ter as informações necessárias para aplicar as políticas públicas e direcioná-las aos povos das religiões de matrizes africanas, tornando mais igualitários os recursos municipais destinados às religiões”, explicou o vereador.
Nina Fola afirma ainda a necessidade de se debater o racismo religioso como parte intrínseca do preconceito sofrido por pessoas negras no País. “O debate sobre os terreiros, o povo de matriz africana, para mim, é um caminho para fazer o debate sobre o racismo no Brasil. A gente não entende que o Brasil tem intolerância religiosa, a gente entende que o Brasil é racista antinegro e, por conta de nós carregarmos o mais denso da cultura africana no Brasil, a gente sofre o racismo religioso duramente. Geralmente com a constante vulnerabilização dos nossos territórios, com a constante diminuição dos nossos valores civilizatórios, com a constante ridicularização das nossas formas de experimentar e viver o mundo”, relata. “Isso foi secularmente sendo trabalhado e agora é renovado pelas lógicas neoliberais e neopentecostais que têm se elaborado e se constituído na política, na mídia e na comunicação, regida pelos pastores e pastoras”, completa.

*Os números sobre religiões do censo mais recente, de 2022, ainda não estão disponíveis."

Considerações.

Observamos que as estatísticas dos Afro religiosos no IBGE, não batem com a realidade que relatam, este problema decorre, por que ao coletarem as informações não há chance dos afro religiosos se declararem, pois não fornecem campos para respostas.


Outros links que abordam o tema:

A TERRA DOS ORIXÁS: RIO GRANDE DO SUL
Por Erick Wolff de Oxalá








terça-feira, 21 de novembro de 2023

DEBATE: DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA

Este ensaio tem por finalidade registrar debates em comunidades afro religiosas, que abordam o racismo, a posição dos religiosos e da população Brasileira.

O debate ocorre na comunidade Conhecendo Ketu - Oficial®, em 20/11/2023, dia oficial da Consciência Negra.

A postagem divide opiniões e conceitos, onde uma parcela da população entende que o dia da consciência negra deve segmentar a população, outra parcela entende que deve abranger e não fixar apenas alguns indivíduos.


Evair Ciro Deantoni
Esse cartaz é bem verdadeiro mas pode servir de desculpa esfarrapada para aqueles racistas de plantão que nada fazem para, pelo menos, reconhecer o privilégio branco

Conceição Acelina Dos Santos
[Evair Ciro Deantoni] eu sou branca sou obesa E já sofri muita discriminação inclusive no candomblé um dia desses de uma postagem alguém dizendo que candomblé não era lugar de branco isso não é racismo?

Evair Ciro Deantoni
[Conceição Acelina Dos Santos] isso é ignorância mesmo. Racismo é muito mais que tirar um sarrinho

Eliana Borges
[Felipe Carvalho]
*Nota informativa para o povo que tá dizendo que não precisamos de consciência negra, mas sim de consciência humana*
Caríssimos, é impossível falar da consciência humana quando episódios de racismos acontecem reiteradamente. É impossível falar de uma consciência humana enquanto o trabalho escravo ainda se mantém e, aliás, com características modernas. É impossível falar de uma consciência humana enquanto a desigualdade de classe, gênero, educacional, assistencial e de saúde vitimizam, sobretudo, o povo negro e periférico. É impossível falar de uma consciência humana enquanto pessoas negras são vítimas de um Estado omisso que, além de não lhes dá oportunidades, ainda as encarcera, na maioria das vezes injustamente. Enquanto isso, pessoas brancas e criminosas estão livres cometendo os mesmos crimes e vivendo de forma impune.
Dizer que não precisamos de um dia da consciência negra, mas sim de “consciência humana” é uma forma racista e preconceituosa de tentativa de, no mínimo, minimizar a luta do povo negro que ainda precisa lutar por mais espaço, respeito, reconhecimento e equidade na sociedade.

Leo Oliveira
Não, gente!
Isso é desonestidade intelectual.
Me espanta pessoas de candomblé proferindo essa bobagem.
Se temos um dia de consciência negra é porque pessoas pretas sofrem racismo diariamente, e racismo estrutural é algo que impede pessoas de viver sua cidadania com plenitude.
Se você não sofre com o racismo, cale a boca e não fale coisas sem saber.
Precisamos sim do dia da Consciência negra. Precisamos falar sobre racismo. Precisamos superar isso.
Mais da metade da nossa população é negra. Falar de consciência negra não é privilegiar ninguém. Faz parte da História do nosso país e do nosso povo 😘

Paulo Sekiguchi
Leo Oliveira a graça eu acho no que eu quiser… principalmente nesses discursos demagogos. O post está totalmente certo… temos que intender que somos humanos independente de qualquer coisa. Essa papo só alimenta esse discurso de nos contra eles.
“Dividir para conquistar”.

Leo Oliveira
Agora tenho pena de quem não sabe nem as origens da religiao que pertence. Acha que consciencia negra é bobagem. Que seu orixá te ensine a respeitar as coisas e entender, espero que não pela dor.

Fabiano Tavares
Enquanto houver racismo, será preciso do dia da consciência negra.

Fabiano Tavares
E os racistas usam esse argumento para diminuir a importância do combate ao racismo.
Não concordo com essa postagem.

Gustavo Guga
Precisa sim! Branco não quer se conscientizar, se dar ao menos o trabalho de ter e desenvolver sua branquitude crítica. O primeiro discurso deles é dizer "somos todos iguais"... querem enganar quem? Com que propriedade falam isso? Dos lugares de fala de quem tem privilegios? Conhecem o país que moram e como funciona sua sociedade? Muitos coisas foram apagadas e APROPRIADAS, é necessario consciencia sobre tudo de nós brancos em religiões de matriz africana.

Sharlene Santos Wilmes
Uma página que fala sobre religião de matriz africana. Culto trazido e funda nessas terras por pessoas pretas!! Pessoas essa que são subjugadas em todos os aspectos de nossas vidas. Somos os que mais morrem por violência, por negligência médica e nutricional, somos o que menos acessamos políticas públicas, nossas mulheres são as maiores vítimas de feminicídio, somos a maioria esmagadora da população carcerária… é isso não é uma opinião, SÃO DADOs, divulgados por estudos e pesquisas. Somos em maiores em somas de números negativos. Então esse post, nessa página, no dia de hoje, é um verdadeiro escárnio.

Cláudia Oraka
Querem ser de uma religião de matriz africana, mas não reconhecer que existe racismo Quer falar de intolerância religiosa, mas não entendem a especificidade ɖo desrespeito com o Candomblé. O desrespeito acontece único e exclusivamente por se tratar de uma religião negra. Quer usufruir ɖo legado cultural negro, mas não quer se envolver no combate ao racismo.Assim fica difícil.Os brancos tem consciência que são brancos e se orgulham disso.Ter consciência negra incomoda.Como se ter consciência de ser negro impede de ter qualquer outra consciência. Como diz na minha tradição, "bo yì bo wà".Me retiro dessa conversa.

Raquel Almeida
Ridículo uma página que trata de assuntos voltados a religião de matriz africana fazer um desserviço a luta e ao combate contra o racismo! Isso faz entender que metade das pessoas que se dizem fiéis a religiosidade de matriz africana, não conhecem a historia, e a importância de reafirmar a negritude e o orgulho da negritude em um países racista como o Brasil.
Enxergo que a preocupação é querer status dentro de uma construção de pessoas negras, e acabam sendo ignorantes com o que realmente importa! Se existe o dia de hj é justamente pra reafirmar que o povo negro é oriundo de luta, de realeza, de beleza, de magia e de tantas outras coisas que tentam ainda hj dizer que feio e demoníaco.
Se vc é praticante de religião de matriz africana, e não combate o racismo, a desigualdade, vc só faz um desserviço a todas e todos nós. Não basta ter fio e panos caros, essa religião que vc diz se orgulhar foi forjada no suor, sangue, trabalho de pessoas pretas que foram ao longo dos anos desvalorizadas pelo racismo! Se não entendeu isso, de nada adianta seu “culto”. Consciência humana? Termo criado pelos mesmos opressores que escravizaram o povo que trouxe o culto para essas terras.

Conceição Acelina Dos Santos
Sarah Olinda me admiro preciso falar isso porque tem muitas eYlorixas brancas. O Brasil é um país de todas as cores então se estão no Brasil somos brasileiros independente da cor da pele ou quem é gordo magro feio bonito homossexual não é cada um querer ocupar o primeiro lugar para ganhar vantagem

Luciana Davila
O que precisa é o branco abrir mão do protagonismo.

Leonicia Justo de Jesus
Sei!
Fala isso para as pessoas que escreveram no muro de uma Universidade Pública no Río de Janeiro: Fora cotistas, Aqui não é o seu lugar.
Bando de hipócritas.
Vão estudar sobre racismo cordial, racismo velado, construção dá identidade dá criança Negra.
Leiam o livro: Mulheres negras contam a Sua história: E Veja a História de Mulheres que quando criança , no caminho dá escola, sozinha, TODOS OS DIAS, Crianças brancas ab perseguia dizendo que seu cabelo era feio, dizendo que ela era feia, cuspindo nela, jogando pedras.
Até que um Dia além de tudo relatado acima, trouxeram uma tesoura e cortaram o cabelo dela.
Diga isso para àquela menina negra que nos Estados unidos, na Década dos anos 1960 , que para ir para escola precisou ser escoltada pela polícia, porque todos, eu digo todos, os alunos dá escola não queriam que uma criança Negra estudasse lá.
Não esqueça que o Povo racista acha lindo a história de Harry Potter e dizem que as religiões de matrizes africanas são Coisas do Diabo.

José Roberto
Enquanto um povo não chegar a um grau de educação, de consciência coletiva,haverá essas datas para lembrar que há esperança.

Lelê Days
Tão bonitinho esse lance de consciência humana,depois de 400 anos de escravidão e uma avalanche de absurdos horrendos de racismo…acordem!!!!

Fabinho NassoProf
Ter consciência negra é ter o despertamento quanto à uma condição de escravidão imposta ao povo preto por quase 400 anos e que causou o condicionamento mental desse "estado" de servidão em gerações e geraçoes de pretos (e brancos) que ainda perdura nos dias atuais, e é o que provocou (e provoca) o racismo estrutural. Ou seja, é necessário, ainda, que se busque essa consciência da liberdade conquistada para que todos os paradigmas escravocratas caiam por terra. Enquanto ainda houver históricos e comportamentos racistas, tal conscientização ainda não será plena. Então, é muito importante que se simbolize isso através de um Dia da Consciência Negra. É necessário!!!

Ludi de Ossain
Pode ser uma imagem de texto que diz "UNIZAP CERTIFICADO DE "CONSCIÊNCIA HUMANA" Concedemos ao cidadão de bem (ns). o certificado de "Consciência Humana" pelos seus atos opiniões de senso comum. utilização de casos isolados para competir com regra. bem como menção a Morgan Freeman para desmerecer Mès da Consciência Negra. Parabéns. você é um racista! Bolsominion Jairzabel Libertador dos escravos cubanos" Reitor da Instituição Cidadão de Bem (ns) e Defensor da "Consciência Humana""

Dandara Lob
Quer dizer que a noção de respeito, civilidade, igualdade e fraternidade não importam? Num país em que a maioria é negra ou parda, estamos falando de que minoria? Minha opinião tá? Assim como respeito a de vocês, espero que respeitem a minha também, ou vou ter que me vitimizar. (o grifo é nosso)

Considerações

No Brasil é muito difícil debatermos o tema já que a maioria da população possui o tom da pele, ou se declara ou possui o DNA afrodescendente ou indígena. 
Observamos a insatisfação e o rancor da população, ficando claro que ambos lados caminham para divisão de valores.


Link da postagem https://www.facebook.com/groups/604828946236470/posts/7759914247394535

Fonte primaria:


https://www.facebook.com/groups/1754647898110427/user/100005033793439

Fonte segundaria:


https://www.facebook.com/groups/604828946236470/user/100002895377453

 Imagens comprobatórias:













domingo, 19 de novembro de 2023

ENQUETE CANDOMBLECISTA: OBALUAYÊ DEVE USAR PALHA?

Esta enquete foi possada na mídia social Facebook, no grupo Conhecendo Ketu - Oficial®, pelo 

Bàbá Fábio em 13/11/2023.


Na enquete debatem o tema se "Obaluaê deve usar palha?" no Candomblé, diante das atualizadas informações que esta divindade nao se veste com palha.



"Olá, irmãos e irmãs !
Enquete: Obaluaê deve usar palha ?
Por que dessa enquete ?
Sabemos ou não más Obaluaê é um orixá da nação ioruba, cultuado no candomblé. Ele é o senhor das doenças e da cura, e também é associado à terra e à fertilidade.
Mas muito se vê nos dias atuais muitos questionamento sobre isso !
Para responder à enquete, basta escolher uma das opções de resposta e enviar a mensagem no grupo.
Sim !
Não !
Não sei !
Obrigado pela sua participação àwúre !


Simmons Simonetti
Deve sim, sempre foi cultuado assim no Brasil e deve continuar. É cultuado assim a séculos no candomblé, aí os "macumbeiros" Nutella de internet descobrem que na África é diferente e querem mudar . Aiiiii pq na África blabkabla, Jesus é Judeu e lá nem acreditam nele ( entendeu a referência).

Leandro Brazz
Como eu sou do CANDOMBLÉ brasileiro único e exclusivamente, todo Obaluaê/Omolú veste palha, incluindo Jagun, que sai de palhas e uma lança. Não invento, não diminuo, não acrescento.
Já ouvi dizer que essa adoção da palha como vestimenta desse orixá é influência do culto de Sakpata e dos voduns jeje, que acabaram sendo aglutinados no culto.
É nítido essa influência do culto à vodun até mesmo pq as cantigas de orô pra Omolu não são em nagô.
Então eu acredito que seja essa a explicação. O candomblé é um culto que embora se dívida em nações importa características de terras diferentes em origem.

Marcelo Costa Nunes
Mudar o que é necessário, ninguém pensa. Agora, mudar a maneira como o Orixá é cultuado, por conta da tal "Tradição Africana", tem um monte querendo. Sempre usou. Faz parte dos seus mitos, inclusive. Não deveria ser mudado. Por que ninguém muda a quantidade de excessos e marmotas que vmos, inclusive no preço do "chão" e na quantidade desnecessária de bichos que se matam. Agora, tirar filá de Obaluaiê, é importante.

Amós Batista Lolli
Se for se espelhar no Culto do Esin Orisá Ibilé nada está certo, Ossain dar Transe, Obaluaye usar palha, Yemojá ser senhora do Mar, dentre muitos outras coisas, o candomblé é uma religião estruturada, é o que é, não importando como é lá, importando como é Aqui, somos iniciado no culto aqui executado não lá.

Ângelo Rodrigo
Na Diáspora esse Orisá usa palha (motivo? Não sei!) Mas nas terras Yorubá não se usa, segundo que estudei!

Simmons Simonetti
[Ângelo Rodrigo] estude mais um pouco e saberá o motivo

Vinícius Caldas
[Ângelo Rodrigo] pois é, pegue documentários dos anos 60 e 70 e vc vai ver que até eles lá mudaram muita coisa, começando pelos trajes.

Raquel Corrêa
[Vinícius Caldas] já vi alguns vídeos da África, os Orixás vestindo roupas simples brancas

Amós Batista Lolli
[Ângelo Rodrigo] o que chamamos de Omolu ou Obaluye no Brasil não é Obaluaye irmão de Sangó, e sim Omolulu, aqui sincretizado ao Vodun Ajusum e Sapakta. Candomblé jamais será justificado com o que é em terras Iorubás pois aqui o Iorubá chega depois, aqui já haviam, Voduns, Nkisse antes de Orisá chegar, mas Para o Negro Escravizado tudo é o mesmo, são as divindades, a troca de informação aqui deu origem a religião que tem Raizes Africanas e não Apenas Iorubá.

Ângelo Rodrigo
[Amós Batista Lolli] a benção! Amei sua explicação 🙏🏻

Hellen Sodi
[Ângelo Rodrigo] Porque aqui é o Brasil !

João Pedro Tomás
[Ângelo Rodrigo] é AQUILO QUE SEMPRE CONVERSO COM MEUS IRMÃOS MEU VELHO .... JÁ ouviu dizer que aqui o mito vira rito ? É oq vem acontecendo aqui NAS DIÁSPORAS .. muita gente criando fundamento em cima de itãs e assim vai .... EU TENHO UM CERTO PONTO DE VISTA QUE É,TUDO TEM QUE TER UM PORQUE ...SE NÃO TEM É INVENCIONICES

Ângelo Rodrigo
[João Pedro Tomás] concordo!

Roberto Melo
[Ângelo Rodrigo] ver pra que ,igual eu fui em Salvador para ver realmente como eram.esses famosos Ases ....Eu digo Asé é pra poucos so.muda o.lugar mas sao todos iguais e faltam muita Fé ...A fama subiu pra cabeça ....

Angelo Velasco
Qual a melhor maneira de conseguir LIKES????
UMA PERGUNTINHA QUE TODOS SABEM A RESPOSTA MAS GERA POLÊMICA E LIKES

Angelo Velasco
[Cicero Arruda] né irmão kkk
Entramos pra um grupo chamado "CONHECENDO " e o povo fica nessa . Sabemos que vão aparecer várias teorias estudos mas no final a resposta é o arroz e feijão básico , que não vou nem dizer qual é pra não gerar mais POLÊMICA cadê os itãns ? E ensinamentos para os que não sabem muito aprenderem? Isso é conhecido #FicaDicaaa

Vinícius Caldas
No candomblé sim. Agora se for usar como regra a África e seguir a tradicional yoruba, pare de fazer xire igual ao candomblé e só fale e cultue para o orisa a qual foi iniciado. Pronto falei.

Sílvio Ty Odé
Saber não ocupa espaço se na África é desse jeito respeito assim como em Cuba TMB foi modificado por vários fatores eu fui feito na diaspora em solo brasileiro sempre foi assim a palha foi sempre usadas e sigo assim.

Leo Kafu
Sou desse orixá e sempre usou palha e sempre usará

Paulo Silva Silva
No Brasil usa palha e pronto aqui não é África

Erick Wolff
Outra contribuição, segundo o Candomblecista e professor Charles informa que as divindades que vestem palha são as doente:
INTERVIEW WITH JAGUN SANPANNA ALAAFIN OYO
O Jagun informa que Xapana nao é uma divindade doente.

Elisete Xavier
Não sei.mas não gostaria de tirar as palhas de meu pai jamais

Erick Wolff
interessante a enquete, pela preservação e memorias das religiões afro brasileiras, seguem algumas contribuições:
WHOS IS OBALUAYE, SANPANNA E OMULU

Sidnei Fortuna
Sim. Sempre foi assim aqui no Brasil por que mudar.

Keslley Pereira
Eu sou muito novo, mas em minha humilde opinião, vai do momento em que ele estava para com o seu filho, pois têm passagens em que ele não era todo coberto por palhas, como falado na passagem dele com Iansã, então pelo menos ao meu ver, depende muito, por exemplo, quando ele teve a fase em que ele foi para a guerra, ele não se vestia totalmente por palhas, mas em fim, novamente, essa é só a minha humilde opinião, eu posso até mesmo estar totalmente errado nessa minha maneira de pensar.

Érick Vengerberg
Esse sou eu Rodado em Pai Omolu! Bom Omolu usa suas palhas pra se proteger das impurezas humanas , usa suas palhas pra se proteger das chagas , usa suas palhas pois seu beleza e tão radiante feito o Sol ☀️. Omolu usa suas palhas por muitos motivos pos… Ver mais
Pode ser uma imagem de 3 pessoas

Arthur Silva
Candomblé é uma construção de sobrevivência, não de conforto de tradicionais iorubás que viajam de avião hoje pra cá dizer que está errado. Amo meu Orisá, minha iniciação, dele não saio.

Rinaldo Robles
Bom dia a todos
Vamos lá se existe uma.coisa q me irrita são as pessoas querer,,comparar africa com o Brasil culto tradicional.com o candomble.
Quando as pessoas colocarem na cabeça q somos de matriz africana não de origem africa,talvez essas comparações parem.
E outra coisa msm em.solo africano os orixas não são cultuafos da msm maneira.
De região pra região de africa existe as diferenças no culto aos orixas

Edu de Òsàgíyàn
Como sou adepto ao candomblé a resposta é sim

Maria Fatim
Pai obaluae pai omulu sempre vierao de palha hoje quere muda tudo não vejo pai omulu sem suas palhas

Carlos Henriq
No Candomblé Brasil se usa
Mas Lá na África Não...
Mas cada um no seu culto

Ivan Trindade
Sim claro que deve se usar palha esse rei

Ivan Trindade
Nosso candonble e brasileiro

João Afonso
Não porque de acordo com sua nação

Marco Antonio DA Silva Silva
Aqui não é África aqui é mistura de nações e nessa mistura deu isso .enfim deve usar palha sim

Savio Assad OmoÁiyè
Sou do Candomblé Afro Brasileiro e sigo as tradições que aprendi . Omolu se veste de palha.

Savio Assad OmoÁiyè
Sim , sou filho das palhas"

Considerações
O Candomblé atualmente debate sobre o realinhamento dos costumes e tradições candomblecistas, e buscam informações na matriz para uma possível reafricanização.


Imagens comprobatórias:

















MEMÓRIA DO BATUQUE DO RS (1998)

Esta postagem foi republicada na mídia social Facebook, página pessoal do Omorìsà Otìn Ode em 18/11/2023.

Originalmente a publicação foi publicada em 18/11/2022, trata-se de uma homenagem ao sacerdote do autor, que faleceu a 22 anos.

O nome do sacerdote é Carlos Humberto el Zoor, conhecido como Pai Carlos de Oxun. A casa religiosa localizava-se na cidade de Paso del Rey, Buenos Aires. Nação oyo.



Imagem comprobatória: 





DICA DA MANHÃ, NÃO EXISTE NENHUMA POSSIBILIDADE DE UMA PESSOA SER PRONTA NO BATUQUE E NO CANDOMBLÉ.

Este debate deu-se inicio na data 17/10/2023, na comunidade Rede Batuque RS.

Ita de Yemanjá autor do debate, abre uma postagem apresentando duas situações que colocam religiões iniciáticas semelhantes em pauta.

O tema do debate: DICA DA MANHÃ, Não existe nenhuma possibilidade de uma pessoa ser pronta no Batuque e no Candomblé.

Para o bem da ciência história e memória do Batuque, selecionamos algumas falas para que possamos acompanhar o debate.




DICA DA MANHÃ, Não existe nenhuma possibilidade de uma pessoa ser pronta no Batuque e no Candomblé

"Ana Paula Ott

Oiii bom dia antigamente não era permitido mais hoje em dia tem muitos que tem os 2 ai não sei como é


Robson Nascimento

O Ori com 300 orixas


Robson Santos

[Gui Pereira] qualidades diferentes, eu sou do mesmo Orixá tanto no batuque como no candomblé porém as qualidades do mesmo muda em ambos os lados até mesmo porque dificilmente irá ter a mesma qualidade nos 2 lados


Gui Pereira

[Robson Santos] sim, porém o ori continua sendo da mesma essência, vamos supor que seja uma oxum panda aqui no batuque e uma oxum iponda no candomble embora orixas com qualidades um pouco diferentes são as que tem as características mais semelhantes, entao a essência do orixa continua sendo a oxum, teu ori continua sendo da oxum, mesmo que mude a qualidade do orixa a essência primordial do teu ori continua sendo o mesmo, não vejo problemas, os fundamentos de cada um são diferentes, a religião é diferente o culto, a forma de cultura são diferentes, porém como eu disse um ori jamais poderá ser de outro orixa a não ser daquele que foi criado para você, não interessa onde tu estiver


Bàbá Marco

[Gui Pereira] só uma pequena correção: Pandá e Ipọnda é a mesma coisa. No Yorùbá, a vogal nasal "ọn" é pronunciada "an". Por exemplo: antigamente, Ṣàngó se escrevia Ṣọ̀ngó mas a pronúncia era a mesma.


Gui Pereira

Agora a pessoa ser de oxum no batuque, ter feito seu ori a oxum e ir para o candomble e lá por exemplo for de oya eu acho errado, o ori é um só , dar o ori a 2 orixas diferentes isso pra mim é errado


Suelen Barcello

[Gui Pereira] mas se pode cultuar os dois exemplos o candomblé e o batuque eu acho muito confuso isso pós as rezas as doutrinas as cores são totalmente diferente então como e possível a pessoa lhe dar com os dois rituais??🙆‍♀️


Andersom Gonçalves

[Gui Pereira] eu conheço uma ialorixa q e do oya no candoble e do oxala no batuke pra mim ta errado mais a casa bonba de filhos


Alberto Moreira

[Gui Pereira] há um caso exatamente assim aqui em Porto Alegre.... Oxum no batuque e Iansã no candomblé....


Gui Pereira

Alberto e o que eu digo, é errado, como que teu ori vai ser de 2 orixas diferentes?


Daniel Do Bará

Cuidado com certas afirmações

Existe muita coisa neste mundo do que nosso pouco conhecimento....

Meu baba é feito no Candomblé e no batuque.

E olha que é uma pessoa com mais de 50 anos de religião.... Isso não é modismo de hj. Isso já acontece a muito tempo

 

Suelen Barcello

[Daniel Do Bará] o que não da para entender como seu baba lidar com isso pós a feitura e totalmente diferente, as rezas, as cores, os dias da semana e ano para mim também e muito confuso tudo isso mas respeito quem consegui entender.


Daniel Do Bará

[Suelen Barcello] eu fico apavorado com o discernimento e a inteligência dele...

Muito bom sempre falar com ele ....

Tem conhecimento pra dar e vender


O Tal Rodrigo Finger

Não entendo está pessoa gosta de afirmar fatos e chamar atenção no grupo,faz tempo que vejo está carência deste ser em tentar criar polêmica..... É só olhar as outras publicações dele !!! Não sou de candomblé e nem acho bonito ( minha opinião) agora nã… Ver mais


Patricia Sampaio

Não sei só sei que não se pode servir dois senhores ou duas senhoras


Julio Cesar

Eu acho no mínimo interessante essa questão de ter dois cultos diferentes no Ori.

Não tenho nada a ver com o que as pessoas fazem com suas vidas.

Acredito que afirmar que não possa, seja algo realmente muito forte, porém gostaria que me explicassem, co… Ver mais


Inácio Machado Jr.

[Julio Cesar] oi pai sua bênção também acho complicado pois as duas são culto ao Orixá, como séria o desligamento? Muito boa a pergunta do senhor. Além da questão quando troca o Orixá sendo que o Ori é um só...


Bàbá Marco

[Julio Cesar] e como seria o jogo, se no Batuque é de uma forma e no Candomblé outra?

E como ficaria o tabu da ocupação?

E como ficariam os Igba de um mesmo Orixá? Haveriam dois ou se manteria um deles? Quem comandaria a coisa toda: os dois? Um deles? Qual?


Mário Oxalá Obokun

[Bàbá Marco] da Banana para exu ou não dá?


Julio Cesar

[Luis Felipe Soares] entendi.

Me parece meio vago, mas entendi.

Com relação a umbanda e kimbanda, esses cultos tem ligação com Ori?


Luis Felipe Soares

[Julio Cesar] tem quem o faça inclusive aqui no RS tem 2 que eu conheça. Mas como tem outros debates em alta. Isso fica no limbo.


Luis Felipe Soares

[Julio Cesar] pergunta. Se falam que não tem ligação com o ori.

Como é que dão passagem os espiritos para a incorporação?

Falar que umbanda e kimbanda não tem relação com ori, no meu ver acho muito mais vago.


Julio Cesar

[Luis Felipe Soares] pergunto se tem ligação, pois não cultuo e não sei mesmo.

Ligação a ponto de ter que desligar.


Luis Felipe Soares

[Julio Cesar] depende de que ótica se vê. No meu ver, se passou por um rito de passagem e /ou iniciação dentro de um culto. Tem que ser feito feito o desligamento espiritual dentro da forma de culto, independente do que for. Minha opinião segundo o que me passou mru olwo.


Franciele Rosa

Não entendo… aí o Ori recebe axoro de dois orixás diferentes? Se no batuque isso não é permitido, então não tem como ter candomblé.


Luis Felipe Soares

Fala isso pros que respondem no jogo do marmoteiro do Mano Alves . Me mandaram pro tal Ifa 😂😂

Essa tua afirmativa ai, se não tiver uma boa dissertação. Mostra que ta muito fraco de conhecimento do propio culto que pratica.

Desde que a pessoa saiba tratar e diferenciar uma prática da outra, uma só incrementa a outra.

O propio Borel aperfeiçoou seus conhecimentos de rezas e fundamentos do toque nos terreiros sob a bandeira de Mãe Menininha.

Não me adoece!


Mano Alves

[Julio Cesar] Dentro da pouca vivência que eu tenho nessa questão, as pessoas (que eu conheço) que foram para o candomblé mesmo sendo o mesmo orixá deixaram de praticar o culto do batuque em seus Oris, alguns seguem cuidand de seus orixás do batuque poré… Ver mais


Julio Cesar

[Mano Alves] entendi.

No caso que citou as pessoas não fazem mais obrigação para os orixás do batuque, ou seja não deitam mais para aquele Orixa.

Nesse caso entendo perfeitamente, apesar de não reforçarem nunca mais a ligação com o seu próprio ori, até e… Ver mais


Suelen Barcello

Bom tem babas já adquirindo rezas de candomblé no batuque 🤷‍♀️


Luis Felipe Soares

[Suelen Barcello] tem rezas do batuque que são cantadas no candomblé e na Osha Cubana a séculos. Ai como é que fica?


Suelen Barcello

[Luis Felipe Soares] não sei eu acho os rituais diferentes particularmente não sei como é possível mais se você teria uma explicação para isso para mim e muito confuso por ser rituais com ritmo,cores,dias e anos diferente do que agente do batuque cultua.


Iuri Beranach

Até as roupas, o adjá, os cargos, e até umas folhas e ebós do candomblé estão enfiados em algumas famílias de Batuque...

Inclusive teve uma Yalorixa já falecida e bem famosa no RS que era de candomblé, batuque, umbanda, Kimbanda, etc etc etc...

Ninguém nunca falou nada...


Adilson Piedras Junior

[Iuri Beranach] muita gente acredita que o candomblé é uma religião mais estruturada , mas não é verdade... Nossa sineta , o comportamento do Òrìsà , a forma de fazer as comidas , e muitas outras coisas é muito mais semelhante a religião tradicional que o candomblé


Kessi Marques

Aí mas se for o mesmo santo pode. Aí o santo desce no candomblé e não no batuque ? Ou aí a pessoa não precisa de segredo da ocupação? Pessoal lá de cima gosta de dizer que nós somos "marmoteiros", é cada um que acontece que não tem como não dar razão


Cristiano Barros Suraoob

O candomblé, batuque,omolocum,tambor de Mina,xangô de Recife....todos estes seguimentos....foram organizados aqui no Brasil por nossos ancestrais.....na África está totalmente,o que se expõe e opinião....pra ter certeza do que pode ou não pode ...tem q… Ver mais


Juliane Leal

Cada casa com sua verdade, dificilmente você vai conhecer um ilê e vai gostar de tudo, concordar mas o respeito é sempre bom! O preconceito não vem só dos de fora e sim os da própria religião, na dúvida saiba que dentro daquele ilê pode, se não pode em outro veja em qual está e siga a doutrina.


Gil Jumier Jumier

Tem que perguntar pro Rui do Xangô ou Bruxo Malagueta que tem nação e candomblé.


Léo Agandjú Ïomí

E ao contrário, pode também ? A pessoa cumpriu todos seus preceitos no Candomblé e entrou pro Batuque, deixa de lado o culto à seu Orí no Candomblé e passa a cultuar somente no Batuque com a ligação respectiva aos Orixás do Batuque ? Continua cultua… Ver mais


Roger Duarte

A questão é: pra que dois cultos ao orixá no mesmo orí?

Creio que o orixá permanece o mesmo, só vão se acrescentar um bom punhado de dogmas, ritos e práticas que, no mínimo, entrarão em choque em algum momento... É procurar mais do mesmo, ao meu ver.


Hendrix Silveira

Sou afroteólogo, ou seja, minha profissão é refletir teologicamente as tradições de matriz africana. Candomblé e Batuque são tradições irmãs. Cultuam as mesmas divindades, praticam os mesmos ritos (embora de forma diferente) e tem a mesma filosofia. Praticar as duas tradições é o mesmo que um cristão dizer que é católico e luterano ao mesmo tempo. Não é possível. A partir do momento que raspou a cabeça, deixou de ser batuqueiro.


Lisiani Bauer

[Hendrix Silveira] interessante sua explicação,oq fiquei em dúvida é que tem alguns (q não vou citar nomes)se dizem "prontos"na Nação batuque e são do candomblé tbm,ou seja tem algo q não bate nisso?.

Se foi pro candomblé não é mais pai ou mãe de santo no batuque?


Hendrix Silveira

[Lisiani Bauer] os ritos são diferentes, por isso um pai/mãe de santo do Batuque precisará passar por outros rituais específicos do Candomblé para poder ser pai/mãe de santo dessa tradição, assim como um padre não é automaticamente um pastor na igreja luterana. A feitura do batuque não será apagada da história da pessoa, mas ao raspar e fazer as obrigações comprometerá a obrigação anterior. O mesmo acontece com candomblecistas que foram iniciados no Ifá, não poderão mais participar de rituais de candomblé e nem mesmo poderá "virar" no santo. Batuque e Candomblé não é umbanda que a pessoa incorpora várias entidades.


Lucas Melo

[Hendrix Silveira] o Sr intende de feitura tbm pq nação brasileira faz o acentamenti de uma África toda e se torna pai de santo já no candomblé se faz o corpo e se torna baba mais pra ter a África toda tem q ter um filho de cada na casa pois ele mesmo não pode sentar a africa


Hendrix Silveira

[Lucas Melo] Existem diferenças na forma dos rituais principais e o candomblé possui outras formas e ritos que não tem no Batuque e viceversa, contudo, o candomblé não pode ser pensado como um complemeto ao batuque como muitos pensam, por exemplo, a umbanda e a quimbanda.


Adilson Piedras Junior

Com respeito a todos e as opiniões adversas, mas alguns fatores precisam ser repensados....

São ambas religiões de matriz africana mas são diferentes, contudo cada uma tem estrutura, preceitos e características próprias!

O que ocorre muito é a tentativa de introduzir alguns ritos, objetos, toques, cantigas, de uma religião a outra, o que na minha opinião é um equívoco quando se trata do batuque, pois nossa religião é uma diáspora que não nasceu de outra diáspora, ela originou-se com base na matriz, mas possui característica própria e não depende de outra religião

Além do mais, temos tradições diferentes, mas somos todos Nagọ, ou seja somos orixaístas, diferentemente do candomblé que nem sempre são adeptos de cultuar òrìsà!

Respeite sua religião! O momento que alguém precisa de duas religiões diferentes , para cultuar as mesmas divindades ou pior ainda divindades diferentes , significa que há uma insuficiência que deve ser analisada e repensada se está de acordo com aquilo que quer, precisa e acredita.


Chico Neto

Caro afroteologo [Hendrix Silveira] excelente informação de que o candomblé e o batuque são irmãs.

No entanto, observo que se generalizar acabaremos ignorando as divindades dos povos que não cultuam orixás do candomblé, mesmo assim, ainda poderemos dizer


Hendrix Silveira

[Chico Neto] Não generalizo, apresento elementos que estão presentes em todas as tradições, ainda que os entendimentos sobre esses elementos possam ser divergentes. O culto ou não de certos Orixás é irrelevante, já que o candomblé também não cultua algun… Ver mais


Chico Neto

[Hendrix Silveira] Ainda a tempo, importante destacar que os banto e os fon não praticam o rito do bori e não possuem similar, pois o rito do ori tem origem nos povos iorubá.


Hendrix Silveira

[Chico Neto] na verdade há sim ritos semelhantes: no Candomblé Angola há o ngudia camutue ou pangu camutue. E no Jeje há o tasén, apehe ou Ahisu.


Adilson Piedras Junior

[Hendrix Silveira] Saudações Sr. Conhece Ile no batuque que cultua nkise? O conceito se Ori é igual no candomblé banto?


Hendrix Silveira

[Adilson Piedras Junior] Não sou um estudioso da cultura bantu, exceto por alguns conceitos filosóficos como ubuntu e "ser-força". Essa pergunta teria que fazer para um especialista na área, mas sob o ponto de vista da unidade africana falada por Amadu H… Ver mais


Hendrix Silveira

[Adilson Piedras Junior] Não há culto formal a Nkisi no Batuque, ainda que haja uma nação que adote o nome Cabinda. Há indícios de que Kamuká, cultuado na nação Cabinda do Batuque, seja uma divindade angolana, mas de qualquer forma não é um culto completo.


Chico Neto

[Hendrix Silveira]

Antes falaremos sobre as divindades cultuadas entre os povos do Candomblé e depois falaremos sobre o conceito de noção de pessoa.

Entre os povos ioruba possuímos os orixás que são divindades que habitam a natureza e muitos dominam os elementos da natureza.

As divindades banto é a própria natureza, e os vodun são ancestrais, entre o candomblé tradicional destaca-se claramente estas diferenças, além dos ritos, iniciações e idioma.

O Batuque possuem uma parcela das divindades e suas nações nao possuem elementos para formação de novas nações.

Assim temos a melhor citação é do prof Vivaldo da Costa Lima:


Hendrix Silveira

Não sou antropólogo, mas sim teólogo, logo, minhas proposições e reflexões partem de princípios teórica e metodologicamente referenciados na Teologia e esses princípios são muito diferentes dos apresentados pela Antropologia. Além disso, não vi qualque… Ver mais

Afroteologia: Construindo uma teologia das Tradições de Matriz Africana

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Chico Neto

[Hendrix Silveira]

Já que eu apresentei o conceito, agora gentilmente abro espaço para que o professor nos apresente os pontos similares dos conceitos de Ori, Camutue e Tasen. Uma rara oportunidade que temos de sentarmos para estudar com o mestre.


Hendrix Silveira

Não sou um estudioso dessas outras tradições. Veja com quem as estudou. Apenas conversei com babás que me disseram isto. Se discorda, tudo bem.


Chico Neto

[Hendrix Silveira Hendrix]

São divindades, no entanto, cada povo tem o seu Deus, ignorar isso seria um equívoco da nossa parte não acha ?


Hendrix Silveira

[Chico Neto] Mais ou menos. Depende de como entendes esse Deus. Se Olodumare, Nzambiampungu e Mawu são deuses diferentes ou se seriam o mesmo Deus manifestado em diferentes povos.


Chico Neto

[Hendrix Silveira]

Quais seriam os indícios de que a a Cabinda seria banto? e como chegou a conclusão de que o culto de Sango Kamuka nao estaria completo?


Hendrix Silveira

[Chico Neto] Não disse que o culto a Xangô Kamuká está incompleto, disse que, caso Kamuká pudéssemos comprovar que Kamuká seja um Nkisi, seu culto não está em conformidade com o culto aos Nkisi, logo não estaria completo neste sentido.


Adilson Piedras Junior

Sr [Hendrix Silveira] poderia me indicar uma fonte sobre os índicios de Kamuka ser uma divindade angolana?


Hendrix Silveira

[Adilson Piedras Junior] escrevi no meu livro. https://a.co/d/cT6EXpc

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Chico Neto

[Hendrix Silveira] Interessante, poderia citar os babás que lhe disseram, por que jogou o tema, porém não embasou.


Hendrix Silveira

Desculpe. Não sabia que isso aqui era uma banca de doutorado. Preciso me preparar melhor. 😉


Chico Neto

[Hendrix Silveira]

Não é uma banca, nem há necessidade, porém, não é sempre que temos uma oportunidade de um PhD na prosa, desta forma, nos maravilhamos ao ter oportunidade de ter fontes e informações devidamente citadas e uma conversa boa, pelo menos p… Ver mais


Adilson Piedras Junior

Sr [Hendrix Silveira]

Não vi sua fonte ainda, vou pesquisar com toda atenção , contudo segue uma fonte


Hendrix Silveira

[Adilson Piedras Junior] meu velho. Fui o primeiro a descobrir isto e publiquei no Jornal Bom Axé em Janeiro de 2008. Este é ym indício.


Adilson Piedras Junior

Sr. [Hendrix Silveira]

Excelente que tenha sido o primeiro a registrar esta informação, pois, segundo informações, este povo citado é uma migração decorrente da guerra, que levanta a possibilidade de ser o povo original "Kamuka" na Nigéria que estava em plena atividade no século XIV, situavam ao lado do Oyo antigo.


Hendrix Silveira

Então Erick. A citação está incompleta, pois falta a fonte de onde tirou esta citação. Entrementes, sei da existência de um grupo étnico chamado Kamuku no norte da Nigéria, onde há até mesmo um parque nacional com esse nome. KAMUKU e não KAMUKA. A confirmação é dessas fontes: YAKAN, Muhammad Zuhdi. Kamuku. Almanac of African peoples & nations. Transaction Publishers, 19999. p. 369. OLSON, James Stuart. Kamuku. The peoples of Africa: an ethnohistorial dictionary. Greenwood Publish Group, 1996. p. 270. Além disso existem outras questões que precisam ser avaliadas: 1°) a região em que ainda vivem é o norte da Nigéria, região islamizada desde o século IX e os islâmicos possuíam uma política de não escravização dos seus, ao contrário dos cristãos, majoritários na metade sul do país; 2°) não há registro histórico de migração desse grupo para fora da Nigéria; 3°) não há registro de entrada dessa etnia no estado do RS no período escravista (por isso a ideia de que seja um grupo étnico de Angola também é especulativo). 4°) há registros de entrada de cabindas no RS, exatamente nestes termos: CABINDA. Então o que fazemos é apenas especular sobre essas evidências.

 

Adilson Piedras Junior

[Hendrix Silveira]

Correto, e um estudo do erick, somente uma correção, a Dra. Paula Gomes, informou que o nome do parque é Kamuka, porém como está escrito em

Inglês ficou kamuku, por isso, volto a dizer que é Kamuka. 

Quanto a fonte, está no topo da imagem, conforme você mesmo mandou que fossemos buscar no seu livro, pelo menos, a revista é gratuita, para acesso de todos em qualquer lugar do mundo. 


Adilson Piedras Junior

Outra fonte incrível para apoiar o tema ... Sr [Hendrix Silveira]


Link da postagem:  https://m.facebook.com/groups/BATUQUESRS/permalink/2537040933124725/?mibextid=Nif5oz

Imagens comprobatórias 





































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