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terça-feira, 20 de agosto de 2024

PAULO DAMATA PERGUNTA SOBRE BEBIDAS PARA O BARA LODE E OGUN AVAGÃ

Nesta postagem do Paulo Damata, postado no grupo Nação Cabinda do RS do Facebook, com intuito de coletar informações sobre o costume de oferecer bebidas aos orixás.
Precisamos esclarecer que a maioria das famílias do Batuque tradicionalmente não oferecem bebidas a orixás.
Vejamos a postagem:



"Bom dia irmãos!!!!!
Alguém sabe ou já ouviu ( no passado Bará Lodê bebia Cachaça) ?
Sei que é estranho para Orixá mas é coisa antiga.
Obrigado"


Coletamos alguns dos comentários durante o debate:

"Erick Wolff

Bom dia, temos registros de sacerdotes que faziam serviços para o avaga com uma garrafa de cachaça, diretamente na encruzilhada.


Rafael Tealdi

[Erick Wolff] Bàbá, era a bebida "cachaça" mesmo ou algum tipo de aguardente, como o Gin, por exemplo, muito usado em África ou Candomblé?


Diego da Rosa

[Erick Wolff] Eu sirvo cachaça e ou gin para lode, cerveja para ogun avagã espumante para oyá! Gin eu esborrifo nos barás (okutas)


Diego da Rosa

Não dou bebida alcoolica para axeres! nem orixá em terra


Babalorixá João Òsún Olobomi

[Erick Wolff] se faz ou se fazia dar mimiã amargo (farinha de mandioca com epô e um pouco de cachaça) no trilho de estrada de ferro para Ogun Avagã....e tudo se abria na vida... claro quêm detém o conhecimento de axé...

E o interessante é que era uma noite antes de se cortar um bode ou até boi para Exu (entidade)....


Erick Wolff

Assim, como temos registros de uma família que era de Ijesa e depois passou para a Kambina, que nos dias dos Batuques, os axero, terminavam o Batuque bebendo:

Ogun - cerveja, há relatos de separarem engradados de cerveja e o axero bebia a madrugada.

Oya - sidra de maça

Osun - sidra de pessego

Yemanja - sidra normal

E os axeros ficavam com a garrafa na mão e uma taça, porem, não vi Bara, Sango, Xapana, Oxala nem Ossanhe bebendo.

Preservaremos os nomes, respeitando o tabu da ocupação e a família, porem, há possibilidade de serem fornecidos, para estudos ou pesquisas acadêmicas.


Bàbá Ifaburè Dirojaye

[Erick Wolff] Lo he visto en mis comienzos Bàbá. Todos los axere tomaban cerveza excepto los de Óòṣànlà


Erick Wolff

Este evento eu vi algumas vezes quando entrei para a religião por volta de 1980


Iago Ramos

Bom dia ... No passado e até nos dias atuais os orixás Bara Ogum ossanha e xapanã existe preceitos que vão cachaça sim, até pq na África e servido pra quase todos os orixás ....

Hoje muitos não se faz mais pois muita coisa se perdeu no tempo, claro que eh em certos rituais. Mas sim lodê assim como avagã tomam cachaça.... Isso falando da minha goa, mas sei que em muitas vão dizer que eh errado.... Mas orixás são natureza....

Antigamente se dava sim, a grande maioria das pessoas iniciadas a esses orixás os serviam cachaça..


Bàbá Ifaburè Dirojaye

Iago Ramos o gin, cachaça, ron, etc, são para ativar o àṣẹ e até o ofo mesmo. É muito legal e em nossa família também se usa.


Iago Ramos

[Bàbá Ifaburè Dirojaye] isso mesmo, mesmo Exu adora ser assoprado com gin e epô...


Paulo Dexango

[Iago Ramos] sim mano e verdade até eco se fãs mais isto é fundamento


Erick Wolff

Sim, concordando com o Iago Ramos, que no Bori, é comum algumas famílias fazerem o axé dos copos, com algumas bebidas, que após o Bori, os que estão no serão, podem beber um gole destes copos.


Elaine Azevedo

Já ouvi falar


Erick Wolff

[Rafael Tealdi] era pinga mesmo, qualquer um, inclusive, o serviço passa a garrafa no corpo da pessoa.


Diego Correa

Alguns lados são servidos cachaça a orixá lode e Avaga.


Erick Wolff

[Diego da Rosa] o irmão serve bebida para orixá, um fundamento da antiga família ou atual?


Diego da Rosa

[Erick Wolff] da família do pai Cláudio, onde eu comecei pai Erick e me encontro novamente, raiz da Keta


Angelo Marcos E Silva

Boa tarde Irmão.

Sim, meu primeiro babá, já falecido, servia 1 martelinho de cachaça e deixava na frente do lodê.

Mas isso somente quando se arriava 4 pé pra ele.

Onde somente homens participavam da obrigação.

Servia 1 martelinho que se derrubava umas gotas no chão da casinha e passava de mão em mão esse martelinho até último terminá-lo.

Então servia outro que ficava na frente da obrigação do lodê.


Francisco Machado

Sim se costuma colocar atrás do acertamento dentro da casa de lode e avaga , um copo com cachaça para lode e avaga, que é trocado toda segunda-feira no cruzeiro de lode .


Elisabeth Rodrigues

Eu não tenho conhecimento disso


Glaci Maria Bogiel

Si desdo meu pai de santo ivo do Ogum (em memória) no corte de 4 pés sim 1 cálice de cachaça depois que terminava só os homens cada um toma 1 gole é a garrafa é guardada novamente na casinha é do lado da nação nunca vi servir outra bebidas alcoólicas a Santo nem um é conheci muitos pais antigos não não faziam isto pelo lado de nação.


Lucas Freitas

[Glaci Maria Bogiel]

Exatamente Mãe Glaci, Cachaça ou Gin ou até mesmo Whisky pro Exú Lodê juntamente do Ògún Avagã. Após o término do serão de 4 pés dele, os homens (somente homens) tomam um gole do copo da bebida deles.

Se tem Dirã, serve champanhe a ela, e no final a mesma coisa, porém as mulheres já podem fazer parte e após a imolação dos bichos tomam um gole do cálice dela.


Ederson Faleiro Babalorixa

Sim já soube de fundamento antigo do oyo que ficava um.copo com cachaça. Para lode sim. Pois na África orixa. De rua servia cachaca em alguns rituais. Sim.


Glaci Maria Bogiel

Mas na UMBANDA sim cachaça para Exu champanhe para as giras cervejas OGUM vinho tinto no para Oxóssi malzibier para Xango

Frisante para IEMANJÁ é vinho SABIA para OXALÁ aliás nunca mais vi este vinho

Mas só na UMBANDA e não no terreiro só nos ritual de mata é cachoeira


Paulo Damata

[Glaci Maria Bogiel] pelo que sei não existe mais o vinho sabiá.


Glaci Maria Bogiel

[Paulo Damata] acredito a minha primeira mãe de Santo usava muito


Claudio Tì Ossãim Santos

Eu 1 vez por mês sirvo "oti alagbara" ao meu Lodê, e responde muito bem.

Até mesmo uns dos ebós que faço na mata ao meu orixá sirvo também oti, e a resposta é rápida.

Mas já salientando: Eu faço, não quer dizer que todos tem que fazer.

E graças estou bem 🙏🏽🍃🗝


Paulo Roberto Lopes Martins

Eu tive um filho que servia ele no cruzeiro, e tem lados que ainda usam a caipira no dia do corte.


Erick Wolff

Querido amigo Babalorixá João Òsún Olobomi, interessante a sua informação de alimentar Ogun com comida de Exu, antes de um ritual de entidades da umbanda ou quimbanda."


Link https://www.facebook.com/groups/1444295859135612/ 

Imagens comprobatórias:







segunda-feira, 19 de agosto de 2024

BATUQUE EM PAUTA

Nesta postagem coletamos um vlog, que foi publicado no perfil de Erick Wolff, para registrar os costumes antigos, pai Pedro da Oxum Docô, comenta como eram feitos os tambores antigos. Vejamos:

BATUQUE EM PAUTA 

Conceitos e equívocos que se formaram.

Por Erick Wolff, 16/08/2024



"Rafael Rorigues Pedr

E o tambor era assim


Rafael Rorigues Pedr

Tambor só com coro dos bichos sacralizados da obrigação..Aí chegou o coro de boi


Alex ubirajara Ribeiro

90 % dos tais alabês hj nunca tocou ou não sabe montar um tambor de couro de cabrito hj vejo os alabês passarem cruzeiro com tambor apertado aí eu te pergunto cadê o fundamento deste alabês hj tem"

ESTUDO: O LEGBA, A ZINA E OS ANJOS CULTUADOS NA KAMBINA

O LEGBA, A ZINA E OS ANJOS CULTUADOS NA KAMBINA

Quem são, qual origem e qual a finalidade de cultuá-los.
Por Erick Wolff, 18/08/2024.

Neste vlog postamos os conceitos e reflexões das divindades Legba e Zina, incluímos os anjos para abrir um debate sobre o que seriam eles.

Postado na plataforma TikTok, selecionamos alguns comentários que acrescentam nos estudos e pesquisas dos costumes e tradições da Kambina. Vejamos:


"Médium Maicon Mendonça

kambina? não é cabinda?


Erick Wolff8 · Criador

[@Médium Maicon Mendonça] Kambina ou Kambini é o nome original, Cabinda é como chamam atualmente.


Erick Wolff8 · Criador

[@Médium Maicon Mendonça] já debatemos muito sobre o tema, inclusive já publicado no livro A Kambina Nagô e o Kamuka na Nigéria.


Erick Wolff8 · Criador

Kambina (atualmente conhecida por Cabinda) fundada por pai Waldemar


PaiJuliodeOxum · Amigo

Os descendentes da Mãe Ondina tem Legba e Zina? Conheço uma pessoa que conviveu com ela e nunca ouvi falar nessa feitura.


Erick Wolff8 · Criador

[@salakoifatundeawo] é descendente


Erick Wolff8 · Criador

Apenas completando, que se trata de assentamento e não feitura destas divindades que são relatados.


Erick Wolff8 · Criador

[@zezocosta1] o legba no Batuque tradicional não tem ligação com entidades exus ou pomba giras.


Erick Wolff8 · Criador

[@zezocosta1] quando existem muito caminhos para estudo e ou divergência entre informações, o correto é olharmos para a matriz africana.


Erick Wolff8 · Criador

Estudando o leba vodun ou o legba (elegbaa) orixá, ao observarmos a forma de culto preservado no Batuque encontraremos a origem


Erick Wolff8 · Criador

O jejê do Batuque é um culto a orixá, pelas ritualísticas, iniciações e divindades cultuadas, pois, o culto vodun é diferente dos ritos do Batuque.


Erick Wolff8 · Criador

Caro amigo [@o caminho do adepto], eu estou apresentando justamente o orixá Exu com nome legbaa ou legba do povo iorubá neste artigo


Erick Wolff8 · Criador

Abrindo uma possibilidade para esta divindade do batuque ser um orixá e não ser o vodun, mesmo considerando a forma de culto ou peculiaridades


Erick Wolff8 · Criador

Conforme já mencionado, caso deseja contribuir, também serão aceitas as informações e registradas, mencionando a devida fontes


sinha_oyá

Benção irmão, sou sua fã e neta do Pai Cleon, o próprio falava q Legba era uma entidade ❤️Mil bjos e orgulhosa de vc


zezocosta1

ou seja!! cada um criou da sua forma, cada uma cultuou dentro do seu entendimento, não se sabe a realidade...eu fico com a tese que houve uma aglutinação de culto e de divindades...


Erick Wolff8 · Criador

[@zezocosta1] sim, de certa forma está correto, pois cada religião se estruturou a sua forma, porém, as nações do Batuque possuem os mesmos elementos mudando pouco de uma para outra.


Erick Wolff8 · Criador

Sim, esta divergência demonstra a diversidade cultural


zezocosta1

sim!! só pro senhor saber, algum tempo atrás, eu ja ouvi que."leba" era o chefe dos exus...kkk

conheço pessoas que cultua ele como "exu entidade" e outros como Orixá...

abraços!!!


BrunoHilariodeOxala

ondina era jeje e Manoelzinho ijexá


Erick Wolff8 · Criador

[@BrunoHilariodeOxala] segundo a sua informação sobre o legba ser um Bará, coincide com as referências dele ser um Bará na, Nigéria.


Erick Wolff8 · Criador

[@BrunoHilariodeOxala] grato pela contribuição, mas segundo o site xangô Sol, ondina era filha do pai manezinho do XAPANA, desta forma, pertence a mesma vertente.


Erick Wolff8 · Criador

Ambos do ijexa


renanmoreira240

e nem todos de Cabinda permitem mulheres dançar pro leba, exemplo na casa de pai Raul do xangô onde pro leba se dança só homens


Erick Wolff8 · Criador

[@Babalorixa Diego Oxalá Obokun] e [@renanmoreira240] na casa de vcs as mulheres podem ficar templo quando vão cortar para o legba ?


Babalorixa Diego Oxalá Obokun

eu não tenho legba sento, mas na casa de pai Cláudio as mulheres permanecem no templo, ele também só coloca homens para dançar pro Legba


Babalorixa Diego Oxalá Obokun

sim descendentes da palmira normalmente não dançam para o Legba, sou bisneto do Henrique da Oxum (Keta)


renanmoreira240

sim sim igual comentei ali na nossa raiz, pai Raul de xangô somente homens dançam pro Legba, mas há outros lugares que vimos de outra forma


Babalorixa Diego Oxalá Obokun

aqui em casa apenas homens dançam para o Legba

 

Criis de Oxalá 🕊️

E eu aprendi tbm, que nem todo Cabindeiro pode "ter" Zina.... Que ela escolhe, e alguns fatores são levados em consideração 😉


claytonjhon429

Oi Muito bom o seu esclerecimento. fala um pouco da pandilha. obrigado.


Erick Wolff8 · Criador

A pandilha era a pomba gira do pai Henrique


Erick Wolff8 · Criador

Não temos como citar algo que não é público, se ler atentamente, irá notar que agradeci a nova informação, sendo que esta não invalida os relatos dos filhos do Henrique.


Devlyn de Maria Padilha

Como o senhor fez não citando o pai Adão? 😅


Erick Wolff8 · Criador

Respeitosamente [@Devlyn de Maria Padilha], vc pode falar pela sua família, mas não pode impor ou apagar a história de outras famílias.


Devlyn de Maria Padilha

O que não corresponde com a verdade. Procure descendentes vivos do pai Adão. Procure sua irmã carnal que ainda é viva e pergunte sobre a Pandilha…


Erick Wolff8 · Criador

Grato por contribuir, com mais uma informação, porém, os descendentes do pai Henrique, informam que ele cortava para a Pandilha no igbale, e incorporava c ela.


Criis de Oxalá 🕊️

No caso do Pai Adão.... Porém o Pai Henrique cultuava Pandilha.... Como dito acima


Criis de Oxalá 🕊️

Pandilha era somente do Pai Henrique...


Devlyn de Maria Padilha

Errado. Pandilha nunca foi pombagira e chegava somente no meu bisavô de santo PAI ADÃO DE ESÙ BIOMÍ


Erick Wolff8 · Criador

[@Devlyn de Maria Padilha] sempre citamos fontes e informantes, desta forma, não há mentiras; o que há são informações conflituosas.


o caminho do adepto

então por que só os jeje tinham ele inicialmente?


Erick Wolff8 · Criador

Qual seria fonte que inicialmente seria uma divindade do jejê do Batuque e quais famílias que o cultuavam


o caminho do adepto

a fonte é que existe um Legba no culto aos voduns e o povo que faz é jeje ! se o povo jeje do batuque não tem Legba não é jeje! e acaba só levando o nome de um culto que não faz! tem que tirar o nome


Erick Wolff8 · Criador

Caro amigo [@o caminho do adepto], não há registros de nenhum povo, cidade ou licalifade jejê, desta forma, os nomes das nações afro brasileiras, existem no Brasil sem compromisso de representar


Aline Cartas Ciganas

A História de anjo na Nação e na Quimbanda me pega demais, devido não encontrar sua origem, assim como Zina, ótima reflexão


Erick Wolff8 · Criador

Segundo algumas fontes, os anjos tiveram origem através do pai Nascimento do Ogun, antes dele não temos registros."


Criis de Oxalá 🕊️

E eu aprendi tbm, que nem todo Cabindeiro pode "ter" Zina.... Que ela escolhe, e alguns fatores são levados em consideração 😉


Erick Wolff8 · Criador

[@Criis de Oxalá 🕊️] era a forma antiga, no entanto, não consideravam ela fundamento para uma casa de kambina, sendo assim nem todas casas tinham ela


Erick Wolff8 · Criador

[@Criis de Oxalá 🕊️] sobre a pandila do pai Henrique, chegou a ve-la?


Criis de Oxalá 🕊️

Não... Sou bisneta dele... Mas não o conheci... Conheço apenas histórias que meu avô Pai Paulo do Bocum conta 😊

 

Sergio de Ògún

con ago Pai. eu so d esa raíz junto con pai Jorge da Oxum. baba Salako. compartimos feitura d misma mao,d mae Santinha y Nao Temos esos asentamiento de Legba y Zina.

Erick Wolff8 · Criador
[@Sergio de Ògún] saberia infirmar pr que deixaram de cultuar

Sergio de Ògún

esa afrimación vc tendría que sostener com fuente.

baba amigo como asegura q Pai Manuelzinho tinha y a mae Ondina?
aún tein en vida descendentes


Erick Wolff8 · Criador
Sim, a fonte está viva, e foi devidamente citada no livro A Kambina Nago e o Kamuka na Nigéria.


Revisado e aumentado

Coletamos a postagem registrarmos os estudos e memórias do Batuque, da família do pai Romário.


" Por Mary Faleiro

Postado em 05/10/2024
Mulher dança pra Leba sim. Sempre dançou."


Dos participantes, coletamos as seguintes falas:

  

Rose Cezimbra

Se dança pra lode ,por que não pro leba fica esta pergunta .


Babalorixá João Òsún Olobomi

Sempre, se é Cabinda dança sim...e digo mais se é Cabinda e yalorixá com casa aberta...corta pra Léba!


Mary Faleiro

[Vera Mirales] acho que sim, porque se eles são Cabinda como dizem, deveriam lembrar das mulheres ancestrais, mãe Madalena e mãe Palmira


Alabe Jonas Dyas Aganju

Pois é mãe [Mary Faleiro] sua benção sou novo e muitas vezes acompanho alguns postagem fico pensando

Na minha casa dança homem e mulher

Mas tem goas que só homem dança e não pode mulher dança

Acho que isso deve varia de fundamento de casa pra casa se eu estiver errado pode me corrigir 🙏🏿👑 ótimo tarde


Tamboreira Dienifer De Oxalá

Eu toco e canto pra ele bem tranquila kk


Vani Belaoya

Si... lógico mujer que cultua leba


Simara de Yemanja

Eu desde sempre nasci mulher me aprontando pequena cresci sabendo na Cabinda do Romário isso é fato


Ilê Asé Igbomina

Danzar si danza . Não mexe


Mary Faleiro

[Ilê Asé Igbomina] quem disse? E quem é sua ancestralidade?


Ilê Asé Igbomina

[Mary Faleiro] pai cloen fons seca de oxala filho de Henrique de osum, Palmira de oxum y Waldemar de KAMUKA

No es mí ancestro pero compartí 33 años a su lado


Mary Faleiro

[Ilê Asé Igbomina] e filho do meu pai de santo, depois foi para o Henrique e ficou por anos, 4 anos na mãe Palmira. E quem fez o Leba deles?


Ilê Asé Igbomina

[Mary Faleiro] pai cleon en los AÑOS 70 asentamiento de lẹgba y zina para la tía Ileana de oxalá ....



Mary Faleiro

[Ilê Asé Igbomina] quem deu pra ele? Foi Henrique ou foi mãe Palmira? A pergunta é clara


Ilê Asé Igbomina

[Mary Faleiro] en el axé de mar Palmira , más no corto Palmira ... Corto el ogan de corte de Palmira ... Un hijo de xangô ....

Palmira no cortaba para lẹgba ni para oromilaya... Esos era axé manipulado por hombres .....


Mary Faleiro

[Ilê Asé Igbomina] entendo, mas a rua dela não veio do meu bisavô pai Waldemar. O Sr. Fala com tanta propriedade que fez uma postagem sobre Cleon de Oxalá não ter sido filho do pai Romario. Seria melhor saber mais, antes de afirmar algo.


Ilê Asé Igbomina

[Mary Faleiro] iya Valdemar era ìjèsà , la que introdujo muchas cosas banto fue magdalena . Zina os anjos y muchas cosas más .... Pai clein junto a Berardi

Intentaron introducir los Exu de Angola pero no tuvieron muchos éxitos ....( Fue cuando se le prendió fuego el primer templo del pai .... Antes de mudarse al actual


Mary Faleiro

[Ilê Asé Igbomina] meu pai misericordioso.

Pai Waldemar era Ijexá? Está louco? Minha avó nunca teve Zinas e anjos. Vá aprender


Ilê Asé Igbomina

[Mary Faleiro] Valdemar era hijo de Antoninho de oxum , cuando lo expulso se refugio en la casa de gululu y ahí nace la historia de la Cabinda


Mary Faleiro

[Ilê Asé Igbomina] de onde tirou isso? Quanta bobagem saindo dessa boca 😂😂😂😂


Mary Faleiro

[Ilê Asé Igbomina] você é de Oyó, quem é teu ou tua ancestral?


Ilê Asé Igbomina

[Mary Faleiro] es historia ... Cuando Tadeo escribe el libro que pai Cleon vendia . Taeo escribe fundamento ìjèsà y no cabinda de gululu o de magdalena .... Cómo la cabinda de cleon que no era ìjèsà

Ahí es Cuando pai cleon graba un. Vídeo enojado y dijo LA CABINDA NÃO SE MISTURA ......


Ilê Asé Igbomina

[Mary Faleiro] princesa Emilia de Oya

Pai Augusto de oxala

Mãe norma de oya

Y yo Fabio de oxalá ... tradición BOMINA / OYO ....


Mary Faleiro

[Ilê Asé Igbomina] muito bem. Vocês tem Leba? Eu sei a resposta ,mas vamos fazer um trabalho lógico aqui.


Mary Faleiro

[Ilê Asé Igbomina] tua nação não cultuava Lodê, foi feito pelo povo cabindeiro, mas vamos lá, acho que perdeu várias aulas


Mary Faleiro

[Ilê Asé Igbomina] Tadeu era meu irmão de santo criatura, além de ser um grande amigo pessoal, quando pai Romario não aceitou mais ele não casa, porque avisou que ele iria preso, ele sai da prisão e vai pra mão do Cleon, e o Cleon vendia sim os livros na casa dele. Quer mais explicado que isso? Quantos anos você tem???

 

Mary Faleiro

Em nome de Jesus, esse homem está dizendo que pai Waldemar era Ijexá, mas ele supostamente é Oyó. Está fora da casinha, para minha sanidade mental, vou bloquear essa criatura, porque isso é contagioso, tenho medo de me contagiar ☝🏼

Postagem mãe Mary Faleiro:







sexta-feira, 21 de junho de 2024

A MEMÓRIA VIVA DE CUSTÓDIO, PRÍNCIPE AFRICANO QUE VIVEU EM PORTO ALEGRE

Coletamos este artigo do Blog UFRGS/ Jornal da Universidade, acessado na data 21/06/2024.


"História | A trajetória e o mito do habitante da Cidade Baixa que se tornou um símbolo da luta antirracista e pela livre expressão de cultos africanos

Por Grégorie Garighan 

Em 01/04/2021 

*Foto de capa: Flávio Dutra/Arquivo JU 20 mai. 2017

“Eu cresci com a história do príncipe Custódio”, conta Nina Fola, doutoranda em Sociologia pela UFRGS e participante da Comunidade Terreira Ilé Àse Yemonjá Omi Olódò, ao falar sobre a importância que a figura do príncipe adquiriu em sua vida. Apesar de toda a simbologia acerca da imagem de Custódio, sua história ainda não é conhecida por parte dos habitantes de Porto Alegre. Isso se deve, muitas vezes, à parca quantidade de registros históricos relacionados ao príncipe. Nina pontua que o racismo leva ao apagamento da história de pessoas pretas. “É fundamental a gente fazer a discussão sobre como o racismo nos tira memória. Memória de humanidade, memória de existência, de civilização”, acrescenta.

Mesmo com a invisibilização histórica, Custódio Joaquim de Almeida ainda é lembrado. A oralidade transmitiu grande parte do que se sabe sobre o príncipe, e, agora, as pesquisas acadêmicas avançam para resgatar sua memória e remontar sua trajetória na capital gaúcha. Na UFRGS, diversos estudiosos aprofundam o que se sabe sobre o príncipe e sua figura no imaginário porto-alegrense.

Custódio Joaquim de Almeida, ou Osuanlele Okizi Erupê, como era conhecido em Benin, seu país de origem e onde era príncipe, nasceu em 1831, como indica seu necrológio. Custódio teria vindo ao Brasil em busca de exílio devido ao imperialismo britânico e ao colonialismo europeu. O príncipe chegou ao estado da Bahia, supostamente, em 1898. A partir daí, diz-se que Custódio passou a peregrinar, seguindo ao Rio de Janeiro, onde se instalou por dois meses. Logo após, os búzios lhe teriam indicado que rumasse para o sul do Brasil. (os grifos são nossos)

No Rio Grande do Sul, Custódio viveu em diversas cidades, tais como Rio Grande, Pelotas e Bagé, possivelmente nessa sequência. Até que, em 1901, o príncipe teria chegado a Porto Alegre. A tradição diz que Júlio de Castilhos, presidente do estado de 1892 a 1898, havia solicitado cura espiritual para o príncipe, que era também famoso curandeiro e por isso foi levado à capital gaúcha.

Custódio morou no bairro Cidade Baixa, que na época, dentro do contexto pós-abolição, era ocupado pela população negra. Apesar disso, o príncipe tinha contato direto e estável com a elite da cidade e era praticante do turfe, esporte que consiste na corrida de cavalos, e que era frequentado, quase exclusivamente, pela alta elite.


O legado de Custódio é conectado, na maioria das vezes, ao assentamento do Bará do Mercado Público de Porto Alegre, que foi realizado pelo príncipe com a intenção de abrir os caminhos da cidade. Também é atribuída como mérito de Custódio a disseminação do batuque no Rio Grande do Sul, já que as cidades por onde passou têm uma forte presença de adeptos de religiões de matriz africana.
As lacunas preenchidas e as não preenchidas

Em um recente estudo sobre a história do príncipe Custódio, os historiadores Jovani Scherer, mestre em História pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), e Rodrigo de Azevedo Weimer, doutor em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF), descobriram uma série de documentos inéditos e que esclarecem diversos pontos acerca da presença do príncipe em Porto Alegre. Por meio de uma ferramenta de busca do Arquivo Público do Estado do Rio Grande do Sul, onde Rodrigo trabalha, os historiadores encontraram três processos envolvendo Custódio e, a partir daí, se iniciou uma série de análises sobre o que se acreditava ser real na história tradicional, advinda da oralidade, e o que realmente havia se confirmado como verdadeiro.


“Durante muito tempo se dizia que não existia documentação sobre o príncipe Custódio. Era um personagem muito conhecido, muito falado, mas com pouca fundamentação em documentação, pouco embasamento. E isso levou a versões que a gente julgava um tanto inverossímeis, um pouco deslocadas do que a gente, como historiadores, estava acostumado a perceber desse período, dessa época em que viveu o príncipe Custódio” 
Rodrigo de Azevedo Weimer

O primeiro processo que constava da ficha de Custódio era relacionado a uma briga em que o príncipe teria se envolvido com um “homem português” em um bar de Porto Alegre. “No momento do auto de qualificação, que é onde se descrevem as características para identificar o réu, uma série de coisas sobre o príncipe Custódio foi desmontada em algumas linhas”, revela Rodrigo, ao contar que o documento indicava o ano de 1885, dezesseis anos antes de quando se imaginava que Custódio teria chegado à capital gaúcha. Além disso, no documento, o príncipe declarou ter 32 anos à época, contrariando a ideia de que Custódio teria nascido na década de 1830.

Jovani também comenta sobre outro documento que revelou informações em relação à chegada do príncipe ao Brasil. Trata-se de carta ditada, “por não saber escrever”, e enviada ao jornal A Federação em resposta a uma reportagem publicada na véspera pelo Correio do Povo que o difamava – e que, segundo alude, “em sua totalidade é um trabalho de pura fantasia”. Custódio afirma: “Muito moço, vim para estas generosas terras onde constituí família”. Esse registro, datado de 22 março de 1933, ajuda a confirmar que ele veio ao Brasil ainda muito jovem.

 Fonte: Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional


A descoberta mais significativa, no entanto, está relacionada à sua descendência. No auto de qualificação, o príncipe revela o nome de seu pai, Joaquim de Almeida. Diferentemente do que se imaginava, o pai de Custódio não era um rei, apesar de Custódio ter sido reconhecido como príncipe em Porto Alegre. Segundo os historiadores Jovani e Rodrigo, acredita-se que Joaquim de Almeida tenha sido um homem muito poderoso e bem afortunado, que foi escravizado após as guerras que dissolveram o império de Oió e depois foi levado à Bahia. “Na Bahia, ele vai se tornar, logo em seguida, o braço direito de Manuel Joaquim de Almeida, de quem ele vai herdar o nome”, complementa Jovani. Trabalhando com Manuel, que era vinculado ao tráfico de escravos, o pai de Custódio se destaca e passa a ser parte de dez por cento dos homens mais ricos do estado.

Joaquim de Almeida volta ao continente africano após a Revolta dos Malês, dura repressão aos africanos na costa da Bahia que durou até o final do século XIX. Nesse contexto ele desempenha uma posição de liderança e poder ao chefiar um grupo de agudás (descendentes de mercadores de escravos e ex-escravos libertos no Brasil retornados ao Benin). Jovani pondera, ainda, que, com as novas descobertas, não se consegue saber o motivo que levou Custódio a vir para o Brasil, e essa passa a ser uma lacuna na história do príncipe. O historiador considera a possibilidade de que ele possa ter vindo ao país em um contexto de perseguição religiosa, ao mesmo tempo que confirma que a tese de exílio do imperialismo britânico não está correta.
O mediador

“O turfe era o grande encontro que reunia a mais alta sociedade e alguns membros de grupos não tão vinculados – grupos mais subalternos, populares”, explica Jovani, ao contar sobre a ocupação de Custódio com o esporte e em como esse foi um dos principais métodos para que o príncipe tivesse contato direto com a elite. Rodrigo, porém, acha interessante citar que se tratava de uma inserção social na elite local. “Ele tinha essa influência. Só que esse era um poder muito mais simbólico do que econômico. Porque ele era sócio no Haras, mas pediu dinheiro emprestado para comprar a parte dele. Ele se endividou”, relata.

Jovani pontua que, apesar de ser um homem com prestígio, Custódio não era rico e que construiu seu patrimônio trabalhando, provavelmente, com o turfe. Nina Fola considera que a utilização das relações com a classe política por Custódio foi o que lhe garantiu a posição social em que ele se encontrava e, por meio disso, pôde desenvolver um canal de comunicação direto. Rodrigo corrobora essa linha de pensamento: “Ele era um mediador entre os populares e a elite, então acolheu muita gente na sua casa. Ele podia levar demandas de um lado para o outro”.

Jovani relembra a ancestralidade agudá de Custódio, cujo povo era visto como um grupo que se movia entre os poderosos e os menos afortunados. Seu comportamento, portanto, era reflexo de um contexto prévio.

Os historiadores frisam, contudo, que seu caráter religioso e de símbolo antirracista são indiscutíveis e que isso foge do estudo histórico elaborado por eles. Todos os documentos estudados por Jovani e Rodrigo, juntamente de suas interpretações a partir deles, estarão disponíveis no livro O refluxo dos retornados: Custódio Joaquim de Almeida, o príncipe africano de Porto Alegre, de autoria de ambos, que será disponibilizado gratuitamente no site do Arquivo Público do Estado do Rio Grande do Sul em breve.
 
Príncipe do povo

“Ele era um príncipe de Porto Alegre. Ele não era um príncipe por ser filho do Ovonramwen Nogbaisi. Ele era príncipe dos pobres, príncipe do povo. Ele era reconhecido assim pela população” 
Rodrigo de Azevedo Weimer

As discussões acerca das origens do príncipe Custódio são válidas; quando se fala de um príncipe africano que viveu em Porto Alegre e se tornou um símbolo para o movimento negro e a livre expressão de cultos afro-gaúchos, essa significação, porém, vai muito além de comprovações históricas, adentrando um imaginário identitário e de afirmação cultural que se mantém até os dias de hoje.

Rodrigo chama atenção novamente para o episódio em que Custódio briga com um homem português em um bar de Porto Alegre. Acredita-se que o motivo da briga tenha sido a revolta do príncipe quando o homem o trata como escravizado. “Por que o português diz que ele não podia estar bebendo naquele bar? Por que ele era negro? Ele era uma pessoa livre, se via como tal e defendia sua posição”, relata Rodrigo. “Eu acho que aqui a gente reencontra uma questão que é muito importante pras pessoas que falam no Custódio, que é o lugar dele como símbolo antirracista. Nesse ponto, a gente tá vendo um Custódio que se insurge, que se coloca contra a dominação.”

Luz Gonçalves Brito, doutoranda em Antropologia Social pela UFRGS, salienta o assentamento do Bará do Mercado, feito pelo príncipe Custódio, como uma narrativa que traz uma força política muito contundente. “Existe uma erupção do sagrado naquele espaço público de uma forma que é, além de muito interessante do ponto de vista cultural e histórico, também um ato de resistência política”, analisa a pesquisadora, ao frisar a visibilidade do povo negro através do rito sagrado e a manutenção de uma tolerância religiosa por meio dessa tradição.

Nina destaca o racismo religioso e a visão problemática de como se manifesta a religiosidade. Ela afirma que o Bará do Mercado é um exercício de liberdade religiosa muito significativo. “Eu nunca deixo de passar no Mercado, passar pela encruzilhada e de fazer meu gesto explicitamente”, narra Nina, que também cita as discussões iniciadas quando se propôs uma escavação do Bará, na intenção de encontrar a pedra energizada que teria sido plantada por Custódio.


“Nesse momento histórico não interessa mais se o príncipe plantou ou não plantou, interessa que o Bará já está ali, de tanto que a gente o louvou” 
Nina Fola

A socióloga salienta, ademais, a importância de se ter uma figura histórica atrelada ao batuque, que é uma religião afro-gaúcha. Afinal, ainda há uma visão hegemônica do candomblé sobre outras religiões afro-brasileiras. “O príncipe faz parte da genealogia do batuque do Rio Grande do Sul. Então, quando a gente fala de família, de herança, de memória, de história antiga, de fundamentos antigos e de tradição, a gente lembra o príncipe”, declara Nina.

A partir disso, nota-se o caráter intangível na história do príncipe africano que esteve em Porto Alegre. O principado de corte de Custódio não é mais tão relevante, nem mesmo a suposta pedra enterrada sob o Bará, mas sim os ritos, que, conforme cita Luz, articulam o tempo passado com o presente de uma forma intensa, revivendo uma tradição.

Ao refletir sobre qual seria o ponto simbólico mais importante deixado pelo príncipe em Porto Alegre, Nina responde sucintamente: “A sua existência”."

 Fonte - https://www.ufrgs.br/jornal/a-memoria-viva-de-custodio-principe-africano-que-viveu-em-porto-alegre/

sábado, 1 de junho de 2024

O BORI PARA ORI NO BATUQUE EM DEBATE

Coletamos esta postagem no perfil do Pai Matheus de Xangô, publicado em 28/05/2024 no Tiktok.

No vídeo pai Matheus, questiona a existência do Bori para Orí no Batuque, pois até este momento, pai Matheus não possuía conhecimento da existência do culto nem cantigas para Ori, no Batuque.


Vejamos:

"Respondendo a @Erick Wolff8 Hoje venho para questionar os irmaos sobre o rito de Bori dentro do batuque. #batuque #batuquers #orixa #candomble #umbanda"
Respostas dos adeptos do Batuque:

"PaiJuliodeOxum
Nem sempre Pai, algumas famílias quais no meu conhecimento era majoritáriamente no Oyo, fazem Bori para Ori. Separado total do Orixá


Pai Matheus de Xangô 
Vejo que o Oyo tem muita proximidade com o culto do Orixa do candomble.

Erick Wolff8
A base do bori para ori é a matriz e tanto o batuque quanto o candomblé podem ter preservado

Babalorixa Diego Oxalá Obokun
exatamente irmão, eu faço Bori apenas para Ori, separado totalmente do orixá!

Erick Wolff8
@Pai Matheus de Xangô perfeito, importante trazer ao debate as questões, só assim, os adeptos de outras religiões poderão conhecer o Batuque.

Erick Wolff8
Indicio a leitura: ILÉ-ORÍ E A CREMEIRA: A NOÇÃO DE PESSOA NO
BATUQUE DO RS
Rudinei O. Borba (2012)

Erick Wolff8
Não negamos uma gde parte das famílias no Batuque fazem bori de orixá, porém... há muitas famílias que fazem bori ori, sem influencia do candomblé.

Pai Matheus de Xangô 
Por isso fiz o video, porque conheco bastante familias e ritualistas e nunca vi ou soube sobre Bori para Ori. Como disse, é um video para agregar conhecimento

Babalorixa Diego Oxalá Obokun
, eu faço Bori apenas para Ori, separado totalmente do orixá

Pai Matheus de Xangô · Criador
Qual sua nação, meu irmão?

Babalorixa Diego Oxalá Obokun
cambinda,

Pai Andrew - Reino de Oxum
Através de diálogos assim que fiquei sabendo da existência dos rituais específicos à Orí. Porém, como sou praticante do Borí p Orixá meu conhecimento também é limitado.

Pai Matheus de Xangô 
Exatamente. Conheci o culto a Ori pelo candomblé. E todas casas que conheci até hoje, nunca soube desse culto dentro do batuque.

Babalorixa Diego Oxalá Obokun
conheço algumas casas sem influência de candomblé que praticam, normalmente com influências da nação Oyo

Jean Santin
Na nação Nagô e na Nação Oyó fazemos o ritual do Bori para o Ori da pessoa, contudo, não se exclui o Orixá da pessoa no momento do rito. Uma das rezas utilizadas: "Ori la baba, ori la ba te nire..."

Leidy de xangô
obrigação de bori alimenta e fortalece o Ori e alimenta orixá 🥰

Pai Jeferson De Odé 🐷
Dentro de minha casa o dono de nosso ori se torna o orixá , então em obrigações de bori o próprio orixá é fortalecido e alimentado.💙

thiagooliveira0065
de onde saiu que Oyó tem ligação com candomblé? Oyo e ijexá eram as maiores nações no início do batuque e talvez a mais antiga. e sim muitos antigos faziam separado.

Pai Matheus de Xangô
Só ver os patriarcas das nações. Existe uma de oyo que era de Ogunté.

thiagooliveira0065
pasmem gente feita numa época que não tinha tiktok, e nem sabia o que é candomblé

thiagooliveira0065
haviam casas que inclusive jamais usavam axoro de 4 pé na cabeça

Pai Matheus de Xangô 
Capaz que no início do culto não existia tiktok? Nossa…

Babalorixa Diego Oxalá Obokun
faziam como um omiero de 04 pés digamos assim e depois lavavam o ori,

Babalorixa Diego Oxalá Obokun
n conheço apenas ouvi histórias

thiagooliveira0065
muitos antigos da minha família não usavam nem o miero, apenas axoro de Angola, pata...

Clovis Alberto
Como o mano Júlio falou, existem sim rezas e rituais próprios, sem menção a Orixá. Reza e ritual próprio. Eu faço uso e n foi trazido do candomblé nem de nada mais... Se quiser te mostro as cantigas

Pai Matheus de Xangô
Poderia me enviar? E qual sua nacao? Pois se fomos olhar algumas raizes de Oyo, conseguimos ver que existe ligacao com orixás que sao cultuados no candomblr

Clovis Alberto
Sou Oyó-Ijexá, mano. Raíz da Iyá Deolinda de Agodo Iomi. Vou te mandar no face, tem vídeos do Mestre Belerum rezando essas cantigas.

Pai Leonardo de Aganjú
Meu irmão, nunca podemos generalizar, sou praticante da nação Oyo, não existe registro de ligação com candomblé. E sim a nação Oyo tem um culto diferenciado no bori, ainda que faça menção ao orixá.

Pai Matheus de Xangô
Tanto que o intuito do video foi questionar os amigos sobre um culto dentro do batuque do qual eu nao conheco e nao que nao exista.

Cristianno Soares
Na nação batuque, não existe culto a Orí . No culto batuque banto pq a nossa rais traz essa mistura, fizemos a ligação direto ao orixá regente ao orí (cabeça do filho) e não a um culto específico...

Yá Vitória de Obá
Na minha goa bori é do orixá. Óbvio que se liga aquela obrigação ao ori do filho, com fundamentos específicos.

Pai Matheus de Xangô · Criador
Sim! É diferente de uma obrigação para o Orixa o ocuta do mesmo.

Patrícia Prestes
bênção, na minha casa também o Bori se consagra ao Orixá de cabeça

luizlmarins
Em Orun-Aiye, p. 183 ... Beniste informa que também há casas de candomblé que fazem "bori de feitura" com ota de orisa, mas não é reconhecido (cont.)
luizlmarins
Muitas famílias no batuque fazem bori de orixa ... mas há famílias que fazem bori para ori que nunca conheceram candomblé.

luizlmarins
(cont.) bori de feitura, com ota, não é reconhecido nas casas tradicionais de candomblé.

Cristianno Soares
Na nação batuque, não existe culto a Orí . No culto batuque banto pq a nossa rais traz essa mistura, fizemos a ligação direto ao orixá regente ao orí (cabeça do filho) e não a um culto específico... 
 
Babalorixá Ronaldo de Iemanjá 
Olha irmão, isso é óbvio que tem a reza para o bori, isso é o começo da religião. Faz anos que existe essas rezas. Tem até a reza para imantar as fontes com banha de ori

Pai Alfredo de Ossayn  

Sim existe"

Revisado e aumentado em 03/07/2024

Coletamos este comentário na comunidade Nação Cabinda do RS, onde usuário Regis Xapanã comenta sobre o conhecimento do segmento dele, vejamos:


"Regis Xapanã

Eu não tenho conhecimento no batuque do RS só alimentar, o borido no meu conhecimento e feito para consagração de um juntó de orixás.


Erick Wolff

Boa noite, querido irmão [Regis Xapanã], por gentileza, pode nos esclarecer uma questão?

Segundo o seu conhecimento em qual momento ori come? E não me refiro a ori física!"

Link https://www.facebook.com/groups/1444295859135612/posts/3769366183295223/?comment_id=3792349077663600&notif_id=1720042047413905&notif_t=group_comment_follow 

 

Considerações:
Não é porque atualmente as maiorias das casas de Batuque, não fazem o bori para Orí, que ele não tenha se preservado no Batuque.  
Orí pode comer com Orixá, no entanto, o Orixá não come com Orí. 

Conclusão:
Atualmente há muitas casas do Batuque que fazem o Bori do Orixá.
Entretanto, há casas de Batuque que preservaram o ritual para Orí, e que este rito não foi influência do Candomblé.
Desta forma, referência do Bori seja possivelmente a Matriz Ioruba, tanto para o Candomblé, quando para o Batuque.




Imagens documentais:



















Revisado e aumentado em 25/06/2024

Imagens da comunidade Nação Cabinda do RS


TIKTOK ERICK WOLFF