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segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

O JEJE VODUN DO BATUQUE, UM CULTO NAGÔ

Este vídeo registra o Jeje Vodun do Batuque, um segmento Nagô.

Publicado no perfil Lore Sesi, na data 29/01/2023.

Fonte primária o perfil Ancestralidade publicado em 29/07/2018, denominado Jeje Vodun.

Veja no Vídeo





Considerações

Não  há registros nem elementos que confirme que o Jeje Vodun do Batuque tenha influencia Fon, pois seguem ritos, tradições, costumes e as cantigas dos segmentos do Batuque (Oyo, Jeje, Ijesa e Kambina), ou seja, louvam orixás e cantam no mesmo idioma que todos, observamos que muda o ritmo do tambor e o uso de varetas que acompanham os toques. Mesmo assim, não há voduncis sendo iniciados, pois necessitariam serem feitos diretamente por um Vodun, porem pelo fator do tabu da ocupação impede.

Há registros de casas que dança em pares no Jeje Vodun, porem, ainda assim cantam para orixás.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2023

ZOOGODÔ BOGUM MALÊ RUNDÓ (1835)

este artigo tem a finalidade de preservar a memória do povo de terreiro afro-brasileiro.

Este texto é um rico registro do mais antigo terreiro de Candomblé do Brasil.

"O Zoogodô Bogum Malê Rundó, é um terreiro de nação jeje fundado em 1835 pela Done Ludovina Pessoa. Atualmente, é liderado pela. O terreiro, segundo historiadores, é o mais velho do Engenho Velho da Federação. Possui dentre suas divindades o vodun Bafono Deká, seu patrono. A divindade máxima é Mawu-Lissa, Olissassa, Olissá, Olissasi. As suas festas realizam-se ao fim do ano, após o Ossé de Lissa, ritual restrito aos seus iniciados.


Vodunon Naadojhi Zaildes Iracema de Melo
(Naadojhi Índia)

O Bogum, além de seu culto religioso de matriz africana realiza anualmente uma missa na Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, em louvor a São Bartolomeu e São Jerônimo. A sociedade civil do terreiro fundada em 1937 chama-se Sociedade Fiéis de São Bartolomeu do Terreiro do Bogum.

A relação desse terreiro com a comunidade sempre foi intensa, inclusive o Bogum possui no final de linha do Engenho Velho da Federação o busto da Done Runhó, o primeiro busto em praça pública na Bahia de uma líder religiosa, e essa homenagem faz jus a sua atuação na sociedade. Mulher que com sua fortaleza doou muitas das suas terras para quem precisava por avaliar que “o espaço dos voduns era morada também para as pessoas”, não adiantava os voduns terem tanto espaço com tantas pessoas sem ter onde morar.

Na década de 90 existia no Bogum o projeto “Roda Baiana” em parceria com o Terreiro do Cobre e o Tanuri Junsara. O Projeto que mais durou no Bogum foi o “Pré Vestibular Universidade Para Todos”, que permaneceu por 7 anos contribuindo para vários jovens e adultos , entrarem nas Universidades, tanto privadas quanto públicas. Também tivemos o projeto “Mobilizadores Sociais para a Juventude”; o curso de fotografia”; o projeto de estética e sustentabilidade; o curso de percussão – grupo Agdavi do Jeje, que nasce no Bogum e contempla toda a comunidade com aulas de canto e percussão; o curso de alfabetização; curso de coral. O Bogum sempre foi um espaço de manutenção cultural, educacional e social que desde sua fundação no século XIX, segundo pesquisadores, já era um espaço para discutir políticas e ações que promovessem sustentabilidade social, cultural e religiosa.

O Bogum participa da Caminhada pelo Fim da Violência e Ódio Religioso, pela Paz!” desde 2004, ou seja, desde o seu início. Nesse período uma das ekedji do Bogum, Jandira Mawusí participava do projeto “Roda Baiana” e Mãe Val do Terreiro do Cobre convidou o Bogum para se juntar a esse movimento, no Zoogodô Bogum já aconteceram algumas reuniões da comissão organizadora.

O Busto da Done Runhó, tem um simbolismo para o bairro do Engenho Velho da Federação, está localizado em um ponto que mesmo sendo no final de linha recebe quem chega e quem sai do bairro. É de lá que se inicia a Caminhada, desde a 3ª edição é o lugar onde os adeptos e não adeptos das religiões de matriz africana, de Salvador e outras localidades todos vestidos de branco, realizam um grande ato de confraternização num encontro de nações jeje, keto, angola, caboclo e pedem licença a todas as ancestralidades que regem a comunidade do Engenho Velho da Federação. Não por acaso, nesse local também encerramos a Caminhada, cantando para Oxalá. Portanto, a Caminhada é esse princípio e fim, de consagrar a vida do bairro."

Fachada Zoogodô Bogum Malê Rundó

Fonte - https://caminhosdaresistencia.com.br/zoogodo-bogum-male-rundo

Imagens comprobatórias




No entanto, prof Dr. Ordep Serra informa que a data da formação do terreiro Bogun, não são conclusivas. A seguir o link do trabalho do professor. 

https://ordepserra.files.wordpress.com/2008/09/bogum-vii.pdf

sábado, 12 de março de 2022

O BATUQUE PRESERVOU MUITO MAIS DA MATRIZ DO QUE PENSAVÁMOS XLVII

Por Erick Wolff de Oxalá

Postado em 10/03/2022, na comunidade - https://www.facebook.com/groups/1444295859135612 



AS DIFERENTES TRADIÇÕES JEJES DA DIÁSPORA BRASILEIRA


Nesta postagem desejamos falar um pouco sobre os Vodun, claro que, ninguém terá que mudar o que pratica, mas é importante sabermos mais sobre a cultura dos voduns, sabemos que muitos já vieram aculturados para o Brasil, por serem cultuados no vulto ou okuta, assim sendo, indicamos esta postagem para que conheçam algumas peculiaridades sobre: uma breve apresentação sobre os vodun, e sua formação na diáspora Brasileira (pp. 84); informações sobre os vodun Legba, Ayizan, Atimbowa, Sogbo, Agama... (pp. 95).

Link para acesso - https://revistaolorun.files.wordpress.com/2018/10/revista-olorun-17.pdf


sábado, 11 de julho de 2020

ṢÀNPỌ̀NNÁ


"A Divindade se chama Ṣànpọ̀nná (Xampanã), nome que não deve ser pronunciado na hora em que o sol está quente e nem em estações quentes e secas...

Ọbalúayé (Rei e senhor na Terra) é o nome que esta Divindade possui quando encarnou na Terra, Ọmọlú (Filho de Ọlú) é um título de Ọbalúayé apenas em Ọ̀yọ́, e como o Candomblé sofreu grande influência das tradições de Ọ̀yọ́, este título de Ọbalúayé foi conservado no Brasil, não é um título usado para este Òrìṣà em outras cidades iorubás...

Outros títulos da Divindade Ṣànpọ̀nná são: Jagun, Olóde, Bàbá Oyè, Àjàkáyé, Ìgbóná, etc...

Ṣànpọ̀nná (Ọbalúayé) entre os iorubás não se veste de ìko (palha da costa), mas no Candomblé sim, devemos respeitar esta maneira de culto...

Ṣànpọ̀nná/Ọbalúayé NÃO É UM VÒDÚN...

SAKPATA É UM VÒDÚN. SAKPATA É O CULTO DE ṢÀNPỌ̀NNÁ EM TERRAS FONS..."

*Foto: Ṣànpọ̀nná em Ọ̀yọ́, foto Àṣà Òrìṣà Aláàfin Ọ̀yọ́.
Hérick Lechinski

TIKTOK ERICK WOLFF