segunda-feira, 29 de janeiro de 2024
O JEJE VODUN DO BATUQUE, UM CULTO NAGÔ
sexta-feira, 18 de agosto de 2023
BRUNO DO ODE, TAMBOREIRO (KANBINA/JEJE)
Este artigo é para registros das memorias do Batuque do RS, para que gerações futuras possam pesquisar e estudar a historia Batuqueira.
Este trabalho relata a trajetória do tamboreiro Bruno Silva, conhecido religiosamente como Bruno de Odé.
sexta-feira, 28 de julho de 2023
JOÃO DE BARÁ AGELÚ NÍ BÍ (EXÚ BY)
Postagem coletada da página Religião Respeito Humildade, da mídia social Facebook, publicada em 17 de julho de 2023, acessada em 28 de julho de 2023.
Este foi um ícone do segmento Jeje do Batuque do RS, levou a religião para países vizinhos e foi o responsável por aprontar vários sacerdotes nos países vizinhos.
"Quando se fala em Nação Jeje do Rio Grande do Sul, logo vem o nome do Pai de Santo mais famoso desta nação que foi o Pai João de Bará Ni Bi (Exu Bý), que sem dúvidas foi a maior expressão Jeje. Conhecido no Brasil e em outros países, filho de Santo de Mãe Chininha de Xangô Agandju Ibeijis. Pai João do Bará doutrinava muito bem seus filhos de santo. Ensinava muito bem seus filhos a puxar as rezas dos Orixás e a tocar tambor.
Ele tinha uma técnica de ensinar os filhos tocando na mesa com duas colheres e no outro dia já os colocava a tocar no tambor com os agidavís. João de Bará e Tia Licinha, sua irmã, tocavam Jeje, juntos, e diziam na época que era um dos melhores rituais quando esses dois se juntavam na mesma obrigação. Dos pais e mães de santos atuais, da nação Jejê do Rio Grande do Sul, muitos desconhecem a palavra Vodun; deve-se este fato ao predomínio da nação Ijexá, de origem Yorubá que acabou absorvendo as demais, e o termo vodun com o passar dos tempos, deixou de existir.
O aquidavi são varetas, que o tamboreiro pode usar um ou duas para marcar o ritmo no tambor, encontramos costume semelhante no Candomblé Ketu.
Fonte https://www.facebook.com/religiao.r.humildade/posts/pfbid0q3aaED2eSLJE6kcfxrRo9LQok9w9z3a6weUXEfYZpqr5e4fTkse1YhFS8HuDaginl
Imagem comprobatória:
sexta-feira, 12 de maio de 2023
BATUQUE DO RS: SEGMENTO JEJE
Este registro do ritmo e cadencia do segmento Jeje do Batuque do RS.
Conforme o vídeo o tambor no segmento Jeje do Batuque é mais cadenciado, diferente do ritmo dos segmentos Oyo, Kabinda e Ijesa do Batuque, observando que em algumas vezes muda-se a ordem das cantigas entoadas.
Link: https://www.facebook.com/ivan.obbatala/posts/pfbid0kks8dytek1NsQ33JhYa7PQwNEAm2CzepNjrkv6RbwUCkNZdexR23xNGmbqSgjxuzl
Imagens comprobatórias:
sexta-feira, 5 de maio de 2023
RESUMO: AS NAÇÕES DO RIO GRANDE DO SUL
Por Afrobras - Federação das Religiões Afro-Brasileiras
Postado em 01/05/2023
Imagens comprobatórias:
Link - https://www.facebook.com/story.php?story_fbid=pfbid0229ekyVtpQog1EB6cyUgv2GQHzDyYxmPkr9DeiyLSsuzYG5WZzPKYLGiiBRdztzXAl&id=100064816385412&mibextid=Nif5oz
sábado, 11 de fevereiro de 2023
QUEM SÃO OS JEJE!
Este artigo registra uma postagem do autor João Luiz Félix Pereira, que foi compartilhado no Facebook do Babalorixá João.
O texto informa que a palavra Jeje é denominação de quem veio de longe.
Postado por João Gunga Do Babá
Em 17/01/2023 acessado em 11/02/2023
"Em Dahomé, a Nação denominada Jêje, recebeu influência direta do povo que ali vivia, o povo chamado de Fon ou Ewê Fon, que em dialeto local significava "o que veio de outro lugar, ou de longe. Ewê, ou Jêje mais precisamente , instalou-se no leste desse País na localidade de Mahin, litoral do Dahomé onde existiam as minas de pedras preciosas e de extração de ouro, de domínio da Coroa de Portugal, sendo no século XVII, dominada pelos ingleses.
Foi ali nesta localidade litorânea, construído o Forte de São Jorge da Mina, para defender a tão cobiçada cidade e suas riquezas naturais até então, pertencente ao já antigo povo Mahin.Agora, os preceitos Religiosos da Nação do Povo Jêje, atravessaram o mar vindo para o Brasil, pelas mãos do ilustre Príncipe Custódio de Sakpatá da real família que governava Benin.No ano de 1864 a Nação Jêje chega ao Brasil e posteriormente no ano de 1883 chega ao Rio Grande do Sul, antes estando em outros estados brasileiros. Posteriormente formou novos Babalorixás e Yalorixás por todo estado gaúcho. E nesse estado brasileiro recebe o nome de Batuque pelas pessoas leigas que ouviam os tambores desta Religião em dias de festa e rituais. É um rito proveniente da Matriz Africana, assim como a Macumba do Rio de Janeiro, o Candomblé da Bahia, o culto chamado tambor de Mina, ou Mina Jêje no Maranhão e o ritual de Xangô no estado de Pernambuco, Batuque é tão somente mais uma variante oriunda do grande continente Africano. Jêje não é portanto uma Nação política ou geograficamente reconhecida, por não existir nenhum lugar na África com esse nome, correto seria então dizer Nação Mahin, cujo apelido ou nome popular , acabará ficando Jêje, que é um Rito do Povo Nagô, dos Yorubás: Todo Jêje é Nagô!(João Luiz Félix Pereira)"
Fonte https://www.facebook.com/photo/?fbid=2323990747776793&set=a.248804551962100&comment_id=705844741146294¬if_id=1674045995129282¬if_t=feedback_reaction_generic&ref=notif
sábado, 12 de março de 2022
O BATUQUE PRESERVOU MUITO MAIS DA MATRIZ DO QUE PENSAVÁMOS XLVII
Por Erick Wolff de Oxalá
Postado em 10/03/2022, na comunidade - https://www.facebook.com/groups/1444295859135612
Link para acesso - https://revistaolorun.files.wordpress.com/2018/10/revista-olorun-17.pdf
domingo, 2 de setembro de 2012
A ORIGEM DOS JEJES - REGINALDO PRANDI
A Palavra Dahomé
A palavra DAHOMÉ, tem dois significados: Um está relacionado com um certo Rei Ramilé que se transformava em serpente e morreu na terra de Dan. Daí ficou "Dan Imé" ou "Dahomé", ou seja, aquele que morreu na Terra da Serpente. Segundo as pesquisas, o trono desse rei era sustentado por serpentes de cobre cujas cabeças formavam os pés que iam até a terra. Esse seria um dos significados encontrados: Dan = "serpente sagrada" e Homé = "a terra de Dan", ou seja, Dahomé = "a terra da serpente sagrada". Acredita-se ainda que o culto à Dan é oriundo do antigo Egito. Ali começou o verdadeiro culto à serpente, onde os Faraós usavam seus anéis e coroas com figuras de cobra.
Os povos Jejes se enumeravam em muitas tribos e idiomas, como: Axantis, Gans, Agonis, Popós, Crus, etc. Portanto, teríamos dezenas de idiomas para uma tribo só, ou seja, todas eram Jeje, o que foge evidentemente às leis da lingüística - muitas tribos falando diversos idiomas, dialetos e cultuando os mesmos Voduns. As diferenças vinham, por exemplo, dos Minas - Gans ou Agonis, Popós que falavam a língua das Tobosses, que a meu ver, existe uma grande confusão com essa língua.
Jejes no Brasil
Os primeiros negros Jeje chegados ao Brasil entraram por São Luís do Maranhão e de São Luís desceram para Salvador, Bahia e de lá para Cachoeira de São Félix. Também ali, há uma grande concentração de povos Jeje. Além de São Luís (Maranhão), Salvador e Cachoeira de São Félix (Bahia), o Amazonas e bem mais tarde o Rio de Janeiro, foram lugares aonde encontram-se evidências desta cultura
A origem da Nação
Muitos Voduns Jeje são originários de Ajudá. Porém, o culto desses voduns só cresceram no antigo Dahomé. Muitos desses Voduns não se fundiram com os orixás nagos e desapareceram totalmente. O culto da serpente Dãng-bi é um exemplo, pois ele nasceu em Ajudá, foi para o Dahomé, atravessou o Atlântico e foi até as Antilhas.
Quanto a classificação dos Voduns Jeje, por exemplo, no Jeje Mahin tem-se a classificação do povo da terra, ou os voduns Caviunos, que seriam os voduns Azanssu, Nanã e Becém. Temos, também, o vodun chamado Ayzain que vem da nata da terra. Este é um vodun que nasce em cima da terra. É o vodun protetor da Azan, onde Azan quer dizer "esteira", em Jeje. Achamos em outro dialeto Jeje, o dialeto Gans-Crus, também o termo Zenin ou Azeni ou Zani e ainda o Zoklé. Ainda sobre os voduns da terra encontramos Loko. Ele apesar de estar ligado também aos astros e a família de Heviosso, também está na família Caviuno, porque Loko é árvore sagrada; é a gameleira branca, que é uma árvore muito importante na nação Jeje. Seus filhos são chamados de Lokoses. Ague, Azaká é também um vodun Caviuno. A família Heviosso é encabeçada por Badë, Acorumbé, também filho de Sogbô, chamado de Runhó. Mawu-Lissá seria o orixá Oxalá dos yorubás. Sogbô também tem particularidade com o Orixá em Yorubá, Xangô, e ainda com o filho mais velho do Deus do trovão que seria Averekete, que é filho de Ague e irmão de Anaite. Anaite seria uma outra família que viria da família de Aziri, pois são as Aziris ou Tobosses que viriam a ser as Yabás dos Yorubás, achamos assim Aziritobosse. Estou falando do Jeje de um modo geral, não especificamente do Mahin, mas das famílias que englobam o Mahin e também outras famílias Jeje.
Como relatei, Jeje era um apelido dado pelos yorubás. Na verdade, esta família, ou seja, nós que pertencemos a esta nação deveríamos ser classificados de povo Ewe, que seria o mais certo. Ewe-Fon seria a nossa verdadeira denominação. Nós seríamos povos Ewe ou povos Fons. Então, se fôssemos pensar em alguma possibilidade de mudança, nós iríamos nos chamar, ao invés de nação Jeje, de nação Ewe-Fon. Somente assim estaríamos fazendo jus ao que é encontrado em solo africano. Jeje é então um apelido, mas assim ficamos para todas as nossas gerações classificados como povo Jeje, em respeito aos nossos antepassados.
(Texto de Reginaldo Prandi)
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