MPOLO OU NZIMBU
Com um e outro destes termos quer-se designar o discurso ou panegírico, fúnebre a um príncipe ou rico senhor e mais os festejos e danças que se realizam nessa altura.
O P. Marichelle define NZIMBU como sendo «dança por ocasião da morte de chefes importantes» danse qui s'exécute à la mort des chefs importants.
Mas o MPOLO ou NZIMBU - termos equivalentes mas usado um ou outro mais neste ou naquele clã não é só a festa com dança. É também o panegírico do morto, a narração das causas possíveis da morte, a verificação de se sim ou não foram empregados todos os meios conhecidos para que o indivíduo não morresse.
Desde já, vamos falar da ligação, que se deve aceitar, entre NZIMBU e NZINGU. Qualquer pessoa pode encontrar uma certa homofonia nos termos. E NZIMBU e NZINGU se aplicam a-morte, funerais, fim desta vida e começo de outra.
NZINGU (pl. ZINZINGU) é nome de uma liana e significa também volta de corda, torcedura. Tem a NZINGU a aparência perfeita de cordas entrelaçadas. Apresentam-se como enormes calabres, quer no comprimento quer na grossura, torcidos de um modo perfeitíssimo. É obra da natureza, de Deus (Nzambi). Não se pode destorcer. Assemelham-se a cordas que se entrelaçaram mas que fazem parte de um todo homogéneo
Por isso afirmam no seu adágio:
Nzingu kikanga Nzambi:
Muntu limonho pódi kútula ko.
Nzingu (liana) que Deus amarra:
O homem não a pode desamarrar.
Só Deus tem o poder de amarrar e desamarrar a vida.
Mas, para melhor compreensão, vejamos outros termos.
Zinga - v. t. - Viver longamente.
Zinga - v. t. - Fazer girar, fazer dar voltas.
Luzingu (pl. Tuzingu) - Vida, existência.
Nzingu (pl. Zinzingu) - Nome de uma liana, volta de corda.
A vida, pois, é como liana de Deus: só por Ele amarrada; só por Ele desamarrada.
E é por tudo isto que à entrada dos cemitérios costumavam colocar a liana NZINGU. Era proibição de ingresso (a não ser para sepultar alguém) e sinal de vidas que se apagaram, de lianas desamarradas por Deus, pois, também havia sido Ele quem lhes dera a existência, que as havia amarrado.
As cerimónias do MPOLO ou NZIMBU ainda hoje se realizam e quase nos mesmos moldes e solenidade de outrora. Continuam a ser para os grandes e nobres, para os que têm posses.
No tempo dos funerais que já descrevemos, realizava-se a seguir à morte e enquanto se juntavam as coisas necessárias para o enterro ou mesmo na altura deste.
Hoje, como temos frisado, a lei das 24 horas leva a enterrar cedo e sem a possibilidade da pompa antiga. As cerimónias de MPOLO, por que exigem muitos gastos e longa preparação, são agora transferidas para o primeiro aniversário da morte dos grandes senhores. Coincidem também com o levantar do luto.
Segundo antigas leis não podia correr e enterrar-se alguém de grande posição social sem
que fosse dado ao público conhecimento da sua origem familiar, posição social, o seu viver
e proceder durante a vida, os seus dotes e predicados e, por fim, as supostas causas da sua doença e morte.
Tudo, isto era. relatado ao público nesta cerimónia de MPOLO pelo Nkotokuanda, homem tido por hábil e perfeito orador.
O Nkotokuanda é escolhido entre os que melhor conhecem os usos e costumes, que mais conhecimento têm da fraseologia e provérbios dos naturais. Não é, na verdade, qualquer um que se desempenha com brilho deste encargo. Por isso, será muito bem escolhido e muito bem pago.
É ele homem experimentado nestas andanças. Mas não vai às cegas desempenhar a missão que lhe incumbiram. Falará com a família, vizinhos e amigos do falecido sobre o que foram as suas origens, sua vida, seus encargos, sua doença, etc., etc.
Para a festa do MPOLO são chamadas todas as autoridades gentílicas. Eram convidados bem a tempo. Os convites, eram feitos oralmente, por pessoa de família ou por delegado desta.
Os, Zindunga não faltarão, não podem faltar. Quer nos actos solenes dos grandes chefes e senhores, quer na morte e cerimónias a ela ligadas dos mesmos, a presença dos Zindunga era imposta como delegados do Nkisi-Nsi. Hoje parece ser mais para aparato e para abrilhantar a cerimonia.
Marcados são os lugares para as autoridades europeias e gentílicas; igualmente o recinto onde se exibirão os Zindunga.
Onde dançam os Zindunga exibir-se-ão também os das danças guerreiras, os da Sanga. Já sabemos que esta dança era usada nos funerais dos nobres. Fingiam lutas com pessoas invisíveis, havia simulacros de morte violenta à catana ou zagaia.
Eram, outrora, para afugentar - os espíritos maus - os Bandoki-quando levavam o nobre defunto a enterrar.
Os Zindunga são sempre os primeiros a chegar. Só se deslocam de noite. De madrugada já lá estarão. É a parte mais cara da festa.
Estas solenidades atraem um sem número de pessoas. Vêm de toda a parte.
Os convidados vão sendo conduzidos para os seus lugares por um «mestre» de cerimónias, que é já o Nkotokuanda do discurso fúnebre.
Ás autoridades gentílicas não se dá este ou aquele lugar indiferentemente, este ou aquele assento; umas terão direito e cadeira (como as europeias); outras, esteira e tapete; outras, esteira e luandu; outros, banco, etc., etc. O chão é, do público!
Enquanto não chegam todas as autoridades, os Zindunga vão rodopiando e exibindo-se.
Presentes todos os convidados (a festa é, de costume, marcada para o meio da tarde) e deixando os Zindunga de dançar, o Nkotokuanda tratará de dar início ao seu trabalho, ao seu discurso que é sempre muito longo.
Ao lado do Nkotokuanda está um homem que segura a Kimpaba.
Significa que o Nkotokuanda está revestido de autoridade e mando. A Kimpaba será a do Rei da terra, da autoridade maior, ou até - e é o mais comum - a do defunto de quem se vai falar.
Ele a mostrará à assistência e imporá silêncio.
Segundo a pragmática estabelecida, por umas três vezes, chama a atenção das gentes o mais fortemente que possa:
Eeem .............Eeem ............Eeem............
Passa a nomear todas as entidades com direito a MPOLO.
Pronunciado o nome de cada uma dessas entidades pelo Nkotokuanda, rufa o tambor.
É quase sempre o Ndungu iilu, o tambor do chefe.
Ngeie ikua ndungu iilu sonsa:
Beno bonso fuene kuenda.
Quando ouves tocar o ndungu iilu:
Todos vós tendes que ir.
Mas, arrumado o mesmo tambor, é sinal de morte.
Ndungu iilu mu luvúkulu:
Va siala nkází ko (v'ikanda).
Tambor real suspenso atrás da casa:
Não ficou chefe de família que tome conta dele.
E os homens com os Zimpungi, defesas de elefante tornadas instrumentos de música, fazem ouvir o «Cháprum... prum... prum ... »
Os Zimpungi são insígnias de nobreza. São usados, quase sempre, os do defunto, que já os havia recebido de seus antepassados.
Ntanda zimpungi:
BakúIu b'ámi babika.
Conjunto de zimpungi:
Os meus antepassados mo deixaram.
E começa, então o Nkotokuanda:
Fulano ... Uá Mpolo (tem direito a Mpolo) - Cháprum... prum... prum...
Sicrano ... Uá Mpolo - Cháprum... prum... prum...
Beltrano... Uá Mpolo - Cháprum... prum... prum... Etc., etc., etc.
Podem aparecer de 15 a 20 nomes. Para cada um rufa o tambor e os zimpungi tocam Cháprum... prum... prum...
Entrando no assunto, o Nkotokuanda afirmará encontrar-se ali porque disso o encarregaram e, portanto, que não vejam em suas palavras simples imaginação. Estudou o assunto e a vida do falecido. E vem logo um chuveiro de provérbios que enuncia, deixando a conclusão ao saber e argúcia das autoridades e velhos do povo.
Recomeça a musica. Volta o rufar do tambor e os «Cháprum... prum... prum ... » dos zimpungi. Rodopiam os Zindunga e dançam os familiares do defunto.
De Kimpaba empunhada, o orador chama novamente à ordem e ao silêncio: Eeem... Eeem ... Eeem ...
E torna ele: Todos sabem que o falecido era filho de fulano de tal, da família tal, etc., etc. Relata a vida do finado, seus serviços, suas acções notáveis, o viver para com os outros do seu meio familiar e social.
Falará das ausências que o falecido teve da terra para angariar bens de fortuna, se viveu ou não feliz, se foi titular, e em que circunstâncias... Por fim, os males de que sofreu e os que teriam sido a causa da morte.
Como na mentalidade deles ainda atribuem a morte mais à. maldade dos outros, à inveja dos inimigos e não tanto a factores de ordem natural e física, o Nkotokuanda tentará explicar a causa provável da morte: se a perseguição dos invejosos seus inimigos; se bandoki da família ou estranhos; se feitiços, etc., etc.; se houve a «confissão» - fiabiziana - a tempo e horas para se saber se alguém da família lhe queria mal; se os tratamentos e adivinhações feitas foram as mais indicadas...
Acabará por afirmar que todos os meios foram empregados, que se não pouparam gastos, mas que, afinal, de nada valeu tudo o que se fizera! Estava morto!
Volta, nesta altura, outra chuva de provérbios.
Ivangu kiiza vi dongo.
A forquilha vem para a garganta.
Chegou o fim, tudo acaba.
Lukata lumatumbi lumueka tukuendila befu bonso:
Ibila iau nzila Nzambi.
Em caixão (mesmo simples) todos nós vamos:
Porque é esse o caminho marcado por Deus.
Bákala iaku i nkambu nvumbi:
Ka sevuanga ko.
Dos homens que pegam ao pau do morto:
Não se deve escarnecer.
É coisa que acontece a todos; 'uns, hoje; outros, amanhã.
Nzambi uvanga ulumbu biole, builu i muinha:
Ngeie kambua ufuá imuinha, ibuilu uala ufuá.
Deus fez dois dias, a noite e o dia:
Se não morreres de dia, morrerás de noite!
Não há possibilidade de escapar à morte!
É quem mais se quer mostrar sabido e empregar o provérbio mais adequado a estas circunstâncias.
Saltam os Zindunga para o terreno, saracoteiam-se os da família, rufam os tambores e renovam-se os Cháprum... prum... prum...
O Nkotokuanda com dificuldade retomará a palavra. Já começam a ficar saturados. Mas terá que a haver para anunciar o título do falecido.
A custo, empunhando gravemente a Kimpaba, como que por favor lhe concedem novamente a palavra.
Explicadas as causas da morte, as diligências feitas para a cura, etc., etc., passa-se, então, à concessão ou ratificação do título familiar, que tanto pode ser de Kapita, Fursiko, Ngúvulu, Nkotokuanda, Bula-Ngongie, etc., etc.
Isto é feito de combinação prévia com os membros da família do defunto e os maiorais da terra e anunciado pelo mesmo Nkotokuanda.
Finda a proclamação e concessão do título, passa-se à parte final da cerimónia: pagamento, mata-bicho, copo-de-água (e não se tome o termo, nesta época, por exagerado) aos presentes.
As próprias autoridades europeias, e não pequeno número de outros europeus, são muito bem servidas. Honra lhes seja feita!
Comidos e bebidos, a pouco e pouco vão dispersando os grupos - mazanza.
Os que ficam, e não são poucos dos naturais, continuam pelo resto da tarde e pela noite dentro a dançar e ver dançar os Zindunga, os das danças guerreiras e a tomar parte nos restos dos comes e bebes.
Não são muitos os que fazem a festa do MPOLO. Ficam sempre muito caras. Não são para qualquer e é, na verdade, caso para tomar o adágio: «quem quer festa sua-lhe a
Assistimos a duas festas de MPOLO: por 1954 no Caio, a uns 18 quilómetros de Cabinda, na estrada que liga a Lândana, a da família de um tal Mingas; em Fevereiro de 1970, na aldeia da Nova Estrela, logo por detrás da Administração de Cabinda, no sopé do morro do KIZU, à de Júlio Augusto Barros Jack, falecido a 12 de Novembro de 1968.
Da data da morte de Jack à da sua festa de Mpolo, 15 meses, concluiu-se que a festa não é necessariamente no dia do 1. aniversário da morte. Anda à volta dessa data, mas não antes dela.
Este Jack faz-nos recordar uns signatários do Tratado de Simulambuku King Jack, Príncipe da Ponta do Tafe; Batte Jack, Governador do Caio.
Este nome Jack, como facilmente se nota, tem sabor inglês e foi certamente dado (não adoptado) aos primeiros Cabindas que o passaram a usar por terem estado ligados com algum inglês com esse nome.
O mais interessante está no facto de o nome lhes ser aplicado pelos próprios naturais e por ter havido em suas vidas urna «mudança de indivíduo» que se completa pela mudança do nome. (Cf. s. f. f. Cap. Nomes e Apelidos).
A família Barros Espanhol não tomou este nome - o de Espanhol - por um de seus antepassados ter sido o cozinheiro, em Lândana, na casa de um senhor espanhol, Dom José Del Valle?
E o nome de Franque não é uma deturpação de Francês ou do nome de um francês que até se chamava Frank ou Franque, dados do Ir. Evaristo Campos e que nos confirmaram velhos Cabindas, das riquezas do qual, depois de ter morrido em Cabinda, um dos Franques, já bem lançado na vida, ficou senhor?
A aplicação dos nomes feita desta forma é a-que se concilia com os costumes. E a existência de valiosas Bimpaba na posse dos Jacks e Franques, que não na do Espanhol, que foi simples cozinheiro ainda que mui digno na origem, hoje família muito respeitada, só serve para confirmação.
Mas voltemos à festa do MPOLO.
No tempo que medeia entre a de 1954 e a de agora, uns quinze anos, não notamos diferença substancial.
Vamos, pois, ficar pela de Júlio Jack, mais recente.
Junto do recinto escolhido para a dança dos Zindunga fez-se uma pequena casa de papiros e palhas, de uns quatro a cinco metros quadrados por uns dois e meio de altura. O tecto é de duas águas.
Uma das paredes de topo, uma das cumeeiras, a que fica voltada para o recinto da dança, não existe para que se possa ver o que está dentro e admirar a ornamentação.
Por dentro, as paredes são revestidas por panos garridos.
Em mesa, ao centro, coberta por toalha ou colcha de froques, está exposta a fotografia do Jack, já muito deteriorada.
Em outra mesa, mais pequena e mais baixa, coberta por pequenos tapetes, estão as quatro Bimpaba recebidas dos antigos e que passarão aos sucessores. São as mais belas e mais ricas que até hoje nos foi dado ver e admirar.
Uma delas, formada como que por uma cobra de prata maciça, não pesará menos de cinco quilos.
Outra, a mais bela, ainda que não a mais pesada, tem a seguinte inscrição:
CAFE CUMHA FILHO DO DEFUNTO MAMBUCO MANIBUCE
DO FUTILA
1865
Donde este nome? Será que a Kimpaba era de outra família e veio a cair nas mãos dos Jacks? Não é muito provável.
Nome de pessoa de família antes de lhes terem dado o de Jaks?
Hipótese muito mais de aceitar.
Nesta mesma Kimpaba, imediatamente por cima desta inscrição e a meio da lâmina, estão representadas duas cobras com as cabeças juntas que parecem comer-se. Aplica-se-lhes o provérbio:
Mbuadi kamini mbuadi andi.
A mbuadi (outro nome da cobra nduma) não come a sua mbuadi.
Rico não vence rico, Príncipe não passa à frente de Príncipe. São iguais, da mesma força.
Numa bacia, que foi usada em vida pelo Jack, estão os 3 Zimpungi da família: Nuni marido - Nkazi - esposa - Muana - filho.
São resguardados e ornados por uma espécie de malha feita de fibra de Mpunga
(Urena lobata) ou da fibra do embondeiro ou do ananás. Posteriormente foi pintada de verde essa malha.
Para acompanhar as danças dos Zindunga tomam, os basiki zimpungi, tocadores de zimpungi, os marfins para os Cháprum... prum... prum...
Também o tocador do tambor Ndungu iilu não o deixa totalmente parado. Este tambor tem de 2,50 m a 3 m de comprimento.
Este tambor do Jack tem particularidades não muito comuns aos outros:
1 - a pele dos tampos é esticada por uma boa dezena de fios torcidos e que nos pareceram de pele de ngulungu, o antílope mais comum da região.
2 - os símbolos que se encontram no tambor:
a) - pai transportando o filho às costas (cf. bandeira do Kapita Muenimpolo): o filho nada é, em princípio, sem a ajuda do pai.
b) - uma palma da mão (cf. idem.): a palma da mão é escrava das nossas necessidades. Assim deve ser o súbdito para o seu senhor.
Na Mpolo do Mingas o ndungu iilu estava pendurado na casita, ao longo de uma parede lateral, da «exposição».
Os Zindunga, como só podem aparecer e desaparecer de noite, chegaram de madrugada e partiram, depois, com escuridão cerrada, muito perto da meia noite.
Não vieram propriamente para alegrar o público, mas para prestarem as suas honras ao falecido.
Por isso, cada um deles, por ordem de dignidade, vem prestar homenagem à memória do falecido: perante a fotografia e as insígnias prostra-se por momentos. Em seguida dança, na verdade volteia.
Por pouco tempo. Depois vai sentar-se no lugar que o chefe dos Zindunga lhe indicar. Sequem-se todos os outros, cada um por sua vez. Como já sabemos, são dez.
Nos intervalos das danças de cada Ndunga, e às vezes ao mesmo tempo, os familiares do falecido - mulher, sobrinhas, filhas, etc. etc. - também dançam. Estes familiares terminam cada uma das suas actuações com uma espécie de guinchos, berros, apupos.
Esses berros e apupos, dizem, querem significar certa alegria e prazer por se ter acabado o luto, e serão ainda para afastar para longe deles a morte, os bandoki.
É fácil conhecer os familiares do morto. Trazem na cabeça grinaldas de ervas ou, a tiracolo, folhas tenras de palmeira.
Foi Nkotokuanda, quem fez de mestre de cerimónias e proferiu o elogio fúnebre do Jack, André Tati Sebastião, também natural da Nova Estrela.
Figs. C 42 - O Nkotokuanda André Tati Sebastião revestido das insígnias de seu cargo
Fig. C 43 - Um Ndunga rodopia em homenagem ao falecido Jack nas cerimonias do Mpolo, em frente ao Nlinge
Fig. C 44 - Pessoas da família do falecido, com grinaldas de ervas, juntam-se as homenagens dos Zindunga
Fig. C 45 - Tocadores de Zimpungi e de Ndungu-lilu nas cerimonias de Mpolo
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