"1. Caixões em área yoruba é algo novo e não tradicional, tradicionalmente os yoruba enterram diretamente na terra. Hoje algumas famílias tem utilizado o caixão afim de facilitar o transporte, no caso de elegun Sàngó koso, como fizeram um grande cortejo em toda a cidade, com muitas pessoas usaram um caixão para facilitar a locomoção.
2. Todo povo de Òrìsà é enterrado dentro de casa, não são enterrados em cemitérios.
3. Cemitérios não pertencem a cultura yoruba.
4. Os sacerdotes podem ser enterrados em qualquer lugar da casa, mas geralmente são enterrados nos quartos onde dormiam ... o povo de Òrìsà pode ser enterrado até mesmo nos corredores de suas casas.
5. Em um mesmo quarto pode ser enterrado mais de um membro da casa.
6. é comum que os filhos também saiam de casa para viver suas vidas, e assim terão suas próprias casas onde começarão a sepultar seus integrantes, por isso é difícil que falte espaço.
7. Para uma primeira cerimônia o sacerdote pode estar vestido com uma roupa tradicional yoruba, mas para seu enterro ritos serão feitos e será enrolado em pano branco, não são enterrados com sapatos ou fios de conta.
8. Muitos rituais são feitos, 1 dia, 3 dias 5 dias, 7 dia. O local onde será enterrado é preparado com folhas e outras coisas no 3 dia.
9. No final do 7 dia o quarto já poderá ser usado novamente pela família. Vão cobrir o local onde está enterrado abaixo do solo, e vão usar o cômodo normalmente, vão dormir ali, comer ali etc.
10. A cultura yoruba diz que os mais velhos têm que viver com a família. E que os mortos convivem com os vivos, se houver algum problema vão consultar o morto. Os ancestrais sempre vão proteger a família.
11. O yoruba tem como hábito separar um pouco da comida e jogar no chão isso é para alimentar os ancestrais e Òrìsà.
12. A família de Sàngó não enterra seus mortos sem fazer o idasa, a consulta do jogo de búzios na própria terra, e tem que ser feito com o próprio jogo de búzios do falecido. Durante este jogo não colocam a cabeça no chão, para reverenciar o oraculo.
13. A consulta do jogo de búzios realizada serve para a família, para saberem as mensagens e também para saber se algo mais é preciso fazer para o morto.
14. No 7 dia do enterro, o Òrìsà do sacerdote é lavado e levado até a sepultura. No Sàngó da casa já está aglutinado Sàngó de outros familiares. Eles cultuarão Sàngó com o morto.
15. O (igba/ojubo) do Òrìsà do morto não será enterrado, quebrado ou despachado. Após a cerimonia, o igba/ojubo retorna para seu próprio local. Ele não fica junto com o morto. Nunca se enterra o Òrìsà da pessoa que morreu em área yoruba, o Òrìsà é colocado junto com Sàngó da casa, e será cultuado .. e se ninguém cultuar ficara guardado, mas nunca será abandonado.
16. Oka é também um nome para amalá em Òyó e é feito com farinha de inhame seca, cozida. No sétimo dia do enterro é dado para Sàngó e também ao morto.
17. Quem faz o ritual são os sacerdotes do Òrìsà no qual o morto é iniciado, não é feito por sacerdotes de Egungun.
18. Se a família tem egungun ele poderá visitar a sepultura.
Também se o sacerdote é muito conhecido é possível que várias famílias de orisa, egungun etc façam homenagens.
19. Todos os filhos carnais e iniciados pelo sacerdote de Sàngó que morreu, precisaram passar por rituais, tiveram que raspar a cabeça e pinta-la entre outros.
20. É tabu de um devoto de Sàngó raspar a cabeça após a iniciação de Sàngó, mas existem duas situações que os iniciados precisam raspar a cabeça. Quando o sacerdote morre e quando a própria pessoa morrer.
21. O adosu não é tirado da cabeça do iniciado, mesmo que ele tenha raspado a cabeça com a morte do sacerdote dele.
22. o adosu de Sàngó só é tirado quando a pessoa morre, então é comum que achem uma outra pessoa para iniciar dentro da família, se não houver ninguém da família para iniciar então fazem um outro ritual.
23. Ela orienta que não conhece Oya igbale e que não há relação nenhuma com Oya levar os mortos para o Orun. Os mortos se juntam aos antepassados.
24. Egun ( os ossos) tem grande importância para as famílias, por isso mantem dentro de casa.
25. Durante o ano eles poderão cultuar o falecido, os yoruba tem um jeito de chamar o morto nos cantos da parede dos quartos onde esta enterrado. Não precisam chamar egungun para falar com os antepassados, eles tem o próprio jeito de chamar o falecido.
26. As esposas do sacerdote que faleceu, ficam em casa durante 3 meses e rituais serão feitos para elas.
27. O falecido continuará a ser consultado para saber se precisa de alguma coisa e para ajudar sua comunidade.
28. Sàngó não tem problema com egungun . famílias de Sàngó podem ter egungun.