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terça-feira, 12 de março de 2024

ORIXÁ OBA E O ORIXÁ OGUM

Neste vídeo é possível ver durante o festival de Obá, que e as primeiras oferendas são feitas para Ogum e Exu.

Notamos também que existem homens durante o festival.



"FESTIVAL DE OBA EM OYO, 2024

por  Asa Orisa Alaafin Oyo Esin Orisa Ibile

De acordo com a tradição, em cada complexo e aldeia entre os Yorùbá, Ogun e Esu sempre serão fundados ali. 

Hoje Orisa ỌBA é comemorado em Ile ỌBA Oyo e antes de ir para o rio de ỌBA, Ogun e Esu também são oferecidos com feijão e outros itens. 

Em Ile ỌBA em Oyo, uma vila cercada pelo rio ỌBA onde anualmente o Orisa ỌBA é celebrado entre os moradores. Orisa ỌBA é comemorado hoje…. 

Asabo eram homens Eleko omo lewa eni A tradição e os costumes Yorùbá são muito ricos… 

Cada Orisa tem seus ritos específicos… 

Estamos falando hoje sobre Orisa ỌBA em Ile ỌBA Alaafin Oyo. 

Uma vez por ano, durante o festival, os aldeões vão ao local principal de ỌBA para os ritos e depois as crianças de ỌBA entrarão no rio para comemorar junto com ỌBA, compartilhando a comida dentro da água e comendo juntos. 

Feliz celebração 2024 "


Por algum tempo, criou-se na diáspora o conceito que homens não se iniciam para o orixá Oba, e que divindade Obá tem grande quizila com o orixá Ogum. No entanto, bem semelhante aos ritos do Batuque que iniciam seus rituais cortando para o Lode e Ogum, na matriz ocorre bem parecido.
Notamos que arriam oferendas para Oba numa gamela.

terça-feira, 8 de agosto de 2023

A SERPENTE COMO SÍMBOLO DE ÒGÚN

Peter McKenzie

In: Hail Orisha! A Phenomenology of a West African Religion in the Mid-Nineteenth Century, cap, 1, pg. 46. Brill Leinden, New York, Koln, 1997.

 

Imagem ilustrativa

Tradução e adaptação:
Luiz L. Marins
https://luizlmarins.wordpress.com

 

Vários dos maiores Òrìsà nacionais também foram associados ao símbolo da cobra, nomeadamente Ògún, Ifá e Èsù. Em Ijaye, em 1855, Charles Phillips, o catequista Egba, conta sobre uma grande reunião no palácio de Àrè Ònà Kakànfò em homenagem a Òrìsà Ògún, o deus da guerra com associações simbolizadas pela cobra:


“Cobras foram trazidas ao palácio por ocasião do festival Ifá e em homenagem à falecida mãe do governante, ela mesma uma ‘adoradora de cobras’. As cobras foram colocadas nos braços e pernas dos dançarinos.

 

De um metro a um metro e oitenta de comprimento e até a espessura da coxa, elas eram, no entanto, ‘suaves’ e não atacavam a menos que estivessem irritados.

 

Eram agarrados pelo pescoço, guardados em cabaças ou deixado para rastejar no espaço aberto deixado pelos espectadores. ”

Ao relatar o festival de Ifá de Àrè Ònà Kakànfò no ano seguinte, o mesmo catequista confirma esta ligação talvez incomum entre Ògún e o símbolo da cobra.

Phillips fala em conexão com os ritos de sacrifício, do Ògún de Àrè Ònà Kakànfò como "o deus da pedra e do ferro adorado em conjunto com as cobras".

Pensando bem, a associação talvez deva lembrar como, no mito, Ògún finalmente desaparece no solo. A pedra e o ferro, derivados da terra, reforça ainda mais as associações ctônicas de Orisa.'

A ligação com a cobra surge mais de vinte anos depois em Ondo, num incidente descrito pelo filho do catequista, ele próprio pároco e depois bispo.

 

“Um homem e uma mulher, escreveu ele, trouxeram várias cobras de Ilé-Ifé que estão ‘exibindo pela cidade como o deus Ogun; abençoando o povo em seu nome’. Eles parecem ter despertado alguma oposição e foram aconselhados por um chefe, o Lìsá, a deixar a cidade."

Por fim, embora fora do nosso período, cabe mencionar a aparição de Ògún como um deus cobra em Ogbomoso em 1891. Iliffe chamou a atenção para um incidente em que o catequista de lá: F.L. Akiele se depara com uma mulher sentada à beira do caminho com seu deus cobra, Òrìsà Ògún (Iliffe, 1984, 53).


segunda-feira, 6 de fevereiro de 2023

ORIKI DE OGUN

Educa Yoruba postou este vídeo, se trata de um oriki de Ogun. 

Postado em 15/09/2019 acessado em 06/02/2023




quarta-feira, 18 de janeiro de 2023

LOCAL SAGRADO ONDE OGUN DESAPARECEU

Esta postagem registra peculiaridade do local que Ogun desapareceu. 


Por Yemojagbemi Arike
Postado em 18/01/2023

"Iju - Nome do Local onde Ogun desapareceu em ire Ekiti.

O local exato é fechado com uma porta, cujo apenas o Elepe (cargo de Ogun na cidade) tem a chave e pode abrir. Os devotos podem fazer todos os tipos de oferenda do local. "

 Fonte - https://www.facebook.com/orisabrasil/photos/a.900307813419420/5781382621978557/


Revisado e aumentado em 06/02/2023

"O Elepe precisa pacificar Orisa Ogun no templo de Ire Ekiti de 13 em 13 dias para garantir que nenhum mal atinja a cidade e que se tenha prosperidade.
beijos
Yemojagbemi Arike"

terça-feira, 6 de setembro de 2022

AGOSTO É O MÊS DE ÒGÚN

Por orisa_priestess

Postado em 01/08/2022 acessado em 06/09/2022 às 13:30hrs


 

Em Português 

Bem-vindo ao mês de Ògún (Agosto) 💃💃💃💃💃💃 

Ògún, o dono da própria terra. Ògún dá-nos a Ire (benção) da terra, a ira da vida e da vitória. 

Ògún participa nas nossas atividades diárias, é por isso que quem disser que Ògún não fez nada por ele/ela ficará sem nada. 

Ògún, o localizador de caminhos, por favor, faça com que a nossa estrada e o nosso caminho sejam frescos e renovados... 

Que Ògún limpe nossos caminhos de quaisquer obstáculos e de todos os ajogun (forças negativas) neste mês...... Àṣẹ Èdùmàrè

Ògún Yeeee Moyee
Osogun aroooooooooo
Kí ọmọ ènìyàn yeeeeee


Em Inglês 

Welcome to the month of Ògún(August) 💃💃💃💃💃💃

Ògún, the owner of the earth itself. Ògún gives us the Ire(blessing) of the earth, the ire of life and of victory.

Ògún takes part in our everyday activities, that is why whoever says Ògún has done nothing for him/her will be without nothing.

Ògún, the path finder, please make our road and path be cool and refreshed...May Ògún clear our paths of any obstacles and all ajogun(negative forces)in this month...... Àṣẹ Èdùmàrè!

Ògún Yeeee Moyee
Osogun aroooooooooo
Kí ọmọ ènìyàn yeeeeee 

Link 
https://www.instagram.com/p/CgtqwBErLXo/ 


Revisado e aumentado em 04/08/2023

Publicamos esta postagem no grupo Cabinda do RS, Facebook.

Durante o debate houve informações sobre obrigações no mês de agosto, vejamos:

Ricardo Regis
Tem casas que tradicionais de ogun que tocavam em agosto

Erick Wolff
Lembra do nome de alguma delas ?

Ricardo Regis
Erick Wolff (MEU SAUDOSO VÔ DE SANTO JORGE TESTA DO OGUN ONIRE TOCAVA AGOSTO SE NÃO ME ENGANO 8 DE AGOSTO

domingo, 7 de agosto de 2022

FESTIVAL DE OGUN 2022

Postado por Orisa Brasil
Em 07/08/2022 acessado às 23:15






Festival de Ògún na cidade de Ire - Ekiti
Cidade onde Ògún ficou conhecido como Onire.

Fonte - https://www.facebook.com/100043138068708/videos/pcb.1991928511001192/381473950733480

domingo, 17 de abril de 2022

ÒGÚN: NA TRADIÇÃO DO BATUQUE É O GRANDE GUARDIÃO DO TEMPLO

Saudações amigos, irmãs e família, vamos aproveitar para falar sobre Ògún


Algumas considerações e informações:


Ogum é como escrevemos em português, Ògún é como poderemos escrever em Ioruba, a etnia e origem desta divindade. De qualquer forma estaremos escrevendo Ogum, para este texto usarei o nome em Ioruba.   


Ògún recebe uma oferenda de Frango, tartaruga e Igbin, equivocadamente até pouco tempo no Brasil falávamos que Ògún só recebia cachorro em terras Ioruba, esta postagem desmistifica isso.


Imagem 01: Em 01/05/2020 um babalawo
fazendo uma oferenda para Ògún


Ògún é uma divindade muito importante e temido em terras Ioruba, por isso, é possível encontrar assentamento de Ògún em vários lugares importantes, inclusive na entrada do palácio do Aalaafin

Imagem 02: Santuário de Ògún dentro
do Palácio de Alaafin

Imagem 03: do santuário de Ògún


O calendário ioruba é dividido em 4 dias, de uma forma semelhante poderemos observar que algumas famílias a segunda feira é de do Ògún Avagã e a quinta de Ògún.

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Fontes virtuais 
Imagem 02: santuário de  
Ògún no Palácio do Alaafin. acessado em 17/04/2022 às 15:26 - acessar link  

Imagem 03: santuário de  
Ògún no Palácio do Alaafin. acessado em 17/04/2022 às 15:30 - acessar link orisa brasil

Imagem 01 sacrifício no santuário de  Ògún. acessado em 17/04/2022 às 15:30 - acessar link








terça-feira, 28 de dezembro de 2021

OGUN E A SERPENTE

Por Paula Cristina Gomes

Postado em 28/12/2013, acessado em 28/10/2021 às 16:58



O povo de Ogun possui a tradição de lidar com serpentes .


Imagem comprobatória


Fonte https://www.facebook.com/photo/?fbid=237234423120647&set=a.140243366153087


Mais fotos cedidas pelo Asa orisa:






quinta-feira, 13 de agosto de 2020

INICIO DOS RITUAIS DO FESTIVAL MUNDIAL DE SANGO

Por Dra Paula Gomes
Em 13/08/2020


H
oje começaram os rituais do Festival Mundial de Sango, no Palácio do Alaafin em Oyo, Nigéria.


No primeiro dia, o festival é declarado aberto com a celebração do Ojubo Ogun.


O povo iorubá acredita que Ogum mostra o caminho para que outros sigam 'Ogum o nilana olá'.


À noite, as pessoas deixam o palácio para outra celebração chamada Aisun Koso (noite de Koso).


Esta celebração marca o Novo Ano ou a nova estação do inhame para Xangô.


Por volta da meia-noite, Xangô é alimentado com o novo inhame dentro do santuário. Mogba declara a nova temporada do inhame para todos os devotos de Xangô e começa um Novo Ano ou novo ciclo tradicional.


Eles não estão autorizados a comer o novo inhame antes de oferecer a Xangô. Isso é feito até de madrugada, até que cada família de Xangô volte para casa para comemorar o Ano Novo.








World Sango Festival 2020

Fonte - https://www.facebook.com/pgfoundation.oyo 

quarta-feira, 10 de junho de 2020

OGUM É O LIDER DOS ODÉ


Por OrisaBrasilOficial

Publicado em 10/06/2020






















Hoje no calendário de 4 dias de culto é dia de Ose Ògún!

Para muitos yorubá Ògún é o grande líder dos Ode, Ode é a palavra usada para caçadores, se você perguntar para um yoruba quem é o líder dos Ode, muito possivelmente a resposta será: Ògún !

Foto Ògún - no festival de Oluji Ondo - Nigeria 2016
créditos : Adekunle Adeniran.

Feliz Ose Ògún!

Beijos Renata Barcelos - Yemojagbemi Arike- Que Ògún sempre nos oriente para escolher e vencer as batalhas certas e ! Ògún Ye!

Imagem comprobatória:




Nota do Editor; observem a serpente que Ògún carrega no pescoço durante todo o festival.



sexta-feira, 5 de junho de 2020

ÒRÌSÀ YEWA

Por Bàbá Maike Figueredo Gomes 
13/05/2020


Todos nós sabemos que colo de mãe é o melhor remédio, independente da idade, não é mesmo? Pois bem, hoje vamos falar sobre um Orixá que na tradução de seu nome significa: Nossa mãe (Iye Wa).

Para muitas pessoas ainda existe a dúvida referente a origem deste Orixá, dizem não ser de origem Yoruba, mas estou aqui para desmistificar isso para vocês!!!!

Yewa é sim de origem Yoruba, com o principal templo de culto instalado na cidade de Idogo em Egbado no estado de Ogun, as margens de seu próprio Rio chamado Odo Yewa (Rio Yewa).

Um Orixá que chegou na terra e no decorrer de sua vida encontrou muitas dificuldades para gerar sua criança, tendo que se consultar com o oráculo e realizar ebó para ajudar com sua fertilidade física. Por isso na crença Yoruba, as filhas desse Orixá devem sempre realizar alguns atos sagrados para ajudar na fertilidade e evitar a grande tristeza em não gerar o seu próprio filho.

Algo fantástico para sabermos sobre este Orixá é que, existe um grande ewo (interdição) a cor preto, então os sacerdote procuram sempre estarem vestidos de branco no dia de cultuar esta divindade, e suas oferendas também devem ser sempre de cores claras.

Yewa é tão misteriosa que seu Ojubó (santuário) fica nas profundezas de seu Rio, onde acreditam que neste lugar o Rio gira em círculos e é lá que ocorrem os rituais, oferendas e sacrifícios.

Uma divindade que tem ligação com as cobras que vivem no Rio, simbolizando a sua força de sedução, força vital, mistério e tentação. Um animal sagrado para seus devotos.

Yewa é uma divindade particular que não tolera muitas coisas, como por exemplo: A falsidade, injustiça, e ingratidão.

Aquele(a) que beber de seu axé jamais o esquecerá...

Fonte; https://www.facebook.com/babakekere1
Imagem comprobatória; 

segunda-feira, 18 de maio de 2020

OBI O ÚNICO ORACULO DE ÒGÚN

Publicado por Ìdílé Ọdẹ Ògúnrọ̀gbà 
Em 18/05/2020





O obi é o único oráculo usado por minha família de Ògún. Não existe recomendação, prognóstico, apontamento, que não se possa fazer através do obi.
Através dele nos comunicamos com Ògún, e recebemos seus recados, e suas orientações.
Obi é usado desde do esentaye para às devidas recomendações a família do recém-nascido, até o apontamento dos ewós em uma iniciação. Com ele conseguimos acessar às respostas que necessitamos para o nosso caminhar, da mesma forma que um sacerdote que usa o erindinlogun, ou um babalawo que consulta com o seu opele/ikin.
Em Oyó, testemunhei o meu iniciador consultando obi para às pessoas do clã, e da comunidade. Uma prática comum nas festividades e cerimônias. Todos recebem conselhos e orientações para os seus problemas. Ògún, jamais deixa ninguém sem resposta!
Cada família, cada região, cada sacerdote, tem suas interpretações das caídas do obi. Como sempre digo, se tratando de território yorubá, não existe uma verdade absoluta.
Por ser o único oráculo usado pela família de Ògún em Oyó, somos exímios conhecedores da consulta através do obi. Obi é a boca do Orisa!
Ìséjú obì ikú kí pa obì kópa ìséjú
Osogun!
Fotos: Renata Barcellos
Diego Guimarães

FONTE - Ìdílé Ọdẹ Ògúnrọ̀gbà

sábado, 25 de abril de 2020

O SINCRETISMO E AS FALSAS RELIGIÕES, SEGUNDO OS CRISTÃOS.

Este artigo foi publicado pelo Centro Dom Bosco, na data 23/04/2020, em momento algum o seu conteúdo compartilha com o que nós professamos diante de tolerância e convívio social, mas fizemos questão em registrar no blog qual a visão dos católicos perante a nossa fé e cultura, para que os seguidores das religiões afro-brasileiras possam pensar e refletir sobre os seus passos e conceitos.

Notem que na Imagem S. Jorge mata o Dragão que o apelidam de Ogum, esta é a resposta cristã sincrética do que representa o mau e o falso deus para o cristão.
O redator 
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"SÃO JORGE: O MÁRTIR CATÓLICO CUJA MEMÓRIA É FREQUENTEMENTE PROFANADA POR FALSAS RELIGIÕES

Por Dom Bosco

Hoje, nós celebramos a memória de São Jorge, Mártir Católico que viveu entre os Séculos III e IV, cuja história foi sintetizada da seguinte forma pela imprensa oficial do Vaticano, nesta data:

Jorge, cujo nome de origem grega significa “agricultor”, nasceu na Capadócia, por volta do ano 280, em uma família cristã. Transferiu-se para a Palestina, onde se alistou no exército de Diocleciano. Em 303, quando o imperador emanou um edito para a perseguição dos cristãos, Jorge doou todos os seus bens aos pobres e, diante de Diocleciano, rasgou o documento e professou a sua fé em Cristo. Por isso, sofreu terríveis torturas e, no fim, foi decapitado. (…) 
 
São Jorge é considerado Padroeiro dos cavaleiros, soldados, escoteiros, esgrimistas e arqueiros. Ele é invocado ainda contra a peste, a lepra e as serpentes venenosas.
 
A devoção a São Jorge é muito marcante em diversas nações, dentre as quais a Inglaterra e o próprio Brasil, sendo Padroeiro do Estado do Rio de Janeiro, onde é venerado por muitas pessoas, de maneira especial pelas pessoas mais simples. Sem dúvida alguma, a veneração a São Jorge em solo brasileiro já foi há muito tempo incorporada à piedade popular.

Além disso, para nós, cariocas, chama a atenção que São Jorge tenha sido militar e martirizado pelo Imperador Diocleciano, igualmente responsável pelo martírio de São Sebastião, Padroeiro da Cidade do Rio de Janeiro.

Todos nós, enquanto cariocas e fluminenses, deveríamos cultivar uma profunda devoção por esses dois grandes Santos, que tanto amaram Nosso Senhor, ao ponto de entregarem as suas vidas por Ele e pela Fé Católica.

Por outro lado, infelizmente, ao longo da história, muitas pessoas se aproveitaram da falta de informações disponíveis sobre a vida de São Jorge para envolverem a sua biografia em uma série de lendas e situações fantasiosas, o que não é tão incomum na Vida dos Santos, especialmente os mais antigos, mas também para profanarem a história de São Jorge através do “culto” promovido por falsas religiões, o que é simplesmente inaceitável. (o grifo é nosso)

A própria imprensa oficial do Vaticano ressalta que São Jorge seria “honrado” pelos muçulmanos, quando, na realidade, o seu auxílio era muito invocado pelos próprios cruzados durante a Idade Média, justamente para que São Jorge intercedesse em favor dos fiéis católicos nas guerras contra os sarracenos. A contradição das duas realidades é gritante:

“(…) Os cruzados contribuíram muito para a transformação da figura de São Jorge de mártir em Santo guerreiro, comparando a morte do dragão com a derrota do Islamismo. (…) O Santo é honrado também pelos muçulmanos, que lhe deram o apelativo de “profeta” 

Por mais incrível que possa parecer, nós vivemos uma situação muito semelhante (e até mais grave) no Brasil, atualmente, na medida em que São Jorge é “venerado” por integrantes do espiritismo, os quais identificam o Mártir com a divindade denominada Ogum. O mesmo se verifica com São Sebastião, que é identificado pelos mesmos espíritas com a divindade denominada Oxossi. Tais situações são desrespeitosas e inaceitáveis. (o grifo é nosso)

Em primeiro lugar, essa “veneração” promovida por falsas religiões e que envolve a adoração de falsas divindades representa uma profanação da própria biografia de São Jorge, o qual foi martirizado justamente por se recusar a prestar qualquer espécie de culto aos falsos deuses adorados pelos Romanos, de modo que a identificação de São Jorge com um deus falso (Ogum) configura uma completa subversão do seu supremo ato de amor por Nosso Senhor Jesus Cristo, justamente porque professava a Fé Católica. (o grifo é nosso)

Representação iconográfica de São Jorge e do demônio Ogum. (o grifo é nosso)

Em segundo lugar, a mencionada profanação, que não deveria ser tolerada ou admitida, especialmente de maneira pública, igualmente representa um flagrante desrespeito à Fé Católica e a todos aqueles que a professam, haja vista que a história de um dos Santos Mártires acaba por ser completamente pervertida e transformada em idolatria por muitas pessoas, sem qualquer preocupação com o Deus Uno e Trino, com a Verdade.

Para ilustrar o referido desrespeito, sem qualquer tipo de concessão quanto à posição da Una e Santa Igreja Católica diante das falsas religiões, bastaria considerarmos o que os pagãos diriam se nós, católicos, venerássemos Buda, Maomé, Ogum e Oxossi como grandes Santos Católicos. O que essas pessoas diriam se a história dos referidos personagens fosse subvertida, sob a falsa alegação de que os mesmos teriam sido grandes exemplos de Fé Católica? Certamente, os pagãos considerariam essa situação inaceitável, com toda a razão, diga-se de passagem. (o grifo é nosso)

Diante disso, urge que todos os fiéis católicos estejam bem instruídos quanto à profanação pública que é realizada frequentemente pelos pagãos ao culto e à memória do grande São Jorge, a exemplo do que fazem com o grande São Sebastião, ambos padroeiros do Rio de Janeiro (Estado e Cidade). (grifo é nosso)

Igualmente, seria fundamental que as Autoridades Eclesiásticas e o Clero em geral não perdessem a oportunidade de esclarecer e formar o povo fiel acerca de todos esses assuntos, notadamente nas datas em que a Santa Igreja Católica venera a memória desses grandes Santos Mártires, justamente como fez comigo hoje um querido Sacerdote amigo, ao me enviar as sábias palavras do nosso Cardeal Arcebispo Dom Orani João Tempesta no início do seu governo pastoral na Arquidiocese do Rio de Janeiro:

“São Jorge é católico. Se outros querem honrá-lo, tudo bem, ele é nosso” (o grifo é nosso).

São Jorge é católico. São Jorge é nosso. São Jorge é Santo e Mártir da Santa Igreja Católica

Apostólica Romana, fora da qual não há salvação. Que essa verdade chegue aos ouvidos dos pagãos, não para que se irritem, se confundam ou se envergonhem simplesmente, mas para que se convertam à Fé Verdadeira. Nós os amamos e desejamos ardentemente para todos os eles o Céu, a Vida Eterna com a Santíssima Trindade, a Virgem Santíssima, todos os Anjos e Santos. (o grifo é nosso)

Viva Cristo Rei! Salve Maria Santíssima! São Jorge, Santo Mártir Católico, rogai por nós, especialmente nesse tempo de pandemia!

Categories: Apologética, Catequese
23 abril, 2020
Fonte Dom Bosco
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Revisado e aumentado em 24/04/2024

Este artigo foi coletado no site Arquidiocese Salvador, publicado em 14/11/2018 (fonte secundária), que informa que o artigo foi anteriormente publicado no jornal A TARDE – Salvador – BA, 16.02.2014 (fonte primária). Acessado em 24/04/2024 às 11h e 10min.



"SINCRETISMO RELIGIOSO

Por Dom Murilo S.R. Krieger, scj (Arcebispo de São Salvador da Bahia – Primaz do Brasil)

Sou a favor do ecumenismo – isto é, do diálogo e da busca da unidade entre as religiões que invocam o Deus Trino e confessam que Jesus, o Filho de Deus, é Senhor e Salvador. O pedido que no final de sua vida Jesus fez ao Pai: “Pai, que todos sejam um” (Jo 17,21), nos motiva a buscar a plena comunhão eclesial. O caminho da unidade dos cristãos é longo e difícil; nele, cada pequeno passo é um grande passo. Como a unidade dos cristãos só acontecerá pela ação do Espírito Santo, é importante e necessário rezar, e muito, nessa intenção.

Sou, também, a favor do diálogo com as religiões não-cristãs. “A Igreja Católica nada rejeita do que há de verdadeiro e santo nestas religiões” (Concílio Vaticano II, NAe, 2). Todos os povos formam uma só comunidade, por terem uma única origem. As várias religiões buscam resposta às grandes interrogações sobre a condição humana – por exemplo: qual o fim da vida? O que é bem e o que é mal? De onde vêm a dor e o sofrimento? Que sentido eles têm? O que é a morte? Qual o sentido de nossa existência? etc. Nesse diálogo, a Igreja Católica anuncia Cristo, apresentando-o como “Caminho, verdade e vida”.

Diferente é a minha posição sobre o sincretismo. Para que fique claro o que quero dizer, começo lembrando as definições que os dicionários apresentam dessa palavra. “Sincretismo”, para o Houaiss, é “a fusão de diferentes cultos ou doutrinas religiosas”; para o Aurélio, é “a tendência à unificação de ideias ou de doutrinas diversificadas e, por vezes, até mesmo inconciliáveis” (Aurélio); já para o Dicionário Etimológico Nova Fronteira, trata-se do “amálgama de doutrinas ou concepções diferentes”. (o grifo é nosso)

Com o sincretismo, ao perder a própria identidade, todos perdem. Pior: desaparece o diálogo, uma vez que o profundo conhecimento da própria fé ou da crença que norteia uma pessoa ou um grupo religioso são a base e o fundamento de todo e qualquer diálogo produtivo. Quando não há um conhecimento próprio, quando não se tem clareza quanto à própria identidade, o resultado será mesmo um “amálgama” (= “mistura de elementos heterogêneos ou diferentes”, segundo Houaiss). Tendo em vista que os cristãos viviam em ambientes onde moravam também pessoas de outras religiões, o apóstolo Pedro advertia às primeiras comunidades: “Sabei dar, aos que vos pedirem, a razão da vossa esperança” (1Pe 3,15). Com isso, ele queria dizer que somente um cristão que conhece bem a sua própria fé é capaz de apresentar e explicar sua visão religiosa aos que pensam e vivem de forma diferente da sua; somente esse cristão será capaz de um diálogo maduro com todos os que têm outras religiões ou que não têm religião alguma.

Vivemos num mundo pluralista. A globalização aproxima as pessoas, quebra muros de separação e nos ajuda a nos conhecermos melhor. Independentemente da religião que cada qual pratica, todos somos chamados a trabalhar por causas que nos unem e dignificam a vida humana – por exemplo: a paz, a justiça, a promoção dos necessitados, a solidariedade etc. No mais, devemos nos respeitar mutuamente e saber conviver com o diferente. Descobriremos, então, que cada religião tem sua doutrina, expressões próprias de sua fé, tem orações e ritos próprios. Misturar doutrinas, ritos e celebrações seria a tentativa de unificar o que é inconciliável.

Em síntese: ecumenismo e diálogo religioso, sim; sincretismo, não. Foi isso que afirmou recentemente o Papa Francisco: “Um sincretismo conciliador seria, no fundo, um totalitarismo dos que pretendem conciliar prescindindo de valores que os transcendem e dos quais não são donos. A verdadeira abertura implica conservar-se firme nas próprias convicções mais profundas, com uma identidade clara e feliz, mas disponível para compreender as do outro e sabendo que o diálogo pode enriquecer a ambos. Não nos serve uma abertura diplomática que diga sim a tudo para evitar problemas, porque seria um modo de enganar o outro e negar-lhe o bem que se recebeu como um dom para partilhar com generosidade” (Evangelii Gaudium, 251). (o grifo é nosso)"


Este artigo publicado no site da Editora Cleofas, expressa a visão do PROF. FELIPE AQUIN, sobre o sincretismo religioso. Publicado em 11/01/2024, acessado em 24/04/2024 às 11h e 10min.


"O PERIGO DO SINCRETISMO RELIGIOSO

O sincretismo religioso sempre foi um perigo para a fé dos cristãos. Os Papas em muitos documentos alertaram sobre este perigo. Por exemplo, recordando o discurso que São João Paulo II fez aos membros de outras religiões em Assis, o Papa Bento XVI afirmou, em 2006, que: “é importante não esquecer a atenção que então foi dada para que o encontro inter-religioso de oração não se prestasse a interpretações sincretistas, fundadas numa concepção relativista” [1]. (o grifo é nosso)

Em sua viagem ao Benim (África), em 2011, Bento XVI explicou com clareza que: “o diálogo inter-religioso mal-entendido leva à confusão ou ao sincretismo. Este não é o diálogo que se pretende”. (o grifo é nosso)

Por outro lado, a Declaração “Dominus Iesus” (n. 22), aprovada pelo Papa São João Paulo II, explicou sobre a ilusão e o perigo da mentalidade relativista que leva a pensar que “tanto vale uma religião como outra”:

“Com a vinda de Jesus Cristo Salvador, Deus quis que a Igreja por Ele fundada fosse o instrumento de salvação para toda a humanidade (cf. At 17,30-31). (Cf. LG, 17; Enc. Redemptoris missio, n. 11). Esta verdade de fé nada tira ao fato de a Igreja nutrir pelas religiões do mundo um sincero respeito, mas, ao mesmo tempo, exclui de forma radical a mentalidade indiferentista imbuída de um relativismo religioso que leva a pensar que tanto vale uma religião como outra” (Redemptoris missio, n. 36). Se é verdade que os adeptos das outras religiões podem receber a graça divina, também é verdade que objetivamente se encontram numa situação gravemente deficitária, se comparada com a daqueles que na Igreja têm a plenitude dos meios de salvação (Pio XII, Carta Enc. Mystici corporis, Denz., n. 3821). Há que lembrar, todavia, “a todos os filhos da Igreja que a grandeza da sua condição não é para atribuir aos próprios méritos, mas a uma graça especial de Cristo; se não corresponderem a essa graça, por pensamentos, palavras e obras, em vez de se salvarem, incorrerão num juízo mais severo” (LG, 14). Compreende-se, portanto, que, em obediência ao mandato do Senhor (cf. Mt 28,19-20) e como exigência do amor para com todos os homens, a Igreja “anuncia e tem o dever de anunciar constantemente a Cristo, que é ‘o caminho, a verdade e a vida’ (Jo 14,6), no qual os homens encontram a plenitude da vida religiosa e no qual Deus reconciliou todas as coisas consigo” (Nostra aetate, n. 2)

O Catecismo a Igreja Católica é muito claro quando afirma a necessidade da Igreja católica para a salvação:

“…toda salvação vem de Cristo-Cabeça por meio da Igreja, que é seu Corpo: Apoiado na Sagrada Escritura e na Tradição, [o Concílio] ensina que esta Igreja peregrina é necessária para a salvação. O único mediador e caminho da salvação é Cristo, que se nos torna presente em seu Corpo, que é a Igreja. Ele, porém, inculcando com palavras expressas a necessidade da fé e do batismo, ao mesmo tempo confirmou a necessidade da Igreja, na qual os homens entram pelo Batismo, como que por uma porta. Por isso não podem salvar-se aqueles que, sabendo que a Igreja católica foi fundada por Deus por meio de Jesus Cristo como instituição necessária, apesar disso não quiserem nela entrar ou nela perseverar” (n.846).

Apesar dessas palavras tão fortes da Igreja sobre a salvação, há, infelizmente em alguns segmentos da Igreja a tendência perigosa de deixar que as pessoas se salvem “dentro de suas próprias culturas e crenças”, fora da Igreja, voluntariamente. Sobre isso diz o Catecismo: “cabe à Igreja o dever e também o direito sagrado de evangelizar todos os homens” (n. 848), pois a grande ordem de Jesus para a Igreja, em todos os tempos foi esta: 
(o grifo é nosso)

“Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-as a observar tudo o que vos prescrevi. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo” (Mt 28,19-20).

“E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura. 16.Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado” (Mc 16,15-16). Foi por isso que milhares de missionários, como São José de Anchieta, e tantos outros, deixaram suas pátrias, para levar esta salvação aos índios.

Portanto, deixar de levar a todos os homens, sejam civilizados ou não, o único Evangelho da salvação e os sacramentos da Igreja católica, seria uma enorme traição a Jesus Cristo. O Catecismo diz que quem não conheceu a Igreja, Cristo e o Evangelho, sem culpa, pode se salvar se viver de acordo com os ditames da consciência (cf. n. 847). Mas que fique bem claro este “sem culpa”.

De modo especial, o sincretismo religioso é destruidor na celebração da Eucaristia. O Papa Bento XVI, no dia 15 de abril de 2000, falando aos bispos da região Norte do Brasil, criticou o sincretismo religioso no Brasil e pediu que os bispos brasileiros rejeitem “fantasias” na Eucaristia. Ele disse que: “o culto não pode nascer de nossa fantasia”, já que “a verdadeira liturgia pressupõe que Deus responda e nos mostre como podemos adorá-lo”. (o grifo é nosso)

A mensagem foi clara: a Igreja não aceita o sincretismo, nem mesmo em regiões distantes e onde a cultura local seja predominante. Bento XVI insistiu que estava preocupado “por tudo o que possa ofuscar o ponto mais original da fé católica” e advertiu para os riscos do sincretismo. A Igreja rejeita que sejam introduzidos ritos tomados de outras religiões na celebração das missas. 
(o grifo é nosso)

Bento XVI disse aos bispos do Norte do Brasil que “os desvios poderiam estar sendo motivados por uma mentalidade ‘incapaz de aceitar a possibilidade de uma verdadeira intervenção divina’. Para ele, a Eucaristia é um ‘dom demasiado grande para suportar ambiguidade e reduções’. ‘Quando na Santa Missa não aparece a figura de Jesus como elemento preeminente, mas uma comunidade atarefada em muitas coisas’, se produz um ‘escurecimento do significado cristão do sacramento’. Que ele (Jesus) seja verdadeiramente o coração do Brasil, de onde venha a força para todos homens e mulheres brasileiros se reconhecerem e ajudarem como irmãos”, completou.




Imagens comprobatórias: 

- SÃO JORGE: O MÁRTIR CATÓLICO CUJA MEMÓRIA É FREQUENTEMENTE PROFANADA POR FALSAS RELIGIÕES






Fonte - http://centrodombosco.org/2020/04/23/sao-jorge-o-martir-catolico-cuja-memoria-e-frequentemente-profanada-por-falsas-religioes/


- SINCRETISMO RELIGIOSO

O PERIGO DO SINCRETISMO RELIGIOSO





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