quinta-feira, 14 de julho de 2011

Mãe África: Três Rodas de Resistência Negra

A União de Negros pela Igualdade – UNEGRO, entidade do Movimento Negro Brasileiro, suprapartidária, pluriracial e plurireligiosa, busca estabelecer parcerias estratégicas com organizações civis e governamentais comprometidas com a luta contra o racismo, preconceito, discriminação e intolerâncias correlatas.

Convida à todos para o evento “Mãe África: Três Rodas de Resistência Negra”, que ira ocorrer no dia 17 de julho de 2011 das 9h00 às 16h00, na Quadra  G.R.C.S.E.S. UNIDOS DO PERUCHE Av. Ordem e Progresso, 1.061 - Próximo a Ponte do Limão - São Paulo/SP.
A atividade tem como meta o encontro das rodas de capoeira, das religiões de matriz africana e afrobrasileira, e das rodas de samba, tendo assim uma amostra da contribuição da população negra na cultura nacional e na formação da brasilidade. Para este 4º. Encontro, “As Três Rodas de Resistência Negra” se coloca como um veículo contra a desinformação, preconceito e discriminação que pesam sobre as manifestações culturais de origem africana.

Certo de poder contar com a valiosa presença, renovamos os nossos protestos estima e consideração.

COORDENAÇÃO SÃO PAULO
União de Negros pela Igualdade - UNEGRO

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Carta para a comunidade da Parada do Orgulho LGBT

Foto da exposição.
Por Erick Wolff8
20/06/2011

Um evento voltado para o público GLSBT está a cada dia mais perdendo sua referencia hoje eu recebi um e-mail, da prefeitura, informando que no Espaço de convivência da Secretaria de Participação e Parceria - SMPP será decorado com imagens alusivas a comunidade negra apoiando a campanha da ONU contra o racismo.



Nada contra a exposição, ao contrário disso, eu apoio e incentivo, porem não na Parada Gay, onde  o foco deveria ser os problemas  atuais.


O tema que não tem nada haver com a comunidade GLSBT, tomando espaço daqueles que deveriam trabalhar pautas e assuntos tão corriqueiros numa cidade grande, que é a falta de  atenção para a classe mais discriminada no Brasil que são os integrantes da classe GLSBT, independente da etnia, sexo, classe social e raça, que por sua vez não possuem apoio e ou atenção, ou melhor só chamam atenção quando apanham, morrem ou solicitam o direito à sua dignidade.


Tenho certeza de que este evento cairia muito bem em qualquer momento do calendário brasileiro, então porque justamente na Parada Gay? Somente pela carona oportunista e ou porque a Parada Gay não possui conteudo e ou interesse em promover substância para a população Brasileira, no maior evento Gay do mundo?


Falar sobre intolerância racial, não é falar sobre os problemas que os Gays sofrem no dia-a-dia, é jogar para de baixo do tapete as dificuldades e preconceitos que os mesmos sofrem a cada momento, claro que depois de um padre ir à rede nacional, no Fautão, criticar o homossexualismo uma semana antes, será que a comunidade GLSBT se contenta pela hipocrisia brasileira?


Não será a hora da comunidade GLSBT começar a  fazer algo por eles mesmo, sabendo que a sociedade não possui interesse algum em fazer algo por estas pessoas? Comecem a pensar e produzir algo, exigir da sociedade respeito e atenção, afinal você não é apenas um voto e ou uma fonte de imposto a ser pago a cada segundo, exija daqueles que você votou o que você necessita, mas saiba o que realmente você tem necessidade para não fazer ninguém perder tempo. E se uma igreja lhe repudia vire as costas para ela, você não precisa de uma igreja que lhe trata como uma aberração, você  necessita de um Deus justo sem preconceitos que lhe  aceite como você é, afinal se você nasceu assim, foi porque o único Deus existente  lhe fez  assim.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Chief Aikulola Fawehinmi e o Òkúta no Ilé-Orí

Por Erick Wolff8
São Paulo 09/06/2011


Outro dia chegou até as minhas mãos uma conversa entre o escritor Luiz L. Marins e o Chief Aikulola Fawehinmi, que por sinal de um conteúdo ímpar, por isso fiz questão de registrar este conteúdo para que todos tenham acesso.

Chief Aikulola Fawehinmi possui conhecimento básico da língua portuguesa e espanhol, por isso tenho certeza que será mais adequado publicar o e-mail.
  • Luiz L. Marins - 20-02-2011
    No puedo escribir en español, así que me perdone porque yo estoy usando un traductor digital.
    Mi nombre es Luiz L. Marins y empecé en el rito de Orisanla Batuque, una especie de estado de la religión afro-brasileño de Rio Grande do Sul, Brasil. Candomblé no es, por cierto, es muy diferente.
    En primer lugar, gracias por su artículo sobre las diferencias de religión tradicional Yoruba, y les pido su paciencia y su amabilidad de responder a dos preguntas que son sin duda muy grande en Brasil.
    1) En la tierra de Yoruba, todos deben haber comenzado en adoxu orisha o iniciaciones no están utilizando adoxu orisha?
    2) Ile Ori en Yoruba, ha piedra?
    Estoy muy agradecido si usted puede contestar,
    Muy àse y la salud.
    Luiz L. Marins
    http://luizmarins.wordpress.com/afro

O escritor Luiz L. Marins, pertence a Nação Batuque e foi iniciado para Òòsàálá segundo a tradição Afrosul. E desejando abrir um contato com o
Chief Aikulola Fawehinmi, enviou este e-mail com alguns pontos que estamos estudando na Revista Olórun.

  • Gbawoniyi Awo of Osogboland - 20-02-2011
    hola luiz.  no hay problema.  tal vez puedes escribir en portugues por que tambien entiendo un poco o bastante, dependiendo del nivel del profundidad del portugues.
    la primera pregunta que hiciste no la entendi muy bien.  y por eso no la contesto.  pero si lo escribes en portugues la podre entender.
    para la segunda pregunta....no, ile ori en tierra yoruba no lleva piedra.  es mas, los fundamentos de cada orisa aveces son totalmente diferentes para nosotros.  hay muchas deidades para nosotros que no tienen piedras como parte de su fundamento.  puedo mencionar algunos que no llevan piedra para nosotros de la tradicion orisa de africa occidental:  egungun, orisanla, orisa aje, ori, yemoo, mole, elegbaa hecho de barro, ifa, osoosi, aganju, olokun, osanyin, etc.

Muito interessante ver que segundo a tradição Yorùbá, as divinidades citadas são diferentes da cultuadas na maioria das casas aquí no Brasil.



  • Luiz - Àse Awo, - 20-02-2011
    Muito obrigado por responder.
    No ritual do batuque não se costuma fazer adoxu, nem raspar os cabelos.
    No batuque, o Ile-Ori também não leva ota, mas algumas nações do candomblé estão fazendo ile-ori com ota, a maioria afirma que é tradição iorubá.
    Se desejar conhecer um pouco do batuque (que não é candomblé), por favor, veja aqui:
    http://www.xapana.com.br
    http://www.oxum.com.br
    As suas informações são importantes, e se pudesse escrever algo sobre estas questões, poderíamos publicar em nossa revista virtual, aqui > http://www.olorun.com.br  ... respeitando os seus direitos autorais.
    Ilera !
    No aguardo,

Segue a reposta do Chief Aikulola Fawehinmi;
  • ola.  estou interessado em conhecer mais sobre o batuque só pra ter um melhor entendiment
    Mas na tradicao orisa de africa ocidental e preciso fazer a iniciacao de idosu para se consagrar em orisanla.  somente alguns sacerdotes de alto rango nao tem que fazer porque pertenecem a certas casas onde tem o ase do orisa no seu corpo por heranca.  para estas pessoas se faz uma cerimonia de instalacao de xefe com titulo para faze-los o sacerdotes principais.  mas para o resto do mundo, precisam idosu.
Na conversa eles falavam sobre iniciação, contando com o fator de que algumas  nações não chegam a  raspar e não dão Adósù, segundo o Chief Aikulola Fawehinmi, todo Elégún necessita levar Adósù para que seja consagrado. Porem ele mesmo afirma que alguns sacerdotes não precisam serem Adósù, claro aqueles que não passam pelo transe, e vai além, para aqueles que tenha uma ligação direta com a divindade também não precisa, ou seja, a regra é para os Ocidentais que por sua vez eles consideram sem ligação alguma com o Òrìsà, sendo que a mesma não se estende a todos africanos.

  • e certo que ile ori nao tem pedra.

Ao perguntar sobre o Ilé-Orí na Tradição Yorùbá,  se deveria ou não conter Òkúta, ele foi muito claro, que não tem e que não faz parte do mesmo.

  • mas nao por isso vai pensar que o "iba ori" do brasil e igual ao ile ori de nos de orisa da nigeria.  sao bastante diferentes tambem.  se e pedra que poem dentro do "iba ori" no brasil, isso nao que cuestao de nos.  e uma das praticas do brasil que nao pertenece a nos, mas se respeita.

Claro que ele foi gentil ao afirmar que o
Òkúta é um costume brasileiro e que em momento algum tem ligação com a Tradição Yorùbá, desvinculando assim o ritual deles com o nosso, tipo – Se querem por, põe, mas não diga que isso tem origem com a África, que não tem...-   É importante que os que estão sendo iniciados saibam que o que está sendo feito, pode ser feito, porem não faz parte da tradição Yorùbá.

Achar alguma coisa qualquer um pode, inventar fundamentos e ou reinventar tradições qualquer um pode, porem responder pela cultura e a tradição Yorùbá, poucos podem, o  Chief Aikulola Fawehinmi, é um deles que possui autoridade e voz para fazer, por isso achei interessante e necessário postar este material para que todas tenham conhecimento da riqueza que chegou à minhas mãos.

Erick Wolff8 - Bàbálòrìsà de Òsàálá, dirigente da Ilé-ọba Óbokún Àṣẹ Nàgó'Kọbi, fundada em 05 de junho de 1990.
Chief Aikulola Fawehinmi, Gbawoniyi Awo of Osogbo
Yoruba priest of West African Orisa Tradition
Ijo Asaforitifa Community of Orisa, Ile Oloosa Mokanla
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