terça-feira, 19 de julho de 2011

A voz dos Òrìsà Afrosul

Erick Wolff8
19/07/2011


Hoje eu adquiri um CD, enviado por Silver dono da Web Rádio Atabaques, responsável pela distribuição e divulgação da obra do Mestre Borel, acredito que seja um dos Alagbè de maior destaque na cultura Afrosul, hoje eu percebi o por que... Afinal ele se preocupou de aproximar ao máximo a entonação das letras e palavras do Yorùbá, num Nação Afro-brasileira onde o dialeto usado é um Yorùbá arcaico e deformado, dado pelos anos e adulteração natural da falta do domínio da língua pelos brasileiros.

Devo frisar que, ao ouvi-lo foi fácil entender quando ele deseja expressar uma palavra ou outra, já que o Yorùbá possui várias entonações de uma mesma palavra, onde gera significados diferentes e muda totalmente o conceito da palavra, claro que depois de mais de cem anos de uma cultura fundada no Brasil sem a ajuda linguística dos Africanos, muito se perdeu fazendo com que muitos Orin (cantigas) perdessem seu sentido e ou significado, restando muito pouco do original e tornando-se impossível traduzir, uma perda cultura sem igual infelizmente.

Pena que não posso postar trechos do CD, mas posso afirmar que foi um dos melhores que já ouvi entre os
Alagbè do Sul, e entendo hoje o porque o Itaú Cultural gravou a sua voz eternizando o seu trabalho para o Brasil, infelizmente demorou tanto para chegar às minhas mãos, pois seria muito interessante poder conhece-lo.

No entanto fica aqui a minha homenagem ao
Alagbè Mestre Borel e a sua voz.  
Web Rádio Atabaques – www.radioatabaques.com.br (qualquer interessado poderá encontrar o CD Sirè de Oyò e Ijesá - Atabaque's Records - para comprar neste site).

Mestre Borel, morreu no dia 04 de julho de 2011, em Porto Alegre, aos 85 anos, Ele foi um destacado
Alagbè OmoSàngó iniciado na Nação Batuque Afrosul.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Mãe África: Três Rodas de Resistência Negra

A União de Negros pela Igualdade – UNEGRO, entidade do Movimento Negro Brasileiro, suprapartidária, pluriracial e plurireligiosa, busca estabelecer parcerias estratégicas com organizações civis e governamentais comprometidas com a luta contra o racismo, preconceito, discriminação e intolerâncias correlatas.

Convida à todos para o evento “Mãe África: Três Rodas de Resistência Negra”, que ira ocorrer no dia 17 de julho de 2011 das 9h00 às 16h00, na Quadra  G.R.C.S.E.S. UNIDOS DO PERUCHE Av. Ordem e Progresso, 1.061 - Próximo a Ponte do Limão - São Paulo/SP.
A atividade tem como meta o encontro das rodas de capoeira, das religiões de matriz africana e afrobrasileira, e das rodas de samba, tendo assim uma amostra da contribuição da população negra na cultura nacional e na formação da brasilidade. Para este 4º. Encontro, “As Três Rodas de Resistência Negra” se coloca como um veículo contra a desinformação, preconceito e discriminação que pesam sobre as manifestações culturais de origem africana.

Certo de poder contar com a valiosa presença, renovamos os nossos protestos estima e consideração.

COORDENAÇÃO SÃO PAULO
União de Negros pela Igualdade - UNEGRO

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Carta para a comunidade da Parada do Orgulho LGBT

Foto da exposição.
Por Erick Wolff8
20/06/2011

Um evento voltado para o público GLSBT está a cada dia mais perdendo sua referencia hoje eu recebi um e-mail, da prefeitura, informando que no Espaço de convivência da Secretaria de Participação e Parceria - SMPP será decorado com imagens alusivas a comunidade negra apoiando a campanha da ONU contra o racismo.



Nada contra a exposição, ao contrário disso, eu apoio e incentivo, porem não na Parada Gay, onde  o foco deveria ser os problemas  atuais.


O tema que não tem nada haver com a comunidade GLSBT, tomando espaço daqueles que deveriam trabalhar pautas e assuntos tão corriqueiros numa cidade grande, que é a falta de  atenção para a classe mais discriminada no Brasil que são os integrantes da classe GLSBT, independente da etnia, sexo, classe social e raça, que por sua vez não possuem apoio e ou atenção, ou melhor só chamam atenção quando apanham, morrem ou solicitam o direito à sua dignidade.


Tenho certeza de que este evento cairia muito bem em qualquer momento do calendário brasileiro, então porque justamente na Parada Gay? Somente pela carona oportunista e ou porque a Parada Gay não possui conteudo e ou interesse em promover substância para a população Brasileira, no maior evento Gay do mundo?


Falar sobre intolerância racial, não é falar sobre os problemas que os Gays sofrem no dia-a-dia, é jogar para de baixo do tapete as dificuldades e preconceitos que os mesmos sofrem a cada momento, claro que depois de um padre ir à rede nacional, no Fautão, criticar o homossexualismo uma semana antes, será que a comunidade GLSBT se contenta pela hipocrisia brasileira?


Não será a hora da comunidade GLSBT começar a  fazer algo por eles mesmo, sabendo que a sociedade não possui interesse algum em fazer algo por estas pessoas? Comecem a pensar e produzir algo, exigir da sociedade respeito e atenção, afinal você não é apenas um voto e ou uma fonte de imposto a ser pago a cada segundo, exija daqueles que você votou o que você necessita, mas saiba o que realmente você tem necessidade para não fazer ninguém perder tempo. E se uma igreja lhe repudia vire as costas para ela, você não precisa de uma igreja que lhe trata como uma aberração, você  necessita de um Deus justo sem preconceitos que lhe  aceite como você é, afinal se você nasceu assim, foi porque o único Deus existente  lhe fez  assim.

TIKTOK ERICK WOLFF