Por Erick Wolff
Reza os preceitos e fundamentos do Batuque Afrosul, que todo iniciado no fundamento jamais deverá saber da manifestação do seu Òrìsà durante os rituais, talvez este Tabu fosse criado no inicio da origem destas famílias religiosas, que para preservar os Ẹlẹ́gùn dos rituais secretos a que são deparados às divindades por eles cultuadas, alguns destes rituais chamados de provas eram temidos até mesmo pelos iniciados mais velhos que não entravam em transe. Contudo mesmo assim é proibido de comentar ou perguntar qualquer coisa que possa levar o Ẹlẹ́gùn a desconfiar que houvesse algum relacionamento com o transe.
Reza os preceitos e fundamentos do Batuque Afrosul, que todo iniciado no fundamento jamais deverá saber da manifestação do seu Òrìsà durante os rituais, talvez este Tabu fosse criado no inicio da origem destas famílias religiosas, que para preservar os Ẹlẹ́gùn dos rituais secretos a que são deparados às divindades por eles cultuadas, alguns destes rituais chamados de provas eram temidos até mesmo pelos iniciados mais velhos que não entravam em transe. Contudo mesmo assim é proibido de comentar ou perguntar qualquer coisa que possa levar o Ẹlẹ́gùn a desconfiar que houvesse algum relacionamento com o transe.
No livro “Dos Yoruba ao candomblé de Ketu”, lançado recentemente
pela Edusp, por Aulo Barret Filho (Org.), na página 275, no capitulo:
"Segredos dos escrever e o escrever dos segredos”, Vagner Gonçalves da
Silva, registrou a fala do professor gaúcho Norton Corrêa, que fala da
ocupação. Relata Vagner:
Vagner:
Mas se você publica a foto[no livro], a pessoa vai se”ver no santo” [em
transe].
Fala
Norton Corrêa: Mas isso eu não publico.
Muitas
vezes passei estes Slides [...] Eu fazia as fotos da casa e depois eu chegava
lá na outra festa: “Olha, eu vou passar as fotos, os slides, só que tem um
detalhe: só podem assistir os Orixás”. Ai baixava um monte de orixás que
[normalmente] não baixavam, mas nesse dia baixavam. Era uma
farra enorme. Eu passava no fim da
festa. E eles mesmos evitavam entrar
na sala onde eu passava isso. Quando eu passava na
universidade ou qualquer coisa assim, eu olhava atentamente na sala para ver se
tinha pessoas ali que eu sabia que não poderia ver. ”
Tal comportamento e tabu foi estudado por Norton Corrêa, que produziu
riquíssimo material, porem a seguinte frase “ [...] aí baixava um monte de orixás
que [normalmente] não baixavam, mas nesse dia baixavam. Era uma farra enorme
[...]” ridiculariza e desmerece o batuque.
Essa questão de fotos é muito interessante. Antigamente nada podia, hoje em dia tudo pode.
ResponderExcluirEu fico em uma situação difícil porque adoro fotografar orixás vestidos e dançando e também os xires. A riqueza estética é muito grande. Mas, por outro lado eu sou contra o uso de fotos em muitas situações, assim fico e um posição péssima.
Mas sou contra fotografar guias de umbanda incorporados, sou contar fotografar qualquer tipo de liturgia no candomblé ou umbanda, e não me incomodaria de nenhuma maneira em ser proibido tirar fotos em qualquer Candomblé. A gente faz porque pode mas é totalmente justo não se permitir.
Minha opinião é que as pessoas devem ter sua privacidade e uma coisa é você estar lá naquele ambiente a outra mostrar fotos. A visita é livre, se quer ver um orixá ou xire, é só ir lá.
Entretanto a casa, como organização. se quiser, pode fazer suas fotos e usar como achar melhor.
Pois é, essa é uma opinião meio ruim, mas como disse, vale uma boa conversa.
ba que pequisa rui naó falou nada com nada
ResponderExcluirDesculpe Ana Lucia, poderia por favor explicar o que desejou expressar, por que não foi possível entender, Grato.
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