Por Erick Wolff8
07/01/2013
Até quando o sacerdote afro-brasileiro irá tolerar que usem
o sagrado durante o carnaval, o abuso e o excesso durante a data agride a nossa
cultura e ao mesmo tempo expõe o que temos de sagrado.
Afoxé Iyá Ominibu abriu noite desta sexta-feira no Sambódromo do Anhembi, Zona Norte de São Paulo (Foto: Cláudia Silveira/G1) |
O carnaval nunca trouxe nada de positivo para a nossa
cultura, que na verdade mistura muita gente pelada e bagunça, além de vinculam
bebida e farra com o nosso culto.
Representação de Deuses Pagãos Africanos na Comissão de Frente da Mangueira (Marquês da Sapucaí (RJ), 2012) |
Há anos sofremos intolerância e nada muda, ninguém faz nada
a favor da comunidade, além do abuso da população que passa dias bebendo e
fazendo sexo vinculando nossas divindades e sagrado, sem que haja algum retorno
para a comunidade que se queixa de crimes contra a raça e religião...
Enquanto o povo vai às ruas para se divertir, os terreiros
são derrubados, os paramentos são quebrados e destruídos e o sagrados é
estuprado nas passarelas do samba e nas ruas brasileiras...
Enquanto o sacerdote admite que usem o seu axé, o país o
ignora como individuo e não reconhece a sua vocação e dedicação.
Se querem mesmo admitir que o seu sagrado seja usado desta
forma, então cobrem dos que usam algo que realmente possa ser útil para a nossa
comunidade, ou que ao menos ao usar o nosso
sagrado que revertam para a comunidade
religiosa parte do ganho, para que possamos usar em projetos e ou um museu de
verdade que se dedique a nossa comunidade e exponha a nossa cultura.
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