Por IldásioTavares
[...] aproximar-se dos oríkì mais longos, é um risco, uma temeridade, uma cilada, que não obstante, não inibem os vorazes e incautos tradutores que sem mesmo uma comezinha iniciação linguística invadem uma língua polissintética para transporta-la à mais exígua polissemia das línguas analíticas, sem sequer imaginar que entre estas existem um desfiladeiro de línguas sintéticas [...]
[...] Ninguém pode ser tradutor para o português sem saber latim. Contudo, vivemos o tempo das mistificações arquitetadas no computador com ignorância e falta de pudor [...]
[...] Pessoa que não sabem o iorubá e pouco dominam a língua portuguesa, vivem traduzindo de uma para outra língua afoitamente, e vivem publicando desavergonhadamente seus monstrengos pseudoliterários em que nem se aproximam do sentido literal [...]
TAVARES, Ildásio - "Oriki Oye Oruko" in: "Faraimará, o caçador traz alegria: Mãe Stella, 60 anos de iniciação", Pallas Ed. e Dist, RJ, 2000, pg. 213
_______________________________________
Pesquisa, transcrição e adaptação: Luiz L. Marins