terça-feira, 7 de dezembro de 2021

DESPEDIDA AO CHEFE SANGODELE IBUOWO, POR YEMOJAGBEMI OMITONAMOLE ARIKE

Por Yemojagbemi Omitanmole Arike 

Postado em 07/12/2021 às 11:50



Com enorme tristeza soube hoje que o chefe Sangodele Ibuowo o Elegun Sàngó Koso partiu para o Orun.

Uma das mais altas autoridades de Sàngó na cidade de Òyó e do mundo todo.

Guardarei em minha memória a gentileza de um grande sacerdote, a força que presenciei de Sàngó com ele manifestado caminhando horas pelas ruas com energia descomunal, com fôlego para festejar o dia seguinte, guardarei o Sàngó dele atendendo as pessoas e passando recomendações com a própria boca. Guardarei todos os ensinamentos.

Um dos eventos mais impressionantes que já vi em minha vida foi ver o Sàngó deste senhor na Terra , arrastando multidão.

Certamente com honra se tornará um ótimo ancestral para a comunidade de Òyó e para todos devotos de Sàngó do Mundo.

No Ose Jakuta um dos mais ilustres devotos partiu para o Orun.

A todos da minha comunidade de Òyó o meu lamento, minha tristeza e dor. Estamos juntos.

Yemojagbemi Arike

#oyo

Fonte - https://www.facebook.com/photo/?fbid=1070399753755973&set=a.168572807272010

Imagem comprobatória - 



HOMENAGEM PÓSTUMA À SANGODELE IBUOWO

Por Erik Wolff de Oxalá

Em 07/12/2021



Hoje terça feira, falece o Oloye Sangodele Ibuowo, um ícone da representatividade de Sàngó, o seu conhecimento e sabedoria devidamente registrado pelo Àsà Òrìsà Aláàfin Òyó Èsìn Òrìsà Ìbílè, em diversos artigos que trouxeram luz para a diáspora, na era orixaísta. 

Quando pensarmos em Sàngó, continuaremos a ter a imagem do próprio Sàngó, manifestado nele.


Uma pequena coletânea dos registros.

Divination for the Sango New Year Oyo Alaafin, 2019 2020, aug 18



Sango New Year 2019 2020, Elegun Sango Ibuowo, Oyo Alaafin




Meus agradecimentos pelo conhecimento e riqueza que nos forneceu.

Que seja sempre lembrado e honrado pelos descendentes.  

sábado, 4 de dezembro de 2021

BATUQUE É RECONHECIDO PATRIMÔNIO CULTURAL DO POVO CARIOCA

Por Erick Wolff de Oxalá

Em 04/12/2021


A Religião de Matriz Africana, afro gaúcha conhecida como Batuque do RS, juntamente com a Umbanda, Candomblé, Ifá e outras, são reconhecidas patrimônio cultural de natureza imaterial do povo carioca. 

A Lei n 7.162/2021, sancionada nesta última quinta feira, dia 02/12/2021, pelo prefeito Eduardo Paes. Conforme o parágrafo primeiro, amplia a lei para Religiões de Matriz e Influência Africana, no amplo contexto citando apenas algumas.


Art. 1º Ficam declaradas Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial do Povo Carioca, as Religiões de Matriz e Influência Africana (Umbanda, Candomblé e Ifá). 


Fonte - http://aplicnt.camara.rj.gov.br/APL/Legislativos/contlei.nsf/7cb7d306c2b748cb0325796000610ad8/2c84ebb002d1ad440325879e004bd8d3?OpenDocument 

quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

COISAS SOBRE EGUNGUN QUE TALVEZ VOCÊ NÃO SAIBA

Postado em 91/11/2016, acessado em 01/12/2021 às 14:04


Os 15 fatores foram retirados do vídeo feitos com Olòjẹ de egungun em Oyo – Nigéria – assim para respeitarmos a diversidade, indicamos que se trata das diretrizes do culto deste local ou família.


1- EGUNGUN NÃO É ORISA É UMA SOCIEDADE ANCESTRAL.

2 – As mulheres não podem fazer parte da sociedade de egungun

3 – Aleso é o nome da iniciação a egungun

4 – Não se raspa a cabeça para egungun, o rosto é coberto e os rituais são feitos nas mãos e nas pernas.

5- Em tempos antigos as iniciações de egungun duravam 7 dias hoje em dia são feitas em 3 dias.

6- Em uma iniciação a sociedade de egungun se você não descobrir “criar” um do egungun de sua família, provavelmente irá cultuar o avô ou o tataravô de outra pessoa.

7- Existem 2 tipos de egungun Eleru e Alabo. Eleru não é um tipo que vai à luta e Alabo tem características mais guerreiras.

8- Para um estrangeiro que quer ter o culto de egungun de sua própria família, primeiro se descobre se é um egungun Eleru ou Alabo, e depois a consultar os antepassados da família se formaria o nome – no caso do vídeo o sobrenome da Dra. Paula – Gomes ficaria brincam que no oraculo saiu Eleru” então ficaria – Eleru Gomes, assim homens da família teriam um culto de egungun representativo a própria ancestralidade.

9 – pessoas especificas fazem as roupas para os egungun

10- culto de egungun usa como oraculo o obi.

11- Iniciados no culto se chamam Òjè sacerdotes oleje

12- Orisa que também foram seres humanos também podem ter egungun.

13 -” minha família tem o egungun de Oya” – Olóòjè, Òyó – Oya viveu na terra, foi esposa de Sàngó, ela não tinha filhos, por isso fizemos um egungun Oya para ela ter filhos.

14 – Tem diversos orikis e modos de chamar egungun

15 – Uma mulher só pode cultuar egungun dando oferendas.

Fonte - https://orisabrasil.com.br/Loja/15-coisas-sobre-egungun-que-talvez-voce-nao-saiba-e-2-videos-com-sacerdotes-de-egungun-de-oyo-nigeria/?fbclid=IwAR1EEbIaIOdRBWnsEPxNQpWXyFPe9d_kkRMErsfGf5tdB71WMkNTs3qzMXQ

KAMBINI, KAMBINA OU CABINDA: SEGUIR A ORIGEM OU A TRADIÇÃO ATUAL.

Por Erick Wolff de Oxalá
23/12/2017


Este artigo tem por finalidade de levar ao público uma divergência de conceitos,  abordado no debate na minha pagina do Facebook, no seguinte tópico: "Você Afro-religioso, quer estudar para justificar o que faz, ou para rever os conceitos e a sua tradição?", Durante a conversa nos foi pontuado a questão de não poder mudar a tradição e seguir o que lhe foi ensinado. 
Link da postagem - https://www.facebook.com/erickwolfftamelini/posts/10215617646660016?notif_id=1514034666200834&notif_t=feedback_reaction_generic

Mediante a questão eu pontuei o tema de um trabalho sobre a tradição da Kambina, do Batuque do RS, onde o antropólogo Norton Correia registrou em seu Livro a fala dos mais antigos, valido documento que faz parte do livro O BATUQUE DO RIO GRANDE DO SUL, que denomina a Kambina ou Kambini, conforme as imagens seguintes;



Esta era a forma que os antigos falavam, foi nos anos 80, que o autor  Paulo Tadeu em seu livro Os Fundamentos Religiosos da Nação dos Orixás, com depoimento e assinatura deu alguns mais velhos, começou a criar o conceito da Kambina, ser a Cabinda Banto, para que fiquem sabendo o autor não trouxe nenhum estudo ou pesquisa adequa para embasar a sua tese, simplesmente forneceu informações de que era errado falarem Kambina e ou Cambinda, incrustando na mente das pessoas mais simples e que não possuíam-se acesso às informações o novo conceito.


Realmente não foi difícil confundir os mais velhos e convencer os mais novos, que na época ansiavam informações de suas origens, que eles estavam usando termos inadequados, e deveriam assim os mais antigos e a nova geração substituir os conceitos para a nova "Nação Banto" e divulgarem, e foi o que decorreu, obvio que infelizmente houve conflito culturais, onde os Bantos não cultuam orisa, não dão Bori nem Xangô é cultuado, por isso, podem ir em qualquer terra Banto, que jamais irão encontrar orixá. Por isso dizer que os orixás estão extintos é um equivoco, pois poderemos encontrar o seu culto vivo e divulgado na Nigeria e região.





Considerações 
Os participantes se pronunciam entre seguir a tradição para manter o que lhes foi ensinado, mesmo que tenham acesso ao conhecimento, e outros que informam por em pratica o que aprendem, conseguindo manter a tradição, mas atualizando-a com as informações. 

A geração contemporânea para o que? Irão continuar a dizer que são banto seguindo a sua tradição atual, mas entendemos que para completar o axé, poderiam começar a cultuar as divindades Banto, falar no idioma Banto e seguir os rituais Banto, abandonando assim as divindades Ioruba e seus costumes, já que não são Ioruba.

Ou voltarão para a sua origem, aquela que o fundador Waldemar de Xangô batizou como Kambini ou Kambina, com tradição ritos e divindades Ioruba?

Afinal Waldemar era de Xangô e o quem reina na Kanbina é Xangô de Kamuka, não existe outro rei.



Bibliografia 

TADEU, Paulo Ferreira, Os Fundamentos Religiosos da Nação dos Orixás, 1994, 2 edição, Editora Toqui.

CORRÊA, Norton F., O Batuque do Rio Grande do Sul, 2 edição.

segunda-feira, 29 de novembro de 2021

ODÙ OU ỌDÚN

Por Educa Yorùbá 

Postado em 29/11/2021 acessado em 21:48



Você vai no meu odù?


Opa! Calma, não é meu odù e nem convidaria assim! Rs!

Uma expressão muito comum de se ouvir no meio religioso é o famoso odù, indicando ser a data de comemoração de anos de religião. Mas...

Há um erro aí: odù é o signo (sinal) de Ifá (Resumo do resumo, por favor!).

Não indica comemoração, é sacado durante a consulta à Ifá, o oráculo de Ọ̀rúnmìlà, trazendo mensagens, conselhos sobre determinado de assunto que levou à pessoa até o oráculo.

Ọdún, essa é a palavra indicada quando se quer dizer que vai comemorar algo. Uma palavra ampla!

Ọdún = comemoração, festival, festividade, ano, idade.

Sempre que quiser convidar alguém para uma comemoração, chame-a para um ọdún, para uma comemoração.

Inclusive, temos uma palavra já explorada aqui no perfil da @educayoruba: Àjọ̀dún!

Àjọ̀dún = À = nós/ jọ = juntos, em companhia/ ọdún= comemoração. Àjọ̀dún é o ato de comemorar juntos algo! Não é somente para aniversário!!

Àjọ̀dún òrìṣà = comemoração de òrìṣà;

Àjọ̀dún ọjọ́ ìbí = comemoração de aniversário.

Qual a diferença entre odù e ọdún?

R.: Odù é o signo de ifá, nada tendo a ver com comemoração de tempo de òrìṣà. Ọdún é a comemoração, festividade, para isso sim você pode convidar alguém. Você vem no meu ọdún? Você está convidado para o meu ọdún! São exemplos!

E você, também fala odù pensando que era comemoração de algo?

Ó dàbọ̀!! Fonte https://www.facebook.com/CursoDeYoruba/photos/a.425539554170878/4675393612518763/

TIKTOK ERICK WOLFF

https://www.tiktok.com/@erickwolff8?is_from_webapp=1&sender_device=pc