terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

SAUDAÇÃO A YEMANJÁ: OMI ODO

Por Educa Iorubá 

 Ìtúmo: 

(Explicações)


Saudações para Yemọjá.


Por todas as redes sociais, hoje, o que mais se leu e ouviu foi "odoya". Bem, acontece que esta única palavra são duas e possui uma verdade já bem conhecida de todos, seja do candomblé tradicional ou seja dos devotos ao culto tradicional: o culto originário de Yemọjá é no rio. Mas não irei debater isso.


Odò Ìyá! 

A saudação que todos traduzem como a mãe dos Rios, pela lógica gramatical, quer dizer o rio da mãe. 

Volto a deixar claro: PELA LÓGICA GRAMATICAL.  Aceite ou não, ela existe! Outra coisa, esta é uma saudação de uso mais comum no Brasil!

Odò = rio/ Ìyá = mãe. 


Èérú Ìyá! Outra saudação de uso comum no Brasil, faz alusão às espumas do mar. Esta, posso quase que afirmar ter sido criada por aqui, pela sua conotação marítima! Usando a mesma lógica gramatical, temos:

Èérú ìyá = as espumas da mãe!

Mas tudo isso estamos falando a nível Brasil, pois quando olhamos para a origem do culto desta poderosa òrìṣàbìrin, ouvimos e lemos:


Epà omi oò!

Esta saudação não é de uso exclusivo de Yemọjá, não. Esta saudação tem o foco nas águas onde o culto acontece, por isso ela também é usada para Ọbà, Ọ̀ṣun e maioria das divindades de Rio. Não se espante. Kábíyèsí não é de uso exclusivo de Ṣàngó. No Brasil criou-se estas caixinhas invioláveis de saudações. 

Lembrando que usar o nome do òrìṣà e colocando "oò" ao final, também torna-se uma saudação!

E o que significa Epà omi oò?

Epà = não possui uma tradução completa, exata. Na verdade, funciona como uma expressão exclamativa indicando surpresa, espanto positivo, exaltação pela aparição ou existência de algo. Ou seja, exprime um sentimento de júbilo! Ela é famosa no Brasil: Epà bàbá! ou Epà Hey! Viu?!

Omi = água. Cuidado, pois quando se grafa "omio" a pessoa acaba buscando em um dicionário por uma palavra inexistente.

Oò/ o = é o intensificador do que veio anteriormente. Forma, também, uma expressão exclamativa.

Desta forma, podemos traduzir epà omi oò como:

Salve as águas! (Plural apenas por indicar a imensidão das águas de um rio, que não dá para valorar como unitária!).


Yemọjá bùsí fún àwọn orí yín!

(Que Yemọjá abençoe as cabeças de vocês!)


Fonte - https://www.facebook.com/423471021044398/posts/3771744956216971/?d=n

domingo, 31 de janeiro de 2021

ORIXÁ NÃO TEM MEDO DA LUZ DO SOL

Por Erick Wolff de Oxalá

Em 31/01/2021



Me recordo que nos anos 80, ainda fazíamos as festas de Batuque com muita discrição, os toques eram feitos à noite e as portas e janelas fechadas, procuravam não incomodar os vizinhos, era tudo muito sutil e contavam sempre com a compressão do orixá. Havia casos de colcarem um maço de algodão no tambor suavizar a repercussão, a fim de realmente não incomodar os vizinhos.

Quando os orixás chegavam e partiam, abria-se uma pequena fresta da porta, justamente para eles saudarem a rua e rapidamente fechavam... A partir daí que imagino que surgiu o mito do orixá só vir a noite. Mas não faz sentido, por que o orixá pode chegar a qualquer hora do dia, sem medo do sol. 

Porem o que não faz sentido, é afirmarem que orixá não chega de dia, sendo que atualmente os toques começam altas horas da madrugada e se estendem até umas 9 ou 10 horas da manhã, com o sol pelas janelas e portas abertas fritando as pessoas e os orixás... Principalmente os orixás Oxum, Iemanjá e Oxalá, que tomam conta do final do Batuque. 

Neste vídeo mostra que Xapanã percorre as ruas de Oyo em pleno sol, sem medo ou qualquer tabu.  



Ainda me recordo de um evento na casa do falecido Silvio de Xapanã (SP), lá por volta de 1983, ele resolveu chamar o orixá de um filho de santo que não aparecia a muito tempo. Foi até o assentamento do orixá e tocou a sineta o chamando, e disse ele vai vir, ficamos esperando mais ou menos umas duas horas, quando de repente lá na porta o orixá deu seu hun be, o mesmo veio a pé com o sol estalando mamona e mesmo que estivesse chovendo torrencialmente, ele teria vindo...  Uma divindade não tem medo do sol, chuva, raio ou vento.



* Nota - Percebam que todos saúdam Xapanã no mundo com Kabiesile, a mesma saudação de Xangô. 


DIA 2 DE FEVEREIRO

Por Erick Wolff
31/01/202

“Jangadeiro em 2 de fevereiro, pega o Salgueiro e se atira ao mar...”

Todos os anos devotos de Yemanja praticavam livremente a sua fé, mas nos anos anteriores  não existia pandemia, nem o perigo das aglomerações... O mundo mudou, a situação exige mais responsabilidade, muita gente está morrendo, e tantos outros sendo internados por conta de uma doença cruel e assassina o covid-19.

Pensem e evitem comemorações públicas, onde haverá aglomerações, não sabemos quem estará saudável ou doente, evitem levar para seus familiares até está doença que ainda, não há controle, e muito menos sabemos se a vacina poderá lhe proteger.

E neste 2, de fevereiro, comemore na sua casa, templo ou pequeno quarto sagrado, sabemos que yemanja está em todos os lugares onde houver água. Yemanja está presente até mesmo numa bacia com água na frente do seu okuta.

Omi odo, Yemanja, abençoe à todos onde estiverem

 

sábado, 30 de janeiro de 2021

O JOGO DO BATUQUE NÃO É IFÁ

Por Erick Wolff de Oxalá

Em 30/01/2021



No Batuque, usualmente, a palavra Ifá sempre foi utilizada pelos mais velhos para se referir ao jogo do Batuque, que tradicionalmente utiliza oito búzios.

Apesar da nome que utilizavam, não havia nenhum paralelo com o sistema de ikin e opele, do culto de Ifá-Orunmila, tal qual se conhece hoje na internet.

Já fizemos referencia (aqui) à confusão que está ocorrendo entre uma qualidade de Oxala no Batuque chamada Oxala Oromilaia, ligada ao jogo de búzios, com Orunmila, orixá do oráculo que utiliza ikin e opele.

O jogo de búzios do Batuque também não deve ser chamado de eerindinlogun, palavra ioruba que significa dezesseis, uma vez que utiliza tradicionalmente oito búzios.

Portanto, que fique claro que nunca o batuque possuiu, ou possui nenhum jogo ligado ao culto de Orunmila, ou, que tenha origem no culto de Ifa-Orunmila (ikin ou opele), como querem alguns oportunistas acadafros.

Com a vinda do culto de Ifa-Orunmila para o Brasil nos anos 80/90 houve um choque cultural, que geraram equívocos, alguns provocados por falta de ética de alguns sacerdotes também acadêmicos. 

Sabemos que o sistema oracular de Ifá se baseia em odu, e não usa búzios, o que, para os ifaístas chega a ser um problema a confusão que alguns batuqueiros estão fazendo, do jogo do Batuque, com o sistema deles. 

Não somos, nem precisamos, ser iniciados em Ifa.

O oráculo do Batuque não precisa de odu, que é a base do oraculo de Ifá-Orunmila.

Se no passado a palavra Ifa foi utilizada no Batuque para se referir ao jogo de búzios sem ter nenhuma ligação com o culto de Ifa-Orunmila (ikin e opele), hoje, precisamos parar de utiliza-la, para não criarmos equívocos na mente dos mais novos.


Salomon fala sobre sacerdotes de Oxalá que usam um oráculo de 8 búzios:


 Tradução online:

 

"Solomon Omojie-mgbejume Jeff Gonzalez verdade. Você se lembra de dez kolanut lançando quando egbe estava sendo feito ib ilaro?

Em algumas áreas em Ekiti, sacerdotes Oxalá usam 8 búzios também. "





sábado, 23 de janeiro de 2021

20 PONTOS SOBRE NÀNÁ BÙKÚÙ

Por sacerdotes de Obalúayé em Oyo

Postado em 23/01/2021






Asa Orisa Alaafin Oyo
Oloye Obitunji Yosese
Jagun Obaluye priests in Oyo Alaafin
1. Mítica Nàná Bùkúù (Òrìsà) veio de Ìkòlé Òrun durante o tempo de Ìgbà Ìwásè (Início do Mundo) na Era de Odaye.
2. Mítica Nàná Bùkúù (Òrìsà) em Ìkòlé Òrun é um amigo próximo de Sànpànná, Obàtálá, Òsun e Ògún.
3. Mítica Nàná Bùkúù (Òrìsà) em Ìkòlé Òrun deu a Obàtálá o Òjé e a Ògún o Ferro.
4. Durante o tempo de Ìgbà Ìwásè (Início do Mundo) na Era de Odaye Nàná Bùkúù não se juntou no primeiro grupo de Òrìsà.
5. Elédùmarè deu a Nàná Bùkúù o poder de controlar Ìgbóná (febre).
6. Elédùmarè deu nàná Bùkúùthe èrò (medicina para pequenos vasos).
7. Nàná Bùkúù e adoração de Sànpànná é muito semelhante.
8. Tanto Nàná Bùkúù como Sànpànná estão encarregados de Ìgbóná (febre).
9. Nàná Bùkúù e Sànpànná têm a mesma função para afastar Ìgbóná (febre).
10. Nàná Bùkúù não usa faca.
11. Nàná Bùkúù não usa qualquer tipo de ferro
12. Nàná Bùkúù usa Pépé (Bambu) em vez de faca.
13. Nàná Bùkúù é muito gentil
14. Nàná Bùkúù símbolo é um símbolo de Bàbà (cobre).
15. Nàná Bùkúù é consultado com orógbó (cola amarga)
16. Nàná Bùkúù não gosta de àdí
17. Nàná Bùkúù come èkuru (bolo de feijão sem óleo de palma)
18.Nàná Bùkúù come ègo (milho branco cozido)
19. Nàná Bùkúù come èyan àgbàdo (pipocas)
20. Nàná Bùkúù come èko Fonte - Facebook

quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

ISAPA UMA DAS COMIDAS FAVORITAS DA ORIXÁ OYA

Postado por Oyo Alaafin Brasil 
Em 21/03/2019


Isapa * refogado com cebolas, azeite de dendê e molho de tomate apimentado.

*Uma espécie de Hibiscus Sabdariffa, conhecido popularmente como caruru-azedo, azedinha, quiabo-azedo, quiabo-róseo, quiabo-roxo, rosélia e vinagreira.
Para o preparo apenas a espécie da planta da cor verde é utilizada, não usam a roxa.
Foto: Isapa na cidade de Oyo.

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