quarta-feira, 1 de janeiro de 2020

DESCONTRUINDO A DESCONTRUÇÃO

Por Erick Wolff de Oxalá



O Batuque do R.S. possui dogmas e tradição, que não podem ser quebrados por simples capricho, não cumprir estes caminhos, dogmas ou tradição, estará rompendo com a própria ancestralidade, afinal, se não possuir o apoio dos ancestrais e mais velhos, se recusando a seguir os caminhos que todos passaram, não será possível passar a diante algo ao qual não cumpriu.

Uma casa de religião é fundamentada no orixá ao qual o sacerdote carrega, sem esta fundamentação, não há como haver posse, pois quem comanda é o orisa, não o individuo.

A hierarquia e fundamentos são passados pelo orixá através do jogo de búzios, a palavra sempre será do orixá, podendo haver casos de um apejó (reunião), onde uma divindade ou mais sacerdotes participam e, se unem para definir uma situação, na falta desta oportunidade.

Caso nenhuma divindade tenha se apresentado para defender qualquer assunto ou causa, a palavra final é o jogo do sacerdote do templo, pois entendo que nenhuma divindade quis intervir na situação.


Errar é humano, por isso devemos ser compreensivos, no entanto, quando o ego passa o sagrado e os fundamentos da religião, como sacerdote não devemos jamais compactuar com o erro, pois não devemos macular a comunidade por erros e equívocos de uma única pessoa.


Que o orun (mundo espiritual) e as divindade sejam sempre os nossos guias e orientadores, pois como humanos poderemos errar em algum momento, porem as divindades não cometem erros, cabendo a eles o julgamento e a defesa quando assim eles acham necessário, caso ignorem um apelo, talvez seja por que não haja defesa.


A verdade sempre está ao lado dos honestos justos, qualquer um pode se engar a ponto de acreditar que engana a todos, menos as divindades que observam e veem tudo e não se deixam levar por equívocos ou ilusões.


Que o axé do orixá esteja no coração de todos que um dia pisaram nesta casa santa e possam um dia pisar.

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