segunda-feira, 31 de maio de 2021

A DIASPORA BATUQUE DO RS E SIMILARES DA MATRIZ IORUBA

Por Erick Wolff de Oxalá
Postado em 31/05/2021


Este ensaio tem a finalidade de registrar o reconhecimento da similaridade da diáspora Batuque do RS, com a matriz Ioruba, em Oyo, Nigéria.


Este é o Amalá, comida de Xangô, dos rituais tradicionais do Batuque do Rio Grande do Sul. 


Enviamos esta imagem para a Dra. Paula Gomes, ministra da cultura do Alaafin de Oyo, Nigéria. Em resposta segue:

"O amala é parecido com o amala aqui k se chama lafun, o amala feito de mandioca" [Informação pessoal  da Dra. Paula]

Ainda informa que Xangô come vários bichos:

"Não Ṣàngó come carne sim, carne de porco, bode, carneiro, galo e até vaca e carne de animal selvagem e essa carne é sempre guizada" [Informação pessoal da Dra. Paula]

 

Nos referimos que os orixás do Batuque quando manifestados eles falam diretamente com quem estiver presente, orientam e pedem que façamos algo. A resposta da Dra foi:

"Interessante muito idêntico" [Informação pessoal da Dra. Paula]

 
Paula Cristina Gomes -(9) Paula Cristina Gomes | Facebook




A MALDIÇÃO DA INTIMIDADE ENTRE OS FILHOS

Por Babalorixá Caccioli de Ayrá
Postado em 31 de maio de 2018

São Bernardo do Campo



Uma das coisas que mais causam problemas em uma Casa religiosa, é a intimidade. Os filhos da Casa tem por hábito criar laços com os irmãos, que claro, é saudável e importante.

O problema é quando essa amizade passa para intimidade. Infelizmente nem todos tem bom senso. Trocam telefone, Facebook, WhatsApp, começam a se enfiar um na casa do outro, falar de sua vida pessoal e em alguns casos, a falar da vida dos outros irmãos-de-santo também.
Mas por experiência como Babalorixá, essas conversas sempre vem à tona e quando vão se dar conta, já falaram demais, já dividiram segredos demais e já falaram demais da vida dos outros. Então essa amizade chega ao fim.
O problema é quando um deles se magoa, se sente contrariado, ofendido com o outro irmão! Aí, pronto: ele vai entregar o até então amigo com uma boa dose de veneno e se isentando de qualquer culpa!
Final do jogo:
A casa pode perde um filho (ou mais) e o filho perde a sua Casa de Axé. Ninguém ganha.
Tenham mais cautela com os seus irmãos-de-santo. Cada um tem a sua vida, a sua personalidade, os seus defeitos, as suas qualidades, os seus segredos e intimidades. Se quisermos manter o equilíbrio e harmonia dentro de uma Casa religiosa, devemos saber o limite entre relações.
A Casa religiosa é lugar de nos unirmos em nome de algo maior e sagrado. Esse deve ser o motivo maior dos nossos laços. Amizade pode gerar intimidade e intimidade gera desrespeito.


sexta-feira, 28 de maio de 2021

CADA SACERDOTE TEM O SEU ORÁCULO.

Por Erick Wolff de Oxalá
Postado em 28/05/



Este ensaio tem a finalidade esclarecer que em cada segmento afro-religioso, o sacerdote possui um oráculo.

Para os Orixás existem vários oráculos, entre eles os mais conhecidos são o Obi, Orogbo e o mais comum é o Erindilogun.

O Babalawo Ifatokun informa que o Babalawo joga Opele ou Ikin, e não sabe jogar Erindinlogun, assim como o sacerdote de Orixá (Babalorixá ou Yalorixá) jogam Erindinlogun, e não jogam Ikin ou Opele.





INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES

Baba Adisa, Alaafin Oyo, informa que Obatala que deu o Erindinlogun para os Orixás. 


O Obi e o Erindinlogun são os Oráculos mais velhos.






CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em cada culto o sacerdote tem o seu oráculo.

O Babalawo usa Ikin ou Opele e não sabe e não joga Erindinlogun.

O Babalorixá e a Iyalorixá usam Erindinlogun e não sabe e não joga Ikin ou Opele.


PEQUENO VOCABULÁRIO 
Erindinlogun - Jogo oracular baseado em Búzios.
Ikin - Jogo oracular que usa caroços do dendezeiro, usado no culto Orunmila-Ifa.
Opele - Instrumento oracular feito com uma espécie de corrente e sementes, usado no culto Orunmila-Ifa.  


REFERÊNCIAS

Video do Baba Adisa
Yemojagbemi Omitanmole Arike(Renata Barcelos Yemoja) - (1) Yemojagbemi Omitanmole Arike | Facebook 

quarta-feira, 26 de maio de 2021

ADIVINHAÇÃO DE OBI DENTRO DO IGBALE EGUNGUN, OYO.

Por Paula Cristina Gomes
Postado em 26/05/2021


Adivinhação de Obi dentro do Igbale Egungun em Oyo para o Festival Anual que começará em 15 de junho de 2021.

Página - Facebook

segunda-feira, 24 de maio de 2021

FUNDAMENTO, TRADIÇÃO E CULTURA NO BATUQUE

Por Erick Wolff de Oxalá
Sacerdote de orixá desde 1989, na tradição do Batuque do Rio Grande do Sul.



17/05/2021

Respeitando o direito de cada um e a liberdade de culto, este ensaio tem por finalidade esclarecer alguns conceitos sobre o Fundamento, Festas e Obrigações, nos rituais do Ilê Axé Nagô Kóbi, tradição Batuque do Rio Grande do Sul.

Debatemos muitos sobre fundamentos, tradições e cultura, onde a tradição é praticada conforme a região e seus costumes, podendo sofrer influencia e até mesmo interferência do local onde tal pratica religiosa é feita. Já a Cultura é a base dos fundamentos, rituais, tradições e praticas de determinada religião. 

No entanto fundamento são elementos que compõem rituais, feituras, iniciações e ebós que envolvam determinada divindade ou religião. 

FUNDAMENTOS

Alguns elementos que compõem os fundamentos:


Ervas - podendo haver variações entre espécies de folhas, sementes, ervas ou raízes usadas em banhos, sacudimentos ou rituais. É comum durante os rituais ter um ou mais destes elementos nos assentamentos ou vasilhas de orixá, bori ou segurança, para que o poder destas ervas possam ativar, apaziguar ou fortificar aquele axé que está sendo movimentado. 

Por isso o conhecimento das ervas e suas propriedades é fundamental para o sacerdote no Batuque.

Comidas sagradas dos orixás - toda vez que irá ser praticado algum ritual, iniciação, ebó ou feitura, arria-se comidas sagradas, que pertencem aos orixás, variando de comidas simples às comidas de 4 pés, para rituais de feitura ou iniciações, para que estas comidas possam agradar aos orixás e ao mesmo tempo trazer o seu axé e força. Algumas destas comidas são primordiais para o ritual, feitura ou iniciação, desta forma estas comidas devem compor a  feitura, não ficando apenas arriada no quarto de orixá. 

As comidas podem e devem ser servidas aos filhos ou convidados, para isso, faz uma quantidade maior para que todos possam comer é deverá ser servida, separando das que ficam arriadas para os orixás. 

Importante salientar que a comida de orixá sempre irá ser arriada conforme o seu fundamento, não possuímos o costume de enfeitar ou colocar doces, restringindo apenas a ibeji os doces.

Pós - o efun (uma espécie de tabatinga branca), a cinza, pó de anil, pós de sementes são usados sempre que necessário, pois são elementos que fazem parte dos rituais de orixás e suas defesas. Evitando apenas o talco e o pó de carvão, pois ele restringe a rituais de egun. 


OBRIGAÇÕES 

Com os exemplos acima foi possível termos alguns exemplos do que é fundamento, por mais simples que seja o ritual, necessitamos dos fundamentos e da presença das divindades para consagrar determinada obrigação, e por conta da situação mundial ao qual vivemos, e da pandemia, agravando a nossa preocupação, o templo Nagô Kóbi fez um apejo com os orixás mais velhos da casa para tomar certos protocolos para que fosse cuidadosamente praticados qualquer ritual, evitando aglomerações e festas. Com isso preservando a saúde  e bem estar familiar. 


Considerações finais 


Nem tudo se resume ao ejé. Para o orixá o valor dos elementos que compõem o fundamento são importantes, preservando a vida e a comunidade. 

Em época de pandemia os rituais e tradições podem ser moldadas e repensadas conforme a orientação das próprias divindades, que estão aqui para nos proteger e nos ajudar. 

Mais sobre o Ilê Axé Nagô Kóbi

ILÊ AXÉ NAGÔ KÓBI | Fundado em 1989 (wordpress.com)

quinta-feira, 20 de maio de 2021

ORIXÁ OXUM, IEMANJÁ E OXALÁ NO BATUQUE, NÃO SÃO TRATADOS COM DENDÊ

Por Erick Wolff de Oxalá 
Sacerdote de orixá desde 1989, na tradição do Batuque do Rio Grande do Sul



17/05/2021

Respeitando o direito de cada um e a liberdade de culto, este ensaio tem por finalidade esclarecer alguns conceitos sobre o culto de Oxum, Iemanjá e Oxalá, nos rituais do Ilê Axé Nagô Kóbi, tradição Batuque do Rio Grande do Sul. 

Entendem-se no Batuque do Rio Grande do Sul, que Oxum, Iemanjá e Oxalá, são divindades do mel, e que o dendê é um tabu para estas divindades, por mais que estes orixás estejam sendo tratadas em casas onde o orixá regente do templo seja de dendê.

As três divindades chamadas de orixá de praia, ou orixás velhos, fazendo menção a Oxalá por ser a divindade mais velha, ou talvez só mencionando as divindades idosas que estejam aglutinadas no culto de Oxum, Iemanjá ou Oxalá, considera-se que o dendê prejudica o seu culto evitando até mesmo uma única gota do azeite vermelho.

Considerando que o dendê é uma interdição, qualquer divindade de praia não poderá ser tratada com ele, pois na levantação, a qual se faz ao termino de uma obrigação, ou ritual, estaria maculando os velhos, causando assim um grande problema e desagrado destas divindades. 

Considerações finais.

Oxum, Iemanjá e Oxalá não são tratados com dendê.

O dendê é um tabu para estas divindades.

Nenhuma divindade ou qualquer material que contenha o azeite de dendê pode ir na levantação dos orixás Oxum, Iemanjá ou Oxalá. 


Mais sobre o Ilê Axé Nagô Kóbi

ILÊ AXÉ NAGÔ KÓBI | Fundado em 1989 (wordpress.com)

CARTA DE AGRADECIMENTO (JOGO DE BUZIOS UNESCO)

Postado por Paula Cristina Gomes

Em 20/05/2021



Sua Majestade Imperial, Iku Baba Yeye, Alase Ekeji Orisa, Oba (Dr.) Lamidi Olayiwola Adeyemi III, JP, CFR, LLD, SAP, D.LITT, DPR, o Alaafin de Oyo, o Presidente Permanente do Conselho do Estado de Oyo de Reis e Chefes e o Guardião Supremo da Cultura e Tradicão iorubá, deseja expressar sua gratidão a todos os seus filhos e filhas envolvidos no processo de IDAASA ERINDILOGUN para se tornar um Patrimônio Imaterial da Humanidade pela UNESCO.

Este é um marco histórico, uma conquista imensurável para o Patrimônio Cultural iorubá e para todos os praticantes de Orisa ao redor do mundo.
Muitos desafios foram enfrentados, mas o reconhecimento das práticas de Orisa diante um organismo internacional como a UNESCO reafirma ainda mais nossa sólida ascendência.
IDAASA ERINDILOGUN é um dos oráculos mais antigos da terra iorubá originada por Obatala; É uma prática antiga usada por muitas comunidades de Orisas. [ o grifo é nosso]
A todas as comunidades de Orisa em Oyo, em terras iorubás e na diáspora, aos membros da Asa Orisa Alaafin Oyo, aos esforços da Embaixadora Cultural Paula Cristina Gomes e a todos os filhos e filhas listados abaixo que apoiaram essa conquista minha gratidão:
Os nossos melhores cumprimentos da realeza



Fonte -
Facebook

quarta-feira, 19 de maio de 2021

ỌYA GBÁLẸ̀, VAMOS ENTENDER UM POUCO MAIS SOBRE ELA?

Por Hérick Lechinski

Postado em 18 de janeiro 

Antes de adentrar no assunto Ọya, vou expor algumas palavras em iorubá para vocês entenderem.


- Baálé é o líder (homem) de uma casa ou família.

- Baálẹ̀ é o líder (homem) de uma comunidade, de uma aldeia.

- Gbá é o verbo varrer, limpar em iorubá.

- Gbálé significa varrer/limpar a casa (ilé).

- Gbálẹ̀ significa varrer/limpar o chão (ilẹ̀).

- Gbalẹ̀/Gbilẹ̀ significa espalhar, estender ao redor. 

- Ìgbálẹ̀ significa vassoura em iorubá.

- Ìgbàlẹ̀ é denominação dada ao local onde ficam e se cultuam os Egúngún (Ancestrais veneráveis).

Prestem a atenção na diferença da escrita, e consequentemente no tom e significado das palavras.


Quando falamos Ọya Gbálẹ̀, estamos falando "Ọya varre o chão", em referência ao vento (um dos atributos e poderes de Ọya) que limpa, que varre o chão e a atmosfera. 


Embora Ọya possui ligações fortes com Egúngún (Ancestrais veneráveis), com o Egúngún Ológbojò por exemplo, que chega a sair com Ọya no festival anual de Ọya em Ọ̀yọ́. Esta ligação não chega a ser como é falada e ensinada no Brasil, que Ọya veste branco, que deu a luz a nove Egúngún, que Ọya Gbálẹ̀ mora no cemitério. Gentem, os iorubás tradicionais não possuem cemitérios, eles enterram seus mortos em suas casas ou quintais.


Entre os iorubás não existe esta coisa de nove Ọya, Ọya é uma só.


Pode ser que Ọya seja cultuada e até "assentada" em algum Ìgbàlẹ̀ (local de culto a Egúngún), pode ser, ainda não tive o prazer de adentrar em um Ìgbàlẹ̀ iorubá. Mas isso não faz dela se vestir de branco e ser cultuada de forma diferente.


Ọya é Ọya, uma só.

Onírá é Ọya, uma só.


Então, não caiam nesta loucura que vemos na Internet, de 500 Ọya, uma faz assim, a outra faz assado, como já dizia meu querido e adorado padre Quevedo, ISSO NO ECXISTE!!!


ỌYA Á GBÈ WA ÒÒÒ.


Texto de: Hérick Lechinski

📸 Fotos do Festival Anual de Ọya em Ọ̀yọ́, em 2019
Link - 
(1) Orisa University : Ọya òòò. ⚡🌪️⚡🌩️🔥🔥🔥 | Facebook

segunda-feira, 17 de maio de 2021

PRECEITOS DE EGUN NUMA CASA DE ORIXÁ

Por Erick Wolff de Oxalá


Sacerdote de orixá desde 1989, na tradição do Batuque do Rio Grande do Sul

17/05/2021

Respeitando o direito de cada um e a liberdade de culto, este ensaio tem por finalidade esclarecer alguns conceitos sobre o culto de Egun e o ritual de Orixá ou Ori, nos rituais do Ilê Axé Nagô Kóbi, tradição Batuque do Rio Grande do Sul. 

No dia 10 de maio, publicamos um ensaio esclarecendo alguns pontos sobre o que seria Iboku, Balé e os rituais dos mortos (O link está disponível no final da  página). No entanto, sabemos que na tradição da Kanbina, antes de rituais de Orixá é costume dar de comer aos ancestrais, para poderem nos orientar e apaziguar os nossos mortos, entre eles louvamos o nosso Olùpilèsè (fundador).

Conforme pontuamos acima, antes de obrigações que envolvam orixá, ou ori, deve alimentar os mortos, o que pode levar um ou três dias, pois é inviável manter a casa em preceito de Egun por 32 dias, sendo que no ano temos apenas 12 meses, o que diminuiria para seis meses livres para rituais e obrigações de Orixá ou Ori, sendo assim impossibilitaria até mesmo da prática de serviços ou jogo de búzios durante estes 32 dias de rituais de Egun. Lembrando que algumas casas ainda possuem rituais de Umbanda ou Exu que necessitariam de ficar em preceito, devendo esperar o termino dos rituais de Egun. 

Outro fator que devemos considerar é sobre o kamuka o rei da Kanbina, que em caso de morte de algum individuo da família religiosa, e, caso o Kamuka esteja comendo, não perderá a obrigação, mas terá restrições, como silenciar o tambor, e finalizar as obrigações, para assim que possível darem o início aos rituais do morto (egun), desta forma sendo a única a não perder as obrigações arriadas. 

O que não fica claro, como é que alimentam o Kamuka durante a obrigação para que não se perca o que está sendo feito, caso não possua a segurança do meio do salão, ou, não tem ele sento.

A segurança do Kamuka que fica no meio do salão, não existe nenhum corte especial ou oferenda em cima que se possa afirmar que esteja comendo, para poder segurar a casa enquanto estiver em rituais.


Considerações finais

Antes das obrigações de orixá ou ori, alimentam os mortos, em rituais de alguns dias.

Fica totalmente inviável manter o terreiro 32 dias em preceito de Egun, antes de qualquer obrigação, pois as suas atividades ficariam limitadas, considerando que o ano possui apenas 12 meses. 

Para que Kamuka segure a obrigação, ele deve estar comendo. 

Referencias 

DIFERENÇAS DOS RITUAIS FUNEBRES PARA OS MORTOS DO BATUQUE


domingo, 16 de maio de 2021

IEMANJÁ NÃO É DONA DE TODAS AS CABEÇAS

Por Erick Wolff

Postado em 16/05/2021


Fragmento da entrevista com o Bàbá Omikunle (sacerdote de Iemanjá), a Dra. Paula Gomes, pergunta se Iemanjá é dona de todas as cabeças, e ele responde que não.



Dra. Paula Gomes entrevista o sacerdote de Iemanjá Bàbá Omikunle, Iyakun Compound, Sepeteri, Oyo State, tradutor Oke Adejare Adisa.

Video completo:
(3) Clarifications about Yemoja, Iyakun Compound, Sepeteri, Oyo. - YouTube

quarta-feira, 12 de maio de 2021

OMOLU NÃO É OMOLOLÚ

Por Sangodiran Ibuowo

Postado em 12/05/2021


Tradução online


Maike Figueiredo Gomes Vi seu post sobre Obalúayé e gostaria de comentar.

Agradeço seu interesse por nossa tradição, mas nossa cultura é muito complexa, especialmente nossa língua Yorùbá.

A história de cada Òrìsà está nas famílias e em seus Oríkì é preciso um trabalho profundo para que não haja erros.

Òrìsà Sànpònná é conhecido como Obalúayé ou Omolú.

Obalúayé é conhecido como Omolú, porque Obalúayé era filho de uma mulher chamada Olú em Tapa, então o chamado Omo Olú que significa filho de Olú, contraído é Omolú.

Òrìsà Omololú é conhecido como Omolú ou Nàná Burúkú em Abeokuta, Estado de Ogun, Nigéria.

Omololú significa Omo ni olú - “a criança é importante” e a palavra contraída também é Omolú.

Assim, chegamos à conclusão de que tanto Òrìsà Obalúayé quanto Nàná Burúkú são conhecidos como Omolú na terra Yorùbá, mas em diferentes localidades

Consideração final:

Omo Olú, filho da mulher Tapa, não é o mesmo Omololú adorado em Abeokuta.

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Versão Original

Maike Figueiredo Gomes I saw your post about Obalúayé and would like to comment.
I appreciate your interest in our tradition, but our culture is very complex, especially our Yorùbá language.
The history of each Òrìsà is in the families and in their Oríkì , there is a need for deep work so that there are no mistakes.
Òrìsà Sànpònná is known as Obalúayé or Omolú.
Obalúayé is known as Omolú, because Obalúayé was the son of a woman named Olú in Tapa, then the so-called Omo Olú which means the son of Olú, contracted is Omolú.
Òrìsà Omololú is known as Omolú or Nàná Burúkú in Abeokuta, Ogun State, Nigeria.
Omololú means Omo ni olú – "the child is important" and the contracted word is also Omolú.
Thus we come to the conclusion that both Òrìsà Obalúayé and Nàná Burúkú are known as Omolú in Yorùbá land, but in different localities
Final consideration:
Omo Olú, son of the Tapa woman is not the same Omololú worshipped in Abeokuta.

Fonte - (4) Facebook

Imagem comprobatória:



segunda-feira, 10 de maio de 2021

DIFERENÇAS DOS RITUAIS FUNEBRES PARA OS MORTOS DO BATUQUE

Por Erick Wolff de Oxalá

Sacerdote de orixá desde 1989, na tradição do Batuque do Rio Grande do Sul

26/04/2021

Respeitando o direito de cada um e a liberdade de culto, este ensaio tem por finalidade esclarecer alguns conceitos sobre o Arissun e o Egun, e rituais de origem Ioruba, na tradição do Ilê Axé Nagô Kóbi, tradição Batuque do Rio Grande do Sul. 

A palavra Ibo é uma introdução recente que expressa adequadamente o que praticamos. Não há registro de que os mais velhos a utilizavam, usualmente utiliza-se a palavra Balé. Nesta imagem poderemos ver a tradução:


O templo possui um local reservado para o culto aos ancestrais, onde se fazem sacrifícios e oferendas para os mortos.

No Ibóku ficam os assentamentos de Egun, onde veneramos a memória dos nossos ancestrais.

Filhos e netos são descendentes, não são ancestrais, por isso, não se abre Ibóku com filhos nem netos.

No Ibóku ou no Balé não se cultua orixá, pois orixá não é, nem vira Egun.

Não há culto de Egungun ou Baba Egun, no Batuque do Rio Grande do Sul. Não é possível dizer que um Babalorixá quando morre virará Baba Egun, simplesmente baseando-se no cargo dele.

Homens e mulheres são cultuados no Ibóku do Batuque do Rio Grande do Sul. 

Os iniciados terão seus rituais fúnebres garantidos, que poderão variar conforme a sua graduação.  Todo e qualquer iniciado no Batuque, tem o direito de um ritual fúnebre, no entanto, nem todos terão um arissun completo, pois dependerá da sua graduação e iniciação.  

Antes de rituais de Bori, iniciações ou eventos religiosos, são feitas oferendas ou sacrifícios no Ibókuconforme a orientação do orixá da casa através do jogo de búzios. 

Os rituais fúnebres variam, podendo durar 12Hrs, 24Hrs, 3 dias, 7 dias, 32 dias, 3 meses, 6 meses, ou, chega a um ano, conforme os ritos ou cerimonias exigidas, sendo que cada caso é um tempo de preceito.


Considerações finais:

Ibóku é diferente de balé. 

Não se cultuam Egungun, nem Baba Egun. 

O cargo do Babalorixá não o torna um Baba Egun. 

Orixá não vira Egun.

Homens e mulheres são cultuados no Ibóku.


Ilê Axé Nagô Kóbi

ILÊ AXÉ NAGÔ KÓBI | Fundado em 1989 (wordpress.com)


sábado, 8 de maio de 2021

BRONZE: A RIQUEZA DE OXUM

 Por Erick Wolff de Oxalá


Sacerdote de orixá desde 1989, na tradição do Batuque do Rio Grande do Sul

26/04/2021


Respeitando o direito de cada um e a liberdade de culto, este ensaio tem por finalidade esclarecer alguns conceitos sobre Oxum divindade de origem Ioruba, cultuada na tradição do Ilê Axé Nagô Kóbi, tradição Batuque do Rio Grande do Sul. 




Na diáspora, considera-se que Oxum seja a divindade do ouro e da riqueza, não é errado, pois a cor do ouro lembra muito o mel, ao qual é um elemento muito usado para oxum, na religião Batuque do R.S. 

No entanto, não é possível ignorar os fundamentos da origem de Oxum, pois na Matriz, onde o culto de Oxum esta bem vivo e ativo, fala-se que a riqueza de oxum está no Bronze, conforme a imagem a seguir: 
Estes versos narram a riqueza de Oxum, e é com o bronze que Oxum enfeita os seus filhos.

TIKTOK ERICK WOLFF

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