Por Hérick Lechinski
Acessado em 17/11/2021
Hoje, 2 de novembro os Católicos e Umbandistas relembram e celebram a memória dos seus Ancestrais.
Em quase todas as religiões os Ancestrais possuem a sua importância, pois, são aqueles que vieram antes de nós, percorreram caminhos anteriores aos nossos, são aqueles que lutaram para que hoje pudéssemos estar onde estamos.
Nossos Ancestrais, principalmente os nossos bons Ancestrais, não devem ser esquecidos nunca, jamais.
No Ẹ̀sìn Òrìṣà Ìbílẹ̀ (Ìṣẹ̀ṣe), nossos Ancestrais (bons Ancestrais) são lembrados, cultuados e celebrados sempre.
Infelizmente, no Brasil muitas pessoas ainda confundem bastante Egúngún (Eégún) com Òkú Ọ̀run. Na tradicionalidade iorubá, qualquer ser morto, qualquer falecido, é chamado de Òkú Ọ̀run, é assim que denominamos os nossos entes falecidos, sejam eles queridos ou não.
No Brasil, erroneamente o termo Eégún foi associado à espíritos errantes, negativos, perdidos, ao ponto de ser criado um elemento chamado "contra-Eégún" para manter estes espíritos longe, afastados. Eégún é a abreviação de Egúngún, assim como Òòṣà é a abreviação de Òrìṣà. Egúngún para a maioria das tradições iorubás, são Ancestrais (Òkú Ọ̀run) que dado a diversos méritos e poderes espirituais, passaram por ritos que os tornaram um Egúngún, um Ancestral Divinizado, que passa a ser cultuado por seus familiares e também por familiares de outras pessoas.
Então, resumindo, Òkú Ọ̀run é qualquer morto, ente falecido, Egúngún é um morto que foi Divinizado, ou, em algumas tradições um Òrìṣà que auxilia as pessoas na ligação com a sua ancestralidade.
Vale lembrar que na Nigéria não existe cemitério, os entes são enterrados dentro das suas casas ou quintais, assim sendo, não existe mau nenhum em honrar seus entes queridos, e não havendo cemitério, consequentemente não existe Òrìṣà ligados a cemitério.
Este é o meu aprendizado, respeito quem aprendeu e acredita de forma diferente da minha.