sexta-feira, 27 de novembro de 2020

O GULULU FOI O PAI ANTONINHO DA OXUM

Por Erick Wolff de Oxalá
Publicado em 27/11/2020



Este artigo tem por finalidade registrar dados sobre o Gululu (segmento Batuque Oyo), considerado o ícone religioso para a tradição Kanbina do Batuque do Rio Grande do Sul.

Gululu foi o sacerdote do Babalorixá Waldemar de Xangô, por muitos anos pensávamos que ele seria um africano que seguia tradições banto, porem com as devidas informações, descobrimos que ele era um sacerdote da mesma tradição do Batuque, segmento ioruba e tradição Oyo, informação publicada no livro Kanbina: origens ioruba e continuidade no Batuque do RS. Leiam a seguir:


Paulo Tadeu Narra em seu livro, que Gululu seria o próprio Waldemar, no entanto que o pai Waldemar nasceu no Brasil. E que o nome Gululu, não foi uma invenção e sim o nome de pai Antoninho da Oxum. 


Aqui narra a origem de Mãe Donga da Oxum. Seguem informações do Babalorixá Gululu.



Aqui se perde a informação quando confundiram o orixá de Gululu, ao Bolivar registrar o trabalho.
No entanto foi possível rever o equivoco, através do cruzamento de informações dos Kanbina com os documentos que encontramos. 





Após muitos anos de estudos e um anos após a a publicação do Livro Kanbina, chegamos a mais informações que segue:

O Professor Denis informa a filiação de Gululu.


Informações adicionais sobre o Pai Waldemar ter nascido aqui no Brasil:






Bibliografia

KANBINA: ORIGENS IORUBÁ E CONTINUIDADE NO BATUQUE DO RS 


quinta-feira, 26 de novembro de 2020

IFÁ, IFÁ, IFÁ

Por Hérick Lechinski



Já cansei disso, mas é sempre bom lembrar às pessoas que ainda não sabem...

Alguns de nós, Ẹlẹ́sìn Òrìṣà Ìbílẹ̀, não somos contra Ifá (oráculo/palavra de Ọ̀rúnmìlà) ou Ọ̀rúnmìlà, pois, Ifá/Ọ̀rúnmìlà também faz parte do Ẹ̀sìn Òrìṣà Ìbílẹ̀, nós somos contra a suposta supremacia que alguns Onífá ou Babaláwo desejam ter sobre os outros Òrìṣà e seus cultos...


ÒRÌṢÀ NENHUM PRECISA DE IFÁ, ỌBÀTÁLÁ NÃO PRECISOU DE IFÁ, Ọ̀ṢUN NÃO PRECISOU DE IFÁ, ÒGÚN NÃO SE CONSAGROU EM IFÁ...

Estes ìtàn que narram isso, são pertinentes ao culto de Ifá, nasceram para justificar um culto, o de Ifá e a sua importância, algo que devemos respeitar, pois, fé e crença não se discute, se respeita...


Mas desejarem que nós, devotos e consagrados em outros Òrìṣà, aceitemos GUELA A BAIXO que outros Òrìṣà foram consagrados em Ifá-Ọ̀rúnmìlà, já é de mais...


O Ẹ̀sìn Òrìṣà Ìbílẹ̀, só tem um supremo, Elédùmarè, e abaixo de Elédùmarè, Ọbàtálá, a mais ANTIGA de todas as DIVINDADES IORUBÁS...


Na cultura iorubá, um mais novo (Ọ̀rúnmìlà) nunca é mais que um mais velho (Ọbàtálá), Onífásssss do Brasil, aprendam isso...


Quanto a estas centenas (há algumas exceções no meio destas centenas, não podemos generalizar) de brasileiros consagrados em Ifá, que mal conhecem e sabem recitar o seu próprio Odù Ifá (Signo de consagração no culto de Ọ̀rúnmìlà-Ifá e não signo de nascimento de vida), só servem para tumultuar e confundir as pessoas com menos conhecimento...


Se você tem seu Òrìṣà, cultue ele, pois, ele pode te dar TUDO, que dizem que supostamente só Ọ̀rúnmìlà-Ifá pode te dar...


E para finalizar, tem muito Ẹlẹ́sìn Òrìṣà Ìbílẹ̀ NIGERIANO que não é iniciado em Ifá e vai muito bem, obrigado...

Hérick Lechinski

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Matéria publicada no Facebook do autor, em 26/11/2020

Transcrição e adaptação: Erick Wolff

https://www.facebook.com/babaagunbiade/posts/3551031558306892

Imagem comprobatória:


quarta-feira, 25 de novembro de 2020

ÌGBÈBÍ

Por Paula Gomes


A cultura é a totalidade dos modos de vida de um povo e abrange a totalidade das crenças e práticas das pessoas. Há tantas culturas no mundo que são marcadas por suas qualidades distintas. Por exemplo, temos a cultura iorubá que é distinta em muitos aspectos. Um dos aspectos são as práticas antigas de apoio às mães grávidas, ou seja, a prática de Ìgbèbí.


Ìgbèbí é a palavra contraida em iorubá para Ì gba èbí que significa "aquele que ajuda no parto infantil".


Esta é uma antiga prática de enfermagem e parteiras iorubás para as mães grávidas garantirem seu parto seguro. Essas mulheres também cuidam dos serviços de pré-natal e pós-natal.


Esta antiga prática indígena existe em toda a terra iorubá desde os tempos imemoriais; sendo transferida de geração em geração e o conhecimento também pode ser adquirido por formação, se desejar.


Um dos aspectos secretos da cultura iorubá é garantir a boa saúde e o bem-estar das pessoas. A boa saúde inclui o fornecimento de cura de vários tipos de doenças.


A medicina tradicional iorubá desempenha três funções distintas: livrar-se dos sintomas, identificar e remover as causas da doença e manter um equilíbrio holístico no paciente. Com isso, torna-se evidente por que a medicina iorubá é mais ampla, mais profunda e mais complexa.


A medicina tradicional iorubá é baseada em diferentes misturas de ervas, tanto pela ingestão oral quanto pelo banho.


A partir do conceito de que a cultura iorubá garante a boa saúde do povo, a antiga prática de Ìgbèbí desempenha um papel importante na sociedade no apoio às mães grávidas.





Asa Orisa Alaafin Oyo

segunda-feira, 23 de novembro de 2020

PODER HISTÓRICO DO ALAAFIN SOBRE O ESTABELECIMENTO DO NOVO ILE-IFE

Publicado por Dra Paula Cristina Gomes 



Após vários anos da destruição da cidade de Ile-Ife, antes de 1870, que fez seu povo deslocar-se, procurando asilo e tornando-se refugiados de guerra em uma cidade vizinha (vila) conhecida como Oke-Igbo perto de Ondo.


Não havia mais lugar que se chama-se Ile-Ife porque foi destruído completamente.


Isso fez com que o Imperador, Alaafin Adelu, rei de Oyo e o lider dos Yorubas, daquela época, instruísse Basorun Ogunmola de Ibadan a mover as pessoas de Ile- Ife que estavam em Oke-Igbo, e os coloca-se em uma nova area, onde hoje fica localizado o novo Ile-Ife.


Este foi o início da nova cidade de Ile-Ife com um novo rei, Ooni Orayegba Ojaja 1 (popularmente conhecido como Ayikiti ninu Aran ( Alguém que rola em um Pano de Veludo de Seda) também foi ordenado por Alaafin Adelu a ser instalado por Basorun Ogunmola Orisagunna.


Este Ooni Orayegba Ojaja 1 (Ayikiti ninu Aran) Alguém que rola em um Pano de Veludo de Seda ) era originalmente um residente de Oopo Labiran Quarters em Ibadan.

Reinou de 1870 a 1882.

Basorun Ogunmola Orisagunna reinou de 1865 a 1867 e foi sucedido por Aare Latoosa Obadoke, que reinou de 1871 a 1885.


Alaafin Adelu reinou de 1859 a 1875 e foi sucedido por Alaafin Adeyemi 1, que também reinou de 1876 a 1888.

Por Engr. Olusegun Adewuyi

Fonte - Paula Cristina Gomes (facebook.com) 

Informação aproximada da localização da antiga Ile Ife:





CRÍTICA ÀS PSEUDO-TRADUÇÕES DE IORUBÁ

Por IldásioTavares



[...] o conceito de oríkì pode estender-se desde um cântico de louvor ao Orixá (também narrativo, invocatório, presentificador), até um simples nome, um orukó, em que por um processo de aglutinação comum às línguas polissintéticas, o caráter básico de saudação curricular do oríkì pode estar tão fundido a ponto de ficar irreconhecível e eliminar a distinção um do outro. 

Cabe mesmo indagar se, reduzido o oríkì a seu mínimo, que seria o epíteto, na essência da filosofia onomástica iorubá, não estaria embutida a intenção laudatória [...] um nome como um mini currículo, um epíteto, uma louvação [...]

[...] aproximar-se dos oríkì mais longos, é um risco, uma temeridade, uma cilada, que não obstante, não inibem os vorazes e incautos tradutores que sem mesmo uma comezinha iniciação linguística invadem uma língua polissintética para transporta-la à mais exígua polissemia das línguas analíticas, sem sequer imaginar que entre estas existem um desfiladeiro de línguas sintéticas [...]

[...] Ninguém pode ser tradutor para o português sem saber latim. Contudo, vivemos o tempo das mistificações arquitetadas no computador com ignorância e falta de pudor [...]

[...] Pessoa que não sabem o iorubá e pouco dominam a língua portuguesa, vivem traduzindo de uma para outra língua afoitamente, e vivem publicando desavergonhadamente seus monstrengos pseudoliterários em que nem se aproximam do sentido literal [...]

TAVARES, Ildásio - "Oriki Oye Oruko" in: "Faraimará, o caçador traz alegria: Mãe Stella, 60 anos de iniciação", Pallas Ed. e Dist, RJ, 2000, pg. 213

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Pesquisa, transcrição e adaptação: Luiz L. Marins

ORIXÁ YEWA



Se localize! Alguns Orisa em área yoruba são mais regionalizados! E tá tudo bem ! Sem qualquer drama. Embora alguns outros locais também tenham culto a Yewa - é Em Ogun State ( Estado de Ogun) - Nigéria onde Yewa está mais presente. - Aviso - Tradições podem mudar conforme local. Veja aí duas coletas sobre YEWA EM ÁREA YORUBA!



1- Yewa tem um rio com seu nome - e hoje uma grande região dentro do Estado de Ogun Nigéria é chamada de Yewaland

2- Um dos nomes conhecidos para Yewa no Egbado/Yewaland - Nigéria é Yewa Agbo dudu - Yewa o carneiro negro.

3- Conta uma lenda local que, quando a vila foi invadida por Fulanis (outro grupo étnico local - não yoruba - são pastores de gado) estavam carregando um rebanho de vacas pretas, quando as vacas foram beber agua no rio Yewa elas se afogaram.

4 - Yewa carrega o tabu de receber carneiro da cor preta e também de panos pretos Yewa gosta de tecidos brancos e animais brancos.

5- O local mais sagrado em Idogo de Yewa está dentro do rio Yewa, onde ali tem um "assentamento" um ojubo afundado nas águas.

6- A saudação comum é Eepa Yewa o, Omi oo!

7- Homens e mulheres são iniciados em Yewa.
(Infos até aqui - Solomon Mgbejume -Yoruba,Nigéria 2019)

(Infos adiante- Oyafunke Oyadina -Yewaland, Yoruba - Nigéria 2019)

8- A sacerdotisa diz que Yewa tem tabu de cebola e de receber galos e galinhas

9- Diz que Yewa teve uma filha com o corpo de uma cobra chamada Ota.

10- Diz que Yewa gosta de pó de Osun (avermelhado) #yewa #candomblé #candomble #orixa #orisa #orisha #orixás #orixas #orixá beijos - Renata Barcelos - Yemojagbemi Arike . Você já falou com seu Orisa hoje ?

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