quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

OBALUAYE

Por Yemojagbemi Omitanmole Arike

10/4/2019


Atrás da cortina um ojubo Obaluaye, parece pouco comum a nós brasileiros, mas está é como a sala de estar de um dos sacerdotes de Obaluaye de Oyo.
Tem algumas coisas curiosas, muitas vezes dentro dos cultos familiares possuem dois locais de culto de um mesmo Orisa, um no interior da casa, e outro em um quarto ou fora da casa.
Em alguns casos fica em outra parte os elementos que levam o Orisa, pode ser também de um Orisa que pertence a família toda, enquanto o de dentro mais próximo é apenas do sacerdote da casa ou da família mais próxima. Fonte Renata Barcelos

50 PONTOS SOBRE EGÚNGÚN

Por Asa Orisa Alaafin Oyo



1. A palavra Egúngún não tem tradução para outra língua.
2. Egúngún não é um máscarado.
3. Egúngún é uma representação sagrada dos antepassados
yoruba.
4. O culto de Egúngún é dedicado às pessoas que viveram na terra e morreram "Ara Orun".
5. O culto de Egúngún faz parte da Religião Tradicional de Yoruba.
6. Egúngún não é um Òrìsà.
7. Egúngún representa formas humanas de falecidos.
8. Egúngún é coberto da cabeça aos pés com pano semelhante ao do falecido.
9. A roupa de Egúngún é composto por panos de várias cores.
10. A roupa de Egúngún também pode ser feita com penas de diferentes tipos de aves.
11. Peles e ossos de diferentes animais também podem ser usados para a roupa do Egúngún.
12. O tecido utilizado para a roupa do Egúngún chama-se Eku.
13. Os sapatos Egúngún são feitos de pano Iyamoje.
14. Egúngún fala com um tom de voz pouco natural.
15. Os tambores utilizados para Egúngún são Bata, Gangan, Agere, Dundun, Adamo, etc
16. Os mistérios de Egúngún são considerados sagrados.
17. Os mistérios de Egúngún não são conhecidos pelas mulheres.
18. Ato é um nome dado a uma criança fêmea, que pertence a Egúngún desde que nasceu.
19. Ato nasceu com um véu cobrindo a cara da recém-nascida.
20. Ato tem acesso aos mistérios de Egúngún desde tenra idade.
21.Iya Gan é um título dado a uma idosa.
22. Iya Gan pode ter acesso aos mistérios de Egúngún.
23. O sumo sacerdote de Egúngún chama-se Alagba.
24. Numa cidade grande cada quarteirão tem a sua própria Alagba.
25. A seguir ao Alagba em Egúngún está Alaran.
26. Depois do Alaran está Esorun.
27. Depois do Esorun está Akere.
28. Akere é quem carrega os paus Atori.
29. O mais alto cargo do culto de Egúngún é o Alapinni.
30. Alapinni é um dos sete nobres homens de Oyo Mesi.
31. Alapinni é um líder político.
32. Egúngún é cultuado com bolo de feijão e óleo de palma (olele).
33. Kolanut (obi) é usado para consultar com Egúngún.
34. O Festival Egúngún normalmente é entre maio e julho.
35. O Festival de Egúngún simboliza a reaparição dos antepassados.
36. O Festival Egúngún normalmente demora 17 a 21 dias.
37. Todas as comunidades Yoruba estão envolvidas na celebração de Egúngún.
38. Egúngún é dividido em 4 categorias.
39. Egúngún Babalago representa o culto dos antepassados.
40. Egúngún Apidon, Orebe, Paka, Eleru, Alagangan têm a função de entreter mostrando o seu poder. Não representa os antepassados.
41. Egúngún Alagbo tem a função de proteger a comunidade. Nos velhos tempos lideravam a guerra. Não representa os antepassados.
42. Egúngún Layewu pertence aos Ode (caçadores) para cantar Ijala. Não representa os antepassados.
43. Egúngún Alapinni chama-se Jenju.
44. Egúngún Ologbojo é o Baba Egúngún.
45. Egúngún Alaafin chama-se Mohuru.
46. os canticos de Egúngún chamam-se Esa.
47. O sacerdote de Egúngún chama-se Oje.
48. O santuário de Egúngún no mato chama-se Igbale.
49. O santuário de Egúngún na casa chama-se Ilesanyin.
50. A iniciação de Egúngún é feita nos pés. Fonte - (2) Facebook

quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

ỌYA ÒÒÒ

Por Hérick Lechinski Em 27/12/2020



Ọya Gbálẹ̀, vamos entender um pouco mais sobre Ela?

Antes de adentrar no assunto Ọya, vou expor algumas palavras em iorubá para vocês entenderem.
- Baálé é o líder (homem) de uma casa ou família.
- Baálẹ̀ é o líder (homem) de uma comunidade, de uma aldeia.
- Gbá é o verbo varrer, limpar em iorubá.
- Gbálé significa varrer/limpar a casa (ilé).
- Gbálẹ̀ significa varrer/limpar o chão (ilẹ̀).
- Gbalẹ̀/Gbilẹ̀ significa espalhar, estender ao redor.
- Ìgbálẹ̀ significa vassoura em iorubá.
- Ìgbàlẹ̀ é denominação dada ao local onde ficam e se cultuam os Egúngún (Ancestrais veneráveis).
Prestem a atenção na diferença da escrita, e consequentemente no tom e significado das palavras.
Quando falamos Ọya Gbálẹ̀, estamos falando "Ọya varre o chão", em referência ao vento (um dos atributos e poderes de Ọya) que limpa, que varre o chão e a atmosfera.
Embora Ọya possui ligações fortes com Egúngún (Ancestrais veneráveis), com o Egúngún Ológbojò por exemplo, que chega a sair com Ọya no festival anual de Ọya em Ọ̀yọ́. Esta ligação não chega a ser como é falada e ensinada no Brasil, que Ọya veste branco, que deu a luz a nove Egúngún, que Ọya Gbálẹ̀ mora no cemitério. Gentem, os iorubás tradicionais não possuem cemitérios, eles enterram seus mortos em suas casas ou quintais.
Entre os iorubás não existe esta coisa de nove Ọya, Ọya é uma só.
Pode ser que Ọya seja cultuada e até "assentada" em algum Ìgbàlẹ̀ (local de culto a Egúngún), pode ser, ainda não tive o prazer de adentrar em um Ìgbàlẹ̀ iorubá. Mas isso não faz dela se vestir de branco e ser cultuada de forma diferente.
Ọya é Ọya, uma só.
Onírá é Ọya, uma só.
Então, não caiam nesta loucura que vemos na Internet, de 500 Ọya, uma faz assim, a outra faz assado, como já dizia meu querido e adorado padre Quevedo, ISSO NO ECXISTE!!!
ỌYA Á GBÈ WA ÒÒÒ.





📸
Fotos do Festival Anual de Ọya em Ọ̀yọ́, em 2019. Fonte - Orisa University | Facebook

IYALODE: É UM TITULO FEMININO.

Por Erick Wolff de Oxalá
Em 20/01/2021




O nosso intuito neste post, é trazer informações aos adeptos do Batuque,  para não cantarem orin (cantigas) de outras tradições, mal adaptadas, e com conceitos equivocados, evitando assim, que estas orins sejam  usadas em assentamentos ou feituras de integrantes do Batuque.

Em algum momento, não sabemos como nem o por que, introduziram duas orin (cantiga) de Nanã do Candomblé, no Batuque, onde, equivocadamente, cantam trocando: 

"SALUBA Ê" por "Lalupa ê Lanã"; 

"NANA QUE JÁ OSI IYALODE" para "Lanâ que ia oci a Lodê", 

Como se não bastasse, trocam constantemente: "Nana" para "Lanã". 

Ouçam o vídeo.  


Cantigas de candomblé introduzidas no batuque:





A imagem a seguir ilustra a nova Iyalode Agbekoya, intitulada pelo Alaafin de Oyo, em janeiro de 2021:




Fotos - Paula Gomes

https://www.facebook.com/asaorisaalaafinoyo/posts/1162371250887987 


ÌYÁLÓDE - DAMA DA SOCIEDADE (pag. 413), Dicionário Ioruba, José Beniste

sábado, 16 de janeiro de 2021

OMIERO XAPANA

Postado por Dra Paula Gomes Em 16/01/2021 atualizado em 23/12/2021 às 13:50



Hoje Jagun Obaluaye sai as ruas de Oyo e espalha Omiero em todas as comunidades para prevenção de febres.



sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

OS DEUSES POR HÉRICK LECHINSKI

Por Hérick Lechinski

Publicado em 06/01/2021



Não acredito em energias Universais que só mudam de roupagem cultural.
Acredito em grupos de seres divinos (Deuses/Divindades) que habitam lugares distintos do nosso MULTIVERSO e que se apresentaram para determinadas culturas, ajudando na evolução das mesmas e ensinando aos homens como cultuá-los.
Sim, acredito que alguns Deuses possuem similaridades, mas possuí-las não significa dizer que são as mesmas Divindades apenas com roupagens culturais diferentes.
Èṣù tem similaridade com Pambu Njila, Mavambu, Hermes, Mercúrio, Priapo, Yinepu (Anúbis), Thot, Ganesha, Shiva, etc., mas são para mim todos Deuses distintos.
É diferente quando falamos de Èṣù e Lẹ́gbàá (Vòdún), por exemplo, que é a mesma Divindade, mais que foi absorvida por outra cultura e ganhou um novo culto, este sim recebeu uma nova roupagem cultural, temos alguns outros exemplo iguais em algumas culturas, mas não podemos generalizar.
Respeito quem acredita e e pensa de maneira diferente da minha...
✒️
Hérick Lechinski
📷
Divindades Èṣù, Hermes e Yinepu (Anúbis)

TIKTOK ERICK WOLFF