terça-feira, 29 de outubro de 2024

ESTUDO DE CASO: A CANTIGA ALAGBE NO BATUQUE

Neste vídeo, publicado no Tiktok, no perfil do @paiandredeagandju.

Nele o Tamboreiro Alabê Lulú de Aganjú, informa que esta seria uma cantiga para Alagbe (nome ao qual nos tamboreiros atualmente se denominam).


"Série Cantigas esquecidas no batuque - parte 2
Por Babalorixá André de Xangô
Postado em 28/10/2024"


Dos comentários coletamos alguns:


Erick Wolff8
[@PaiJuliodeOxum] por gentileza, sabe a origem desta orin, onde ele foi buscar e quanto ele introduziu a orin no Batuque?

PaiJuliodeOxum
Não está correta a informação! Essa cantiga só era utilizada na família do Antônio Carlos de Xangô por introdução dele

Alabê Pantiovila
O mestre utilzou apenas para uma apresentação no seu dvd, depois dai foi adotado. mas na escola antiga não tivemos esse ensinamento pelo menos nos ultimos 20 anos. Axé a todos🙏

Alabê Lulú de Aganjú
É, uma das rezas que eu aprendi pra este caso foi essa mano veio. Tanto que é utilizada na Goa dele até hoje pelo que sei e já vi. Vou catar um aqui pra compartilhar. Abração 😉

Pai Marcelo do Caveira
boa tarde meu irmão!!
tudo certo?
sabe me dizer qual é a origem desse axé? quem introduziu, ou em qual família ou nação é rezado na entregar de axé de tambor?

Roger Olanyan
nesse eu discordo! o axé de tambor fala em Ìlú Bata awọ 😉

Alabê Lulú de Aganjú
Sim mano, já peguei casas que tocam essa aqui só partilho o que me foi passado também dentro da escola que fui feito, até queria ter respondido alguns comentários mas tô de cama aqui numa gripe fd...

guilherme
Me desculpa descordar de ti, mas o axé do tambor não é e nunca será esse meu irmão. Esse axé em questão é um axé de candomblé e por sinal é um axexé de egum dentro do ketu. Quem trouxe esse axé p batuque foi mestre Antônio Carlos. O verdadeiro axé do ilú é "Ara batá ô, kabiesy unde ô", se tiver dúvida pode perguntar p qualquer tamboreiro mais antigo meu irmão. Um abraço, teu canal está muito bom !!!

babacristian
hola meu irmao desde argentina, ese Axe se canta en Terreros de egungun en el norte de brasil, pesquiça meu irmao sin ofender, voce esta pasando información sin saber su procedencia....

Erick Wolff8
Boa noite, tem alguma fonte e referência

babacristian
Hola padre... sua bençion

babacristian
si eu teño una conversación con un iniciado, amigo do pai Anderson de oxala de una terrerira de egumgum falando de isso...

 

Link https://www.tiktok.com/@paiandredeagandju/video/7430851407810399494?is_from_webapp=1&sender_device=pc&web_id=7423858665667479045
 

Imagens 




O MISTÉRIO DA CAPA DA OXUM DA MÃE PALMIRA

Estudo de caso.

Roda pela internet uma foto de uma capa que seria da Oxum da mãe Palmira, uma das matriarcas do segmento Kambina do Batuque do Rio Grande do Sul.

Conforme observamos, na foto há uma placa informando que esta seria a capa da Oxum da mãe Palmira, filha de pai Waldemar do Xangô. Quer nos parecer, que se trata de um tecido acetinado e bordado com pedrarias.


Entretanto, informações colhidas durante uma entrevista que realizamos (2023), o informante* afirma que a capa da Oxum da mãe Palmira era confeccionada com organza amarela. E completa que a capa era muito simples.

 (Tecido Organza)  
 
Informamos que durante 22 anos pertencendo à família da mãe Palmira, não tivermos acesso da existência desta capa. 

* a pedido o nome do informante foi preservado, no entanto, poderá ser revelado em caso de estudos científicos.

quarta-feira, 23 de outubro de 2024

MÃE PALMIRA DA OXUM OLOBOMI

Neste ensaio coletamos informações sobre a matriarca do segmento Kambina, filha de pai Waldemar de Xangô, publicada no perfil de Yan Silveira, no facebook.

Nesta postagem, Yan Silveira fornece detalhes sobre a mãe Palmira, vejamos a seguir:




"Yan Silveira

Postado em 23/10/2024

24 de outubro de 1968, numa tarde ensolarada, sentada debaixo de uma parreira em sua cadeira de balanço, na Rua Humberto de Campos, 262, Porto Alegre, Partenon, Mãe Palmira de Oxum fez sua passagem para o Orun.
Jovem, aos 55 anos de idade, Palmira Torres do Santos era uma senhora de negócios e mãe-de-santo, filha de religião de Pai Valdemar de Xangô Kamucá, o percursor da Nação Cabinda.
À 56 anos em 23/24 de outubro sua memória é lembrada e seus ensinamentos praticados."


Os participantes comentaram:

"Erick Wolff

Bom dia, importantes informações para registros da memória da kambina.

Por gentileza, quem é a fonte das informações?


Kivanna D Xangô

[Erick Wolff] Com a licença do meu irmão Yan a fonte é Pai Eduardo de Xapanã de Porto Alegre, filho de pai Cleon de Oxalá, que foi filho de Vó Palmira."

Link - https://www.facebook.com/story.php?story_fbid=pfbid0HN9zYHZPb86Jyu9UbcnaFudu5uBgd2QETt2zVEiTouSEjC3Wm81dK5s2vThgEqstl&id=100052873388857&post_id=100052873388857_pfbid0HN9zYHZPb86Jyu9UbcnaFudu5uBgd2QETt2zVEiTouSEjC3Wm81dK5s2vThgEqstl&comment_id=8574282685981909&reply_comment_id=583940894056444 

Imagens comprovando 




domingo, 6 de outubro de 2024

PAI WALDEMAR O FUNDADOR DA KAMBINA

Publicação da página Batuque do Rio Grande do Sul, no Facebook, postada em 01/10/2024, coletada em 06/10/2024.

Nesta página o autor abre o debate homenageando pai Waldemar e sugerindo que considera que ele seria o Rei da Kambina por ser o percursor deste segmento. Vejamos:





"Batuque do Rio Grande do Sul

01/10/2024

Babalorixá Valdemar de Xangô Agodô.
Considerado o Rei da nação Cabinda por ser percursor do culto aqui no RS.
.
Filho de Kun lulu, nome esse que caracteriza como filho de Xangô. Diante das informações sabemos que foi trazido como escravo do porto de Cabinda.
.

Referente ao orixá do Gululu, o autor não informa a origem desta informação, também não cita a fonte que da possível origem do Gululu.

Sobre o debate, coletamos algumas falas para registro, seguem:


"Victor T'Oxalá

Perguntas e afirmações muito necessárias! Vemos o quanto temos conteúdo, conhecimento e propriedade. O que realmente nos falta e ouvir e absorver o que nos cabe em quanto pertencentes destes cultos de Batuque, como o de Cabinda.


André D'Ogum Avagã

Uma questão que nunca vi ninguém tocar no assunto,é o porque do culto a egungun não ter vindo pro nosso batuque.


Erick Wolff

Por favor Batuque Do Rio Grande do Sul, poderiam fornecer a fonte desta informação:

[...] Diante das informações sabemos que foi trazido como escravo do porto de Cabinda.[...]


Victor T'Oxalá

Erick Wolff Falokun Fatunmbi (oriki Book Orunmila)


Erick Wolff

Continuação



Hendrix Silveira

No livro "Quem é Xangô Kamuká" de Paulo Tadeu Barbosa Ferreira, é dito que ele nasceu em 24 de agosto de 1883, no Brasil. Não consegui encontrar sua data de falecimento. Mas sei que essa foto que ilustra o post foi tirada do próprio jazigo dele.


Leandro Dos Santos

sobre a questão do culto de EGÚNGÚN , eu estive presente no ylê abula, na ilha de Itaparica Salvador BA e consegui entrar assim como consegui uma pessoa para me levar e mostrar o local para fins de pesquisa. E em minha viagem, concluí que temos uma grande diferença sim, mas muitas semelhanças..o que fica a questão aos senhores, tirarem suas conclusões e sem descaracterizar aquilo que acreditam como pesquisador e o que fazem como religiosos.

Fato é que neste culto em especial, segundo informações do Ojé é reverenciado o ancestral da África trazido por escravos libertos e os demais ancestrais da família foram compondo a família.

Ok a afirmação é que é o Bábà ancestral Abulá, porém existe manifestação e neste momento o Bábà é vestido e usa as ferramentas do orixá no caso deste usa o Oxè (Machado de Xangô).

A partir desta viagem e pesquisa como religioso, sigo ensinando o mesmo que me foi passado com mais certeza ainda daquilo que aprendi com meu babalorixa. Em nosso culto a xangô Kamuca são reverenciados os orixás dos nossos antepassados.

Esses orixás são únicos ligados a uma particula do ori do falecido que se separa após a missa.

Mesmo assim, neste quebra cabeça faltam peças pois quem viveu nesta época, já partiu e toda pesquisa será de certa forma um adicional ao que acreditamos.

Aí ficam as considerações finais que cada um acredita o que cada um tem e cultua sua casa? de fato o é ancestral ou seria o ancestral com uma partícula do orixá.

Reforço o que meu babalorixá Antônio Carlos que esplicava "Filho a pessoa se vai... quem fica é o orixá esse que tem poder e esse orixás é só daquele filho"

Xangô Kamuca não é Egum e em seu culto, são reverenciados, também outros orixás, ou seja, Balé de egum eo culto de Xangô Kamuca é diferente assim como o culto de egungum é outro culto

Fonte *Professor: Atalidio (Ojé) residente e morador da ilha de Itaparica Salvador BA


Leandro Dos Santos

Mais um detalhe, neste local ao contrário do que muitos pensam, também tem assentamento de orixás , na entrada tem um Exú (divindade o que alguns chamam de Bará) e assentamento de Oyá. Na foto uma espécie de casa de santo Odè

O que chamamos de Oyá Dirà ou TIMBOWÁ.


Erick Wolff

Contribuindo com o tema, o terreiro que o baba Leandro Dos Santos cita:

O Patrono do terreiro Agboula é Xango ... mas o eegun Agboula não é o Xango que virou eegun.... o eegun continua sendo o MORTO, não o ORIXÁ.


 

Mary Faleiro

Não veio escravizado, desembarcou no Porto do Rio de Janeiro e se estabeleceu no Rio Grande do Sul, ventre livre. Assim aprendi com o neto de santo dele, pai Romario de Oxalá Onifan.


João Carlos Fonseca

[Mary Faleiro] Foi o mesmo que meu avô, pai Romário de oxalá me falou.


Placer Sala

Alguém aqui vivo conheceu o próprio Waldemar vivo para poder contar a história correta ?

Se não tem não adianta fica em debate, simples!


Clovis de Souza

Placer Sala mano, existem registros, atestados de óbito, anotações deixadas pelas pessoas e pelos próximos que comprovam fatos e dados, assim é o estudo de história. Igual Waldemar nem Gululu não vieram de Angola, a Iyá Emília de Oyá não era princesa de nada, era filha de escravizados vindos de Pernambuco. Quando se estuda, pesquisa e investiga, historietas e devaneios são desmentidos e contra fatos, argumentos são nada. Axé meu velho, que Orixá nos abençoe e a luz do conhecimento nos ilumine!


Marcelo Souza

Clovis de Souza Gululu é mito criado, quanto a Princesa realmente era filha de escravizados, que tinha este titulo por herança. Isto também esta nos registros históricos. A oralidade cria muitos mitos e personagens fantásticos.


Clovis de Souza

Marcelo Souza sim meu velho. Mojuba. O "Gululu" seria Antônio filho de Xapanã, segundo as pesquisas do pai Denis PG


Clovis de Souza

[Placer Sala] https://acrobat.adobe.com/id/urn:aaid:sc:VA6C2:f2631462-a16b-46b8-9630-9bca71e97b5d?fbclid=IwY2xjawFv3FJleHRuA2FlbQIxMAABHeTZkwvWfeU_Ble2c9HSJp7qk-c84xibJrTy6efv-NKGm82MN-Fgfvpe6Q_aem_nQvAdX3SiJOe750NUmewVQ


Luiz Fernando Barbosa

Clovis de Souza no minimo sensacional, esse Artigo eu enquanto Batuqueiro Discente de um curso de licenciatura, fiquei apaixonado pela leitura ..axe


Clovis de Souza

Placer Sala sugiro a leitura da obra do pai Denis PG de Odé, historiador especializado na formação do fenômeno batuqueiro em conjunto com o Jovani Scherer e o Vinicius Pereira de Oliveira, ambos Historiadoes com mestrado!


João Carlos Fonseca

Placer Sala Bom dia! Meu avô,pai Romário de oxalá onifã o conheceu,era neto do mesmo e não teria porque me mentir, portanto,eu acredito no meu avô.


Lilly Abreu

Existe um contexto histórico não citado, Rio Grande do Sul é longe, afastado dos “principais portos”, assim como aqui foi o último Estado a parar de ter escravos, foi o último a se organizar no sistema escravagista. De primeiro, os negros iam pros portos principais, quando chegavam aqui já eram parte do PIB do país, os desqueridos daqui iam buscar escravos, e diferente dos demais estados, escolhiam os seus dentro das suas necessidades e não “famílias inteiras” vindas da mesma parte de África! Atentem que estou falando do começo… antes de virem escravos diretos pra cá, dessa forma se aglomeravam sem falar a mesma língua, sem ser da mesma religião, e com matriz africana diferente… daí se cria a diáspora! Porque não tem isso ou aquilo, esse ou aquele outro?!!

Simples, criaram o que tiveram condições, quem chegou depois, se conhecesse Ewá, por exemplo, já se adequou aos que os anteriores estavam fazendo… nisso muito se perdeu, mas se ganhou nossos pilares do batuque!

Espero ter sido clara!!!


Erick Wolff

[Batuque Do Rio Grande do Sul] saudações, sobre o "Gululu", existem divergências sobre o nome, e até a origem dele, seguem algumas:

Professor Hendrix afirma que “Gululu, um nome claramente de origem bantu.", entretanto, não ficou claro como ele chegou a esta conclusão. (p. 50)

Ari Oro

[...] Segundo consta, este culto foi trazido para o Rio Grande do Sul por um africano conhecido por Gululu [...] (p. 145)

Vinicius informa que:

[...]há uma referência ao Gululu, né, do Xapanã (divindade ioruba), preto, morreu com 102 anos a mais de 40 anos [...] (p. 156)

Sarin de Sàngó, informa que:

[...] O Gululu seria de Batuque vindo de Pernambuco. O nome Gululu era dado para filhos de Ogum (divindade ioruba), no entanto, o feitor de pai Antoninho seria de Oxalá (divindade ioruba) [...] (p. 156 a 160)

Segundo os pesquisadores Denis e Vincius, informa que:

Pai Waldemar do Xango (divindade ioruba) da Kambina e pai Antoninho da Oxum (divindade ioruba) do Oyo, foram feitos pelo Gululu.

Fonte WOLFF, Erick, A KAMBINA NAGÔ E O KAMUKA NA NIGÉRIA, 2024, Porto Aelgre https://loja.uiclap.com/titulo/ua49154/


Glenio Costa

Kabinda Porto angola não é Nigéria mas faz culto para orixa xango e citado como rei desta não oyo e origem de xango quem explica isto terá caído uma nação inventada por Valdemar que foi começo de tudo mas eu só sei dizer que tem muito fundamento e mistério é magia


Marcelo Souza

Glenio Costa o Porto de Kabinda era o entreposto Comercial aonde todos os cativos de todas as Nações ficavam cativos até serem transportados para as Américas. 80% de todos os africanos cativos passaram por lá.


Rodrigo Carvalho

Pelo o que se tem de estudo e pesquisa feito por algumas universidades aqui do RS, ele nunca foi escravizado. Provavelmente nasceu num período onde ja regiam as leis do sexagenário e ventre livre (esta pela qual com certeza o livrou do trabalho escravo), fora a lei internacional de proibição ao tráfico humano que a Inglaterra impôs principalmente a Portugal ainda no século XVIII e o fato dele ter nascido pouco antes da Lei Áurea.


Alexsandro Dolzan Vaz

Rodrigo Carvalho nasceu no Rio Grande do Sul como consta os registros


Alexsandro Dolzan Vaz

Rodrigo Carvalho não, tenho o registro de casamento dos pais dele (em Rio Grande) o batistério dele (em Rio Grande) nem seus Pais eram Africanos, seu avô sim, era Africano Liberto já no seculo 19


Erick Wolff

Continuação, explica que o Egun (morto) carrega insígnias, pode cantar e dançar para o orixá ao qual em VIDA, cultuava. A seguir:

"O espaço profano é dividido em dois lados: à esquerda ficam mulheres e crianças e à direita, os homens. Após Babá entrar no salão, ele começa a cantar seus cânticos preferidos, porque cada Egun em vida pertencia a um determinado Orixá. Como diz a religião, toda pessoa tem seu próprio Orixá e esta característica é mantida pelo Egun. Por exemplo: se alguém em vida pertencia a Xangô, quando morto e vindo como Egun, ele terá em suas vestes as características de Xangô, puxando pelas cores vermelha e branca. Portará um oxê (machado de lâmina dupla), que é sua insígnia; pedirá aos alabês que toquem o alujá, que também é o ritmo preferido de Xangô, e dançará ao som dos tambores e das palmas entusiastas e excitantemente marcadas pelos oiê femininos, que também responderão aos cânticos e exigirão a mesma animação das outras pessoas ali presentes."

Fonte Aulo Barreti: https://aulobarretti.wordpress.com/a-revista/o-culto-dos-eguns-no-candomble/


Erick Wolff

Caro irmão Victor T'Oxalá, com todo o respeito, mas Babalawo algum possui legitimidade para falar sobre o culto de Sango, somente o sacerdote de Sango que pode falar sobre o próprio.


Erick Wolff

André D'Ogum Avagã saudações amigo, sobre a sua questão sobre o culto de Egungun:

O CULTO AOS MORTOS NO BATUQUE NÃO É (E NÃO PRECISA SER) UM CULTO DE EGÚNGÚN.

https://luizlmarins.wordpress.com/wp-content/uploads/2020/04/o-culto-aos-mortos-no-batuque-nao-e-um-culto-de-egungun.pdf


João Carlos Fonseca 

Pai VALDEMAR ERA FILHO DE XANGO BARU OLOFINA E NAO DE XANGO GODO.XANGO AGODO E XANGO DE UMBANDA,[CABOCCLO],XANGO GODO E ORIXA."


Link https://www.facebook.com/BATUQUEDORIOGRANDEDOSUL/posts/pfbid02RJuKYwpAUgcJuX53mn6fgQKBaJVFPvLu4utEHdhjpDAFfFsVuX45HSbMKwRk9wwfl

Imagens comprobatórias:











 

sábado, 5 de outubro de 2024

PESQUISA DE CAMPO VIRTUAL: OYA ATIMBOWA E OYA DIRÃ NA KAMBINA

Abrimos uma pesquisa de Campo Virtual, para aprofundarmos o estudo sobre o culto de Oya Atimbowa e Oya Dirã, na comunidade Nação Kambina do RS, no Facebook, em 04/10/2024.

Nesta postagem pedimos informações de quem entrega cabeça para feitura de Oya Atimbowa ou Oya Dirã, a seguir:


"PESQUISA DE CAMPO VIRTUAL

Por Erick Wolff 

Em 04/10/2024 

O intuito desta pesquisa é mapear as famílias que entregam cabeça para Oya Atimbowa ou Oya Dirã.
Não temos interesse em coletar fundamentos de feitura.
Por gentileza, ao responder informe a família."

 

Os participantes contribuíram com as seguintes informações:


Diego da Rosa

Boa tarde! Entregamos cabeça para ambas divindades!


Erick Wolff

Quem não entrega pode comentar também, pois neste mapeamento familiar, desejamos pontuar quem entrega e quem não entrega cabeça para estas divindades.


Cauhan Rodrigo

Eu não sei por que não dar cabeça para essas entidades kkkk


Erick Wolff

[Cauhan Rodrigo] por gentileza, poderia fundamentar o seu pensamento, seria muito importante para os nossos estudos.


Cauhan Rodrigo

[Erick Wolff]

No caso é só uma questão de opinião mesmo, se o Orixá é uma divindade, ele vem pra ajudar o filho e dar um caminho melhor, por que Dirã, Timboa, Lode, Avagan não podem


Erick Wolff

[Cauhan Rodrigo] faz sentido seu pensamento, considerando que o indivíduo é desta divindade desde que nasceu, logo, já pertence a pessoa.


Paulo Damata

Se foi jogado os Búzios e confirmado que o Pai ou Mãe é Orixá de Rua , porque não fazer .... existem alguns momentos que já ouvi filha de timboá e trocar por uma Oyá do quarto de santo, pra que isso?


Rogério Rodrigues

Eu dou cabeça conforme os búzios, quem sou eu pra ir contra os Orixás.


Malony Saint Pierre

[Rogério Rodrigues] por curiosidade, ao dar a cabeça para um orixá de rua, onde virá a ficar o bori e o assentamento do orixá de cabeça da pessoa?


Rogério Rodrigues

[Malony Saint Pierre] , bori junto com os outros bori da casa no quarto de Santo, pois bori é ligado ao Ori


Erick Wolff

[Rogério Rodrigues] massss, se o ori comer, pois, se foi sagralizado para orixá não pertence ao ori, desta forma pode ficar com o orixá, afinal este bori que comeu com o orixá não pertence ao ori.


Rogério Rodrigues

[Erick Wolff], sim daí é consagrado ao Orixá


Malony Saint Pierre

No caso de dar a cabeça para um orixá de rua, o assentamento e o bori passam a ficar dentro do quarto de santo, ou na rua junto com os outros orixás de rua?


Babalorixá João Òsún Olobomi

Malony Saint Pierre na minha casa e família religiosa os Orixás ficam na rua (lógico) e o Obori na prateleira dentro de casa...

 

Erick Wolff

[Malony Saint Pierre] o bori e o orixá sao distintos, no caso do bori pertencer ao ori, fica no local onde os bori do ori ficam.

No caso deste “bori” ser consagrado pelo orixa, deveria ficar com o orixá, pois pertence ao orixá, e não tem ligação com ori.


Erick Wolff

Que por sinal, no caso do bori de orixá do batuque, o indivíduo ficará c dois igba de orixá, já que pertencem ao orixá podem muito bem ficarem juntos.


Erick Wolff

[Malony Saint Pierre] por gentileza, a sua família entrega cabeça para Atimbowa ou Dirã?


Malony Saint Pierre

[Erick Wolff] na minha família não se da cabeça a estes orixás

 

Babalorixá João Òsún Olobomi

Nossa família faz cabeça pra timboà, no ajuntó com lodê e Avagã seja para pessoa do sexo feminino quanto masculino.

Também faz cabeça homem ou de mulher para lodê e ou Avagã.

Basta Orixá pedir no búzio.

Sou Cabinda, feito na casa de lodê (São Leopoldo), que foi feito por a saudosa mãe Carminha de Oxum ( São Leopoldo) que foi feita por Henrique de Oxum que foi feito por sua mãe Adotiva mãe Palmira de Oxum...

 

TÓPICO 1

Já neste extrato de uma live onde o Babalorixá e Tamboreiro Antonio Carlos de Xangô, falecido em 2020, fala sobre a Oya Atimbowa, vejamos:



[...] Atimbowa ela é uma orixá guerreira, de rua, Atimowa, para isso ela é feita la junto lá no Lode, junto com Lode e Avagã, Não é da minha Nação, ela é do Ijexá, do Oyo de outras nação, da Cabinda não [...]

 

TÓPICO 2

Entretanto, neste outro extrato de uma entrevista coletada no tiktok, pai Cleon Fala sobre a Atimbowa, vejamos:


[...] nao cultuamos nem Dirã.... Dirã para nós é uma qualidade de Iansã de dentro do quarto de santo, nós cultuamos a Atimbowa, vamos fazer assim, nós jogamos o búzio, a pessoa é de Atimbowa, nos fazemos a passagem para Iansã de dentro de casa, que que nós fizemos, nós vamos debaixo de uma Figueira,  tratemos a Atimbowa, matemos para ela como se tivesse borindo uam pessoa, mas no axé dela no quatro pé, as aves, os pombo i tudo, dentro de 21 dias ela fica comendo, ela come 21 dias, dentro desses 21 dias, aquela pessoa que é dela, que a gente vai passar para a Iansã para dentro de casa, aquela pessoa tem que fazer uma obrigação, por que se não ela intervem, e a pessoa não tem como se livrar[...]

 

Fonte da postagem inicial - https://www.facebook.com/groups/1444295859135612/posts/3872434669655040

Imagens comprobatórias:








Tópico 1 

Tópico 2

Links que possuem conteúdo semelhante:

PESQUISA DE CAMPO VIRTUAL: A MÃE EVA DO OSSANHE
Ensaio, publicado na comunidade Nação Kambina do RS, em 26/09/2024, acessado em 03/10/2024.

quinta-feira, 3 de outubro de 2024

TOMBAMENTO DO TEMPLO AFRICANO DE OXUM BRILHAM

Na data 19 de setembro de 2024, foi declarado que o Templo Africano de Oxum Brilham, sob a direção do sacerdote Bàbá Pedro de Oxum Brilham, se torna integrante do Patrimônio Histórico e Cultural do Município do Rio Grande.

Uma vitória para o Batuque e seus seguidores.


Fonte Meire Francisca.

TIKTOK ERICK WOLFF