O Mẹ́rìndilogun é um sistema de oráculo para manter contato com as divindades africanas, mas será que pertence exclusivamente ao povo do candomblé, distante de qualquer separatismo é necessário ponderar algumas considerações para entender qual a necessidade do candomblé e o jogo de Búzios.
Diferente da Umbanda que suas entidades estão presentes no passe e passam suas mensagens pelos “cavalos” de entidade, que são denominados médiuns, diferente do candomblé que as divindades cultuadas algumas vezes não se manifestam e quando o fazem não dão passe, então como chegar ao entendimento sem um oráculo?
O culto da Umbanda que se estabeleceu com grande força no Brasil e difundiu pelo Mundo, não segue os rituais e preceitos que as culturas afro usam na sua liturgia, apesar da semelhança cultural, cada uma é totalmente diferente da outra, sendo que as divindades que se encontram na Umbanda em momento algum chegam a ser cultuadas nos rituais do blé, pois são energias com polaridade diferente, que não chegam a comungar com os rituais do candomblé, dito pelos próprios Umbandistas que frisam sempre que podem, que suas divindades não necessitam de sacrifícios animais e muito menos exigem rituais que no candomblé é tão comum.
Mesmo sabendo que a cultura da Umbanda está se africanizando, em alguns casos perdendo até mesmo a sua própria identidade, pois chega a perder as características da própria Umbanda e em momento algum será um candomblé, faz com que surja um hibrido com plataforma oblíqua, que visualmente chega a ser interessante apenas para quem não pertence ao culto afro, porem com deficiência cultural, afinal, para quem não foi iniciado é muito difícil copiar os gestos e danças tão comuns no culto às divindades africanas.
Tais fatores podem ser considerados pequenos para impedir que o Mẹ́rìndilogun seja usado no ritual da Umbanda, porem se não houver uma liturgia e uma ligação direta com as divindades em questão não tem fundamento e muito menos haverá um comprometimento com as divindades e o manipulador da energia, por isso o jogo de Búzios na Umbanda não é considerado pelos estudiosos e sacerdotes do candomblé. Ou melhor, falando claramente não existe fundamento para tal no ritual da Umbanda.
Não deixando de esclarecer que o Mẹ́rìndilogun é um sistema que leva anos para entender e a criar vinculo com o sacerdote, por isso, não cabe a uma entidade de Umbanda jogar búzio, por que ela mesmo tem que ter capacidade de falar sem um oráculo, afinal para a entidade não existe matéria que a impeça de desvendar o enlaces dos mundos paralelos e do mundo espiritual.
O pior refrão vai para aqueles estudiosos e escritores dos romances Umbandistas que sem escrúpulo algum querem apenas corrupiar a mente humana a favor dos seus interesses pessoais, infelizmente alguns sacerdotes preferem caminhos sombrios à procurar o caminho aberto, claro e limpo da mediunidade pura e caridosa.
Por esta e mais algumas que desconsidero qualquer ritual que envolva o Mẹ́rìndilogun na Umbanda como oráculo, afinal a Umbanda possui suas entidade e deve a eles o devido respeito, por seus sacerdotes... E faço o convite a qualquer sacerdote da Umbanda que tem seus Mẹ́rìndilogun devidamente assentado e confie nele, a jogar para mim.
Erick wolff8
Guia de umbanda que joga buzios ou cartas é a coisa mais decadente do mundo.
ResponderExcluirPai de santo ou chefe de terreiro, como queiram chamar na umbanda, jogando búzios, não é merindilogun, é apenas uma forma dele usar a sua mediunidade não estando incorporado, no jogo falam os mesmos guias, via vidência. Em princípio eles ao invés de búzios poderiam jogar, moedas, palitos ou pedras, a vidência do médium é que fala.
Eu já vi muito jogo de búzios bom, vidência claro, mas, acho muito mais adequado que na umbanda que os guias conversem com as pessoas, esse formato de jogo é para o candomblé que não tem espirito incorporado.