09/01/14
Atualmente eu tenho visto várias postagens na internet insatisfeitas com a adaptação do Acarajé de Jesus, as pessoas desconhecem que a culinária sagrada já é utilizada até mesmo na alta gastronomia, como o chef Luis Baena, chef do Hotel Tivoli, Lisboa, durante o Mesa SP no Senac Santo Amaro, que demostrou uma versão contemporânea do Acarajé, sem citar que é de Iansã, ou Oyá se preferir. veja a foto;
Diante da exploração e importação da culinária sagrada, eu não vejo ninguém incomodado com o chef, e, ou qualquer outro que usa o sagrado comercialmente, sem ao menos ser iniciado na religião de matriz africana.
Por outro lado, o Acarajé de Jesus, tem feito mais inimigos do que podemos imaginar, sem que haja qualquer vinculo religioso, comercializam o Acarajé e ainda chamam de "O pão da vida", risos, mas o Acarajé é um bolinho, o que seria o pão da vida então? Veja a foto;
Existe a remota possibilidade de nem ser a mesma receita, apesar que hoje em dia é possível pegar qualquer receita, reza ou fundamento na net ou loja de artigos religiosos, produzida pelos próprios iniciados que querem vender e comercializar seu conhecimento, na tentativa de dar um passo para "a fama".
Por ambas as partes noto que há intolerância, os adeptos da cultura Afro-brasileira que não querem que o Acarajé seja comercializado e os evangélicos que querem comercializar algo que não faz parte da sua cultura e para que? Afinal para eles a cultura de matriz africana não segue os padrões religiosos/culturais de sua fé, então para que comercializar o Acarajé Cristão, o que ganham com isso?
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