Luiz L. Marins
Outubro de 2017
RESUMO
Este
texto transcreve extratos do vídeo publicado por Awo Ilésire Sòwunmí na página
de seu templo no Facebook Ìjọ Ifá Òtúrá
Orí’re àti Ilé Àṣẹ Ọbàtálá Ọ̀ṣẹ̀rẹ̀màgbò Ilédì Awodélé, no qual fala sobre
os cargos de ogan, ekedi e o ato de raspar durante as iniciações, na visão a
religião tradicional ioruba.
Leia o texto completo aqui:
É bacana essa possibilidade de interlocução com as tradições yorubás na fonte, trazidas por um brasileiro que convive com essas tradições desde os 10 anos como babá Zarcel. Eu fico muito intrigado imaginando os yorubás no século XIX, la em Salvador, reorganizando o culto aos orixás da maneira que as circunstâncias permitiam. Religião e cultura são coisas vivas, se transformam e se adaptam de acordo com o terreno de que dispõem. As adaptações no culto aos orixás que vieram a se transformar no candomblé brasileiro é obra dos próprios yorubás, originalmente. Foi como a fé deles encontrou meios de resistir à diáspora. Por tudo isso, acho que o candomblé brasileiro deve ser enaltecido do jeito que ele é, mesmo diferindo da fonte yorubá. O essencial foi mantido ao longo dos séculos: os orixás ficam satisfeitos com o culto e abençoam seus devotos, seja aqui, seja na Nigéria.
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