Com
todo o respeito ao qual lhe falta para com a Kambina, falo não somente por ela,
mas pela minha família, e pelo meu Olupilese, como um sacerdote desta tradição,
e um descendente religioso do Baba Waldemar de Xangô.
Não
receba esta mensagem como um ataque, mas apenas como um convite a vossa
reflexão, no sentido que pare de achincalhar a kambina, demonstrando toda sua
intolerância religiosa, e sua personalidade arrogante.
Sr.
Júlio, este seu comportamento não constrói nada.
Respeitamos
as opiniões das pessoas, mas não podemos nos calar diante de calúnias e fortes
acusações infundadas, depreciando a nossa tradição e nossos ancestrais.
Parece
que lhe falta, Sr. Júlio, conceito de nação. Neste sentido sugiro-lhe a leitura deste texto: Nações religiosas afro-brasileiras não são Nações Políticas
Africanas.
Nenhuma
nação religiosa afro-brasileira, de qualquer Estado, de qualquer segmento, nem
a minha, nem a sua, é de fato, ou representa verdadeiramente, alguma nação
política africana.
O ketu do
candomblé é o ketu do candomblé, não da África. O oyo do batuque, é oyo do
batuque, não da África.
Os nomes
similares às nações africanas apenas registram as diversidades afro-brasileiras
de cada segmento, que aqui foram formadas, com várias influências étnicas.
O conceito
de príncipes e princesas iorubas são diferentes do nosso. Nenhuma religião
afro-brasileira foi formada por membros de famílias reais africanas, ainda que
carreguem estes títulos.
Lamento
que o senhor venha recebendo criticas e ataques, por que ninguém merece isso,
mas talvez sejam reflexo da sua perseguição e discriminação contra a Kambina.
Peço
que repense seus atos e mude a sua forma de agir, por que na sua idade, a sabedoria
deveria prevalecer, evitando comportamentos levianos e inverdades, que jamais
lhe trarão frutos, apenas desgostos.
Baba
Erick Wolff de Oxalá
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