Por Erick Wolff de Oxalá
Sacerdote de orixá desde 1989, na tradição do Batuque do Rio Grande do Sul.
02/06/2021
Respeitando o direito de cada um e a liberdade de culto, este ensaio tem por finalidade esclarecer alguns conceitos sobre o quarto de orixá, e os rituais do Ilê Axé Nagô Kóbi, tradição Batuque do Rio Grande do Sul.
Metaforicamente o quarto de Orixá é o local onde as divindades moram dentro de um templo, neste recinto evitamos andar de sapatos, colocar certas comidas, pratos vazios, cadeiras vazias ou com pertences de alguém, para preservar a segurança espiritual da casa.
Cada religião possui seus tabus e fundamentos, e para nós do Batuque, não deixamos cadeiras dentro do quarto de Orixá ou no salão na porta deste quarto, a menos que estejamos em ritual de Egun.
A cadeira vazia, ou com pertences de alguém, somente é colocada nos ritos fúnebres, com o intuito de manter ali o morto (ato representativo), até o final do ritual, no sétimo dia onde é despachado o carrego.
Por isso, antes de copiarmos algo que achamos lindo ou que achamos legal, é preciso realmente ver se estamos dentro do nosso fundamento ou não. Assim evitaremos prejudicar a nossa casa ou família religiosa.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O quarto de Orixá é o local onde as divindades moram.
Não devemos pisar de sapatos neste local, nem mesmo no salão da casa.
A cadeira no salão de Batuque é usada para rituais de algum morto.
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