Por Erick Wolff de Oxalá
Revisado e aumentado 14/09
A cultura religiosa Yorùbá no Brasil, gira em torno à comida que vai dos rituais de iniciação (Oribibọ, Bọrí e Feitura), Arissum e rituais para Egungun, festivais e grandes festas. Todas são regadas de comidas e muita fartura, algumas destas até são produzidas bebidas especiais.
jẹ- comer (sentido geral).
jẹun - tomar comida para si.
ìjẹun - o ato de estar alimentando-se
õn´jẹ - comida (sentido geral)
ìbáje ou àbáje - comer em companhia de outra pessoa (não confundir com bàjé: estragado, tido erradamente por menstruação na diáspora)
Cada ritual exige determinada comida que deverá ser oferecida às divindades e ou convidados. Não deixando de lado as intervenções ou proibições que os adeptos da religião recebem como não comer algumas comidas ou determinados alimentos como o Dendê, Mel, Ovos e etc...
Muitas destas comidas produzidas durante os rituais são oferecidas aos convidados e adeptos durante o toque, nas paradas para descanso ou ao final de cada celebração. Muitas vezes os banquetes são gigantescos servindo muitas aves, cabritos e carneiros, dependendo da nação ou ritual.
Na atualidade, fez com que alguns costumes mudassem, hoje em dia chegamos a ver garçons servindo "estrogonofe, batatinha e arroz com uma bela salada grega", se engana quem disser que não faz parte do culto afro-brasileiro, claro que faz, apenas é preciso deixar claro que algumas comidas do nosso dia-a-dia fazem parte do culto, porem são restritas a determinados rituais como o Arissum.
Para quem não sabe do que se trata o Arissum, é o ritual para preparar o Láilẹ̀émi (aquele que não tem mais respiração, o falecido) para o novo estado, ele deverá se desligar do mundo dos vivos e voltar para o Ọ̀run, abandonando a personalidade existencial e reintegrando-se para viver sua personalidade eterna. Muitos destes rituais levam sete ou ate mais dias, alguns chegam a durar ate três meses dependendo do grau do iniciado ou “Status” a que ele pertença.
Durante o Arissum será preparada comidas para determinados Òrìṣà, Láilẹ̀émi e para Egungun, uma das primeiras vezes que participei, tive a paciência de contar quantas e quais pratos foram oferecidos, chegou a quase 170 pratos, entre eles alguns da última ceia do próprio Láilẹ̀émi.
Comida para Egungun
- àgbò (carneiro)
- Ẹyẹlẹ́ (pombo)
- Ọ̀ọ̀lẹ̀ also called mọ́yín-mọ́yín (bolinho cozido, feito com feijão)
- Àkàrà (bolo frito, feito com feijão)
- Omi tútù (água fria)
- Ẹmu ọ̀pẹ (vinho de palma)
- Obì abata (semente de cola nstiva Yorùbá)
- Oúnjẹ ti ẹnu BA n´jẹ (todas as comidas comestíveis)
Como puderam ver, todas as comidas que servimos à mesa fazem parte deste ritual, desta forma muito difícil o convidado verá “quibe, coxinha, arroz doce, galinhada, empadinhas, etc” sendo servidos durante os toques tradicionais da cultura Afro-gaucha.
Neste caso evitaremos em nossos rituais de Òrìṣà, comidas servidas em rituais fúnebres ou vinculados a Egun como Galinhada, Arroz com couve, Arroz com linguiça e em algumas casas ainda evitam arroz doce e risoto, esta variação pode ocorrer conforme a tradição de cada família. Caso ocorra de alguém que tenha proibição de comer alguma delas em seus rituais encontre determinada comida ela casa que visita, apenas deixara de comer.
Revisado e aumentado 14/09
A cultura religiosa Yorùbá no Brasil, gira em torno à comida que vai dos rituais de iniciação (Oribibọ, Bọrí e Feitura), Arissum e rituais para Egungun, festivais e grandes festas. Todas são regadas de comidas e muita fartura, algumas destas até são produzidas bebidas especiais.
jẹ- comer (sentido geral).
jẹun - tomar comida para si.
ìjẹun - o ato de estar alimentando-se
õn´jẹ - comida (sentido geral)
ìbáje ou àbáje - comer em companhia de outra pessoa (não confundir com bàjé: estragado, tido erradamente por menstruação na diáspora)
Cada ritual exige determinada comida que deverá ser oferecida às divindades e ou convidados. Não deixando de lado as intervenções ou proibições que os adeptos da religião recebem como não comer algumas comidas ou determinados alimentos como o Dendê, Mel, Ovos e etc...
Muitas destas comidas produzidas durante os rituais são oferecidas aos convidados e adeptos durante o toque, nas paradas para descanso ou ao final de cada celebração. Muitas vezes os banquetes são gigantescos servindo muitas aves, cabritos e carneiros, dependendo da nação ou ritual.
Na atualidade, fez com que alguns costumes mudassem, hoje em dia chegamos a ver garçons servindo "estrogonofe, batatinha e arroz com uma bela salada grega", se engana quem disser que não faz parte do culto afro-brasileiro, claro que faz, apenas é preciso deixar claro que algumas comidas do nosso dia-a-dia fazem parte do culto, porem são restritas a determinados rituais como o Arissum.
Para quem não sabe do que se trata o Arissum, é o ritual para preparar o Láilẹ̀émi (aquele que não tem mais respiração, o falecido) para o novo estado, ele deverá se desligar do mundo dos vivos e voltar para o Ọ̀run, abandonando a personalidade existencial e reintegrando-se para viver sua personalidade eterna. Muitos destes rituais levam sete ou ate mais dias, alguns chegam a durar ate três meses dependendo do grau do iniciado ou “Status” a que ele pertença.
Durante o Arissum será preparada comidas para determinados Òrìṣà, Láilẹ̀émi e para Egungun, uma das primeiras vezes que participei, tive a paciência de contar quantas e quais pratos foram oferecidos, chegou a quase 170 pratos, entre eles alguns da última ceia do próprio Láilẹ̀émi.
Comida para Egungun
- àgbò (carneiro)
- Ẹyẹlẹ́ (pombo)
- Ọ̀ọ̀lẹ̀ also called mọ́yín-mọ́yín (bolinho cozido, feito com feijão)
- Àkàrà (bolo frito, feito com feijão)
- Omi tútù (água fria)
- Ẹmu ọ̀pẹ (vinho de palma)
- Obì abata (semente de cola nstiva Yorùbá)
- Oúnjẹ ti ẹnu BA n´jẹ (todas as comidas comestíveis)
Como puderam ver, todas as comidas que servimos à mesa fazem parte deste ritual, desta forma muito difícil o convidado verá “quibe, coxinha, arroz doce, galinhada, empadinhas, etc” sendo servidos durante os toques tradicionais da cultura Afro-gaucha.
Neste caso evitaremos em nossos rituais de Òrìṣà, comidas servidas em rituais fúnebres ou vinculados a Egun como Galinhada, Arroz com couve, Arroz com linguiça e em algumas casas ainda evitam arroz doce e risoto, esta variação pode ocorrer conforme a tradição de cada família. Caso ocorra de alguém que tenha proibição de comer alguma delas em seus rituais encontre determinada comida ela casa que visita, apenas deixara de comer.