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segunda-feira, 12 de setembro de 2022

UM REINO CRISTÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA NA NIGÉRIA

Postado por Africa Oculta
Em 22/04/2020 acessado em 2/09/2022 às 12:30


"Um Reino Cristão de língua portuguesa na Nigéria. O Reino de Warri, na Região do delta da Nigéria, foi fundado em 1480 pelo povo Itsekiri. Do Século XV ao XVIII os Itsekiri eram a tribo que mais tinha contando com os navegadores Portugueses na Região, sendo o português a língua da corte. Já no início do Século XVI, boa parte dos Itsekiris se converteram ao cristianismo por missionários portugueses.

No ano de 1680 o Rei Olu de Warri mandou seu filho Antonio Domingo, para visitar Portugal, e anos depois voltou casado com uma portuguesa. Seu filho o mulato Olu Erejuwa, governou de 1720 a 1800 e estabeleceu a independência de Warri do Imperio do Benim, na época o mais poderoso da Nigéria. Os Itsekiris prosperaram com o comércio de marfim e de escravos com os Holandeses e Portugueses. Até os dias de hoje possuem uma monarquia local, e são um dos grupos étnicos mais influentes do País Africano. Fonte: Ekeh, Peter Palmer (2005). Warri City and British Colonial Rule in Western Niger Delta. Urhobo Historical Society"





 


Fonte - https://www.facebook.com/101159944844334/posts/130387888588206/
Imagem comprobatória 


domingo, 27 de setembro de 2020

O TRAFICANTE DE ESCRAVOS QUE DEU ORIGEM A TRADIÇÃO DO SENHOR DO BONFIM

Por Erick Wolff de Oxalá

27/09/2020


Imagem ilustrativa



Anualmente no mês de janeiro, vários devotos do Candomblé, simpatizantes e até mesmo curiosos, participam de um tradicional evento sincrético, ao qual, afro religiosos, militantes e ativistas negros reúnem-se para louvar e comemorar a tradicional lavagem das escadarias do Senhor do Bonfim. Um monumento decorado e criado por um traficante de escravos, o mesmo encontra-se enterrado na própria igreja. 

O que os devotos talvez não tenham ciência, que a praça diante da igreja homenageia um dos principais traficantes de africanos escravizados da Bahia. Muitos nem fazem ideia que o seu túmulo está em destaque dentro do próprio templo, onde procissões se faziam às suas portas, já que, foi ele o responsável por trazer a imagem que permitiu o culto ao Senhor do Bonfim.

Diante as constantes ameaças dos direitos humanos, inclusive ataques racistas e às próprias religiões de matriz africana, incentivou à um grupo de historiadores trazerem a público a realidade, para os locais históricos de Salvador ligados a escravidão. 

Segundo sabemos, Salvador foi o segundo maior porto de desembarque de africanos nas américas durante o tráficos de seres humanos, ficando atrás apenas para o Rio de Janeiro. Estimando-se que mais de 1,2 milhões de africanos chegaram à Bahia de forma degradante, e foram vendidos como mercadoria. 

O português Teodósio Rodrigues de Faria, foi capitão de um navio mercante, na década de 1740, se estabelecendo em Salvador, onde fez carreira como traficante de escravos. O próprio investiu pesado na decoração, pintura e detalhes da igreja do Senhor do Bonfim, morrendo em 1757, sendo enterrado na própria igreja, palco da mais famosa e tradicional festa afro religiosa, a Lavagem do Bonfim. (talvez poucos ou quase ninguém saiba, pois estes detalhes são omitidos)

Pesquisa - Cândido Domingues (historiador)


Imagens comprobatórias;




Fonte 

https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/bbc/2020/09/27/o-traficante-que-deu-origem-ao-culto-do-senhor-do-bonfim-e-outras-descobertas-do-mapa-da-escravidao-em-salvador.htm?fbclid=IwAR01ZzLTgGJas6LzI-ugSAYJ7692hwbDM4TYvcpk7DYtQw64lFpqtv9KAXk  

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terça-feira, 17 de agosto de 2010

O MITO DA FEIJOADA NA COZINHA DOS ESCRAVOS

A riqueza da religião afro sofre com a ignorância cultural brasileira, para muitos o culto teve inicio dentro das senzalas, porem como seria possível manter um ritual com recolhimento, banhos sagrados e até mesmo sacrifícios enclausurado numa senzala em condições sub-humanas... Além da situação degradante do negro que mal possuía a roupa do corpo, onde levaria a sua navalha e Ọ̀be (faca de corte para sacrifícios animais)? E como corrigir esta falta de conhecimentos se até nas escolas passam informação errada. Veja por que;

A feijoada típica brasileira, confundida com comida dos escravos, gera um erro fatal para a culinária e uma amputação histórica. Convencionou-se que a feijoada era servida nas senzalas, contam nas escolas e nos grandes restaurantes que os escravos cozinhavam  o único grão destinado a eles, o feijão preto, unindo resto de animais que não eram servidos na mesa dos senhores. Após abolição este prato ficou conhecido e atualmente é apreciado pelos brasileiros e turistas, que comem pensando que os escravos daquela época eram muito bem tratados, numa suculenta e bela “Feijoada”...

Para conhecimento geral o "feijão-preto", aquele que encontramos na tradicional feijoada, é de origem sul-americana. A partir de meados do século XVI, o comércio introduziu uma variedades de feijão na colônia, alguns grãos africanos, mas também um feijão consumido em Portugal, conhecido como feijão-fradinho, aquele usado para o tradicional Àkàrà (Acarajé como é conhecido). E segundo a opinião do português Gabriel Soares de Souza, expressa em 1587: o feijão do Brasil, o preto, era o mais saboroso, caindo no gosto dos portugueses, que logo começaram a tornar famoso o grão pretinho da feijoada.
O tradicional Àkàrà

Segundo dados da época, até mesmo os povos indígena apreciavam o feijão preto, que somava a importância do grão para toda a população brasileira já no inicio do século XIX. Qualquer um que chegasse ao Brasil apreçaria iguarias compostas por feijão-preto, como o feijão cozido com polpa de coco, que foi servido para o príncipe Maximiliano de Wied-Neuwied na Bahia, em 1816, e adorou. Em meados de 1845 comentaristas da época afirmavam que o feijão fazia parte da mesa dos baianos inclusive escravos, seguido de toucinho e uma variedade de carnes.

A realeza instalada no Brasil comprou em um açougue de Petrópolis, no dia 30 de abril de 1889, carne verde (fresca), carne de porco, lingüiça, lingüiça de sangue, rins, língua, coração, pulmões, tripas, entre outras carnes. Baseado no reflexo da nossa própria cultura religiosa que usa na atualidade vestes baseadas na corte como saias rodadas, bombacha, coroa, apetrechos da realeza e mais algumas jóias. A comida também reflete o luxo daquela época, e a feijoada como uma iguaria da corte virou o prato principal do Òrìṣà Ógún, este mesmo grão pode ser encontrado até mesmo em algumas comidas servidas para o Òrìṣà Xapanã.

O livro "O cozinheiro imperial", de 1840, assinado por R. C. M., traz receitas para cabeça e pé de porco, além de outras carnes – com a indicação de que sejam servidas a “altas personalidades”. Deixando claro para o público atual que a famosa feijoada não era uma comida destinada aos escravos, ao contrario disso era apreciada por nobres da  corte brasileira e visitantes estrangeiros.
Fonte - http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/historia-da-feijoada/historia-da-feijoada.php

Por Erick Wolff8

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