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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023

MARIA GENOVEVA DO BOMFIM - TWENDA KWA NZAAMBI

A postagem publicada pelo candomblecista Ozéias, informa que Maria Genoveva do Bonfim era gaúcha, e foi para o nordeste do país se iniciar no Candomblé Bahiano.

Postado por Ozéias Santos



Em 14/09/2022

"Maria Genoveva do Bonfim - Maria Neném (Twenda Kwa Nzaambi).

(1865 - 1945).

Segundo relatos e estudos, Maria Neném era gaúcha, corretora de imóveis, possuía um temperamento enérgico e semblante fechado, riso difícil, mas de caráter irrepreensível e de bom coração. Contam os mais antigos que ela adotou 17 crianças, outros narram 21 filhos adotivos que criou até a fase adulta. No entanto, o que mais importa ao Munzenza é que a partir dela o candomblé bantu gerou muitos frutos.

 

A Nzo Tumbensi foi fundada em 1850, aproximadamente, considerado o primeiro terreiro de candomblé Angola no Brasil. Como fundador, o senhor Roberto Barros Reis, angolano escravizado pela família que lhe emprestara o sobrenome. Barros Reis como sacerdote era conhecido pela dijina (nome espiritual que todo iniciado recebe) Tata Kimbanda Kinunga.

 

Tata Kinunga foi o líder da Nzo (casa) Ntoombesi, terreiro cujos ritos têm a predominância linguística da linhagem Muxikongo. Em 1909, quando faleceu, Kinunga deixa a tradição religiosa para Maria Neném, cujo nome religioso (dijina) é Twenda Kwa Nzaambi, na tradução literal: protegida por Deus!

 

Maria Neném foi alçada ao posto de “mãe do candomblé angola na Bahia”. Até os dias atuais é considerada a matriarca desta tradição na religiosidade brasileira. A nengwa (mãe) era iniciada ao Nkisi/Mukixi Kavungo.
Fonte: Argumento de Pesquisa - Munzenza: O brado do tempo."

Fonte acessada: https://www.facebook.com/photo?fbid=2126376954221369&set=pcb.2126378904221174

____________________ /// ____________________ 

Por Alcides Dos Santos Barreto Obánilè

Alcides dos Santos (2009), em seu trabalho de conclusão apresentado na Universidade Internacional da Integração da Lusofonia Afro-Brasileira-Unilab, presta mais informações, sobre Maria Neném.


A Gaúcha Maria Genoveva do Bonfim, nasce no Rio Grande do Sul, no entanto, não informam quando ela chegou na Bahia, ou se iniciou lá no Candomblé, e com o tempo Maria assume a casa de Candomblé tradição Banto, onde foi iniciada.


[...] Maria Genoveva do Bonfim (MARIA Neném), Mameto Tuenda Dia Nzambi – nascida em 1865, no Rio Grande do Sul (RS) e faleceu em 1945, na Bahia (BA). Conforme registro no Blog do Nzó Tumbensi o pesquisador e professor Paulo Sergio Adolfo diz que ela foi iniciada no Terreiro Tumbensi [  1º Terreiro da nação Congo Angola da Bahia.], por Roberto Barros Reis (Tata Kinunga), passou a comandar esta casa a partir de 1909, após o falecimento do seu Tata Kimbanda Kinunga. Como disse acima, Maria Neném, Nengwa Twenda Kwa Nzaambii Nome Sacerdotal após a iniciação ou dijina, espécie de apelido que a comunidade tradicional reconhece como nome do recém iniciado], era gaúcha e nasceu no dia 20 de janeiro de 1865 e faleceu no dia 01 de abril de 1945. Seu Terreiro se localizava no antigo Bairro do Beiru na rua Melo Morais Filho, com o Nome de TUMBENSI. Atualmente o Terreiro continua na mesma rua, sendo o Bairro conhecido hoje como Tancredo Neves, e tem á frente a Senhora Geurena Passos Santos, tendo como nome sagrado Nengwa Kwa Nkisi Lembamuxi. [...]

 Fonte

https://repositorio.unilab.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1767/1/2019_mono_alcidesobanile.pdf

terça-feira, 16 de agosto de 2022

PRESERVAÇÃO DO AXÉ ILÊ BAHIA DE XANGO

Postado por Luciano Zullu

Em 16/08/2022 acessado às 19:14 



Hoje nessa terça feira fria de Agosto, seguindo nossa série dos Ícones da Cabinda.

Nada mais justo que lembrar de um ilustre filho do Rei.

Pai Hélio de Xango Oí, filho de Pai Adão do Bara, neto de Pai Romário de Oxalá. Hélio Elenito de Souza, nasceu no dia 11/05/1936 mas foi registrado no dia 25/05/1936, muito comum esses registros tardios naquela época.

Pai Hélio foi um dos filhos de Santo mais ilustres do Pai Adão do Bara, pois a amizade o respeito, e a cumplicidade de ambos, era quase que inabalável dentro, e fora da religião. Pai Hélio fundou o Ilê Bahia de Xango, no ano de 1968, mas antes disso ele já havia tido outras casas de Religião, inclusive na cidade de Guaíba. A Bahia de Xango segue firme até hoje, sob o comando de seu filho de Santo e herdeiro espiritual, Pai Alex de Oxalá Jobocum. Outro fato de muita importância é que Pai Hélio, anos antes de sua morte, jogou Búzios com a presença de alguns filhos e anúnciou, que mesmo após sua partida, seu Orixá Xango Oí, ficaria na terra, na Bahia de Xango, sob os cuidados e a responsabilidade de Pai Alex de Oxalá Jobocum, e assim foi feito. (o grifo é nosso)

Pois ano que vem Pai Xango completará 70 anos de vasilia na casa que escolheu para ficar. Pai Hélio que também era Mestre em Arissun, partiu no dia 8 de Julho de 2018 deixando um legado importante, e uma lacuna no coração de todos nós do batuque do Rio Grande do Sul.




Bahia de Xango fica situada na Rua: Santa Isabel 377
Bairro Santa Isabel Viamão-RS

Link - https://www.facebook.com/groups/1444295859135612/posts/3298739163691263/?comment_id=3298740377024475&reply_comment_id=3298740823691097&notif_id=1660687900692759&notif_t=group_comment_mention

domingo, 27 de setembro de 2020

O TRAFICANTE DE ESCRAVOS QUE DEU ORIGEM A TRADIÇÃO DO SENHOR DO BONFIM

Por Erick Wolff de Oxalá

27/09/2020


Imagem ilustrativa



Anualmente no mês de janeiro, vários devotos do Candomblé, simpatizantes e até mesmo curiosos, participam de um tradicional evento sincrético, ao qual, afro religiosos, militantes e ativistas negros reúnem-se para louvar e comemorar a tradicional lavagem das escadarias do Senhor do Bonfim. Um monumento decorado e criado por um traficante de escravos, o mesmo encontra-se enterrado na própria igreja. 

O que os devotos talvez não tenham ciência, que a praça diante da igreja homenageia um dos principais traficantes de africanos escravizados da Bahia. Muitos nem fazem ideia que o seu túmulo está em destaque dentro do próprio templo, onde procissões se faziam às suas portas, já que, foi ele o responsável por trazer a imagem que permitiu o culto ao Senhor do Bonfim.

Diante as constantes ameaças dos direitos humanos, inclusive ataques racistas e às próprias religiões de matriz africana, incentivou à um grupo de historiadores trazerem a público a realidade, para os locais históricos de Salvador ligados a escravidão. 

Segundo sabemos, Salvador foi o segundo maior porto de desembarque de africanos nas américas durante o tráficos de seres humanos, ficando atrás apenas para o Rio de Janeiro. Estimando-se que mais de 1,2 milhões de africanos chegaram à Bahia de forma degradante, e foram vendidos como mercadoria. 

O português Teodósio Rodrigues de Faria, foi capitão de um navio mercante, na década de 1740, se estabelecendo em Salvador, onde fez carreira como traficante de escravos. O próprio investiu pesado na decoração, pintura e detalhes da igreja do Senhor do Bonfim, morrendo em 1757, sendo enterrado na própria igreja, palco da mais famosa e tradicional festa afro religiosa, a Lavagem do Bonfim. (talvez poucos ou quase ninguém saiba, pois estes detalhes são omitidos)

Pesquisa - Cândido Domingues (historiador)


Imagens comprobatórias;




Fonte 

https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/bbc/2020/09/27/o-traficante-que-deu-origem-ao-culto-do-senhor-do-bonfim-e-outras-descobertas-do-mapa-da-escravidao-em-salvador.htm?fbclid=IwAR01ZzLTgGJas6LzI-ugSAYJ7692hwbDM4TYvcpk7DYtQw64lFpqtv9KAXk  

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