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sábado, 22 de abril de 2023

ÉPO ( AZEITE DE DENDÊ) NA RELIGIÃO DE MATRIZ AFRICANA SERVE PARA TUDO

Por Erick Wolff 

Postado em 22/04/2023


Este ensaio tem por finalidade pontuar os  conceitos conflitantes entre a diáspora e a matriz Africana publicados que seguem no artigo "ÉPO ( AZEITE DE DENDÊ) NA RELIGIÃO DE MATRIZ AFRICANA SERVE PARA TUDO", do Dr. Adeyinka Olaiya.


As Nações Afro-brasileiras nasceram em solo Brasileiro e não são Nações Africanas, ou seja, não vieram prontas algum local da África. 


Assim, vejamos as falas de alguns professores sobre o tema:

[...] A nação afro-brasileira de kétu refere-se a uma nação afro-religiosa do candomblé, e não à cidade ioruba africana de Kétu, localizada no Dahome.[...] (José Beniste)

 

Também como a nação afro-brasileira Jeje refere-se a uma nação afro-religiosa do candomblé, batuque ou tambor de mina. Segundo o professor Reginaldo Prandi (USP), não existe nenhuma nação política denominada “Jeje” em solo africano. O mesmo vale para a nação religiosa afro-brasileira “nagô”.


Incluímos o conceito de Nação Afro-brasileira do professor Vivaldo:
 


E por último uma sacerdotisa do Opon Afonja, informou que:



[...] As nações afro-religiosas da forma como existem aqui não existem na África, e vice-versa. Que isto fique claro para que não se arvorem prepotentemente sobre falsos conceitos de pureza. Não existe ninguém puro (Mãe Stella). [...]


Entretanto, o Dr. Adeyinka Olaiya, nos apresenta um texto que sugere que o Candomblé veio da África Ocidental, conforme a seguir: 


[...] A religião do Candomblé é uma religião africana tradicional que tem suas raízes na região da África Ocidental, mas que também é praticada em muitas partes do mundo, incluindo o Brasil. [...]


Convidamos o Dr. Olaiya, a fornecer as fontes para estudo e pesquisas. 

Idem na pauta Teísmo.


[...] O Candomblé é uma religião politeísta, o que significa que reconhece e adora múltiplos deuses [...]


Pela praticidade sugerimos o dicionário online.

 

Teísmo

Substantivo masculino, doutrina que afirma a existência pessoal de Deus e sua ação providencial no mundo. (Dicionário Online de Português)


E o professor Aulo Barreti (2012) conceitua a religião Orixaísta:

[....] Portanto, com a premissa descrita e aceita – crio um novo conceito teológico, de nos autointitular, genericamente, de sermos todos pertencentes, de um modo ou outro, a religião dos Òrìsà. Sendo assim, conceituo a nos auto aclamar seguidores da religião do Òrìsàísmo: O conjunto das religiões ou a religião dos que cultuam Òrìsà. Somos, então, Òrìsàístas. Quem cultua Òrìsà é da Religião do ÒRÌSÀÍSMO. Somos ÒRÌSÀÍSTAS. [...] 


E completa:


[...] Tendo sido, portanto, o Òrìsàísmo instituído durante o mito da criação (seja qual for o mito adotado), e tendo a tradição semeada a religião tradicional dos Òrìsà através do mundo, concluímos, que o Òrìsàísmo, religião tradicional dos Òrìsà é uma religião original, universal, possuindo seus próprios conceitos teológicos, no qual dificilmente cabem, sequer por analogias, os conceitos universais existentes.

Que fique registrado que o Òrìsàísmo praticado em qualquer parte do mundo, independentemente do nome regional adotado, respeita, mas não re-conhece a Bíblia, como uma de suas diretrizes sagradas, tampouco o Alcorão ou a Torá. Para os Òrìsàístas trata-se apenas de livros religiosos, assim como tantos outros. [...]  


Confiram o artigo do Dr. Adeyinka Olaiya:


ÉPO ( AZEITE DE DENDÊ) NA RELIGIÃO DE MATRIZ AFRICANA SERVE PARA TUDO

Religião tradicional YORÙBÁ e CANDOMBLÉ 

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Dr. Adeyinka Olaiya  

Jornalista/ Artista .


A religião do Candomblé é uma religião africana tradicional que tem suas raízes na região da África Ocidental, mas que também é praticada em muitas partes do mundo, incluindo o Brasil. O Candomblé tem um sistema complexo de crenças, deuses e rituais que são centrais para suas práticas. Um dos elementos-chave da religião é o uso de EPO, ou azeite de dendê. O EPO desempenha um papel significativo no Candomblé, e sua importância não pode ser subestimada.


O Candomblé é uma religião politeísta, o que significa que reconhece e adora múltiplos deuses. Esses deuses, conhecidos como Orixás, são acreditados ter o controle sobre vários aspectos da vida, como saúde, riqueza e fertilidade. Cada Orixá tem sua própria personalidade e atributos únicos, e muitas vezes estão associados a diferentes elementos da natureza, como rios, montanhas e árvores.


O EPO é usado no Candomblé para honrar e apaziguar os Orixás. Acredita-se que o EPO seja o alimento dos Orixás, e que oferecê-lo a eles os satisfará e concederá bênçãos aos seus seguidores. O EPO também é usado como símbolo de pureza e divindade, e muitas vezes é usado em rituais de purificação e outras práticas espirituais.


Um dos usos mais importantes do EPO no Candomblé é em rituais de divinação. Adivinhação é a prática de buscar orientação dos Orixás interpretando sinais e presságios. Durante os rituais de adivinhação, o EPO é usado para marcar a bandeja de divinação, que é usada para segurar as ferramentas de divinação. Acredita-se que o EPO ajude o adivinho a se conectar com os Orixás e receber sua orientação.


O EPO também é usado em outros rituais importantes do Candomblé, como a cerimônia de nomeação e a cerimônia de casamento. Na cerimônia de nomeação, o EPO é usado para ungir o recém-nascido e simbolizar a entrada do bebê no mundo. Na cerimônia de casamento, o EPO é usado para simbolizar a união e a fertilidade do casal.


Outro uso importante do EPO no Candomblé é na cura e na medicina. Acredita-se que o EPO tenha propriedades curativas e é usado em várias preparações medicinais. Também é usado em massagem e outras práticas terapêuticas, onde se acredita que promova relaxamento e cura.


Além de seus usos espirituais e medicinais, o EPO também é um símbolo cultural importante no Candomblé. É frequentemente usado em arte e artesanato tradicionais do Candomblé, como trabalho em contas e escultura. O EPO também é um ingrediente importante na culinária tradicional do Candomblé e é usado em muitos pratos, como sopa de Egusi e acarajé.


Uma das formas mais importantes de uso do EPO no Candomblé é para proteger contra ataques espirituais.


Um ataque espiritual é uma tentativa de prejudicar alguém através de meios espirituais. Esses ataques podem assumir várias formas, desde a inveja até a maldição. O objetivo desses ataques é prejudicar a saúde, a felicidade e a prosperidade da pessoa alvo. No Candomblé, acredita-se que os ataques espirituais sejam perpetrados por forças malignas e invejosas que buscam prejudicar aqueles que são abençoados pelos Orixás.


O EPO é uma das maneiras mais eficazes de se proteger contra esses ataques. É usado em um ritual chamado "feitura de santo", que é uma cerimônia em que uma pessoa é iniciada no Candomblé e recebe um Orixá. Durante a feitura de santo, o EPO é usado para proteger a pessoa iniciada e fortalecer seu vínculo com seu Orixá.


Para proteger contra ataques espirituais, o EPO é usado em um ritual chamado "ebó". O ebó é uma oferenda feita aos Orixás para pedir proteção e bênçãos. O EPO é um ingrediente comum em muitos ebós, pois se acredita que tenha propriedades protetoras e purificadoras. Também é usado em banhos rituais, que são tomados para limpar e proteger contra ataques espirituais.


Além disso, o EPO pode ser usado em conjunção com outras práticas espirituais para proteção. Por exemplo, o EPO pode ser usado com ervas medicinais e incensos para criar uma mistura protetora e purificadora. Também pode ser usado em amuletos e talismãs, que são objetos carregados com poder espiritual e usados para proteger contra ataques espirituais.


Outra maneira de usar o EPO para proteção é em práticas de adivinhação. Adivinhação é a prática de buscar orientação espiritual através da interpretação de sinais e presságios. Durante a adivinhação, o EPO pode ser usado para marcar as ferramentas de adivinhação, como a bandeja de divinação. Isso ajuda a fortalecer a conexão com os Orixás e a receber sua orientação e proteção.


Adeyinka Olaiya 

/ jornalista


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CONSIDERAÇÕES FINAIS


Até o presente momento não há registro de origens de um Candomblé na África que se tenha dado origem ao Candomblé no Brasil. 


E no conceito politeísta, se faz numa crença em vários deuses, autônomos autogerados e independentes, que NÃO é o caso do Candomblé nem da Religião Tradicional Yoruba.


Desta forma convidamos o Dr.  Adeyinka Olaiya  a analisar e reconsiderar a possibilidade de rever os temas abordados neste ensaio.


Fontes Virtuais

NAÇÕES RELIGIOSAS AFRO-BRASILEIRAS NÃO SÃO NAÇÕES POLÍTICAS AFRICANAS, 2016, acesso por - https://luizlmarins.files.wordpress.com/2015/02/nacoes-religiosas-afro-brasileiras-nao-sao-nacoes-politicas-africanas.pdf


ORIXAÍSMO, UM ESTUDO DA RELIGIÃO IORUBA, 2020, acesso por - https://drive.google.com/file/d/16PAKKlplwjAFHHwO32vDGxcEzsFFA50z/view

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