sábado, 8 de maio de 2010

O dever do sacerdote em forma o bom caráter dos seus filhos

Qualquer um sabe que o sacerdote seja ele da Umbanda ou Nação, tem responsabilidades com seus filhos de santo, claro que nem sempre existe o respeito.










A dignidade do ser humano prejulga que todos deveram ser tratados da melhor forma, contudo, quando vemos um filho de santo que não se afina com a ditadura espiritual e ou estão cansados de serem mal tratados, e querem seguir sua vida, logo vem o feitiço ou as baixaria comum de alguns sacerdotes.



Eu penso que todos são uma família desta forma o filho de santo deve ser tratado com respeito com recíproca educação e dedicação. Na falta da consideração, logo vem o caos que infelizmente é comum entre as casas de religião, considero que tenha que dar respeito para ter respeito, sem ele não é possível o convívio comunitário.



Porem o pior vem quando o zelador resolve demandar ou tocar feitiço para os filhos com raiva deles, não havendo o julgamento de um verdadeiro sacerdote. Eu não consigo entender como uma mão que deu àṣe para um Orí, possa usar a mesma para tocar feitiço, um item que muitos sacerdotes preferem serem temidos pela comunidade sacerdotal pelo dom de prejudicar ou queimar as pessoas, ao invés de ser reconhecido pela mão de boas forças e prosperidade.

O que não deve ser desconsiderado é que ao prejudicar um filho você não está apenas prejudicando aquele ser humano que um dia você iniciou, mas todos os seus ancestrais e divindades que um dia ele iniciou criando o vinculo entre o Ọ̀run e Àiyé.

Pesarosamente reconheço acontecimentos e relatos de maldade confeccionada por pessoas que deveriam repensar suas atitudes e conceitos, o mundo seria muito mais feliz e lindo se as pessoas procurassem valores ao invés da soberbia, o bom caráter é o dom que ninguém pode comprar e muitos menos trocar, seria tão bom se todos se dedicassem a lapidar o caráter da sua família espiritual, para que os futuros sacerdotes ao receber seu Oye, soubessem como lidar com as pessoas.



Afinal terreiro não é senzala de Ìyáwó e muito menos os filhos de santo não são empregados dos pais de santos, mas isso não quer dizer que os filhos de santos não tenham que se isentar das tarefas, com um pouco de discernimento toda a comunidade entra em harmonia com a organização e administração do sacerdote.



O bom sacerdote se preocupa em formar pessoas de bom caráter.

 
 


 

Erick Wolff8

sexta-feira, 7 de maio de 2010

O EQUÍVOCO DO ORÚKỌ-Ẹ̀FẸ

Por Erick Wolff de Oxalá
Revisado e aumentado em 10/11/2021
Revisado e aumentado em 01/11/2023


A composição do nome Yorùbá é confeccionada para substituir o nome do Ìyáwó que foi iniciado e deve receber um novo nome, porem a nossa cultura ainda não está formalizado para distinguir e assimilar este conceito.

Alguns sacerdotes e iniciados do Candomblé Ketu ficaram conhecidos por seu Orúkọ (nome em Yorùbá), muito comum também entre a comunidade Bantu que batiza o Muzenza dando-lhe uma nova vida e um novo nome que deve ser usado dentro e fora dos templos. Completo este parágrafo com um pequeno texto do Tata Matâmoride;

  • "Porem no culto Bantu além da dijina (nome do Ìyáwó), existe o nome do santo, este não revelado nunca e conhecido somente pelo sacerdote e pelo muzenza que quando em grave doença se troca para que se afaste a morte dele.

O que tem me intrigado é qual o conceito e utilização do uso de palavras em Yorùbá incorporadas ao nome do iniciado agregando um novo Orúkọ-Ẹ̀fẹ (sobrenome), desta forma formando um nome composto com o legitimo nome de batismo. Alguns estão até batizando seus filhos com sobrenomes dos Òrìṣà, mas com qual finalidade?


Ou pior, alguns estão usando títulos e ou cargos de sacerdotes da cultura Yorùbá ou nomes de iniciados de Ifá sem ao menos pertencer a sua cultura...


Distante do ritual de tirar o nome na praça (sala do templo) após a raspagem do Ìyáwó, este costume não fundamentaliza ritual algum e nem resgata raízes, simplesmente ele joga ao vento qualquer tentativa de resgate cultural e preceitos.

Infelizmente a realidade pende sempre para o negativo, perdendo assim suas raízes e fundamentando novos costumes duvidosos entre algumas culturas tradicionais.

Fonte pesquisada: ORÚKO, Nomes dados aos filhos de Santo na Terra Yoruba, Ademola Adesoji.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

O homem se torna escravo do seu ori, quando ele não encontra o seu caminho.

Uma cabeça boa trás prosperidade, porem uma cabeça ruim trás decepção, então porque tantas cabeças na religião são incompreensíveis?

Se o Bori é para a Orí, então porque o Bori não corrige os enganos da mente?

Por que existe mente brilhante e mente preguiçosa, se todas foram feitas das particulas do Orun?

São perguntas básicas que envolvem a cultura afrobrasileira, porem tão difíceis de serem respondidas, existem homens que lutam pela vida e outros que são a verdadeira apologia à burrice, infelizmente muitos os seguem, alguns erros são até registrados nos livros, e fica mais famoso que a bíblia, o que faz o engano se tornar a verdade?

O perigo para os homens não é o diabo inventado pela religião para impedir do homem alcançar deus, mas acadêmicos que desviam uma montanha para provar suas teses.



Um cego não vê o que os olhos vêm, mas sente quando a boca mente, por isso não adianta enganar  o seu orí enquanto a sua alma puder ver tudo!


Sofrer não é a base da vida, nascemos para viver e não para sofrer, então porque alguns preferem sofrer a viver?


Àdimó
Erick Wolff8

sexta-feira, 23 de abril de 2010

O Mẹ́rìndilogun na Umbanda

O Mẹ́rìndilogun é um sistema de oráculo para manter contato com as divindades africanas, mas será que pertence exclusivamente ao povo do candomblé, distante de qualquer separatismo é necessário ponderar algumas considerações para entender qual a necessidade do candomblé e o jogo de Búzios.

Diferente da Umbanda que suas entidades estão presentes no passe e passam suas mensagens pelos “cavalos” de entidade, que são denominados médiuns, diferente do candomblé que as divindades cultuadas algumas vezes não se manifestam e quando o fazem não dão passe, então como chegar ao entendimento sem um oráculo?

O culto da Umbanda que se estabeleceu com grande força no Brasil e difundiu pelo Mundo, não segue os rituais e preceitos que as culturas afro usam na sua liturgia, apesar da semelhança cultural, cada uma é totalmente diferente da outra, sendo que as divindades que se encontram na Umbanda em momento algum chegam a ser cultuadas nos rituais do blé, pois são energias com polaridade diferente, que não chegam a comungar com os rituais do candomblé, dito pelos próprios Umbandistas que frisam sempre que podem, que suas divindades não necessitam de sacrifícios animais e muito menos exigem rituais que no candomblé é tão comum.

Mesmo sabendo que a cultura da Umbanda está se africanizando, em alguns casos perdendo até mesmo a sua própria identidade, pois chega a perder as características da própria Umbanda e em momento algum será um candomblé, faz com que surja um hibrido com plataforma oblíqua, que visualmente chega a ser interessante apenas para quem não pertence ao culto afro, porem com deficiência cultural, afinal, para quem não foi iniciado é muito difícil copiar os gestos e danças tão comuns no culto às divindades africanas.

Tais fatores podem ser considerados pequenos para impedir que o Mẹ́rìndilogun seja usado no ritual da Umbanda, porem se não houver uma liturgia e uma ligação direta com as divindades em questão não tem fundamento e muito menos haverá um comprometimento com as divindades e o manipulador da energia, por isso o jogo de Búzios na Umbanda não é considerado pelos estudiosos e sacerdotes do candomblé. Ou melhor, falando claramente não existe fundamento para tal no ritual da Umbanda.

Não deixando de esclarecer que o Mẹ́rìndilogun é um sistema que leva anos para entender e a criar vinculo com o sacerdote, por isso, não cabe a uma entidade de Umbanda jogar búzio, por que ela mesmo tem que ter capacidade de falar sem um oráculo, afinal para a entidade não existe matéria que a impeça de desvendar o enlaces dos mundos paralelos e do mundo espiritual.
O pior refrão vai para aqueles estudiosos e escritores dos romances Umbandistas que sem escrúpulo algum querem apenas corrupiar a mente humana a favor dos seus interesses pessoais, infelizmente alguns sacerdotes preferem caminhos sombrios à procurar o caminho aberto, claro e limpo da mediunidade pura e caridosa.

Por esta e mais algumas que desconsidero qualquer ritual que envolva o Mẹ́rìndilogun na Umbanda como oráculo, afinal a Umbanda possui suas entidade e deve a eles o devido respeito, por seus sacerdotes... E faço o convite a qualquer sacerdote da Umbanda que tem seus Mẹ́rìndilogun devidamente assentado e confie nele, a jogar para mim.



Erick wolff8

quinta-feira, 1 de abril de 2010

A era de Aquárius e o povo Nàgó

Os estudiosos ou chamados iluminatis, proclamaram a transição da era de Peixes para a era de aquários, no início de 1985, para completar o ápice desta evolução levou media de 10 anos ou mais, acredito que por volta de 2001 que começaram a reinar as energias desta nova era. Mas qual a ligação astrológica com o ritual Nàgó, quase nada, ao mesmo tempo tudo, para entender a ligação será preciso fazer uma pequena retrospectiva para chegar à atualidade.

Nem uma transição acontece passiva, para que ela tenha o seu resultado é necessária uma tremenda revolução energética, os estudiosos afirmam que estamos apenas no inicio da revolução. Para que esta tenha completado o seu ciclo será preciso mais ou menos uns 600 anos á frente, ou seja, esta transição terminará por volta do ano de 2.500 da era Cristã.

Ilé-ọba Óbokún Àṣẹ Nàgó Baseados no Zodíaco Intelectual, Zodíaco Natural e Precessão dos Equinócios os cálculos são feitos há séculos, datando algumas eras passadas e representadas por símbolos. E é justamente sobre a importância dos símbolos e signos que este livro irá trabalhar. Com a chegada da era Cristã representada pelo signo de Peixes – a mãe repressora – foram 2.000 anos de luta para industrialização e tecnologia, esquecendo os signos e símbolos ou camuflando os mesmos substituindo pela ciência. Tal ciência que corroeu a história, religião e a própria fé. O homem se distanciou de Deus em nome da ciência e teve que fermentar a fé cega e inquestionável – Acredite no Deus e jamais e questione - assim se passaram séculos marcados pela fé cristã que sufocou todas as religiões e credos que não falavam o Latim ou sua ortodoxia.

Ao observar as características de cada era, depararemos com a atual, tão clara e detalhada que dará o start para novos caminhos, a liberdade de expressão e a pureza espiritual que o signo de Aquarius trará para o planeta. Ele vem com novas mensagens e símbolos que traduzem paz expansão, o que faremos com esta liberdade?

Deveremos nos policiar para que não percamos o rumo do nosso destino, para que saibamos traçar nossos caminhos corretamente. A liberdade para um pequeno pássaro que nasceu numa gaiola às vezes pode ser muito cara, podendo pagar com a vida ou com a sorte, sem a experiência e vivencia que o mundo lá fora exige.

Com tecnologia e instrumentos científicos a cada dia se superando, máquinas recriando a existência de deus. Um microchip contendo o DNA do próprio Ọlọ́run. A luz já faz parte do nosso quintal, desejamos visitar constelações distantes.

Informação, ciência, tecnologia, fé, resgate cultural, reviver, nascer, descobrir o caminho de volta da morte e estudar. São os signos que regem a nossa atual era.

O fato de nomear Eras regendo o mundo se faz através, das 12 constelações ou grupos de estrelas, como são vistas no céu e fixas. Através destas constelações viaja o Sol, ano após ano. Devido ao eixo da Terra se inclina para o Sol e produz um movimento fazendo com que a cada um deles direcione uma constelação. Sucessivamente ela vai cruzando uma por uma, lentamente e imperceptível, ou quase diminuto. Na verdade, este movimento retrógrado é tão lento, que o Sol demora quase 70 anos para cruzar um grau, ou seja, 2.100 anos para passar por um signo, ou 26.000 anos aproximadamente para passar, em movimento retrógrado, pelos doze signos. Este último período é chamado um Grande Ano Sideral.

Por dois mil anos o planeta sofreu com a repreensão intelectual, religiosa e supersticiosa. Contrabalanceando este desequilíbrio notaremos a tentativa do resgate dos valores e conceitos ensinados pelo cristo que mais tarde sairia do seu destino e formaria uma nova religião. Nesta era a abstinência dos prazeres e a supervalorização da pureza foi estandarte de grandes guerras e tragédias como o holocausto, inquisição entre outras catástrofes da humanidade.


Algumas características das eras que o planeta vivenciou;

Era de Touro prosperou entre 4.001 a.C ao 2.000 a.C.


A beleza, estética e a sociedade se formaram, exercendo influencia sobre a dinastia Egípcia, representados pelos magníficos templos e túmulos dos seus faraós. Nesta época teve-se inicio ao estudo da alquimia e metafísica. Regido pela elegância e o poder religioso em equilíbrio com a evolução.

Era de Áries 2.001 a.C ao ano zero


Áries ou carneiro, este animal foi símbolo de uma época e adorada por várias tribos guerreiras e nômades de Israel, marcados pelo sangue e constantes atritos. Nesta fase do planeta foi marcada por grandes guerras muita santas que banharam a terra com sangue dos inocentes.



Por Erick Woff∞

quarta-feira, 31 de março de 2010

Àbámọdá

O uso mágico das folhas na religião iorubá sempre vem acompanhado de expressões de encantamentos que visam despertar o àṣẹ das fôlhas utilizadas. Estes encantamentos são chamados ọfọ̀.

Vamos apresentar aqui, periódicamente, uma folha e seu respectivo ọfọ̀, na singela intenção de dividir cultura e conhecimento.



Àbámọdá = Kalanchoe pinnata:  Folha da  Fortuna

Ewé Esù, Òṣàala, Ṣàngó e Òrìṣá funfun





ọfọ̀
Àbámọdá àbá mi kò ṣe àìṣẹ
Àbá ti alágẹmọ bá dá, l'Òrìṣá oke ngbà
Mo dá àbá owo
Èjí obgè
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Àbámọdá, que a minha aspiração será realizada
Òrìṣá Oke aceita o aspiração do camaleão
Que eu aspire o dinheiro
Para receber dinheiro
 













Fonte: Pierre Fatumbi Verger

“Ewe, o uso das plantas na sociedade iorubá”, 1995.


Por Erick Wolff8

TIKTOK ERICK WOLFF

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