quinta-feira, 28 de julho de 2022

NAÇÕES AFRO-BRASILEIRAS E O BATUQUE DO RS.

Postado em 27/07/2022

Revisado e aumentado em 19/10/2023





REVISTA OLORUN n. 46, janeiro de 2017
ISSN 2358-3320 – www.olorun.com.br

NAÇÕES RELIGIOSAS AFRO-BRASILEIRAS NÃO SÃO NAÇÕES POLÍTICAS AFRICANAS

Erick Wolff
Março de 2016



SOBRE NAÇÕES

Nos diversos segmentos religiosos afro-brasileiros todos querem legitimar-se afirmando que sua “nação” é originalmente oriunda de solo africano, desta ou aquela região, iniciado por fulano ou ciclano cujo nome jamais poderá ser checado, supostamente nascido na África. É louvável o desejo da legitimização africana, se não fosse ilusório. 

Todas as nações religiosas afro-brasileiras, de todos os segmentos, nasceram no Brasil, são afro-brasileiras, não são africanas, não representam nenhum Estado ou Cidade africana, não praticam nenhum culto na forma tradicional africana mesmo que possuam nomes de cidades africanas em suas definições afro-sociais. É verdade que foram formadas por elementos de matrizes africanas aqui repensadas e reestruturadas, mas estas heranças culturais e religiosas não fazem de nenhuma nação de religião afro-brasileira uma nação pura africana. NENHUMA!

Entretanto, o fato de terem nascido no Brasil não significa que são uma fraude, pois se assim fosse, todas os segmentos religiosos afro-brasileiros seriam, mas não, todas são legítimas para o Brasil. O erro está em considerar que a nação do outro é uma fraude, e a sua é verdadeira, porque é supostamente original de algum lugar da África. 

A nação afro-brasileira de kétu refere-se a uma nação afro-religiosa do candomblé, e não à cidade ioruba africana de Kétu, localizada no Dahome. (José Beniste) 

A nação afro-brasileira angola refere-se a uma nação afro-religiosa do candomblé, e não ao país africano de Angola. 

A nação afro-brasileira Jeje refere-se a uma nação afro-religiosa do candomblé, Batuque ou tambor de mina. Segundo o professor Reginaldo Prandi (USP), não existe nenhuma nação política denominada “Jeje” em solo africano. O mesmo vale para a nação religiosa afro-brasileira “nagô”. 

A nação religiosa afro-brasileira Oió refere-se a uma nação religiosa do Batuque, e não à cidade Iorubá de Oió, na Nigéria. 

A nação religiosa afro-brasileira Kambina, do Batuque, refere-se a uma nação religiosa criada e estrutura aqui no Brasil, tanto quanto as outras, e não à alguma cidade ou nação na África. Se as outras aqui formadas são legítimas para o Brasil, a Kambina também é. Alguns sacerdotes tentam equivocadamente afirmar que a Kambina trata-se de Cabinda, província de Angola, sem apenas pela semelhança do nome. Não existe nenhuma nação religiosa afro-brasileira, de qualquer segmento, que seja a extensão pura e legitima de uma cidade, estado ou nação africana, que exista aqui tal qual existe em África. Acreditar nisto é utopia, ou má fé. Todas, sem exceção, foram pensadas, criadas e estruturadas no Brasil. As nações afro-religiosas da forma como existem aqui não existem na África, e vice-versa. Que isto fique claro para que não se arvorem prepotentemente sobre falsos conceitos de pureza. Não existe ninguém puro (Mãe Stella). Sobre o conceito de nação religiosa afro-brasileira separamos alguns extratos de pessoas altamente conceituadas e referenciadas na bibliografia afro-brasileira:


 




SOBRE REIS E PRÍNCIPES 

O conceito que um rei de uma nação afro-brasileira precisa ter sangue nobre africano para ser reconhecido é utópico. Não existe nenhuma prova exata e certa que algum rei, rainha, príncipe ou princesa africanos que aqui fundaram qualquer nação pura, tal qual em África. 

Sempre em algum momento da história das religiões afro-brasileiras surgiram “reis” desta ou aquela nação religiosa aqui formada que, ou se auto intitularam, ou foram titulados pelos seus seguidores. Reis não nasceram com o mundo, eles foram feitos reis pelos homens, e para os homens. 

Se as nações religiosas afro-brasileiras não são nações políticas africanas, reis e os príncipes religiosos afro-brasileiros também não são, nunca foram. Exigir sangue nobre como base para seu reconhecimento e legitimação não faz sentido, até porque tal, mesmo que verdade fosse, não se poderia provar. 

Afirmar através de documentações discutíveis que um africano puro vindo de uma nação africana pura, veio ao Brasil há “duzentos” e aqui fundou uma nação pura, é zombar da inteligência dos estudiosos e explorar o boa fé dos leigos. 

O que dá legitimidade a um “rei” religioso afro-brasileiro (ou em qualquer lugar do mundo) é o reconhecimento de seus súditos e a reverencia a ele prestada, independente de ser auto intitulado, ou de ter sido titulado após a morte. É importante para uma nação religiosa afro-brasileira aqui formada conhecer suas origens e ser respeitada através de um ícone. 

Mas estas origens estão aqui mesmo no Brasil, todas as nações religiosas afro-brasileiras tem seu fundador mítico. Estas nações devem respeitar-se mutuamente respeitando seus fundadores. Se o rei em questão é reconhecido por seus súditos, então ele é rei, independente do sangue de família e de sua suposta origem africana, ou não. O mesmo conceito vale para os príncipes e princesas. 

Entre os iorubas, o conceito de principado é diferente do europeu, pois não é preciso ter sangue nobre para ser príncipe. Quando um rei é coroado, todas as crianças que nascem no lugar de origem do rei, a partir desta data, são considerados príncipes (Nathan Lugo).



Algumas considerações


O Batuque possui identidade, rituais e origens próprias, por isso, é completamente errado, como vemos alguns autores dizendo que o Batuque seria um tipo de Candomblé gaúcho. Não, não é, assim como o Candomblé não é um Batuque nem precisa ser.

O Candomblé possui várias Nações com costumes, idioma, divindades e tradições diferentes. 

O Batuque possui segmentos atualmente destacam-se Oyo, Nagô, Kanbina, Jeje e Ijesa que cultuam as mesmas divindades, possuem os mesmos costumes, iniciações e tradições, portanto, podemos dizer, conforme o Conceito de Nação, que o Batuque é uma nação com alguns segmentos.

Concluindo que tanto o Candomblé quanto o Batuque nasceram aqui, não veio da África, sendo que até o momento não temos registros que existiu ou existe Batuque ou Candomblé em qualquer lugar da África.

Sobre o conceito de Reis, Rainhas, Príncipes e Princesas africanas nem sempre se baseiam em sangue real, mas são denominados conforme os ritos ou costumes de uma região.

O mesmo ocorre no Brasil, onde Reis, Rainhas, Príncipes e Princesas recebem suas condecorações pelos seus súditos. 

segunda-feira, 25 de julho de 2022

PAI ANTONIO CARLOS FALA: MÊS DE AGOSTO NÃO REPRESENTA NADA PARA NÓS

Por Terreiro de Pai Leandro 

Postado em 10 de agosto de 2020, acessado em 25/07/2020 às 12:21








Link - https://www.facebook.com/watch/?v=286141989343074&extid=CL-UNK-UNK-UNK-IOS_GK0T-GK1C-GK2C&ref=sharing

quinta-feira, 21 de julho de 2022

OS MISTÉRIOS DE "ORI":

Postado em 20/07/2022, acessado em 21/07/2022 às 16:59




Um dos grandes fundamentos do Batuque afro gaúcho é a manutenção do Orí do iniciado no culto.

Para tanto é importante saber que Àtúnwá (reencarnação) e/ou àtúnbí (renascer), é o processo divino de continuidade da vida.

O Ori é a bússola do sagrado que nasce com cada indivíduo, é a morada de nossa pura essência, nosso "Deus" particular.

Quando nascemos, o Orí (cabeça), é o primeiro orixá que recebemos.
E quando damos obrigação ao Ori, trazemos as impressões que estão gravadas no inconsciente, a nossa origem no universo.

Orí é fonte da inteligência para a sobrevivência no ayé (Terra) e dele (Orí), geramos toda a força propulsora que nos conduz em nossa jornada não somente para a vida em si, mas também na saúde, prosperidade e equilíbrio.
Nosso Orí está diretamente ligado ao "Orí òrun", portanto ele conhece nosso destino e desta forma nos conduzirá na passagem do mundo físico para o mundo espiritual e vice e versa.

Assim, Orí = "Origem do Ser"
“Nada se faz sem um bom Orí"

Um bom Orí é aquele que está sempre alerta, sempre buscando evolução, sempre melhorando seu caráter e suas maneiras.

Cultue seu Orí através do Obori.

Seu Orixá só age na sua vida através de Orí e com a permissão dele, ou seja, quem cultua Orixá, sem cultuar e conhecer Orí, perde muito tempo de vida e não recebe respostas com a intensidade que espera.
Muito Axé !

Imagem comprobatório

sábado, 16 de julho de 2022

TIPOS DE MARCAS TRIBAIS EM YORUBALAND

Por Sangodele Sangomayowa Ibuowo 

Postado em 14/07/2022 acessado em 16/07/2022 às 09:35

TYPES OF TRIBAL MARKS IN YORUBALAND


1. PELE: PELE tem variantes diferentes e comuns em Ile Ife. As variantes incluem; Pele Ifé, Pele Ijebu, Pele Ijesha, Pele Akoko.

2. OWU: Este é o tipo de marca indígena para Owu em Abeokuta, Estado de Ogun. Você pode encontrar esta marca facial no chefe Olusegun Obasanjo. Também é conhecido como a marca tribal Egba

3. Gọmbọ: Esta marca tribal é nativa de Ogbomosho.

4. ABAJA: É muitas vezes referido como “Abaja Alaafin Mefa Mefa”. Esta marca tribal é exclusiva dos indígenas de Oyo, na Nigéria. Você pode encontrar esta marca no HRM. Oba Lamidi Adeyemi III, o ALAAFIN da OYO.

6. Outras marcas tribais iorubás incluem; Ture, Mande, Bamu e Jamgbadi, Soju, Jaju 


Fonte - 
https://www.facebook.com/photo/?fbid=1812361938967381&set=a.130877117115880

sexta-feira, 15 de julho de 2022

ORI APERE

Por Agbeke Orator 

Postado em 05/07/2022 acessado em 15/07/2022 às 10:53 hrs

 


Link - https://www.youtube.com/watch?v=rfGL_Xtzfv8

TEMPLO DE OSUN OSOGBO

Por Orisa Brasil

Postado em 09/07/2017 acessado em 15/07/2022 às 10:50



Fonte - https://www.facebook.com/watch/?v=1367315513385312

TIKTOK ERICK WOLFF