Por Jorge Feijó Pub em 22/02/2021 Ainda existem casas assim.
PROCURO UMA CASA, em que eu possa nos momento EM QUE, eu lá estiver, eu me sinta tranquilo, confortável espiritualmente. Tenha os problemas que eu tiver de qualquer natureza, brigas ,desconfortos emocionais problemas com amigos ,inimizades, familiares, estes problemas fiquem do lado de fora da casa. Nesta casa eu possa entrar e sair, pedindo: a benção dos Orixás por eu e minha família estarmos bem, assim como meus amigos e meus desafeto e a todos que me rodeiam, por eu ter o alimento em minha mesa e na na mesa dos que me rodeiam. O magué-magué. Pedindo e agradecendo a todo o Erumallé de Bara a Oxalá que eles nos deem o que merecemos e que principalmente, possamos não só aceitar o que recebemos mas saibamos interpretar como as coisas acontecem conosco. Pois na maioria das vezes é quando não temos o que precisamos, é que damos valor e vamos a luta para conseguir com responsabilidade, do que, quando temos e agimos com irresponsabilidade conosco e com o nosso próximo e com a nossa religião.
Procuro uma casa em que o Pai de santo ou Mãe de santo ainda traga consigo e transmita os ensinamentos aprendido e transmitidos pelo seu Babá ou Yá, lá dos anos 60.
Procuro uma casa
- Onde a Ganância de ser de hoje ,seja pelo conhecimento do segredo ao culto e os passos seguidos, sejam conquistados, uns por merecimento outros pelo tempo de dedicação a casa religiosa, e isso se traduz com o Respeito ao culto religioso. E não por 7 dias e aos 14 abrir casa. Isto é matriz Religiosa
- Onde o mais importante a ser feito após o serão, são as Frentes aos Orixás- as Inhalas. Para uns lados são feitas separadas, outras juntas num aguidal, um aguidal para os homens e outra para as mulheres, uns abertos outros fechado simbolizando suas feituras, seus fundamento, onde o cheiro do achoro exala seu odor as vezes chegando até o salão, o(s) bolos são só um complemento um brilho aos olhos.
- Onde :A frase “ deixa assim o Orixá entende ”,não é tão comum, pois o sacrifício das pessoas em fazer o certo, o correto e de acordo com o seu ensinamento vai além dessas palavras. Pois de uma maneira ou de outra o(os) Orixás nos dão condições para tal, e passar por cima do fundamento é uma ofensa pessoal ao Orixá.
Procuro uma casa
- Que traga consigo o acompanhamento da modernidade, na funcionalidade nos seus aspectos do maquinário da cozinha, fogão liquidificador e outros aparelhos que ajudam, sem alterar os - Costumes, Fundamento e Tradição= Raiz Religiosa. Pois o Batuque já trás consigo sua própria razão de existência sem precisar apoiar-se em outra raiz religiosa—Candomblé. Seja dentro do quarto de santo, vestimentas ou rezas, Pois o Batuque tem sua própria identidade e sua bagagem é vasta. Ele não precisa de aglutinações, junções e nem de misturas Candomblecistas, pois ele é uma Arte Imutável em si só.
- A casa que procuro o PDS e ou a MDS, explica e deixa claro que a manifestação corporal do filho no batuque ao dançar na roda é uma expressão livre, de acordo com a reza de tal orixá. O filho na roda ele canta com seriedade outras ele canta exibindo um sorriso, muitas vezes com ar de choro ou súplica, pois as rezas o tocam. E neste momento ele se deixa levar pelo som do Tambor pela voz do tamboreiro-alagbe. Num ação tríplice e continua, tambor -voz e comportamental do filho que está a dançar. Deixando claro que as pessoas -irmãos que estão a ver o celular a rir do lado de fora, e debochar estás são pessoas cujo seu Ori não esta amadurecido a introspecção do que está sendo realizado. Mesmo estando vestidas de axós.
- A casa que procuro não tem o(a) mais lindo(a) ou a menos lindo(a), pois os mais lindos são os Orixá no seu todo, e meus olhos não estão nos degotes da filha, ou na roupa que ela veste. Pois naquele momento a minha razão e meu sentimento estão extasiados na dança dos Orixá, pois suas dança elevam meu estado de espirito numa frequência e entronização única, ao sagrado. Mesmo por que quando o Orixá ,desce ele ou ela, se desprendem dos adornos que o Pecador ou pecadora trás consigo, pedindo muitas vezes um alá para tapar a parte do corpo ,que a filha por exibicionismo deixa aparecer mostrando seu despreparo religioso, confundindo a festa a qual está para rezar com uma festa profana. Eles, os Orixás são a própria existência a manifestação do culto.
- A casa de santo não é e nem nunca foi Palco, em que os tamboreiros se apresentam e ao tocar apresentam coreografia, misturando batida de quinbamda com achés. O toque é com seriedade, e nem tem equipe ou coral de alagbes, esperando sua hora para tocar. O tambor é afinado de acordo com o toque, se batuque não tem som de repinique como quinbamda e carnaval. Ainda existem casas assim.
A casa de batuque que procuro ainda existe hoje, basta ir no bairro São José, na Glória. Restinga , na Vila Jardim, na Hipica, no Jari, no Morro Santana, na Safira, em Viamão, Alvorada, enfim em tantas outras cidades.
Não, meus IRMÃOS O BATUQUE NÃO MORREU E NEM IRÁ MORRER.
Imagem com probatória:
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