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quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

EGBÉ ÒRUN- ÀBÍKÚ

Por Paula Gomes Aduke

Postado em 14/12/2022 acessado em 15/12/2022 às 09:03

 


"Àbíkú não é classificado como uma sociedade distinta dentro do culto a Egbé Òrun, mas é um membro com nome adquirido com base no comportamento a nivel terrestre. Não existe iniciaçao de Àbíkú, mas existe iniciaçao de Egbé Òrun.

Vou tentar explicar melhor a criança que nasce e depois morre nos primeiros ano de vida é um membro da sociedade de Egbé Òrun com comportamento de nascer para morrer- ou seja nasceu para morrer num periodo curto de vida–Àbíkú.
Àbíkú nasce para morrer nos primeiros meses ou anos de vida, sendo caracteristico deles morrer e renascer. É a ligação forte com o Egbé Òrun que os leva de volta, curtas estadias na terra e é o seu desejo imediato e a obrigação de retornar ao Egbé Òrun.
É de salientar que nem todas as crianças que morrem nos primeiros meses ou anos são Àbíkú. Existem formas de os indentificar através de sistemas adivinhatórios usados pelo povo Yorubá que os identificam nos primeiros dias de vida ou existe outra forma de os identificar quando estes morrem e renascem repetidamente na mesma mãe 3/4 vez até serem identificados.
Um Àbíkú ao ser identificado a familia vai tentar que este sobreviva e isso só será possivel através de medicinas tradicionais preparadas por sacerdotes especializados na área .
Um Àbíkú que repetidamente retorne à terra apesar de várias tentativas sem sucesso, só resta a alternativa deste ser marcado no corpo com Àpèrè ou Apá. Estas marcas vão ser rejeitadas pelo seu Egbé Òrun e quando retornam sobrevivem na terra.
O Àbíkú que sobreviveu com os preparados tradicionais faz parte de uma das sociedades de Egbé Òrun - ou seja pertence a qualquer uma das sociedades como Móohún ou Adéta e assim sucessivamente, por outras palavras o membro de Egbé Òrun pode ser Àbíkú e pertencer a sociedade Iyalode.
Como reconhecer a presença de um Àbíkú:
Àbíkú nasce várias vezes;
Àbíkú precisa nascer vivo e morrer;
Àbíkú não morre dentro do ventre da mãe;
Àbíkú não são abortos naturais consecutivos;
Àbíkú poderá retornar até 9 ou mais vezes;
Àbíkú não atinge a idade adolescente;
Àbíkú morre sempre em idade infantil;
Àbíkú só sobrevive com rituais especificos;
Àbíkú morre antes de ambos os pais
Àbíkú pode morrer até 7 anos de vida;
Àbíkú nunca provoca morte na mãe, pois precisa dela para renascer;
Àbíkú depois de ser identificado, só será possível sobreviver com o uso de medicinas tradicionais preparados por sacerdotes de Egbé especializados.
Àbíkú que sobreviveu com a medicina tradicional é conhecido como Àbíkú Àgbà.
Créditos ao povo de Egbé Orun em Oyo e ao meu trabalho de pesquisa dentro do culto de Egbé Orun."


Link - https://www.facebook.com/paula.gomes.aduke/photos/a.256011373407806/449822034026738/ 

terça-feira, 24 de maio de 2022

ÀBÍKÚ

Por  “Ìkóòdídé

Postado em 24/05/2022



Originário da junção de palavras cujo seu significado é nascido para morrer, ou nasceu e morreu ocorrente de vários e consecutivos episódios de aborto, assim como morte prematura de jovens e adultos são relacionadas a ação de Àbíkú, espíritos que pertencem a uma sociedade denominada Egbé Àbíkú. Pode se classificar duas distintas famílias de Àbíkú que são elas:
Àbíkú omodé: morrem ainda na infância.
Àbíkú àgbà: morrem jovens ou adultos antes dos pais.
Eles estabelecem uma forte relação com o Ójó orí com a Egbé Àbíkú, ou seja, fazem um pacto de retornarem ao Òrún ao atingirem determinada ação ou idade.
Quando uma mulher sofre sucessivos abortos ou perde seus filhos precocemente se diz que ela esta sofrendo por uma ação de Àbíkú. Neste caso somente por meio de ação interventora e espiritual que se poderá interromper este vínculo com esses seres espirituais e com a comunidade a qual eles pertencem.
No caso dos Àbíkú àgbà, quando o pacto por eles estabelecido em sua sociedade espiritual determina que seja chegada a hora do retorno ao Òrún, este lhe é marcado por um momento de grande significado e importante na vida da pessoa como, por exemplo: casamentos, noivados, formatura, o nascimento de um filho ou a realização de um conquista pessoal.
Algumas de suas manifestações são possíveis de identificar por suas teimosias, autodestruição, vícios, depressão, perda do interesse em viver e sucessivos problemas de saúde.
São pessoas muito intuitivas e portadoras de notáveis fenômenos espirituais.
Para solucionar o problema com esses seres basta libertá-lo dos compromissos para com esta sociedade, de modo a seu grupo o rejeita-lo, não querendo que ele retorne mais.
É preciso esclarecer que eles são seres muito perigosos, não cabendo ao leigo em hipótese alguma realizar nenhum tipo de ritual ou oferenda sem o conhecimento necessário.
Texto Ifagboala ojewale Monteiro Imagem comprobatória:

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