quarta-feira, 13 de setembro de 2023

EXISTE EBÓS, TRABALHOS, LIMPEZAS E OBRIGAÇÕES COLETIVAS?

Este artigo tem por finalidade registrar a memória, história e cultura do Batuque do RS.

O Babalorixá Emanuel d'Oxalá, tem produzido diversos temas do segmento religioso Batuque do RS, entre eles, o tema sobre coletividade nos rituais do Batuque forneceram muitos pensamentos a serem preservados para gerações futuras.



"Será que realmente não existe trabalho coletivos, ebós coletivos??? Muitas casas fazem limpeza de final de ano coletiva, não fazem axes separados para cada pessoa que vai se limpar..... Pare e pense antes de copiar textos, nem tudo que tá escrito tem lógica. Muitas vezes dentro de nossa vida cotidiana, fazemos boas ações, a fim de fazer com que a comunidade melhore, nossa familia melhore, nossos amigos melhorem. Talvez sua mente não seja capaz de entender o que nossa religião é capaz de realizar. Talvez sua família não faça e lhe ensinou a pensar sem olhar para os lados, sem se questionar. Quantas vezes você já viu seu mais velho levando uma família para se limpar ou realizar uma oferenda a um orixá, mas pedindo por toda a família. Deixo aqui a pergunta para quem quiser responder, existe ou não ebós(trabalhos) coletivos?
Autoria: Babalorixá Emanuel de Oxalá
Em: 13/09/2023"


Ana Rafaela Ribeiro

Bom dia meu irmão, exatamente existe sim, tem muitas casas que fazem limpezas, axes tudo coletivo, tem casas tbm que não dividi a cabeça mais dividi o corpo, assim vai!!


Ricardo Pinheiro

Sou do tempo antigo que se fazia . Não fazem porque não vantajoso pra eles


Renato Godoy

Claro que funciona. A questão é que vai funcionar de maneiras diferentes para cada indivíduo. Faz uma abertura de caminho coletivamente, por exemplo, mas um dos consulentes que está participando deste axé tem outros problemas espirituais, então, primei… Ver mais


Léo Kayode

Existem vários tipos de trabalhos q podem ser coletivos, outros não, tipo amarração amorosa.


Sandra Regina Alano Bessa

Existe sim.....já fiz e faço.

Abraço guri 😁


Erick Wolff

Boa tarde Babalorixá Emanuel d'Oxalá, saudações, respeitosamente, desde 1982, temos registrado uma diversidade em rituais e costumes do Batuque RS, onde postaremos:

Há famílias que passam uma limpeza única ou limpeza com vários orixás nos clientes, filhos e convidados.

Há famílias que preferem fazer uma limpeza individual, onde preparam vários axés de um orixá ou mais orixás, e passam um axe por pessoa.

Ambas formas são praticadas no Batuque, embora o termo ebo coletivo seja recente, provavelmente seja de influência de outras religiões.


Ina Xavier

Agô, sua benção meu irmão e aos demais que irão passar por esta postagem. Tenho página religiosa e faço ebós coletivos desde 2018, porque a religião que creio, baseia- se no coletivo. Meu Orixá data de 1900 e bolinhas e desde lá se ouvia os Babas e Yas falando, " hoje tem corte, " faz tua cartinha....escreve teu nome 7 vezes e coloca no axé..." e por ai foi. Creio que existem axés ou ebós que através de nossos oráculos, no meu caso, Jogo de Búzios e cartas, necessitam ser individuais, porém outros podem sim ser coletivos. Acredito que tudo sempre dará certo a curta ou longa distância, para todo religioso que cultua fé e verdade.


Fabiano Lima

Existir existe a pergunta deveria ser funciona? e se funciona qual o fundamento.Se tiver fundamento continua se não tiver para. mas não somos "kardecismo" Orixá nenhum desceu ensinar nada ou escrever livros ou dar palestra nos que criamos nossos ritos,baseados em que? em fundamentos. se na africa ja existia trabalhos coletivos deveríamos fazer sim pela ancestralidade se não existia e somos uma religião afrobrasileira temos que pensar porque aqui foi criado o fundamento.


Babalorixá Emanuel d'Oxalá

Fabiano Lima No meu entendimento, claro que sim , o fundamento é que a religião é coletiva, senão fosse, cada um culturais só seu próprio orixá, própria entidade e não teria outras na prateleira ou na tronqueira.


Fabiano Lima

Babalorixá Emanuel d'Oxalá então existe porque aqui sim é coletiva já foi criada assim,la na africa é outra estrutura. como voce disse o fundamento é coletivo, é um contrato coletivo com nossa comunidade. Logico que não podemos obrigar outra comunidade seguir nem eles obrigar a gente.quando leio ou assisto palestra de quem foi iniciado na africa é tudo individual nas que vi,mas deve ter muitas que nem aceitam ocidentais e devem ser coletivo também. no fim apesar de funcionar todas as religiões saem do meio da nossas orelhas da caixa craniana nos criamos nosso ritos.


Renato Godoy

Fabiano Lima mas aqui quase tudo que se faz l, não se fazia - ou se faz - em África. Nenhuma religião de matriz africana, no Brasil, é pura. Todas foram inventadas, ou melhor, adaptadas. Algumas , inclusive, readaptadas. Quem diz que pratica religião raíz, como se pratica em África, está mentindo. Basta estudar um poucos de antropologia e de história para saber disso.


Babalorixá Emanuel d'Oxalá

Fabiano Lima Respeito sua opinião, mas procure vídeos sobre oferendas ao Orixá Oxum, Iemanjá, Xangô, em África, verás a quantidade de pessoas no coletivo participando das oferendas, levando seus pedidos, pedindo proteção, se isso não é ser uma religião coletiva, pegamos tudo que aprendemos e jogamos fora. Com certeza, existe Ebós (rituais) que são individuais para o fim de solucionar a vida de uma pessoa, mas cada caso é um caso. Minha religião, sai dos ensinamentos do meu mais velho, nada é inventado da nossa cabeça, por isso existem os oráculos, para sabermos o que é possível ser realizado, com o aval do plano espiritual.


Fabiano Lima

Renato Godoy se fossemos seguir nada com milho usariamos,milho é do novo mundo america,não teria navalha,e tudo mais que usamos,até a guiné é nossa daqui da America.


Fabiano Lima

Babalorixá Emanuel d'Oxalá quando pegamos antigos gente da raiz como pai Agenor iniciado na africa ainda criança e aqui que jogava os buzios para escolher outros lideres como mãe menininha que saiu do jogo dele,vemos coisas absurdas nos textos tem oferenda que vai os animais as plantas ai la no meio um pinico usado ve se pode isso? ai ele mesmo falava que não sabe aprendeu assim. e eu acredito nele,ele era contra matança,mas neste livro que ele quis passar tudo que sabia maioria dos ebos tem sangue ele não tirou nada ensinou como sabia, nem tudo é do orixa ou do jogo tem interferência humana e tem demais.


Renato Godoy

Fabiano Lima sabe qual é o maior problema, Fabiano? É o ser humano tentar interferir na vontade dos Orixás. Se na casa de "Pedro" está sendo feito diferente do que julgam ser o correto, e os Orixás estão permitindo, quem é tu o qualquer outra pessoal para julgar? Hoje em dia é um bando de hipócrita que vivem fazendo coisa errada apontando o dedo para os outros. É um ego mais inflado que o outro.

Se há um terreiro onde as pessoas procuram, onde há um dirigente espiritual que auxilia as pessoas com seu axé e essas pessoas retornam, e o Orixá permite que este trabalho continue sendo feito, não há um ser humano nesta terra em condição de falar que está errado. Tem que olhar para o próprio rabo, cuidar de suas quartinhas, procurar saber se seus filhos de santo estão bem, se não precisam de algo, saber se a própria vida está boa, se há prosperidade em sua vida, antes de querer julgar o certo e o errado.


Fabiano Lima

sim os rituais vem mudando de casa a casa não temos uma cartilha quer ver zelador ficar doido é eu pegar ele criticando e colocando alface em oferenda. so percebe que alface não tem logica quando falamos, mas dai para ele é fundamento de Oxumare mesmo o alface sendo uma planta europeia,ai fico queto esta rodando assim deixa. se for ficar olhando fazendo polemica desiste.


Person Oxala

A meu ver um ebó coletivo seria visto como loteria o Orixá escolhe alguns dentre todos para serem respondidos.


Erick Wolff

Babalorixá Emanuel d'Oxalá uma oferenda poderá ser diferente para uma limpeza, e quando vemos o coletivo, como o culto de família na matriz, apesar de fazerem oferendas e rituais coletivos, cada um tem o seu ebo (oferenda) e ritual, não há iniciações coletivas, nem divisão de eje ou limpezas.

Cada individuo de uma família mesmo que haja um culto coletivo de uma divindade, que no caso deles, o orixá geralmente esta no seu DNA, pois são descendentes de uma determinada divindade, eles acabam praticando um culto coletivo, porem, cada um tem seu igba, seu ebo e seus rituais.


Erick Wolff

Person Oxala interessante a sua fala, por gentileza, poderia nos esclarecer mais sobre o seu ponto de vista?


Person Oxala

Erick Wolff Quando se apronta um ebó para qualquer fim, quando se é para alguém específico a intensão já é pré determinada, as entoações de rezas , a montagem do ebó , o pedido ao berá o ebó será feito em nome deste, mas quando é coletivo esta essência se perde, por serem diversos os que pretendem receber a graça do Orixá e por mais que o sacerdote seja bom não lembrará de todos na apresentação ao Orixá, pode dizer que haaaa Pai mas tem os papeis com nomes , mas a perca do conjunto já existiu...então restará ao Orixá escolher um ou outro, isto sem falar no MERECIMENTO de cada um que fará parte do ebó coletivo e que os Babás e Yás não falam para seus clientes.


Erick Wolff

@RenatoGodoy interessante a sua fala, a qual assinalei, pois ela informa quem rege ou deve reger uma casa:

Pode ser uma imagem de texto que diz "S Πεοραοτ - αO Renato Godoy Fabiano Lima sabe qua é o maior problema, Fabiano? É ser humano tentar interferir na vontade dos Orixás. Se na casa de Pedro está sendo feito diferente do que julgam ser 0 correto, eos Orixás estão permitindo, quem é tu ο qualquer outra pessoal para julgar? Hoje em dia um bando de hipócrita que vivem"


Erick Wolff

Boa tarde Ina Xavier, interessante a sua fala, por gentileza, respeitando a sua fé e tradição, poderia nos informar se na sua casa fazem apenas o ebo coletivo, ou se fazem também os rituais fúnebres no coletivo?

Pode ser uma imagem de 1 pessoa e texto


Erick Wolff

E outra questão para registro e memória do Batuque, por gentileza senhora Ina Xavier a senhora foi feita no orixá em 1900?


Erick Wolff

Grato pela sua atenção Person Oxala, entendi o seu pensamento, e para registro e memória do batuque, poderia somente acrescentar, se este pensamento também se aplicaria no eje coletivo? Onde varias pessoas partilham do mesmo eje?


Person Oxala

Erick Wolff meu irmão ai penso diferente pois mesmo sendo um eje coletivo , cada um será tocado por seu orixá, terá sua própria oferenda para seu Orixá assim sendo um caso diferente e corriqueiro em nosso sagrado, já "ebós" coletivos é uma inovação que não veio de nossos ancestros.


Erick Wolff

Caro amigo Person Oxala, grato pela gentileza, consideremos que ao praticar o eje coletivo, gera uma ligação, neste coletivo, nao individualizamos, desta forma, não haveriam qualidades, seriam todos um só.

No entanto, no caso de morte, como se desligariam este coletivo?


Person Oxala

Erick Wolff ai meu irmão temos tradições próprias para tal desligamento, que mesmo sendo unitário será preciso da ação de um coletivo, dadas as proporções de cada desligado, se é um iniciado, ekeji, pronto, Babá ou Yá, cada um respeitará um preceito de desligamento , mas como disse o desligamento é unitário com a ajuda de um coletivo.


Erick Wolff

Boa tarde Baba Erismar Iansã fique a vontade, basta marcar, porem por se tratar de uma postagem publica, e por se tratar do meu trabalho, ser de interesse publico, de registrar a memória, história e cultura do Batuque e , as informações coletadas, são devidamente publicada, no blog, sem interesse de fundamento, apenas cultural, nao vejo por falar em particular um tema filosófico, respeitosamente e sem ofensas de nenhuma das partes.

Gentilmente o convido a participar.

https://iledeobokum.blogspot.com/


Erick Wolff

Grato pela riqueza das informações, Person Oxala, qual seria o seu segmento religioso, e na sua casa possuem o cargo do Candomblé de Ekeji?


Person Oxala

Erick Wolff sou do rio grande do sul, aqui o Kandomblé ainda é pouco difundido com poucos templos, mas em meu cargo de Conselheiro Estadual do povo de terreiro RS pude viajar bastante pelo RS e Brasil e conhecer diversas vertentes de nosso Sagrado, aqui sou Babalorixá de nação Jeje .


Erick Wolff

Grato pela reposta amigo Person Oxala, apenas para registro e memória do Batuque, por gentileza, na sua família existe o cargo de Ekeji?

Caso haja, como este cargo é transmitido, e em caso de existir este cargo, qual seria a sua família religiosa?


Person Oxala

Erick Wolff não temos este cargo de Ekeji, então não poderei comentar sobre, nossas casas ao fim de nossa jornada são passados para um filho carnal que seja cultuador do sagrado ou de um filho de santo mais velho.


Erick Wolff

Person Oxala Grato amigo.

Contribuiu muito para a os estudos da historia e cultura do Batuque.

Quanto ao cargo de Ekeji criado pelo Candomblé, ele também não existe na Matriz Ioruba.


Person Oxala

Estudei pouco sobre o Candomblé me fixei mais na nação de Orixá que é forte no RS, com suas diversas diginas, então pouco será minha serventia na fala sobre o Candomblé meu irmão.


Erick Wolff

Contribuindo com o tema:

OGAN , EKEDI E O ATO DE RASPAR: BABA ZARCEL FALA SOBRE OS COSTUMES DA RTY

Luiz L. Marins

https://iledeobokum.blogspot.com/2017/11/ogan-ekedi-e-o-ato-de-raspar-baba.html


Considerações 

Há famílias que passam uma limpeza única ou limpeza com vários orixás nos clientes, filhos e convidados.

Há famílias que preferem fazer uma limpeza individual, onde preparam vários axés de um orixá ou mais orixás, e passam um axe por pessoa.

Há famílias que fazem o eje coletivo, neste caso sentam dois ou mais orixás num único eje.

Há famílias que não fazem o eje coletivo pois entendem individualizam o orixá com eje separado. E acrescentam que se partilhassem o eje, caso ocorresse a morte de um deles algum dia, pela ligação do eje durante o arissun poderiam prejudicar os demais.

É possível que termo “ebó coletivo” seja recente, provavelmente seja de influência de outras religiões.


Link https://www.facebook.com/emanuel.doxala/posts/pfbid08hEVhwaPjRom5LdZZLc4GGvoaYJq39eCAzfzb7veDBTMC4HWWYv11JSiufkfKKZel 












sábado, 9 de setembro de 2023

QUASE TODOS NÓS E IFÁ

Por Babalawo Ifalolu Akano Olusoji Oyekale

Postado em 21/11/2022

"O sonho de quase todos iniciados em Ifá, quando saem do seu Itelodú, fazer magias, ter clientes e achamos que ao fazer a iniciação todo o conhecimento de Ifá vai despertar no seu Orí e tudo será baixado em sua mente, como se fosse um download de informações. Mas a verdade é bem diferente disso, antes de fazer a iniciação, tudo parece perfeito, o babalawo te não te ensina por que ainda não é um inciado, depois da iniciação ele não te ensina por que ainda é um omó ifá e ele já não tem mais tempo para você! Você pergunta e ele não te responde, ele fala inglês e você só sabe o trivial, ele fala Yoruba e você não sabe nada. Antes era um cliente, clientes são bem tratados e depois, agora da família. Se quiser aprender alguma coisa tem que pescar aqui e acolá, se pergunta para outro babalawo ele diz: ah, na minha família não se faz assim, se faz assado! E não te ensina. Saída? Comprar apostilas e livros, que te ensinam tudo: em yoruba, as pronúncias não são iguais as em português. De nada adiantou seu gasto com livros que ensinam Olugbohun, Osole, Iferan, Akose, e outros. Se não sabe como pronunciar os encantamentos, e as ewe (ervas) então? As mais poderosas não se tem por aqui. Quase tudo vai okete e ogemo, que só tem na Africa. Bem, no Brasil estamos formando muitos filhos (awo) sem pai (baba). Aqui trocar de familia é como trocar de roupas, pois o pobre do inciado tenta encontrar um babalawo que o ensine de verdade. Ifá no Brasil infelizmente se tornou uma caixa forte, onde todos que seguem esta linha querem enriquecer fazendo magias mágicas, pois vende se a imagem de que Ifá resolve tudo e dá riqueza para todos, e esta mais uma vez não é a verdade. Por magias mágicas eu entendo que são magias que são vendidas como milagrosas, com se tudo elas resolvessem! Não se ensina o beabá de nada, Por que?

Na Nigeria, berço do ifaísmo, desde cedo o aprendiz mora na casa do babalawo e assim vai aprendendo aos poucos e ao longo dos anos ele se torna apto a realizar todas as magias do panteão.
Mas e aqui? Como somos, na maioria adultos e a iniciação é feita tardiamente, em relação a iorubalandia, nosso tempo para aprender é pequeno, pois temos outras atividades para realizar.
Pagamos a iniciação na esperança de que aprenderemos com nosso Oluwo, tudo que precisarmos, mas a cultura é diferente, pois como não devolvemos nada mais a nosso baba, temos que pagar por cada formula que precisamos, cada magia para aprender tem um preço e muitas das vezes esse preço seca o suor do neófito.
A coisa mais difícil de se fazer é o ebó rirú, e ele é a arma mais potente dentro do universo de magia de Ifá."


Link https://www.facebook.com/ifaloluoyekale/posts/pfbid0Xdr83yrHRcjH2TDykQnNvm8ysnS1rQRtPPfiuuRMUtBbn1VBUCxFZ6F7pwYKWaC7l

quinta-feira, 7 de setembro de 2023

O PASSEIO DO ÌYÁWÓ

Este ensaio tem por finalidade registrar o conceito da palavra Ìyáwó, que muda conforme empregado na matriz Ioruba e no Brasil. 

Em sua página do Facebook a Gaúcha e Batuqueira Julie Viana, nos forneceu algumas informações. Vejamos:



"Hoje o templo de Ò̩ṣun em Ọ̀yọ́ mais uma vez runfa seus bàtá ( tipo de tambor tradicional Yorùbá) com a saída de yaó. Com muito gorgulho e satisfação apresentamos para a sociedade a mais nova integrante da família de yèyé!
Assim ganho uma abùró , ( irmã mais nova) , mais uma pessoa para compartilhar vivência. O culto se expande e o Èsìn Òrìsà Ebilé é preservado .
🙌🏻
Ore yèyé ooo !
Obs: Com o consentimento posto o vídeo."


Destacamos algumas informações da postagem: 


Julie Viana
Erick Wolff é a mesma bàbá. É Yawo , significa “esposa “ e também é usado neste caso para o novo iniciado . Eu estou procurando a acentuação correta aqui nos documentos.

Julie Viana
Erick Wolff bàbá confirmando o modo correto da escrita e acentuação Ìyàwó, que significa esposa e também o novo iniciado. Pronúncia [ yaó ].
Observação: Em Yorùbá Aya também significa esposa .

Erick Wolff
Julie Viana é excelente o quanto o Batuque preservou em suas raízes os elementos de OYO e Nigéria. 
 
Julie Viana 
Erick Wolff Essa apresentação pública externa passando por alguns determinados pontos da cidade me fez ver com outro entendimento o nosso “ passeio “ no Batuque. 
O termo yaó é usado na religião tradicional Yorùbá. 
Eu era chamada dentro do templo de Yaó Osun e apresentada a outras pessoas assim. 
Quando a Luiza chegou em Ọ̀yó̩ durante o festival Sabgo apresentei ela aos sacerdotes como Yaó tuntun ( nova yaó).
 
Julie Viana 
Erick Wolff bàbá. Outra coisa referente a saída do Yawo em Ọ̀yó̩. Visto que todas as pessoas são iniciadas indiferente receba a manifestação ou não. Na saída do Yawo, o novo iniciado sai ( sem manifestação) sendo apresentado à comunidade ao lado da família. Alguma semelha ao nosso passeio ? 

Erick Wolff
Entendia iya Julie Viana, os homens também são chamados de iyawo na sua família ?

Julie Viana
Erick Wolff Sim Yawo. Todo iniciado é Yawo.

Julie Viana
Erick Wolff boa tarde bàbá.
O termo “ saída de yaó “ é em português . Após o processo iniciático é feita a saída pública do yaó onde é apresentado a comunidade . Como o “ passeio “ que fazemos no Batuque. No segundo vídeo no storys é possível ver o Èsù do vilarejo onde passamos por ele pra saúda lo .

Coletamos este fragmento do texto "ÌYÁWÓ – A ORIGEM DA PALAVRA E SEU REAL SIGNIFICADO, do Olùkó Vander (2022), para uma breve explicação do Ìyáwó do Candomblé.


[...] Ìyáwó é o segundo grande centro das atenções do Candomblé, só perdendo para o òrìṣà. [...]

[...]Toda ìyálórìṣà ou bàbálórìṣà, palavra que designa a pessoa que possui conhecimento para manipular as energias do òrìṣà, são em algum estágio de sua vida religiosa um ìyáwó, pois é neste período que ele adquire os conhecimentos mais básicos do culto. Até mesmo, pode-se dizer que uma pessoa sempre será ìyáwó diante de uma pessoa mais velha. Bem, são as guerras de Ego dentro da religião. [...]

[...] A palavra foi usada pela origem da religião ter se dado inicialmente por mulheres, era um culto matriarcal. Esta origem podemos ver claramente em muitos pontos, como vestimentas (Gèlè – pano de cabeça, Aṣọ oke – pano da costa) e acessórios litúrgicos (Ààjà – sineta). [...]

[...] Nisso, a mulher ao se iniciar, firmava um compromisso com as divindades, um casamento, com elas figurando como as esposas (Àwọn ìyáwó – àwọn é o formador de plural no idioma Yorùbá). E um tempo antigo, a dedicação era bem maior do que hoje, a abnegação da vida profana era enorme, com algumas simplesmente morando nos terreiros e se quer casando.


Mas, com o passar dos tempos, os homens passaram também a serem iniciados da mesma forma que as mulheres e suas saídas serem públicas, mas o termo continuou: Ìyáwó. Porém, agora com o sentido de iniciado ao
òrìṣà, conotativamente. Tornou-se uma palavra sem gênero definido, podendo tanto ser usado para a pessoa do sexo masculino, quanto para a pessoa do sexo feminino. [...](Olùkó Vander)


Considerações  

Observamos que na Matriz Ioruba o termo Ìyáwó é usado para todos que passam pela iniciação

Que na Matriz Ioruba o iniciado independente de passar pela possessão da divindade ou não, é considerado um Ìyáwó.

Já no Brasil somente que passa pela possessão que é considerado um Ìyáwó. 

Outro fato de destaque é que na Matriz Ioruba o 
Ìyáwó, após o processo iniciático é apresentado para a comunidade, semelhante ao passeio após obrigações que ocorre no Batuque, diferente da saída de Ìyáwó no Candomblé.

Links 

ÌYÁWÓ – A ORIGEM DA PALAVRA E SEU REAL SIGNIFICADO
https://iledeobokum.blogspot.com/2022/10/iyawo-origem-da-palavra-e-seu-real.html

Postagem da Julie Viana
https://www.facebook.com/julie.vianajadeomosun/posts/pfbid02apjjvwAANBcByfs2ZS8eQLFFXLHxFoDeBfRNjjf7tHTU7MAgHe1VKUE9rEhMgRaal

Imagens comprobatórias







quarta-feira, 30 de agosto de 2023

CONTO FICTÍCIO: OS NOBRES CLÃS DE Ọ̀ṢÙN

Este ensaio tem por finalidade registrar um debate no Facebook, na página do professor Walter Kiffmann, que usa o codinome Bàbá Àkẹ̀renà.

Usando do direito constitucional do livre pensamento, o autor Baba Akerena cria uma obra fictícia para crianças (segundo ele), uma nova mitologia teológica para a comunidade de terreiro. Segue:

"Os Nobres Clãs de Ọ̀ṣùn - Parte I.
- Ìjìmú, as Bruxas-Cegas: Clã de Ọ̀ṣùn soberano em Ọ̀yọ́ e único na sua capital Kósò. Elas são o oráculo vivo do Aláàfin, sendo elas as Senhoras dos Segredos das Profundezas dos Poços, capazes de revelar o futuro e as suas infinitas possibilidades, videntes que premeditam todos os acontecimentos. Um clã inteiramente feminino, um bebê macho será conduzido a outro clã.
- Opará, as Senhoras da Guerra: a casta bélica das guerreiras mais cruéis do Àiyé. As Opará, sendo chamadas assim, mas que também possui homens em suas fileiras, são uma força implacável de soldadas que exterminam qualquer adversário, não importa quem seja. Elas podem tornar cada gota d'água uma arma voraz contra qualquer inimigo. Este clã é o exército do Reino Ìjẹ̀ṣà e possuem uma cidade-estado própria, próxima da capital Oṣógbó. Apesar de ser matriarcal, muitos homens descendentes de Ọ̀ṣùn se destacaram nessa linhagem.
- Abòtò, a Realeza de Oṣógbó: Este é o Clã mais proeminente em conjurações, pactos e conhecimentos de fórmulas de feitiços. Além do mais, são grandes políticas e conselheiras da Rainha-Mãe, soberana de Ìjẹ̀ṣà. Conhecem os caminhos do pós-morte, graças a sua capacidade ímpar de manipular as águas dos mundos dos mortos, poder próximo do controle do lodo espectrak dos Clãs de Nanã e da capacidade de manejar as águas primordiais dos Clãs de Yemọja, logo, são capazes de projetar as suas formas, e transitar, entre os mundos espirituais. Além das mulheres, homens e transsexuais fazem parte da estrutura do Clã.
-Ayálà, as Mães dos Segredos: este clã é aquele que guarda todos os conhecimentos, fundamentos e histórias dos Clãs de Ọ̀ṣùn e dos seus membros. A função deste clã é a manutenção da vontade de Ọ̀ṣùn em absoluto, ou seja, vigiar e interferir, quando for a vontade da Imọlẹ̀, caso algum clã, ou membro notável, se perca da direção que deveria seguir. Ayálàs não vivem em terras firmes, mas sim em ilhas flutuantes, possuem grande rivalidade com o Segundo Clã de Ọya, as Padà, e abominam qualquer Yèyéòkè que venha a surgir entre os Clãs, por se considerarem as verdadeiras conhecedoras dos mistérios Oṣórongá."

Para fundamentar nosso registro, selecionamos e adaptamos e alguns comentários do debate: 

"Erick Wolff

Bàbá Àkẹ̀renà independente de conhecer e apesar de não conter fontes para validar o texto, marquei para conhecimento geral, já que a dra Paula e ministra cultural.

Penso que a matriz não tenha conhecimento da maioria das osun cultuadas na diáspora.

 

Paula Cristina Gomes

Erick Wolff bom dia, eu não conheço. Nunca ouvi falar. Importante saber as referências onde foi buscar estas informações.

Bàbá Àkẹ̀renà

Paula Cristina Gomes Professora, é uma história fantástica para entretenimento! Não são para estudo ou pesquisa!

É um conto!

 

Paula Cristina Gomes

Bàbá Àkẹ̀renà entendo, mas contos tem sua origem oral e eles foram contados por alguém.

Esse alguém faz parte de uma referência e de uma história vivida que virou parte de uma história oral que foi passada de geração em geração.

 

Bàbá Àkẹ̀renà

Paula Cristina Gomes Professora É um história fantástica. Uma ficção. Tem embasamento nas religiões de matriz africana e etc.

O intuito, sim, é que através da literatura e produção audiovisual haja mais proximidade das pessoas com as culturas africanas em geral, não apenas nagô. Eu criei essa história, usei a mitologia nagô como base.

 

Bàbá Àkẹ̀renà

Paula Cristina Gomes EU SEMPRE ESTOH AVISANDO QUE SE TRATA DE UMA OBRA PARA ENTRETENIMENTO E NÃO PESQUISA OU ESTUDO.

 

Erick Wolff

Bàbá Àkẹ̀renà o texto não começa explicando que é apenas uma ficção, não temos nada contra, entretanto, Quem olhar e não estiver familiarizado pensara que se trata de registros.

 

Bàbá Àkẹ̀renà

Erick Wolff TEM UM AVISO FIXO NA PÁGINA!

 

Bàbá Àkẹ̀renà

Erick Wolff Povo de Orixá carece mesmo de união. Estou me sentindo criticado aqui. O que é um absurdo. Ninguém parou para ler os avisos.

Não esperava isso. Contudo, não tenho que ficar me explicando. Alcançarei meu sonho e metas de qualquer forma, tenho os Imọlẹ̀s comigo.

O que faço é por amor e vontade. Povo de Orixá precisa apoiar iniciativas culturais que evidenciem e divulguem a nossa cultura.

Procurar defeitos e não nos apoiarmos, resulta nessa fragmentação de mentalidades e concepções megalomaníacas de detenção de verdades absolutas.

Espero que apoiem, leiam e entendam. Se não, okay, tudo bem.

Obrigado.

 

Paula Cristina Gomes

Bàbá Àkẹ̀renà entendo e parabéns pelo bonito trabalho, mas seria importante em cada postagem k fizer sempre avisar, pois hoje em dia existe tanta coisa na internet.

 

Erick Wolff

Paula Cristina Gomes sim, concordo, e referente a introdução, seria interessante que começasse com ela antes do texto, assim o leitor teria a compreensão do conteúdo fictício.

 

Bàbá Àkẹ̀renà

Vinicius Oliveira todo esse conteúdo é parte do Universo, da minha franquia de livros, "Os Monges de Oko".

Instagram: @baba_akerena

Terminando o terceiro.

 

Erick Wolff

Caro Bàbá Àkẹ̀renà, não se trata de uma crítica nem censura, apenas estamos tentando entender do que se trata o texto, partindo do princípio que ele não inicia explica do que se trata de uma ficção. Não temos nada contra a ficção, apenas, o texto falta a introdução referida.

 

Erick Wolff

Bàbá Àkẹ̀renà

Apenas completando que o trabalho do blog Ilê Axé Nagô Kóbi  https://iledeobokum.blogspot.com é registrar história e memórias do povo de terreiro, o que podemos incluir literatura fictícia, desde que tenha fonte e informação devidamente esclarecendo do que se trata, sem isso não podemos fazer os devidos registros para apoiar e divulgar o trabalho dos autores, estudiosos, pesquisadores.

Grato pela sua gentil atenção.

 

Bàbá Àkẹ̀renà

Erick Wolff Entendi, mas que fonte você quer? Eu retiro informações de dicionários, artigos, trabalhos acadêmicos, dados mitológicos de várias religiões e culturas africanas.... Tudo para embasar, então, eu resignifico e adapto a historicidade da obra.

 

Erick Wolff

Caro Bàbá Àkẹ̀renà, conforme falado, o texto pode ser uma ficção, porém necessitamos que informe do que se trata, pois para preservar o autor, e o trabalho, não podemos adulterar o conteúdo.

Desta forma bastaria iniciar explicando como fez na entrada da sua página antes dos textos.

 

Bàbá Àkẹ̀renà

Erick Wolff

Os Monges de Oko é um conto, uma saga fantástica, que explora um mundo regido pelos Òrìṣàs e os seus descendentes. Cada Òrìṣà detém Clãs que os seguem, alguns menos, outros mais, que têm as suas próprias relações políticas e territórios divididos em Reinos e Impérios por Quatro continentes: Àríwá (Norte) Ìlà-Oòrùn (Lests), Ìwọ-Oòrùn (Oeste) e Gúsù (Sul)

Os Monges de Oko, ou Já-Osá, são agricultores-monásticos homens, mulheres e não-binários que seguem os ensinamentos de Òrìṣà Oko através da luta pacífica e desarmada, usando a arte do Punho de Fàdákà, transmitida por este.

A história começa com dois irmãos gêmeos idênticos: Akinjole e Adeagbo que escolhem os seus próprios caminhos, por meio das adversidades, exploram esse mundo (Àiyé) e enfrentam as forças malignas existentes neste e que pretendem tomá-lo para si.

Os caminhos dos dois irmãos está entrelaçado e definirá o destino do Àiyé (mundo) e do Àgbáyé (universo).


Bàbá Àkẹ̀renà

Acabei fazendo quase uma sinopse kkk"


CONSIDERAÇÕES 

Não há a informação no inicio do texto que se trata de uma obra fictícia para crianças. Apesar do foco ser infantil, há de ser analisar que abrange uma teologia modificada.

Sobre Walter Kiddmann

Professor de história formado pela universidade Estácio de Sá, Pós-Graduado (LATO-SENSU) PELA UERJ em História Antiga e Medieval. Motivado e apaixonado pela educação. Tenho todo aquele gás e uma visão de mundo otimista com relação à educação.

A minha especialidade é desenvolver trabalhos socioeducativos que aprimorem a noção de inclusão e a percepção do aluno obre si e o seu papel na sociedade, além do reconhecimento das identidades culturais do Brasil.

Link da Postagem 








segunda-feira, 28 de agosto de 2023

DIA DO ORIXÁ REI DA NAÇÃO KABINDA, POR RÔH FARIAS ROSANNA

Este ensaio tem por finalidade registrar um debate que ocorreu na comunidade "Nação Cabinda do RS", postado pela Rôh Farias Rosanna, na data 24 de agosto às 21:33.

A postagem faz uma homenagem ao fundador da Kanbina.

DIA DO ORIXÁ REI DA NAÇÃO KABINDA

"Hoje é um dia especial para o adeptos da Nação Kabinda .

Em 24/08/1883 nascia o Babalorixá Waldemar Antônio dos Santos de Shangô Kamucá Baruálofina . E junto com seu nascimento a nação Kabinda em si no RGS já que ele, o orixá Shangô o elegou ainda no ventre então ele é considerado O Rei da Nação Kabinda no RGS. O que causa muito desagrado aos adeptos de outras linhas e até mesmo falatório tentando denegrir está nação . Talvez isso ocorra pelo fato de não terem eles nem um registro de origem de seus ancestrais . O que não vem ao caso aqui . Orishá é sempre orishá ! Sejá a linha que for .E nós só queremos homenagear este grande ancestral e também este grande orishá
Salve a ancestralidade !
Kaô Kabecilê! Shangô Kamucá Baruálofina!"
PALAVRAS DO REI:
"Depois de mim nesta terra, NÃO haverá mais de um, sendo um NÃO me apresentarei duas vezes...
Eu como UM, só serei UM, NÃO mais pegarei cabeça, NEM MAIS serei assentado, permanecerei como protetor da minha nação"
ORGULHO de ser CABINDA!!!!
RESPEITE meu Ancestral!!!!
Salve o dia 24/08/1883.
Único merecedor de possuir uma
👑
!!
CABINDA, MINHA NAÇÃO!!"


Para facilitar o registro, selecionamos e adaptamos e alguns comentários do debate: 

[...] Erick Wolff

Boa noite a todos e linda homenagem ao pai Waldemar.

Para registros seria de grande importância para memória e cultura do Batuque, sabermos quem coletou, quando e local, está fala:

"Depois de mim nesta terra, NÃO haverá mais de um, sendo um NÃO me apresentarei duas vezes...

Eu como UM, só serei UM, NÃO mais pegarei cabeça, NEM MAIS serei assentado, permanecerei como protetor da minha nação"


Malony Saint Pierre

Erick Wolff eu tinha ouvido falar que é uma qualidade de xango que pega cabeças ainda, embora muito raro, é uma afirmação e tanto


Erick Wolff

Caro irmão Malony Saint Pierre , segundo o professor denis:

 


Malony Saint Pierre

Erick Wolff A respeito de assentamentos, meu pai de santo, filho do pai Henrique D'Oxum, também havia comentado que assentamentos desse orixá vieram a ser moda de uns tempos para cá, pois antigamente (cerca de 40 anos atrás), ao menos aqui na cidade de Pelotas,apenas se fazia seguranças para o Kamuka enterradas no pátio do ilê, e que os assentamentos deste orixá no centro do quarto de santo vieram a se espalhar depois de um pai de santo a qual não vou nomear falar sobre ''dando aval'' e normalizando a prática.


Andrew Monteiro

Malony Saint Pierre, desculpe, mas segurança dentro do quarto de santo ou no centro do salão (centro da roda de Orixá)?


Erick Wolff

Caro irmão Malony Saint Pierre, a mãe Mariza do Kamuka foi feita pelo pai Henrique da Osun, temos registros de uma mãe de santo que faleceu a pouco tempo que possuía um Kamuka no quarto de orixá, feito pelo pai Henrique…

E ainda há informações de mais pessoas que possuíam Kamuka sento, porém ainda não confirmei.


Malony Saint Pierre

Erick Wolff Pois então, eu havia ouvido do meu pai de santo que Kamuka ainda seria um orixá como qualquer outro, com a diferença que haviam criado todo um culto para louvar o ancestral.

A mulher de um tio de santo que há pouco tempo nos deixou, afirmou que ele tinha um filho de santo filho do Kamuka, e que seria uma pessoa muito tranquila e não causava alvoroços , porém essa moça não é uma pessoa a qual eu possa confiar para assinar embaixo desta fala.

Obs: Perguntei a ele sobre a Oxum Gama há um tempo atrás, e ele me disse que era muito cultuada antigamente, que até mesmo todos se abaixavam na roda do batuque na reza dela, porém isso já se perdeu.


Erick Wolff 


Malony Saint Pierre

Erick Wolff na minha casa esta segurança não seria possível, visto que no momento que ela é feita no salão, não se pode mais tocar tambor para mais nada além dos orixás, fazendo com que as terreiras fossem todas na ruas, tenho um irmão de santo que não quis consultar o pai, correu na frente e fez, ficou complicado por um bom tempo tocando terreiras apenas na rua.


Andrew Monteiro

Malony Saint Pierre, meu avô de santo tinha há 60 anos segurança de Kamucá no meio do salão e utilizava o mesmo espaço para giras de Umbanda.


Erick Wolff

Caro irmão Malony Saint Pierre, na sua família o que possuem a segurança do Kamuka no salão fazem os arissun onde ?


Erick Wolff

Malony Saint Pierre Nos anos 80, na família do pai cleon os filhos que possuíam a Segurança no salão, faziam seção de caboclo no salão, porém, após os anos 2000 não sei se mudou.


Erick Wolff

Malony Saint Pierre surgiu uma dúvida, os registros que possuo é que o pai cleon fazia a segurança no salão, enquanto o pai Henrique possuía o Kamuka… saberia informar mais sobre a segurança do salão na família do pai Henrique?


Malony Saint Pierre

Sim, pai henrique tinha uma filha, ou um casal de filhos que viriam a ser filhos de xango kamuka, tinha a segurança deste orixá, porém o local desta já era guardado apenas para os mais próximos pois antigamente essas coisas eram bem fechadas e muito poucos tinham acesso [...]


Considerações

Retornando ao tema, não há registros de quem coletou, quando e local, esta informação que possa corroborar tal fala como original: 

"Depois de mim nesta terra, NÃO haverá mais de um, sendo um NÃO me apresentarei duas vezes...

Eu como UM, só serei UM, NÃO mais pegarei cabeça, NEM MAIS serei assentado, permanecerei como protetor da minha nação".

Professor Denis informa que existem alguns segmentos do Ijesa que cultuam o kamuka, e que não pegaria cabeça, esta informação corroboram com as informações publicada no livro "KANBINA: ORIGENS IORUBÁ E CONTINUIDADE NO BATUQUE DO RS", que pai Waldemar não seria de Kamuka e sim de Agodo, que ficou conhecido por ter um Kamuka no pátio que guardava a família religiosa.

Existem registros de pessoas ainda vivas feitas para o Kamuka; outras famílias que possuem Kamuka sento, outras família possuem a segurança do Kamuka no salão e há famílias que não possuem nenhum dos dois.

De qualquer forma, seja qual for o rito adotado, o orixá apoia a boa casa de axé, de maneira que, a casa que "tem" este ou aquele fundamento, não é melhor que a que "não tem", e nem a que "não tem" tem menos axé que aquele que não tem, porque, afinal, o verdadeiro axé de uma casa está no suporte que o orixá dá a esta casa.

Assim, o melhor procedimento é a consulta oracular, vermos o que o orixá tem a dizer sobre os ritos necessários para cada casa, e nos respeitarmos.


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Imagem comprobatória 














TIKTOK ERICK WOLFF

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