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quinta-feira, 19 de outubro de 2023

ESCLARECIMENTOS SOBRE A CAMBINA/CAMBINI (CABINDA) SER NAGÔ

Postagem publicada na comunidade Nação Cabinda do RS, em 18/10/2023.

Nesta postagem tem por finalidade fornecer informações sobre a Kanbina, segmento do Batuque do RS.





"Visando esclarecimento público e o combate a desinformação, respondemos especialmente ao Ile Ase Igbomina (Por eso la Cabinda jamás la consideram NAGO) que os recentes estudos dos professores acadêmicos, especialmente o professor Denis que a Cambina/Cambini (Cabinda) é Nagô, conforme exposto no extrato do canal Heranças Afro:

[veja o vídeo completo no canal https://fb.watch/bDb9J4WvBR/]"


Comentários:


"Ile Ase Igbomina

En mí país se dice DE QUE SIRVE REPUJAR CUANDO LA TENEMOS CORTA ....

NO VOY A DISCUTIR SOBRE ESO YA QUE EL PRINCIPAL AUTOR SE ESTE INVENTO FALLECIÓ ANTES QUE YO NACIERA

EL BABALORIXA WALDEMAR SE SANGO

QUE FUE EXPULSADO DE LA FEDERACION DEL ANTONIO DE OSUN

POR TAL ECHO

POR MISTURAR

PERO QUIEREN QUE LA Cabinda sea nago es nago

El pai cleon dijo una vez a los 4 vientos LA CABINDA NO SE MISTIRA Y LA CABINDA NO DALE DE BRASIL

y su ex novio el pai Tadeo Ferreyra cuando escribe el libro con fundamento ìjèsà diciendo que era Cabinda

Pero si Kieren vivir una fantasía vivan aún es gratis

Ago para todos

 

Erick Wolff

[Ile Ase Igbomina]

Eu não pretendia responder, porém, devido a sua falta de respeito ao se dirigir a Cambina (Cabinda), e na sua insistência em ignorar estudos e pesquisas no âmbito acadêmico, decidi faze-lo. De fato, só se discute algo quando se tem fatos que podem se comprovar.

Primeiro, tu não tens respeito pela nação Cambina (Cabinda) por seu fundador ter nascido no Brasil, por isso, é preciso dizer, que não há documentação que cientificamente comprove a origem africana de nenhum ancestral fundador de nenhuma nação afro-brasileira.

Afirmas tu que pai Waldemar foi expulso da federação do pai Antônio, porém, é imperioso que tu cite as fontes desta afirmação para que se possa considera-la.

Não é o fato de querermos que a Cambina (Cabinda) seja nagô. Tua fala é jocosa e desreipeitosa com os professores que trabalharam honestamente a pesquisa ... são os estudos baseados no Conceito de Nação que apontam para esta conclusão.

Que provas tem que pai Tadeu era namorado e não filho do pai Cleon, depreciando a memória de ambos? Novamente, tu falta o respeito a ambos.

A fantasia que nos atribui lhe veste propositadamente, pois tu não se atualiza dos recentes estudos, e repetes atacando gratuitamente a Cambina (Cabinda) e seu fundador.

Se tiveres documentações ou fontes legítimas que comprovam tua fala para contestar os professores, por favor, apresente ... caso não ... então, pedimos que tenha mais respeito com a Nação Cambina (Cabinda) e aos ícones, da mesma forma que sempre você foi respeitado.


Ile Ase Igbomina

[Erick Wolff] agọ ahora es faltar el respeto NO CREER EN PERSONA QUE HABLAN Y SE DICEN SER HISTORIADORES DE LIBROS ....

YO VIVO CON ANTIGUOS NO OLVIDE QUE MI MAE DE SANTO TEM 63 AÑOS DE FEITURA

Y ESTUVO A LADO DE VARIOS ANTIGUOS

EMPEZANDO POR SU PAI QUE FALLECIÓ CON 82 ANOS DE FEITURA

CON EL ALÁGBE DONGA DE NANA CON OBA Y UDS LOS HISTORIADORES DICEN QUE ERA DE YEMOJA

SIGAN LEYENDO LIBROS DE PACOTILLAS Y Creyendo EN SUS PROPIAS MENTIRAS ....

NI SIQUIERA SABEN CUAL ES SUS RAICES YA QUE PULAN PARA EL LADO QUE EL VENTO LOS FAVORECE....

EÈPÀÀ BÀBÁ SANTA PACIENCIA...

CABINDA E NAGO, VALE ES NAGO AHORA TA FELIZ PAULISTA

SABE COMO LES LLAMAN SUS COLEGAS DOIDO A SUS ESPANDA Y SE RIEN DE SU REVISTITA DE COLEGIO .... Y EN SU FACE LE ALIENTAN A QUE SIGA ESCRIBIENDO PARA SEGUIR RIÉNDOSE DR UD ....

O PAI ABRE SUS OJOS


Erick Wolff

Prezado [Ilê Asé Igbomina]

Não pretendia fazer uma tréplica, mas como insistes em tua falta de respeito, julguei necessário resenhar novamente tua fala, para que todos vejam a forma desrespeitosa como trata teus irmãos de fé.

Vejamos:

"a hora es faltar el respeto NO CREER EN PERSONA QUE HABLAN Y SE DICEN SER HISTORIADORES DE LIBROS "

Não és obrigado a acreditar em nada, e em ninguém, mas, se quer contestar, apresente as fontes e os fundamentos de tua crítica, pois somente tua fala não serve como argumento. A ciência assim exige.


“YO VIVO CON ANTIGUOS NO OLVIDE QUE MI MAE DE SANTO TEM 63 AÑOS DE FEITURA, Y ESTUVO A LADO DE VARIOS ANTIGUOS EMPEZANDO POR SU PAI QUE FALLECIÓ CON 82 ANOS DE FEITURA CON EL ALÁGBE DONGA DE NANA CON OBA Y UDS LOS HISTORIADORES DICEN QUE ERA DE YEMOJA”

Meus respeitos aos teus antigos. Entretanto, se tu queres apoiar-te nas informações orais deles, faça um artigo coletando dados citando-os corretamente como: nome, cargo, família, casa de axé, tempo de religião, cidade e data da coleta destes dados ... também, a forma como coletaste estas informações, dados bibliográficos completos e corretos, etc.

Não será simplesmente jogando folhas secas ao vento que conseguirás forrar o chão.


“SIGAN LEYENDO LIBROS DE PACOTILLAS Y Creyendo EN SUS PROPIAS MENTIRAS ... NI SIQUIERA SABEN CUAL ES SUS RAICES YA QUE PULAN PARA EL LADO QUE EL VENTO LOS FAVORECE...”

Falta novamente o respeito chamando-nos de mentirosos, mas não apresenta nenhuma fonte que possa confirmar o que tu dizes. De que lado está a mentira?


“CABINDA E NAGO, VALE ES NAGO AHORA TA FELIZ PAULISTA”

Debochas da fala do professor, que fez um trabalho sério, mas tu mesmo não apresentas nada além de tua própria palavra sem que possa confirmar cientificamente o que tu afirmas ou acreditas ... praticando ainda a discriminação no lugar, que em nosso país, é crime.


“SABE COMO LES LLAMAN SUS COLEGAS DOIDO A SUS ESPANDA Y SE RIEN DE SU REVISTITA DE COLEGIO ....”

Novamente fazes a depreciação da pessoa e do nosso trabalho sem apresentar nenhuma argumentação fundamentada.


“Y EN SU FACE LE ALIENTAN A QUE SIGA ESCRIBIENDO PARA SEGUIR RIÉNDOSE DR UD ....”

Estudiosos sérios que realmente em conteúdo não agem assim, antes, apresentam uma argumentação fundamentada que se coloca à mesa de debates de forma respeitosa.

Se tu realmente queres ser ouvido, comece pelo respeito às diferenças.

Se tu realmente queres ser ouvido, comece por citar suas fontes corretamente.

Se tu realmente queres ser ouvido, comece por fazer uma crítica honesta e fundamentada.


“O PAI ABRE SUS OJOS”

Concluo recomendando a ti o mesmo conselho:

“O filho, abra seus olhos”

Àse o!"


Link - https://www.facebook.com/groups/1444295859135612/permalink/3617532515145258/?comment_id=3618036288428214&notif_id=1697725389134425&notif_t=feedback_reaction_generic&ref=notif

 

Imagens comprobatórias:







domingo, 8 de outubro de 2023

QUEM É XANGÔ KAMUKÁ? [NO BLOG: UMBANDA DE VERDADE (AFRO-INDIGENA)]

Para registros da Cultura e memórias do Batuque, esta postagem foi publicada na UMBANDA DE VERDADE (AFRO-INDIGENA), uma comunidade aberta a qual, todos podem ler, porém, precisam pedir permissão para comentar.

Ao pedirmos autorização e a postagem foi apagada, entretanto, para registro já havíamos coletado o texto e imagens comprobatórias. 

Para melhorar visualmente e facilitar a leitura, adaptamos a postagem para o Blog, assim o leitor poderá acompanhar o pensamento e compreender o que o autor desejava expressar.

Importante destacarmos que o texto começa definindo Xangô Kamuka como uma divindade, enquanto algumas pessoas cometiam o equivoco em dizer que Kamuka seria um Egun, desconsiderando que orixá não vira Egun, nem morre. 

[...] Xangô Kamuká é o Rei da Nação religiosa de Cabinda. Este magnifico Orixá é exclusivamente cultuado na Nação de Cabinda, ou seja, Xangô Kamuká naõ é cultuado por outras Nações. [...]

[...] O fato de Xangô Kamuká não ser cultuado pelas demais Nações religiosas no estado do Rio Grande do Sul, apenas podendo ser cultuado na Cabinda e também de não poder ser assentado para pessoa alguma na Nação religiosa de Cabinda [...]

Professor Denis de Ode, informa que:

Voltando ao texto do blog, sem citar fonte o autor do artigo afirma que  "Baruálofina" seria o sobrenome do Xangô do pai Waldemar:

[...] Xangô Agodô Kamuká Baruálofina é o Rei da Nação religiosa de Cabinda, praticada e cultuada no estado do Rio Grande do Sul. Xangô é o nome do Orixá, Agodô é a classe deste Orixá, Kamucá é o nome deste Orixá Rei, que foi assentado para o Babalorixá Rei Waldemar Antonio dos Santos, Baruálofina é o sobrenome deste Orixá Rei da Nação de Cabinda. Kamuká não é classe do Orixá Xangô, é um nome apenas. [...] (o grifo é nosso)

Neste trecho, afirma que a Nação Kanbina seria regida por Egun:

[...] A Nação religiosa de Cabinda é uma Nação regida por Eguns. [...] 

A seguir, novamente sem citar as devidas fontes, o autor afirma que: 

[...]É simples, imaginamos que algum Babalorixá ou Yalorixá da Nação de Cabinda assente o Orixá Xangô Kamuká Baruálofina para algum dos seus filhos de religião, este filho ou filha, a partir da primeira gota de sangue (axorô) que caia sobre a sua cabeça (Eledá) ou Ocutá, estaria de volta á terra o Rei da Nação religiosa de Cabinda. Se o Xangô Kamuká incorporasse no filho ou filha, o Babalorixá ou Yalorixá teria que se curvar, bater cabeça para aquele Orixá Rei da Nação de Cabinda. [...]

Sem fontes ou alguma testemunha viva, não é possível checar a veracidade desta fala: 

[...] A frase dita não pelo pai Waldemar e sim pelo pai Kamuká foi: Depois de mim, não pegarei mais cabeça e nem mais serei assentado, permanecerei como protetor da minha nação![...] 

Considerações 

Segundo fontes e informantes pai Waldemar era de Xangô Agodo. (vide fontes virtuais)

Não há registros que comprovem que "Baruálofina" seja o oruko do Xangô do pai Waldemar.

Pai Waldemar tinha um Kamuka no pátio, que tomava conta da família, por isso, ele ficou conhecido como Waldemar do Kamuka.

Há registros de filhos do pai Henrique feitos para Xangô Kamuka.

Há registros de Kamuka sento. (vide fontes virtuais)

Não há registros da existência de um Xangô Kamuka entre os Banto.

Não há registros, nem testemunhas de que o Xangô do pai Waldemar enquanto ocupado, tenha deixado alguma mensagem, por isso, atualmente trata-se de uma lenda, a qual é repetida, mas sem seja  possível comprovação cientifica. 

Texto completo: 


"Quem é Xangô Kamuká?

Xangô Kamuká é o Rei da Nação religiosa de Cabinda. Este magnifico Orixá é exclusivamente cultuado na Nação de Cabinda, ou seja, Xangô Kamuká naõ é cultuado por outras Nações. Quando alguns se arriscam em falar ou palpitar sobre Xangô Kamuká o fazem de forma fria e até com ares de zombaria em suas "análises", ignorando a sua grandiosa força espiritual.

Também na qualidade de Rei desta populosa Nação religiosa, que é a maior Nação no estado do Rio Grande do Sul em números de adeptos e de templos de religião instalados.

Xangô Agodô Kamuká Baruálofina é o Rei da Nação religiosa de Cabinda, praticada e cultuada no estado do Rio Grande do Sul. Xangô é o nome do Orixá, Agodô é a classe deste Orixá, Kamucá é o nome deste Orixá Rei, que foi assentado para o Babalorixá Rei Waldemar Antonio dos Santos, Baruálofina é o sobrenome deste Orixá Rei da Nação de Cabinda. Kamuká não é classe do Orixá Xangô, é um nome apenas. 

Diferentemente das demais Nações em que os religiosos (por receio dos inimigos ou por desconhecimento) costumam omitir o nome do seu Orixá de cabeça, os Cabindeiros costumam se apresentar sempre declarando o nome de seu Orixá de cabeça. A classe do Orixá não é apresentada por uma questão de costume. Em nenhuma nação religiosa originária da áfrica daquelas praticadas e cultuadas no Rio Grande do Sul, sejam estas puras ou misturadas é assentado qualquer Orixá no Balé, portanto o Rei Xangô Kamuká teve o seu assentamento realizado para o seu filho Babalorixá Rei Waldemar Antonio Dos Santos dentro do Pejí (Quarto de Santo). 

A Nação religiosa de Cabinda é uma Nação regida por Eguns. O fato de Xangô Kamuká não ser cultuado pelas demais Nações religiosas no estado do Rio Grande do Sul, apenas podendo ser cultuado na Cabinda e também de não poder ser assentado para pessoa alguma na Nação religiosa de Cabinda, se dá por uma questão de respeito ao grandioso Babalorixá Waldemar Antonio dos Santos falecido em 15 de setembro de 1935. 

É simples, imaginamos que algum Babalorixá ou Yalorixá da Nação de Cabinda assente o Orixá Xangô Kamuká Baruálofina para algum dos seus filhos de religião, este filho ou filha, a partir da primeira gota de sangue (axorô) que caia sobre a sua cabeça (Eledá) ou Ocutá, estaria de volta á terra o Rei da Nação religiosa de Cabinda. Se o Xangô Kamuká incorporasse no filho ou filha, o Babalorixá ou Yalorixá teria que se curvar, bater cabeça para aquele Orixá Rei da Nação de Cabinda.

O Babalorixá Waldemar de Xangô Kamuká Baruálofina nasceu em 24 de agosto de 1883 e faleceu em 15 de setembro de 1935.

Autoria Zezé de Oxalá (In-Memorian)

A frase dita não pelo pai Waldemar e sim pelo pai Kamuká foi: Depois de mim, não pegarei mais cabeça e nem mais serei assentado, permanecerei como protetor da minha nação!

Peço a atenção de @todos 

Conteúdo sensível! Estamos falando de Cabinda, uma Nação/vertente específica de matriz africana, portanto não analise o tema sob outra perspectiva. Leia as regras do grupo antes de comentar."


Imagem comprobatória:


  


Link https://www.facebook.com/groups/515292469554413/permalink/735095234240801/


Fontes virtuais:
KAMUKA NA NIGÉRIA
https://www.facebook.com/groups/515292469554413/permalink/735095234240801/


Homenagem a Waldemar Antonio dos Santos, patrono e fundador da tradição Kànbína do Batuque do R.S.
https://iledeobokum.blogspot.com/2015/11/homenagem-waldemar-antonio-dos-santos.html


KANBINA: ORIGENS IORUBÁ E CONTINUIDADE NO BATUQUE DO RS
https://iledeobokum.blogspot.com/2019/12/kanbina-origens-ioruba-e-continuidade.html

segunda-feira, 28 de agosto de 2023

DIA DO ORIXÁ REI DA NAÇÃO KABINDA, POR RÔH FARIAS ROSANNA

Este ensaio tem por finalidade registrar um debate que ocorreu na comunidade "Nação Cabinda do RS", postado pela Rôh Farias Rosanna, na data 24 de agosto às 21:33.

A postagem faz uma homenagem ao fundador da Kanbina.

DIA DO ORIXÁ REI DA NAÇÃO KABINDA

"Hoje é um dia especial para o adeptos da Nação Kabinda .

Em 24/08/1883 nascia o Babalorixá Waldemar Antônio dos Santos de Shangô Kamucá Baruálofina . E junto com seu nascimento a nação Kabinda em si no RGS já que ele, o orixá Shangô o elegou ainda no ventre então ele é considerado O Rei da Nação Kabinda no RGS. O que causa muito desagrado aos adeptos de outras linhas e até mesmo falatório tentando denegrir está nação . Talvez isso ocorra pelo fato de não terem eles nem um registro de origem de seus ancestrais . O que não vem ao caso aqui . Orishá é sempre orishá ! Sejá a linha que for .E nós só queremos homenagear este grande ancestral e também este grande orishá
Salve a ancestralidade !
Kaô Kabecilê! Shangô Kamucá Baruálofina!"
PALAVRAS DO REI:
"Depois de mim nesta terra, NÃO haverá mais de um, sendo um NÃO me apresentarei duas vezes...
Eu como UM, só serei UM, NÃO mais pegarei cabeça, NEM MAIS serei assentado, permanecerei como protetor da minha nação"
ORGULHO de ser CABINDA!!!!
RESPEITE meu Ancestral!!!!
Salve o dia 24/08/1883.
Único merecedor de possuir uma
👑
!!
CABINDA, MINHA NAÇÃO!!"


Para facilitar o registro, selecionamos e adaptamos e alguns comentários do debate: 

[...] Erick Wolff

Boa noite a todos e linda homenagem ao pai Waldemar.

Para registros seria de grande importância para memória e cultura do Batuque, sabermos quem coletou, quando e local, está fala:

"Depois de mim nesta terra, NÃO haverá mais de um, sendo um NÃO me apresentarei duas vezes...

Eu como UM, só serei UM, NÃO mais pegarei cabeça, NEM MAIS serei assentado, permanecerei como protetor da minha nação"


Malony Saint Pierre

Erick Wolff eu tinha ouvido falar que é uma qualidade de xango que pega cabeças ainda, embora muito raro, é uma afirmação e tanto


Erick Wolff

Caro irmão Malony Saint Pierre , segundo o professor denis:

 


Malony Saint Pierre

Erick Wolff A respeito de assentamentos, meu pai de santo, filho do pai Henrique D'Oxum, também havia comentado que assentamentos desse orixá vieram a ser moda de uns tempos para cá, pois antigamente (cerca de 40 anos atrás), ao menos aqui na cidade de Pelotas,apenas se fazia seguranças para o Kamuka enterradas no pátio do ilê, e que os assentamentos deste orixá no centro do quarto de santo vieram a se espalhar depois de um pai de santo a qual não vou nomear falar sobre ''dando aval'' e normalizando a prática.


Andrew Monteiro

Malony Saint Pierre, desculpe, mas segurança dentro do quarto de santo ou no centro do salão (centro da roda de Orixá)?


Erick Wolff

Caro irmão Malony Saint Pierre, a mãe Mariza do Kamuka foi feita pelo pai Henrique da Osun, temos registros de uma mãe de santo que faleceu a pouco tempo que possuía um Kamuka no quarto de orixá, feito pelo pai Henrique…

E ainda há informações de mais pessoas que possuíam Kamuka sento, porém ainda não confirmei.


Malony Saint Pierre

Erick Wolff Pois então, eu havia ouvido do meu pai de santo que Kamuka ainda seria um orixá como qualquer outro, com a diferença que haviam criado todo um culto para louvar o ancestral.

A mulher de um tio de santo que há pouco tempo nos deixou, afirmou que ele tinha um filho de santo filho do Kamuka, e que seria uma pessoa muito tranquila e não causava alvoroços , porém essa moça não é uma pessoa a qual eu possa confiar para assinar embaixo desta fala.

Obs: Perguntei a ele sobre a Oxum Gama há um tempo atrás, e ele me disse que era muito cultuada antigamente, que até mesmo todos se abaixavam na roda do batuque na reza dela, porém isso já se perdeu.


Erick Wolff 


Malony Saint Pierre

Erick Wolff na minha casa esta segurança não seria possível, visto que no momento que ela é feita no salão, não se pode mais tocar tambor para mais nada além dos orixás, fazendo com que as terreiras fossem todas na ruas, tenho um irmão de santo que não quis consultar o pai, correu na frente e fez, ficou complicado por um bom tempo tocando terreiras apenas na rua.


Andrew Monteiro

Malony Saint Pierre, meu avô de santo tinha há 60 anos segurança de Kamucá no meio do salão e utilizava o mesmo espaço para giras de Umbanda.


Erick Wolff

Caro irmão Malony Saint Pierre, na sua família o que possuem a segurança do Kamuka no salão fazem os arissun onde ?


Erick Wolff

Malony Saint Pierre Nos anos 80, na família do pai cleon os filhos que possuíam a Segurança no salão, faziam seção de caboclo no salão, porém, após os anos 2000 não sei se mudou.


Erick Wolff

Malony Saint Pierre surgiu uma dúvida, os registros que possuo é que o pai cleon fazia a segurança no salão, enquanto o pai Henrique possuía o Kamuka… saberia informar mais sobre a segurança do salão na família do pai Henrique?


Malony Saint Pierre

Sim, pai henrique tinha uma filha, ou um casal de filhos que viriam a ser filhos de xango kamuka, tinha a segurança deste orixá, porém o local desta já era guardado apenas para os mais próximos pois antigamente essas coisas eram bem fechadas e muito poucos tinham acesso [...]


Considerações

Retornando ao tema, não há registros de quem coletou, quando e local, esta informação que possa corroborar tal fala como original: 

"Depois de mim nesta terra, NÃO haverá mais de um, sendo um NÃO me apresentarei duas vezes...

Eu como UM, só serei UM, NÃO mais pegarei cabeça, NEM MAIS serei assentado, permanecerei como protetor da minha nação".

Professor Denis informa que existem alguns segmentos do Ijesa que cultuam o kamuka, e que não pegaria cabeça, esta informação corroboram com as informações publicada no livro "KANBINA: ORIGENS IORUBÁ E CONTINUIDADE NO BATUQUE DO RS", que pai Waldemar não seria de Kamuka e sim de Agodo, que ficou conhecido por ter um Kamuka no pátio que guardava a família religiosa.

Existem registros de pessoas ainda vivas feitas para o Kamuka; outras famílias que possuem Kamuka sento, outras família possuem a segurança do Kamuka no salão e há famílias que não possuem nenhum dos dois.

De qualquer forma, seja qual for o rito adotado, o orixá apoia a boa casa de axé, de maneira que, a casa que "tem" este ou aquele fundamento, não é melhor que a que "não tem", e nem a que "não tem" tem menos axé que aquele que não tem, porque, afinal, o verdadeiro axé de uma casa está no suporte que o orixá dá a esta casa.

Assim, o melhor procedimento é a consulta oracular, vermos o que o orixá tem a dizer sobre os ritos necessários para cada casa, e nos respeitarmos.


Link: https://www.facebook.com/photo/?fbid=6673010166052471&set=gm.3581043775460799&idorvanity=1444295859135612


Imagem comprobatória 














terça-feira, 15 de novembro de 2022

HISTÓRIA DA FAMÍLIA DO PAI WALDEMAR DE XANGÔ

Em 15/11/2022 acessado às 11:57h

Este registro da família da mãe Otilia, nos enriquece mais ainda a história do legado do pai Waldemar e seus descendentes. 

"No dia 14/11/1925. há exatamente 97 anos, num sábado de manhã, em Porto Alegre, aconteceu o casamento de ANTÔNIO WALDEMAR SANTOS E OTÍLIA TAVARES ( Pai Waldemar de Xangô Kamuká e Mãe Otília de Ossanha). A princípio acredito que eles já viviam em matrimônio e essa data apenas oficializaram seu matrimônio, embora seja uma das várias especulações que ainda tenho sobre a história deles. Um casal cheio de mistérios e encantos, que a cada passo me fascina mais e mais pela busca de suas extraordinárias histórias. Espero logo sair das especulações e compartilhar comprovações. Da união de Pai Waldemar e Mãe Otilia, deixam alguns filhos registrados como Nair Tavares dos Santos, tive a oportunidade de conhecer duas filhas de Dona Nair, falecida em 2018.

A data de hoje também marca a entrada de Eliane de Oyá Dirã, neta de Pai Waldemar e Marcio de Oxalá, bisneto de Pai Waldemar para minha casa religiosa, uma grande surpresa pra mim quando fui convidado a ser seu Sacerdote, os procurei por histórias e recebo essa grande missão, cuidar de descendentes daquele que tenho como maior ancestral, um Baba Egun a qual reverencio e agradeço todos os dias por ter criado a família a qual me manteve religiosamente, tenho muito orgulho de ser Cabindeiro ou Kambindeiro, indiferente do termo, mas sentir pertencer a essa família, sem nunca ter duvidado disso. Eliane e Marcio sejam bem vindos.

Sempre somos julgados, seja pelo que fazemos ou pelo que deixamos de fazer, então não podemos medir nossos erros e acertos pelos o que outras pessoas pensam sobre nós ou nossos atos, medimos pelas respostas que os Orixas nos oportunizam e pelo direcionamentos que nossos ancestrais nos mostram, simples assim."
Link - https://www.facebook.com/110671400398922/posts/pfbid0b9ny5nZdZKPGRD4oq3M4UkYUGfvLLbQS6CTnhiAwuBWaGUx7BpqVQumC1bm4MCbGl/

Imagens comprobatórias



domingo, 18 de setembro de 2022

WALDEMAR ANTONIO DOS SANTOS

Atestado de Óbito do Pai Waldemar, prova documental fornecido pelo Pai Elias do Oxalá (filho do pai Romário), em 13/06/2014.


terça-feira, 30 de agosto de 2022

CAXIAS: O CENTRO DOS CELEBRES BATUQUES, WALDEMAR DOS SANTOS

Postado pelo Jornal Caxias

Em 4/6/1931, acessado em 30/08/2022 às 7:00hrs



Transcrevemos estes artigo que relata a perseguição e intolerância da policia e da população contra o Batuque, não ficou claro sobre a origem do babalorixá ao qual foi preso, mas se refere a um Waldemar dos Santos do Xangô, talvez seja o pai Waldemar.

 

"Caxias, como os grandes centros, conta também, no tocante á seitas, com adeptos de "Xangô", espécie de "Deus" no cérebro dos crentes da celeberrina "religião" de fazer "bem ao próximo", nossos irmãos em Christo.

A existência desses antros denominados "batuques", onde, á luz da liberdade profissional se praticam toda a sorte de mandingas, não é um caso isolado na vida de Caxias.

A pratica da magia "negra" na qual são usados o mais exóticos apetrechos, como "tambores", "xicaras", "panelas", "xabumbas", etc. é exercida em nossa cidade em vários recantos, não sendo, portanto, estranho o facto que vamos narrar ocorrido domingo ultimo. 

Oxalá a nossa policia, que teve conhecimento, nesta cidade, de um templo de Xangô, extermine, de uma vez para todas, com essa "religião", trancafiando na cadeia os "santos", inclusive o próprio "Xangô".

Na semana finda, a convite do sr. João Lucena Junior ativo subintendente e subdelegado de policia, fomos ao prédio n 1543, da rua Pinheiro Machado a fim de apreciar um dos celebres "batuques'.

E um chalet de madeira, entramos. Fomos em seguida ao 2 andar. A um canto vimos um altar com imagens, algumas flores, copos com água e galhos de arruda e ou plantas. Xicaras, pratos, gamelas, etc. Em uma massa de cor estão pregadas penas brancas de ave. Todos esses objetos misturados com outras missangas, davam um aspecto de pavor! Velas acesas em redor das imagens.

A um lado uma taboa pintada de preto com 4 cruz nos cantos, além de outros signaes pertencentes a seita. 

No outro quarto, havia uma cama onde dormia o batuqueiro. Ao lado uma mala de viagem com o letreiro Waldemar Bragatti. Dentro havia roupas de uso e embrulhos com marmelada sobre a parede pendurados viam-se galhos de plantas medicinais. Aquilo tudo dava um aspecto de verdadeiro "caça níquel".

Num quarto no andar térreo, estava um doente que nos disse ser condutor de auto em Porto Alegre, que se achava em tratamento médico com o homem dos "batuques".

Este é um senhor Waldemar dos Santos, gordo, presto, bem conversado e que devido a energia ação da policia foi metido no Xadrez para acabar com as suas feitiçarias. 

Os vizinhos do prédio onde estava instalado o "batuque" ficaram satisfeitos por ter terminado o enorme barulho que ali faziam.

Felizmente que a nossa ativa e enérgica policia fez o homem ir barra a fora, visto aqui ninguém precisa dos seus "serviços"."  

Fonte - http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=882216&pesq=batuque&pasta=ano%20193&hf=memoria.bn.br&pagfis=986

quarta-feira, 24 de agosto de 2022

O XANGÔ DO PAI WALDEMAR

Extrato da live: Programa Especial Biografias do Batuque
Posta em 21/08/2022 acessado em 23/08/2022 às 20:00hrs



Este extrato da live do Pai Fabiano de Oxalá e do professor Denis de Odé,  registra a informação sobre o Xangô do  pai Waldemar.



Live completa disponível na página do Kizomba: https://www.facebook.com/grandeaxebrasil/videos/411079541007230












quinta-feira, 4 de agosto de 2022

PAI MANOELZINHO TERIA PASSADO PELAS MÃOS DO PAI WALDEMAR

Postado na página do JB Ancestralidade

Em 3/08/2022 acessado em 04/08/2022 às 13:58

Extra oficialmente, coletamos a informação que pai Manoelzinho teria passado pelas mão do pai Waldemar, nesta postagem:




Segundo o informante Claudio Adriano, o pai Manoelzinho do Xapanã, teria passado pelas mãos do pai Waldemar.




Link do Perfil do Claudio: https://www.facebook.com/claudio.adriano.37604?comment_id=Y29tbWVudDoxNTI5ODgyMjA3MTk1NTk2XzE1Mjk4OTY1MDA1Mjc1MDA%3D

Link Postagem  do Comentário:  https://www.facebook.com/730042267179598/posts/pfbid05sr2sqV9eoc2pgwHZYpbuoDGL5Ru2GpRkRrwddGEsm1nabhQTNrsUqhnAbrP1uLYl/

domingo, 27 de setembro de 2020

KAMUKA, KANBINA E O CONCEITO DE NAÇÃO

Por Erick Wolff de Oxalá
26/09/2020


Este texto tem por finalidade pontuar alguns conceitos de Nação, pois constantemente nos deparamos com textos que sugerem que a Kanbina e Kamuka sejam Banto, apenas pela semelhança do nome aos povos Banto. 

Recentemente, a página Ile Ase Igbomina, no Facebook, publicou na data de 09 de setembro de 2020, algumas considerações sobre Kamuka, que respeitosamente resenharemos neste artigo alguns tópicos.

Procuramos pontos concordantes mas não foi possível encontrar, ao qual o próprio autor informa que, não foi uma tarefa fácil, pois o autor pertence a outro segmento batuqueiro, e que pela dificuldade de informações pode ter cometido qualquer equivoco, assim relatado pelo Igbomina.

[...] tentar falar sobre este Orixá tão introspectivo não é uma tarefa das mais fáceis para mim tendo em vista que sou da Nação Ijexá [...]

Começaremos pontuando que, Paulo Tadeu, informa no seu livro "Quem é o orixá Xangô Kamucá da Nação Religiosa Cabinda?", que o patrono da Kanbina, pai Waldemar foi escolhido por Xangô (divindade ioruba) ainda no ventre." 

Assim, poderia ser uma divindade Banto, conforme também chegamos a pensar, um dia. 

Norton Correia registra em 1992, no seu primeiro livro O Batuque do Rio Grande do Sul, a palavra Cambini ou Cambina, o que, para aquela época era como os antigos a chamavam. 

Porém, com o tempo, Paulo Tadeu, sem qualquer estudo científico, informava para a sociedade religiosa do Batuque, que era totalmente errado e deveriam falar Cabinda. 

Nos trechos que destacaremos, faremos algumas resenhas sobre as divergências e questões apresentadas na página Ile Ase Igbomina:

1. [...] E o que sei é que Kamuká só seria cultuado na cabinda e que nenhuma outra nação deveria ou poderia cultuá-lo, pois esse Orixá é o do fundador dessa nação [...]

Segundo informações do escritor Paulo Tadeu, Kamuka sempre foi da Kanbina. Paulo Tadeu informa ainda que Pai Waldemar era de Xangô Agodô. Então, como explicaria Pai Waldermar ser conhecido como Waldemar do Kamuka?

O Xangô do Povo, na tradição do Batuque Oyo, tem a finalidade de proteger a comunidade,  e por isso seu local de culto era no pátio, mas nem por isso registramos algum relato de que Xangô do Povo foi ou é um Egun, mesmo por que, orixá não vira Egun, nem morre.

2. [...] O que sei também é que o assentamento desse Orixá é feito no balé, pois teria ele grande aproximação com eguns. Meu tio-avô carnal, Cláudio de Oxum Docô, falecido babalorixá de Cabinda me disse inclusive que nem devemos pronunciar esse nome (Kamuká) dentro de casa, pois poderia atrair algum tipo de mal, porém sou totalmente cético sobre isto.
Dizem ainda que Kamuká reside no cemitério, mais precisamente no forno (lugar onde se cremam os ossos) e que, por conta disso, se prestaria só ao dano [...] 

O conceito de que o assentamento de Kamuka é feito no igbale, que até pouco tempo comentavam, é um equivoco, pois conforme citamos acima, não há possibilidade de orixá ser egun, e no local de culto aos ancestrais do Batuque são cultuamos os mortos.

Existem registros que algumas famílias fazem uma segurança para Kamuka no meio do salão, o que em momento algum faria sentido ser um assentamento de egun, afinal o templo pertenceria a um orixá, o que seria inapropriado uma segurança no meio do salão para Kamuka caso fosse um egun, onde muitos fundamentos para orixá seriam feitos em cima desta segurança.
 
Xangô é uma divindade da etnia Ioruba, sabemos que os ioruba não enterram seus mortos no cemitério, mas no próprio quintal da casa, ou até mesmo, dentro de casa; por isso, na origem do culto a orixá, também não existe orixá do cemitério.
 
3. [...] pois esse Orixá é o do fundador dessa nação [...]  Esses são alguns dos motivos pelos quais não se dá cabeça de filhos para esse Orixá (que a essa altura me pergunto se é Orixá mesmo)[...] 

Notem neste trecho, primeiramente refere-se ao Pai Waldemar era de Kamuka e a seguir, informa não dá cabeça de filhos, fato que contradiz e ao mesmo tempo, sanciona, a fala do Paulo onde diz que o orixá de Pai Waldemar era Agodô.

4. [...] Por outro lado tenho minhas pesquisas históricas e o que encontrei é que, segundo Norton Corrêa, quem fundou a nação Cabinda em Porto Alegre foi um africano chamado Gululu.
No entanto a insistência dos descendentes de Cabinda em afirmar que o surgimento dessa nação se dá com o Esá (título que se dá a pais e mães-de-santo falecidos) Valdemar Antonio dos Santos, me leva a questionar se Gululu e Valdemar não seriam a mesma pessoa [...]

Conforme publicado no livro KANBINA, Origens ioruba e a continuidade no Batuque do RS, que Gululu é o Pai Antoninho da Oxum, filho de mãe Donga da Oxum, tradição Oyo, onde explica a Kamuka no pátio, assim como o Xangô do Povo herdado da Mãe Donga pelo Pai Antoninho.  Sobre os Banto e suas divindades, as fontes não foram informadas.

5. [...] Diferentemente das crenças bantus, na metafísica dos sudaneses para onde eles iam suas divindades e ancestrais os acompanhavam. Por isso, ao chegarem no Brasil, trouxeram consigo sua cultura religiosa. É bem provável que uma parte dos bantus também tenham migrado para a religião desses sudaneses cultuando os Orixás[..]

Cite ao menos um local no Brasil onde exista, comprovadamente, cultura religiosa tradicional de Cabinda.

6. [...] É possível que Gululu seja um desses africanos de origem bantu que aprendeu a cultura dos Orixás aqui no Brasil com sudaneses, mas resolveu fundar uma sociedade religiosa com negros originários da mesma região, batizando sua nação, então, de Cabinda [...] 

Qual seria a base para esta possibilidade do Gululu? Possibilidades, embora existam, não são provas irrefutáveis para nenhuma conclusão.

7. [...] Mas isso não explica o Kamuká no culto [...]

Talvez não explique por que esteja ignorando o conceito de Nação e etnia, por isso não o enxerga! veja a seguir;

8. [...] Existe em Angola - bem distante de Cabinda por sinal - uma etnia bantu denominada Mbundu/Kamuka (http://www.embaixadadeangola.org/cult…/linguas/l_mbunda.html) [...]

Sim existe, o que nos fez pensar nesta possibilidade. Porém, há uma grande distancia entre Cabinda, e Kamuka, que fica ao norte da republica do Congo. Observem os mapas:



No Zambia?
 

Neste mapa é possível ver a distancia da província Cabinda para Os Angola, inclusive:


9. [...] Isso não diz muito exceto que a origem do nome Kamuká, agora comprovadamente, é bantu [...]

Ainda que exista um local chamado Kamuka ao norte da Republica Popular do Congo, tal fato não embasa a tese que a Kambina do Batuque é um culto bantu.

Quer nos parecer que, aos investigadores que pesquisam sobre as nações afro-brasileiras, falta-lhes o embasamento do que é o CONCEITO DE NAÇÃO conforme já estudado pelos professor Vivaldo Costa Lima (UFBA).

Sobre este tema já produzimos um resumo aqui no blog. Sugerimos a leitura: NAÇÕES RELIGIOSAS AFRO-BRASILEIRAS NÃO SÃO NAÇÃO POLÍTICAS AFRICANAS

 

Assim, conforme o Conceito de Nação acima exposto, cujas leituras foram sugeridas acima, conceituar nações afro-brasileiras, no caso a Cambina, ou Cambini, ligando-a à Cabinda, na Africa, apenas pela semelhança do nome, não serve como base conclusiva. 

No exemplo abaixo, qual deles seria o correto?






 

 

 

10. [...] E se hipoteticamente Gululu for o nome africano de Valdemar já que os escravizados eram batizados com nomes ocidentais quando chegavam no Brasil? Daí a coisa começa a se encaixar. 

Segundo o escritor Paulo Tadeu, Waldemar teria nascido em agosto de 1883, no Brasil, sob a lei do ventre livre.

11. [...] Kamuká pode ser um Nkisi nsi, espírito ancestral ligado a um clã familiar. Esse espírito pode ser de um ente falecido que volta incorporado num descendente seu [...]

[...] Agora refletindo: se Valdemar (ou Gululu) cultuava Kamuká por que este era o Nkisi nsi de sua família, fica explicado o porquê de Kamuká não pegar mais filhos, nem de poder baixar em alguém. Por outro lado, também fica explicado do porquê desse “Orixá” ser cultuado próximo ou junto ao balé, pois na cosmogonia iorubá Kamuká seria um egun[...]


Esta possibilidade existe, pois segundo Paulo Tadeu, Waldemar era de Xangô, e não de Kamuka ... mas ainda que Kamuka seja "um espírito ancestral ligado a um clã" de sua, talvez, família banto do Congo, esta possibilidade não faz da nação Cambina um culto banto, mas antes, uma nação de culto Ioruba que cultuaria junto um ancestral/divindade banto, assim como as nações do batuque cultuam a divindade Sapata, sem serem rotuladas de nação "fon".
 

Como reflexão, imaginemos um oriental que tenha sido escolhido por Xangô para ser iniciado para ele, e ele venha se iniciar para Xangô; independente da etnia oriental de origem, ele praticará o culto ioruba de Xangô, sendo que sua origem oriental, em momento algum transformaria o culto de Xangô que ele agora pratica, em culto asiático.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS:

O que necessitamos no estudo da Kanbina e Kamuka é o conceito de Nação, por isso não é possível afirmar que Kamuka seja Banto, mas caso fosse, apenas por hipótese, isso não transforma a Kanbina em culto Banto, assim como Sapakta não transforma o Batuque em culto Fon.

Mesmo que pai Waldemar possa ser um descendente do povo Banto, ao adotar o orixaismo, ele estava praticando rituais e costumes dos povos iorubas e não Banto.  

Orixá não é egun, por isso, não deve ser cultuado como morto.

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     Imagens comprobatórias




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Após a publicação deste artigo em nosso blog, a publicação original do Ile Ase Igbomina 

foi realocada para outra página, também no Facebook, cujo link fornecemos abaixo:

https://www.facebook.com/fabio.oxala/posts/3400801473310350

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Links de trabalhos e artigos para estudo e possível referencia;


NKISI É ORIXÁ?




NAÇÕES RELIGIOSAS AFRO-BRASILEIRAS NÃO SÃO NAÇÕES POLÍTICAS AFRICANAS Erick Wolff


Livro 

KANBINA: ORIGENS IORUBÁ E CONTINUIDADE NO BATUQUE DO RS




TIKTOK ERICK WOLFF