quarta-feira, 30 de agosto de 2023

CONTO FICTÍCIO: OS NOBRES CLÃS DE Ọ̀ṢÙN

Este ensaio tem por finalidade registrar um debate no Facebook, na página do professor Walter Kiffmann, que usa o codinome Bàbá Àkẹ̀renà.

Usando do direito constitucional do livre pensamento, o autor Baba Akerena cria uma obra fictícia para crianças (segundo ele), uma nova mitologia teológica para a comunidade de terreiro. Segue:

"Os Nobres Clãs de Ọ̀ṣùn - Parte I.
- Ìjìmú, as Bruxas-Cegas: Clã de Ọ̀ṣùn soberano em Ọ̀yọ́ e único na sua capital Kósò. Elas são o oráculo vivo do Aláàfin, sendo elas as Senhoras dos Segredos das Profundezas dos Poços, capazes de revelar o futuro e as suas infinitas possibilidades, videntes que premeditam todos os acontecimentos. Um clã inteiramente feminino, um bebê macho será conduzido a outro clã.
- Opará, as Senhoras da Guerra: a casta bélica das guerreiras mais cruéis do Àiyé. As Opará, sendo chamadas assim, mas que também possui homens em suas fileiras, são uma força implacável de soldadas que exterminam qualquer adversário, não importa quem seja. Elas podem tornar cada gota d'água uma arma voraz contra qualquer inimigo. Este clã é o exército do Reino Ìjẹ̀ṣà e possuem uma cidade-estado própria, próxima da capital Oṣógbó. Apesar de ser matriarcal, muitos homens descendentes de Ọ̀ṣùn se destacaram nessa linhagem.
- Abòtò, a Realeza de Oṣógbó: Este é o Clã mais proeminente em conjurações, pactos e conhecimentos de fórmulas de feitiços. Além do mais, são grandes políticas e conselheiras da Rainha-Mãe, soberana de Ìjẹ̀ṣà. Conhecem os caminhos do pós-morte, graças a sua capacidade ímpar de manipular as águas dos mundos dos mortos, poder próximo do controle do lodo espectrak dos Clãs de Nanã e da capacidade de manejar as águas primordiais dos Clãs de Yemọja, logo, são capazes de projetar as suas formas, e transitar, entre os mundos espirituais. Além das mulheres, homens e transsexuais fazem parte da estrutura do Clã.
-Ayálà, as Mães dos Segredos: este clã é aquele que guarda todos os conhecimentos, fundamentos e histórias dos Clãs de Ọ̀ṣùn e dos seus membros. A função deste clã é a manutenção da vontade de Ọ̀ṣùn em absoluto, ou seja, vigiar e interferir, quando for a vontade da Imọlẹ̀, caso algum clã, ou membro notável, se perca da direção que deveria seguir. Ayálàs não vivem em terras firmes, mas sim em ilhas flutuantes, possuem grande rivalidade com o Segundo Clã de Ọya, as Padà, e abominam qualquer Yèyéòkè que venha a surgir entre os Clãs, por se considerarem as verdadeiras conhecedoras dos mistérios Oṣórongá."

Para fundamentar nosso registro, selecionamos e adaptamos e alguns comentários do debate: 

"Erick Wolff

Bàbá Àkẹ̀renà independente de conhecer e apesar de não conter fontes para validar o texto, marquei para conhecimento geral, já que a dra Paula e ministra cultural.

Penso que a matriz não tenha conhecimento da maioria das osun cultuadas na diáspora.

 

Paula Cristina Gomes

Erick Wolff bom dia, eu não conheço. Nunca ouvi falar. Importante saber as referências onde foi buscar estas informações.

Bàbá Àkẹ̀renà

Paula Cristina Gomes Professora, é uma história fantástica para entretenimento! Não são para estudo ou pesquisa!

É um conto!

 

Paula Cristina Gomes

Bàbá Àkẹ̀renà entendo, mas contos tem sua origem oral e eles foram contados por alguém.

Esse alguém faz parte de uma referência e de uma história vivida que virou parte de uma história oral que foi passada de geração em geração.

 

Bàbá Àkẹ̀renà

Paula Cristina Gomes Professora É um história fantástica. Uma ficção. Tem embasamento nas religiões de matriz africana e etc.

O intuito, sim, é que através da literatura e produção audiovisual haja mais proximidade das pessoas com as culturas africanas em geral, não apenas nagô. Eu criei essa história, usei a mitologia nagô como base.

 

Bàbá Àkẹ̀renà

Paula Cristina Gomes EU SEMPRE ESTOH AVISANDO QUE SE TRATA DE UMA OBRA PARA ENTRETENIMENTO E NÃO PESQUISA OU ESTUDO.

 

Erick Wolff

Bàbá Àkẹ̀renà o texto não começa explicando que é apenas uma ficção, não temos nada contra, entretanto, Quem olhar e não estiver familiarizado pensara que se trata de registros.

 

Bàbá Àkẹ̀renà

Erick Wolff TEM UM AVISO FIXO NA PÁGINA!

 

Bàbá Àkẹ̀renà

Erick Wolff Povo de Orixá carece mesmo de união. Estou me sentindo criticado aqui. O que é um absurdo. Ninguém parou para ler os avisos.

Não esperava isso. Contudo, não tenho que ficar me explicando. Alcançarei meu sonho e metas de qualquer forma, tenho os Imọlẹ̀s comigo.

O que faço é por amor e vontade. Povo de Orixá precisa apoiar iniciativas culturais que evidenciem e divulguem a nossa cultura.

Procurar defeitos e não nos apoiarmos, resulta nessa fragmentação de mentalidades e concepções megalomaníacas de detenção de verdades absolutas.

Espero que apoiem, leiam e entendam. Se não, okay, tudo bem.

Obrigado.

 

Paula Cristina Gomes

Bàbá Àkẹ̀renà entendo e parabéns pelo bonito trabalho, mas seria importante em cada postagem k fizer sempre avisar, pois hoje em dia existe tanta coisa na internet.

 

Erick Wolff

Paula Cristina Gomes sim, concordo, e referente a introdução, seria interessante que começasse com ela antes do texto, assim o leitor teria a compreensão do conteúdo fictício.

 

Bàbá Àkẹ̀renà

Vinicius Oliveira todo esse conteúdo é parte do Universo, da minha franquia de livros, "Os Monges de Oko".

Instagram: @baba_akerena

Terminando o terceiro.

 

Erick Wolff

Caro Bàbá Àkẹ̀renà, não se trata de uma crítica nem censura, apenas estamos tentando entender do que se trata o texto, partindo do princípio que ele não inicia explica do que se trata de uma ficção. Não temos nada contra a ficção, apenas, o texto falta a introdução referida.

 

Erick Wolff

Bàbá Àkẹ̀renà

Apenas completando que o trabalho do blog Ilê Axé Nagô Kóbi  https://iledeobokum.blogspot.com é registrar história e memórias do povo de terreiro, o que podemos incluir literatura fictícia, desde que tenha fonte e informação devidamente esclarecendo do que se trata, sem isso não podemos fazer os devidos registros para apoiar e divulgar o trabalho dos autores, estudiosos, pesquisadores.

Grato pela sua gentil atenção.

 

Bàbá Àkẹ̀renà

Erick Wolff Entendi, mas que fonte você quer? Eu retiro informações de dicionários, artigos, trabalhos acadêmicos, dados mitológicos de várias religiões e culturas africanas.... Tudo para embasar, então, eu resignifico e adapto a historicidade da obra.

 

Erick Wolff

Caro Bàbá Àkẹ̀renà, conforme falado, o texto pode ser uma ficção, porém necessitamos que informe do que se trata, pois para preservar o autor, e o trabalho, não podemos adulterar o conteúdo.

Desta forma bastaria iniciar explicando como fez na entrada da sua página antes dos textos.

 

Bàbá Àkẹ̀renà

Erick Wolff

Os Monges de Oko é um conto, uma saga fantástica, que explora um mundo regido pelos Òrìṣàs e os seus descendentes. Cada Òrìṣà detém Clãs que os seguem, alguns menos, outros mais, que têm as suas próprias relações políticas e territórios divididos em Reinos e Impérios por Quatro continentes: Àríwá (Norte) Ìlà-Oòrùn (Lests), Ìwọ-Oòrùn (Oeste) e Gúsù (Sul)

Os Monges de Oko, ou Já-Osá, são agricultores-monásticos homens, mulheres e não-binários que seguem os ensinamentos de Òrìṣà Oko através da luta pacífica e desarmada, usando a arte do Punho de Fàdákà, transmitida por este.

A história começa com dois irmãos gêmeos idênticos: Akinjole e Adeagbo que escolhem os seus próprios caminhos, por meio das adversidades, exploram esse mundo (Àiyé) e enfrentam as forças malignas existentes neste e que pretendem tomá-lo para si.

Os caminhos dos dois irmãos está entrelaçado e definirá o destino do Àiyé (mundo) e do Àgbáyé (universo).


Bàbá Àkẹ̀renà

Acabei fazendo quase uma sinopse kkk"


CONSIDERAÇÕES 

Não há a informação no inicio do texto que se trata de uma obra fictícia para crianças. Apesar do foco ser infantil, há de ser analisar que abrange uma teologia modificada.

Sobre Walter Kiddmann

Professor de história formado pela universidade Estácio de Sá, Pós-Graduado (LATO-SENSU) PELA UERJ em História Antiga e Medieval. Motivado e apaixonado pela educação. Tenho todo aquele gás e uma visão de mundo otimista com relação à educação.

A minha especialidade é desenvolver trabalhos socioeducativos que aprimorem a noção de inclusão e a percepção do aluno obre si e o seu papel na sociedade, além do reconhecimento das identidades culturais do Brasil.

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