quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

GELEDE E ODUA: DUAS TRADIÇÕES DE ILARO

Orisa Village Square

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16/12/2018

[Tradução digital revista]


Ilaro é um reino na área de Yewa, no estado de Ogun.

A cidade é popular porque é uma das maiores cidades do povo Yewa. As tradições Gelede e Odua são as duas mais proeminentes das tradições e cultura Ilaro.

Em Ilaro, suas tradições de Gelede e Odua estão ligadas. A prática Gelede nasceu de Odua.





ODUA





Em Ilaro, Odua é uma mulher cujo poder pode recriar coisas. Ela representa o poder criativo de Olodumare, e também a natureza gentil de Olodumare, por isso um de seus nomes de louvor é Iya Odua Oninu ire - A mãe Odua que tem bom coração.

Odua é orixá funfun, assim como Obatala, já que ela é considerada a esposa de Obatala, então ela aceita as mesmas oferendas de Obatala.

Muitas vezes descrita como uma velha de pele extremamente clara, com longos cabelos loiros quase tocando a cintura, Iya Odua caminha suavemente; muito calma para se irritar, mas extremamente protetora com seus filhos.

Algumas histórias dizem que quando a cidade de Ilaro foi fundada, ela desempenhou um papel importante para restaurar a harmonia da cidade durante a crise, ela veio misteriosamente e saiu do mesmo jeito.

 

GELEDE

 


 

Gelede é o jogo da máscara, não é um baile de máscaras de egungun, mas um Orisa. Os mais velhos dizem que existem mais de 2.001 tipos de Gelede, cada um com seus nomes. (o grifo é nosso)

Existem muitas máscaras em Gelede mas a máscara Oriji, que é larga, é uma das mais importantes para um onigelede.

Suas canções e melodias lembram hinos cantados nas igrejas, e Jeff Gonzales, um padre Lukumi, afirmou que as canções Gelede eram semelhantes a muitas canções lukumi em Cuba.

Existem Geledes que fazem awo owuro (saida da manhã) e aqueles que fazem awo ale (aqueles que saem apenas à noite).

Também uma característica importante do Gelede é que eles se vestem como mulheres para simbolizar iya Odua e os poderes criativos das mulheres, especialmente o das mães da noite.

E os Gelede também zombam de pessoas, lugares e acontecimentos através de suas danças, canções que são uma sátira etc.

Entre os Geledes, o mais respeitado é chamado de Iya Funfun - a mãe de pele clara ou branca que sai toda vestida de branco. Outra característica do Gelede é o sino de oração que tem quatro sinos anexados.

O Chefe dos Onigelede em Ilaro é Olori Agberu Gelede Adeogun.

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Fonte: acesso em 28/12/2023 ... Link disponível em:

https://www.facebook.com/1694814207487991/posts/gelede-and-odua-dual-traditions-of-ilaroilaro-is-a-kingdom-in-yewa-area-of-ogun-/1961674647468611/


Prova documental:



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Transcrição e adaptação: 

Luiz L. Marins

https://uiclap.bio/luizlmarins 




quarta-feira, 27 de dezembro de 2023

BATUQUEIRO PROTAGONIZA PREVISÕES PARA 2024

Neste artigo publicado em 26/12/2023, convidado pela revista @revistadiariodebordo, @bebetoazevedooficial e @thiagosoaress, acessado em 27/12/2023.

O babalorixá do Batuque Pai Santiago, que segundo as suas previsões o próximo ano haverá muitas perdas econômicas e trágicas consequências.

Diante deste cenário caótico, o que o brasileiro poderia ter feito para evita-lo?


link https://www.facebook.com/photo/?fbid=2375021606019045&set=a.101137023407526

OS PERFUMES DE OXUM

Este texto foi coletado na página do João Gunga Do Babá, compartilhado da pagina do Pai Jaderson de Iemanjá, coletado em 27/12/2023.

Trata-se de um texto dos contos do Babalorixá Deode (falecido). Deode usa o termo Locori, não possuímos informações de como nem por que ele adotou no axé dos perfumes que antigamente era chamado de "xé xé coludun ou Olomi Oxum".

"Os perfumes de Oxum:

Todo batuqueiro lembra dos famosos perfumes do vidro crespo da marca "Avon" que todo o quarto de santo tinha paras os orixás mães,Oxum e Iemanjá.

Ali na cabo rocha atual Azenha tinha um famoso pai de santo o mariozinho do pó da oxum Pandá,que nunca perdia nenhum batuque e quando tocava o Locori de oxum seu orixá Oxum Pandá ocupava seu filho e dançava, tomava e esburrifava perfume por cima das pessoas na roda,as vezes chegava gastar 5 ou 6 vidros de perfume num batuque só,era um verdadeiro espetáculo pois o povo ia a loucura aos gritos: Ora Ieieuô,Ieieuô minha rica mãe.

E na rua barão do amazonas no Partenon tinha o nego zecão do Lodê,extremamente rude e grosso,tinha ele verdadeiro pavor dos homossexuais, principalmente o mariozinho.

O nego zecão tinha uma implicância com a Oxum de seu rival e sempre dizia nos batuques que a via: Se essa pessoa ou essa santa vierem colocar perfume em mim vou dar na cara dele ocupado ou não!

Zecão era um nego pobre e humilde filho da finada Ritinha do xangô do alto Teresópolis,e trabalhava como açougueiro no mercado público para sustentar seus 6 filhos e sua mulher e não era chegado a ir a batuques pois trabalhava de domingo à domingo para não passarem necessidade.

Mãe Leca da iansã do passo das pedras tocava o aniversário de 35 anos de vasilha da mãe iansã funiqué e convidou sua comadre mãe Ritinha,que intimou todos seus filhos para o batuque da mãe Leca,principalmente o zecão que tinha um bará Olodê de encher os olhos de tao lindo orixá.

O batuque começa e pelas rezas do bará o Lodê do nego ocupa seu filho e da vida ao batuque com aplausos e gritos de: Alupô meu pai!Alupô!!!!...

O bará ficou no mundo até as rezas da obá seu ajuntó e foi despachado,zecão sai no pátio para comer uma galinha enfarofada e se depara com mariozinho e seus filhos,como ele dizia aquelas bixas pareciam um carro alegórico.Bastou o nego olhar para fechar sua cara feia e se sentia encomodado com as tais bixas,o xangô de mãe Ritinha chamou todos os filhos para a roda nas rezas da Oxum e zecão entro no lado oposto da roda para enchergar seu rival.

Toca o locori de oxum a reza dos perfumes e a Oxum de mariozinho chega e da show em frente ao tambor e lhe dão dois vidros de perfume foi ai que a roda lotou pois o povo queria o axé daquela mãe,zecão diz ao seu irmão Zé do ogum que estava na sua frente na roda:É hoje que dou na cara dessa oxum se encostar um pingo de perfume em mim.A mãe Oxum colocava perfume nos filhos na roda e assoprava por cima em sua suave dança e magia e foi ai que caiu perfume no rosto de zecão e ele cumpriu o que sempre dizia e deu um tapa na cara da Oxum, o batuque parou e a Oxum foi até o quarto de santo tomou de gut gut os perfumes que tinha e bateu cabeça,parou em frente ao tambor e tirou seu axe"Axirelú Pandá mi" e girou,girou e girou parou o tambor e disse para zecão: Essa mão que você bateu em meu rosto você nunca mais vai encostar em nada!

O batuque se encerra e todos voltam para suas casas e 4 dias depois zecão estava trabalhando no açougue e vai cortar uma carne que chegou inteira e se descuida e corta o pulso inteiro e perde a mão que bateu no rosto da Oxum de mariozinho.

"Toda beleza tem seu perigo"...assim disse mãe oxum!"

segunda-feira, 18 de dezembro de 2023

NÃO, AO IFÁCENTRISMO!

Este texto foi postado no Blog Meu Coração Africano, por Iya Ifasola Egbekemi, em 09/11/2023, acessado em 18/12/2023.

Para preservação e memórias das religiões de matrizes africanas, este texto faz um panorama da Matriz para a diáspora.


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"Há alguns anos eu conheci Ifá e me encantei com a sua filosofia, com a sua proposta de zelar o caráter e trabalhar individualmente o destino. Era um sonho, principalmente por ter vivido tantos problemas, apanhado da vida, levado rasteira poder me agarrar à esperança de que alguém poderia mudar a minha história.

Levantei uma grande bandeira em nome do caminho de Ifá. Eu me iniciei, iniciei minhas filhas e trouxe para este caminho centenas de brasileiros, que motivados pelos meus textos foram buscar Ifá. Recebi tantas mensagens de agradecimento que me emocionaram, que perdi as contas, mas cada uma delas teve o seu devido valor.

Antes de continuar quero apenas deixar aqui esclarecido que me refiro aqui ao culto de Ifá e não da Religião Tradicional Yorúbà. Há famílias em território Yorúbà que praticam a religião dos Orisa, mas que nunca se iniciaram em Ifá. De fato não são muitas, mas elas existem.

De repente, como uma experiência que aguça todos os meus sentidos, visão, olfato, paladar, audição e tato, fui conhecendo todas as nuances desse meio. Conheci a sala de estar, os quartos, a cozinha, o quintal e de repente eu entro no porão. Me lembro inclusive quando conversei rapidamente com a Iyalawo, Chief FAMA, Aina Adewale Somadhi, sobre esse porão, e ela me disse: "Não tente lutar contra isso".

Quando estive na Nigéria em 2019, eu era uma mulher branca sim, mas antes de tudo devota, apaixonada, nascida dentro do culto afrobrasileiro, que tinha pego todo o seu fundo de garantia e viajado em busca da minha saúde, sem olhar como seria financeiramente nos meses seguintes. Fui por amor e por dor. Era o sonho de uma vida que se realizava. Chegando lá, meus olhos percorriam os detalhes culturais, o comportamento interpessoal entre eles, e foi assim que captei situações que jamais publiquei nas redes sociais, por pura tristeza. Entre elas o ar de superioridade que os Babalawo possuíam diante dos outros sacerdotes, como se de fato eles estivessem no topo da cadeia. Eu convivi dentro de casas de Orisa, em Festivais públicos para os Orisa no meio de uma multidão e vi de muito perto o olhar de pouca valia com os sacerdotes de outros Orisa, mas principalmente com as mulheres. Mulheres essas, Iyalorisa de Osun, Obaluaiye e Obatala que me deram colo e cuidaram de mim quando tive um mal estar, quando ainda estava lá. Senhoras anciãs que dançam e cantam com tanta alegria para os Orisa, que se olham com o mais profundo olhar de conformidade e pacto entre elas. 
 
O Ifá é patriarcal, todas as decisões e poder estão centralizadas apenas nas mãos dos homens. O culto a Ifá contém uma forte influência islâmica, onde uma cabra tem mais valor do que as mulheres. Também tem forte impacto cristão, onde as mulheres devem obedecer os homens, e quer saber? Isso não vai mudar NUNCA, e de verdade, cansei de bancar Xena "a Guerreira".

Desde a minha viagem até aqui, descobri sobre o porão, sobre o seu mofo, mal cheiro e sobre o que está escondido lá, tantas coisas, que se eu abrisse minha boca, talvez não houvesse magia o suficiente para que eu permanecesse em segurança. 
 
Não sei você, mas eu acho Jesus Cristo um cara maneiríssimo, tenho um enorme carinho por ele, mesmo que ele seja um personagem criado para a história do capitalismo e do poder. Meu problema nunca foi com Jesus, até confesso que na minha infância, aos 3 anos - sim eu me lembro - , eu tinha sonhos com ele me visitando e brincando comigo no jardim de casa fazendo comidinha com folhas, terra e água. 
 
Eu amo Ifá, sou grata a quem me tornei depois do meu Itefá. De como os caminhos de humilhação sumiram da minha estrada. 
 
- Ahhhh Ifá como eu amo você! Como sou grata por tudo o que fez e faz na vida da minha família, mas a questão é que estou tendo um probleminha com aqueles que falam em seu nome, muito parecido com aqueles que falam em nome de Jesus.

Sabe aquela frase: Jesus é o caminho a verdade e a vida? Pois é. Eu não acredito em um Ifá"centrismo" - nem sei se essa palavra já existe, mas sei que tudo o que converso com a maioria dos Babalawo a resposta é: 
 
"Foi Orunmilá quem permitiu que tal coisa acontecesse." "O único que possui um oráculo verdadeiro é Ifá, o restante só existe porque Ifá existiu antes"

Sem contar as histórias sem pé nem cabeça que fazem uma imposição da desvalorização da mulher nos ritos, nos mitos e em todo restante. A história de Iya Odù para mim é a mais impressionante. 
 
Sei que com este texto, estou soltando a mão de todo círculo de Babalawos, que eu já defendi e apoiei no passado, mas a partir deste momento eu afirmo publicamente, o que sempre já existiu dentro da minha casa: Ifá não é o centro de tudo, Ifá não é o mais importante, o culto aos Orisa podem existir sem o Ifá. Mesmo que eu continue trazendo Sacerdotes da Nigéria para fazer o Itefá, a iniciação em Ifá, não tem maior importância do que as outras. 
 
O culto aos Orisa está muito vivo. 
 
E mais uma vez trago minha frase preferida: "Pássaros criados em gaiolas acreditam que voar é uma doença" de Alejandro Jodorowsky .

 

Com amor aos Orisa. 
Iya Ifasola Egbekemi"


Imagens comprobatórias 





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Fonte:



OBALUAYE E A POLÊMICA DAS PALHAS

Coletamos esta postagem na página que se apresenta como " Filho do Vento". Tentamos contato mas não foi possível a identificação do autor.

Por tratar de conteúdo relevante e importante, apesar de um autor anônimo, optamos por registrar o conteúdo, com os devidos créditos.

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"OBALUAYE E A POLÊMICA DAS PALHAS



Eu já expliquei algumas vezes de modo superficial, mas dessa vez vou falar mais detalhadamente para vocês sobre essa grande polêmica sobre as palhas de Obaluaye.

O orixa Obaluaye é uma divindade Yoruba, e em sua origem ele JAMAIS SE VESTIU COM PALHAS.

Mas nós sabemos que aqui no Brasil ele se veste sim, e os motivos desse grande contraste entre África e Brasil é um só: O SINCRETISMO 

Quando falamos de sincretismo religioso as pessoas logo pensam em orixas sendo cultuados sob o nome e aparência de Santos Católicos, mas não, o sincretismo vai muito além disso.

O Candomblé é uma religião sincretica dentro da cultura africana, ou seja, o candomble sincretiza religiões africanas dentro de outras religiões africanas.

Um grande exemplo é Ajunsun, que é um Vodun mas que dentro do candomble foi sincretizado como sendo uma "qualidade" de Obaluaye.

A roupa de palha que Obaluaye usa no Brasil se chama AZÊ, mas originalmente essa roupa não era dele e sim de divindades Fon, ou seja Voduns como Sakpatá, Azawani (Asojano) e Jeholu.

Então nisso esta claro que a aparência do Obaluaye brasileiro na verdade de Obaluaye não tem nada e sim seria emprestada de outras divindades.

Mudar a aparência de Obaluaye não foi algo ruim, isso foi até positivo se vendo que o candomble conseguiu agregar várias divindades dentro de um mesmo culto.

O ponto negativo está nas lendas falsas que foram inventadas a partir disso. Por exemplo a lenda onde Oya assopra as palhas de Obaluaye, se sabemos que ele não usa palhas na África.... Onde essa lenda ocorreu? De onde ela saiu? Como Oya assoprou palhas se as palhas na época não eram atribuidas a Obaluaye?

Outra lenda falsa é a de Obaluaye ter que usar palhas por ser um homem horrendo cheio de cicatrizes de varíola, mas na africa se conta uma história bem diferente, lá Obaluaye tem relação com a varíola, mas nunca adoeceu dela e nem tem cicatrizes ou marcas no corpo, alias a aparência dele é dita como bem agradável e não haveria razão para ser escondida.

Outro sinal do sincretismo é a festa de Obaluaye realizada dentro do candomble chamada "Olubaje", esta festa não existe na africa e não se conhece nenhuma lenda referente a ela lá. O Olubaje é na verdade foi uma adaptação de uma cerimônia Bantu chamada KUKUANA, que é a festa das Nkisi da terra como Nsumbu, Kafunge e outras.

O culto de Obaluaye dentro do Candomble tem bases que não são Yorubas, isso causa toda essa enorme confusão.

Na África Obaluaye não é filho de Nanã, a mãe dele se chama na verdade Olú ou Opará (não Oxum).

Na África Xango é o melhor amigo de Obaluaye, mas no Brasil sabe-se-lá porque se diz que são inimigos.

Na África Obaluaye não é irmão de Oxumare.

Na África Obaluaye não é filho de Oxalá.

Na África Obaluaye não tem nenhuma restrição ao metal.

Na África Obaluaye se veste de Vermelho, preto e roxo.

Existem muitas diferenças entre africa e o Brasil. As qualidades de Obaluaye no Brasil em sua maioria não sao ele e sim outras divindades.

Mas devemos lembrar que também existe culto de Orixa na América central, principalmente em Cuba, e lá Obaluaye (chamado de Babalu Aye) também nao usa palhas. Inclusive Cuba também trata Obaluaye de uma maneira diferente de outros lugares, dando a ele status de filho de Oduduwa.

Ficaram com dúvidas?

Busquem ler mais sobre como é o culto e a cultura dos Orixas na África, tenho certeza que vão ver muitas informações contrastantes e muito interessantes.

Esse meu post não tem intenção de criticar e sim despertar a curiosidade em todos os que gostam de cultura afro.

Lembrando que não existe fé errada, toda forma de fé é boa."

 

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Registro de documentação:

Para preservação dos direitos do autor, entramos em contato com administração da página, porem, não nos forneceram o nome, desta forma, os créditos ficam à saber.

Postado em 07/07/22, acessado em 18/12/2023.




Original em: 
 

domingo, 17 de dezembro de 2023

TUDO ERA ORISA PARAPO !

 

BABA SANGODARE AJALA

Por Paula Cristina Gomes

17/12/2023



Existem pessoas que não esquecemos na nossa vida !
Baba Sangodare Ajala é uma dessas pessoas que não posso esquecer.
1988, o ano quando cheguei a Nígeria pela primeira vez Baba Sangodare Ajala me acolheu sem me conhecer e a jornada começou….
Fazem 35 anos de percurso na terra Yorùbá e o Baba sempre presente como um pai.
Pessoa boa, amiga, humilde, companheiro, descomplicado, sempre bem disposto, respeitador, sempre presente para resolver qualquer situação.
Passamos horas e horas a rir e a contar histórias sentados debaixo de uma árvore em Ibokunroad.
Viajamos muito…. Todos os festivais de ÒRÌṢÀ íamos juntos, por vezes passamos 1 dia ou mais noutras cidades.
Muito do que sei hoje, vivi e percorri na terra Yorùbá devo a ele.
Foi ele que me trouxe a primeira vez para Oyo para o festival de Sango. Lembro me como se fosse hoje.

Fazem exatamente 32 anos.

Èdè, Ilobu, erin, Illorin, Ibadan, Oyo, Lagos, Ejigbo, Ekiri, etc etc etc etc foi ele que me levou para os festivais de ÒRÌṢÀ.
Tantos sacerdotes já partiram…
O festival de Sango era tão pequeno, mas os sacerdotes continuavam na sua luta de manter a tradição….
Quando cheguei pela 1 vez, o Estado de Osun não existia , tudo era Oyo.
Assisti ao dia em que Osogbo virou capital do novo estado de Osun.
Tudo recordações que ficam para sempre…
O festival de Osun também era tão pequeno em Osogbo, a floresta chegava perto do mercado. Osogbo era uma cidade pequena e acolhedora.
Tantas recordações….Tanta coisa mudou… ÒRÌṢÀ tanta simplicidade e humildade.

Tudo era ÒRÌṢÀ PARAPO.

Me deram o nome de Omo Osun, disseram que eu era de Osun e Egbé Orun.
Recebi Osun ha 30 anos atrás. Tudo tão diferente.
Os meus olhos e coração viram tanta coisa e sentiram tanta coisa.
Baba Sangore Ajala sempre me lembro do seu sorriso, humildade e boa disposição. Das nossas risadas e viagens .
Gostava tanto que estive entre nós para podermos celebrar está conquista da UNESCO do Festival de Sango.
Você também fez parte desta conquista.
Gratidão
🙏
Eternamente grata.

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VIDEO DE BABA SANGODARE AJALA

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Publicado por Paula Cristina Gomes, em FACEBOOK:

Transcrição e adaptação: Luiz L. Marins

Registro documental:





TIKTOK ERICK WOLFF

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