domingo, 12 de junho de 2022

UMBANDA, RIO DE JANEIRO 1944

Por Carlos Wolkartt Postado em 11/06/2022, acessado em 12/06/2022 ás 13:47







Registro: Umbanda no Rio de Janeiro, Casa de Pai Orlandino do Cobra Coral, capturada pelas lentes do fotógrafo Edgard Medina em 1944. As fotos foram publicadas na revista O Cruzeiro em 29 de abril de 1944, p. 7.

# Publicado por Carlos Wolkartt em 11 de junho de 2022, às 10h10. 

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sábado, 11 de junho de 2022

PRECISO TER 12 ORIXÁS P/ GANHAR MEUS AXÉS?

Postado por Terreiro Pai Leandro 

Em 11/06/2022


No batuque tradicional e no batuque comercial já há muitos anos temos notado uma grande diferença e em algumas situações, não se refere a valores ou interesses mas sim uma comodidade para que aquele filho fique “totalmente pronto”

(Abrimos aspas pois é sabido que quantidade de orixá na vasilha não me torna bem pronto, é necessário o conhecimento/sabedoria/experiência para iniciar e termina ruma obrigação)

Pelas mãos de mãe Palmira Pai Cleon assentou toda sua “África” para que não precisasse ir para outro lugar após a sua passagem ou outro sacerdote. Essas eram as palavras em em vida e as histórias contadas e as diversas entrevistas dadas!

-Para não ter que continuar aquilo que teoricamente ficou "incompleto" Porém quando falamos de batuque tradicional falamos de EBÉ ou seja falamos de comunidade de Batuqueiros de várias nações e vários costumes se toda a comunidade. Temos muitos exemplos de grandes sacerdotes que não tinham todos os seus orixás 12.. 14.e impossível dizer que não eram prontos Pai Idalino, Zé da Saia, entre outros inclusive de cabinda, oyó jeje que não tiveram os 16 ou mais para ter os seus axés. No princípio por registro boca ouvido entrevista com Yalorixá Alda nação cabinda "você precisa ter o Bará porque é aquele que abre todos os preceitos lalupò é aquele que abre!!! Você precisa ter Ogum porque é o orixá dono da faca é ele que divide o axé com um Bará logo temos a faca de feitura para cortar em todo o “ori” e a faca de trabalho para serviço. Precisamos também ter Oxalá para que possamos ter os Búzios em algumas casas além do seu orixá Oxalá é necessário Orumilaia separadamente o que entendemos, que é o axé dado a visão no momento do axé de orumilaia. Fora esses três orixás indispensáveis para que possa ter os axés de faca e Búzios o iniciado precisa ter seu orixá de cabeça e todas as suas passagens o que dependendo da pessoa pode ser 4 ou mais orixás ou seja cabeça corpo passagem em algumas tradições pernas o que em nossa tradição pertence ao corpo.. Passados alguns anos, o batuque cada vez mais se torna folclórico e que não dizer, comercial!! E Supostos sacerdotes acabam criando determinados bordões tais como, “seu orixá não aceita menos que obrigação de bará a oxalá,” ou “se não assentar todos sua irá pagar com a saúde ou pior com a vida” afirmativas desonestas, desleais e ou desnecessárias para “impor a goela a baixo” algo que muitas vezes poderia ser resolvido com um ebó de saúde ou fortalecimento de bori no máximo. Então O sacerdote olha para o filho e diz o seu orixá não aceita menos do que 12 orixás faca e búzio Triste realidade vistas nos dias de hoje.

Então entramos no grande dilema. Porém o pai fulano disse que não precisa a mãe Cicrana disse que precisa o que muitas vezes mais do que tradição ou fundamento é a opinião própria e pessoal o que para entendermos, precisamos olhar para toda a "EBI" para toda a família e ancestrais ou analisar o que naquela família o baluarte precursor fazia sim ou não esta é a grande questão. Temos um sacerdote muito conhecido em nosso meio e muito querido entre nós Babalorixá Cleón (póstumo) que deu os axés a um dos seus descendentes/sucessor os axés de faca e búzios sem que eu mesmo tivesse todos os seus orixás assentados. Teremos a exclamação dizendo não mas o pai cleon só dava axé para quem tinha todos os orixás o que contraria a regra e atesta que o fundamento prevalece e que não é necessário ter todos para receber os axés. A grande maioria dos seus filhos sim recebia após assentar todos os seus orixás assim como foi dado palavras de mãe Palmeira (meu filho vou deixar você pronto para que não lhe falte nada) temos outro exemplo muito conhecido em nosso meio Babalorixá Hélio de Xangô Oi o mesmo com sua sabedoria ensinava o mesmo que o seu Babalorixá ensinou você não precisa ter todos você só precisa ter os seus os demais a sua própria obé (faca) pode fazer, Entretanto, nos deparamos com o fundamento que diz a faca de Ogum corta para orumalé, ou seja, logo meu posicionamento e ponto de vista, só tem valor na minha casa? Opinião pessoal embora expostos vários exemplos é opinião pessoal de cada um e sempre irá ter uma certa influência dentro do fundamento embora ele muito embasado e carregado de várias referências do Batuque. Não podemos deixar de citar como referência meu Babalorixá (Antônio Carlos de Xangô) que em vida também ensinava de várias formas, com uma explicação rápida em dias de obrigação para não perder tempo, com uma explicação mais ampla em dias eventuais ou outra com uma riqueza de fundamentos uma cheia de detalhes referencias e exemplos de como os antigos faziam geralmente era sentado em sua área na sua cadeira de balanço ou em dias de viagem do por que fazia os 12 orixás pois a pessoa não pode cortar em cima daquilo que não tem e não pode dar axé que não possui! Em viagem também o questionei sobre os sacerdotes já mencionados anteriormente a qual o mesmo tinha um respeito e uma admiração muito grande, exclamou -Sim filho ! Não só eles mas muitas casas fazem assim até pra segurar um pouco mais o filho que não aprendeu o básico e continuam fazendo aos poucos. Porém para que o filho possa assentar por exemplo Odé e Otim para o seu filho primeiro ele precisa assentar o seu com a sua faca do Ogum junto de um padrinho o que acaba tornando muito mais difícil teria que fazer o seu pra fazer o do filho. Já o Bori pode fazer sim mesmo sem ter por que Bori não é o orixá BORI É A PESSOA mas assentar o que não tem isso não!!!

Em outra ocasião questionei sobre o filho herdar aquilo que o pai não deu em vida" deu aquela rizada e preferiu responder dizendo que -Filho o conhecimento é o maior bem que podemos herdar do nosso pai ou mãe mas melhor pela mão o pai sim

Este foi mais um ensinamento que tive com o pai em vida entre uma e outra viagem entre um e outro ensinamento que tinha durante a sua vida. A minha opinião pessoal dentro do meu ponto de vista também entendo que fazer o orixá em coletivo com os demais irmãos da casa de certa forma é muito mais em conta dado a dificuldade e o valor dos bichos principalmente porém sempre alerta o que fazer é fácil assentar 12, 14,16 ou até mais difícil é manter então faço pra filho que tem perfil de sacerdote isso por que uma África inteira em sua prateleira é difícil manter.. Eu mais uma vez colocando a minha experiência vivida dentro do Batuque tenho uma avó carnal com saúde aos seus 84 anos de idade com 7 orixás mais a rua que já levantou a vida de muita gente feita pelo Babalorixá Hélio de Xangô conhecido pela Baía de Xangô filho de Adão do Bará conhecido por exu biomi ensinavam o mesmo fazer é fácil depois difícil é manter muitas vezes é mãe de família que tem poucas condições.

Finalizamos com a expressão de nosso ilustríssimo presidente da AFROBRAS e conselheiro com a seguinte fala.

“Até bem pouco tempo atrás não era assim não precisava ter todos os orixás para ser pronto isso ocorreu pós o Batuque se tornar folclórico e comercial existiu e existe muito batuqueiro conhecido que não tinha todos. ”

Seja você pronto de 7, 12 ou 16 orixás na prateleira saiba que o amor o respeito ao nosso sagrado sempre vem em primeiro plano, ter mais orixás assentados que meu irmão não me torna melhor ou mais poderoso isto por que o poder e as glorias devemos ao sagrado é o orixá que tem poder e faz milagres a nós cabe ser apenas um instrumento de condução nada mais...

Pensemos ...
Texto
Pai Leandro dos Santos
Fone/whatts 051992675465

Imagens comprobatórias





Link de artigos que contem o mesmo tema: 

ANTIGAMENTE NÃO SE ASSENTAVA DE BARA A OXALÁ.
https://iledeobokum.blogspot.com/2020/12/antigamente-nao-se-assentava-de-bara.html

O ADJA DO CANDOMBLÉ NO BATUQUE TRADICIONAL

Por Erick Wolff de Oxalá
Postado em 11/06/2022


Respeitando o direito constitucional da fé e liberdade de expressão de todos, e usando do mesmo direito, gostaria de dar aqui a minha declaração sobre o uso do adja do Candomblé no Batuque.

O adja do candomblé não era usado, por que tanto a família a qual me iniciei, quando os amigos de religião não aceitavam.

E noto que os mais novos já conheceram assim, então querem nos impor como natural, pelo que observo de minha geração que veio dos anos 80 ou anterior, muitos ainda não usam e não querem elementos do candomblé… vou postar fotos de 1990 a 1995:











Estas fotos acima, são muito antigas e naturalmente algumas pessoas não estão mais entre nós.


Por que não aparece o pai Cleon na foto

A foto foi retirada pela mãe Tereza do Ogum, que na época era minha madrinha, num momento muito corrido, pois neste dia, após o toque da primeira festa, faleceu uma filha de santo do Pai Cleon, a Geni do Lodê, por isso, tudo foi levantando rapidamente e aliviado a cabeça de todos que estavam de obrigação, incluindo o pai Celon, irmãos na época, inclusive eu.



Nesta foto, retirada em setembro de 1995, observamos que não era costume na época colocar o adja do Candomblé nas entregas dos axés, nem mesmo quando faziam reforço. 

Outro fato importante, que a faca que está neste axé é a mesma que uso até hoje. 





quinta-feira, 9 de junho de 2022

ALGUMAS PALAVRAS DO VOCABULÁRIO IORUBA

Postado por Erick Wolff de Oxalá
Em 09/06/2022


Segundo os meus estudos, seguem algumas traduções sobre as saudações das nossas divindades.


Bara - Laalu po = Laalu (o mais famoso ou mais importante da cidade ), po (completamente) - Laalu - em terras Iorubá, esta saudação pode ser usada também para Sàngó.

Ogun - Ògún Yè = Yè - verbo que indica o fato de estar vivo, indica também o ato de sobreviver, sair incólume de algo.

Oya - Epà Hey = Epà (expressão de surpresa, tipo salve), Hey (denota espanto) - Epà também pode ser usada para outras divindades.

Sàngó - Kabiesile = (O rei esta na terra) pode ser usado para todas as divindades inclusive as femininas.

Odé e Otin = Oke possivelmente uma referência a montanha; Bambó (veio comigo)  
Ossanhe - Ewé oò = Salve as folhas (oò = intensifica o que veio anteriormente).

Xapanã - Àgbàwò = atendimento a uma pessoa doente.

Osun - Oore yeye oo = Oore (benevolente), yeye (mãezinha), oo (intensificação das saudações).
Ouvimos muita gente falar Ora yeye ooo, ou seja - Ora (gorda) nada impede que possam continuar a usar ora yeye ooo.

Yemanja - Omi odo = omi (àgua), odo (rio).

Oxalá = Epà ooo Epà baba

Sobre a saudação de Oba, encontramos apenas Ẹṣọ́ (guarda).
Fontes -
Educa Yoruba
dic do Beniste

quarta-feira, 8 de junho de 2022

O BATUQUE PRESERVOU MUITO MAIS DA MATRIZ DO QUE PENSÁVAMOS XLX

Penso que alguns não tiveram oportunidade de presenciar nos anos 80, orixás usando capas durante o toque, claro que eram somente aqueles que possuíam fala.


Com o tempo foi abolido e hoje raramente vemos os orixás com alguma capa.


Capa da mãe Oxum Panda

Esta capa em questão pertencia a Oxum do Luiz Carlos (falecido em 1995, SP), filho do pai Cleon de Oxalá (falecido). A capa ficava nesta imagem de gesso, durante o ano, quando chegava a festa da Oxum ela era retirada da imagem, lavada e preparada para dispor para a Oxum quando chegasse... Claro que tudo isso era feito de forma discreta pois, ele pensava que a capa ornava apenas a imagem gigante que ficava no quarto de orixá.

Outro registro de 1988, de um orixá portando capa:


imagem 02

  • Imagem 04, crédito Estudos de Batuque, Ogum, orixá da guerra, manifestado e revestido com seus paramentos rituais. Casa Mãe Apolinária

Na matriz Ioruba Xapana durante o festival dele, sai as ruas com uma capa, conforme o costume deles.


imagem 03

imagem 04



imagem 05




imagem 03 e 04 extraídas do vídeo - https://www.youtube.com/watch?v=9dSMFdinNFQ&t= 

terça-feira, 7 de junho de 2022

BENIN OLOKUN DANCE



Na linguagem tradicional do povo Edo, Olokun (voo-doo) refere-se ao espírito transcendente na dança.

Link https://www.youtube.com/watch?v=K2dOVF0W3Sk

TIKTOK ERICK WOLFF