domingo, 19 de novembro de 2023

DICA DA MANHÃ, NÃO EXISTE NENHUMA POSSIBILIDADE DE UMA PESSOA SER PRONTA NO BATUQUE E NO CANDOMBLÉ.

Este debate deu-se inicio na data 17/10/2023, na comunidade Rede Batuque RS.

Ita de Yemanjá autor do debate, abre uma postagem apresentando duas situações que colocam religiões iniciáticas semelhantes em pauta.

O tema do debate: DICA DA MANHÃ, Não existe nenhuma possibilidade de uma pessoa ser pronta no Batuque e no Candomblé.

Para o bem da ciência história e memória do Batuque, selecionamos algumas falas para que possamos acompanhar o debate.




DICA DA MANHÃ, Não existe nenhuma possibilidade de uma pessoa ser pronta no Batuque e no Candomblé

"Ana Paula Ott

Oiii bom dia antigamente não era permitido mais hoje em dia tem muitos que tem os 2 ai não sei como é


Robson Nascimento

O Ori com 300 orixas


Robson Santos

[Gui Pereira] qualidades diferentes, eu sou do mesmo Orixá tanto no batuque como no candomblé porém as qualidades do mesmo muda em ambos os lados até mesmo porque dificilmente irá ter a mesma qualidade nos 2 lados


Gui Pereira

[Robson Santos] sim, porém o ori continua sendo da mesma essência, vamos supor que seja uma oxum panda aqui no batuque e uma oxum iponda no candomble embora orixas com qualidades um pouco diferentes são as que tem as características mais semelhantes, entao a essência do orixa continua sendo a oxum, teu ori continua sendo da oxum, mesmo que mude a qualidade do orixa a essência primordial do teu ori continua sendo o mesmo, não vejo problemas, os fundamentos de cada um são diferentes, a religião é diferente o culto, a forma de cultura são diferentes, porém como eu disse um ori jamais poderá ser de outro orixa a não ser daquele que foi criado para você, não interessa onde tu estiver


Bàbá Marco

[Gui Pereira] só uma pequena correção: Pandá e Ipọnda é a mesma coisa. No Yorùbá, a vogal nasal "ọn" é pronunciada "an". Por exemplo: antigamente, Ṣàngó se escrevia Ṣọ̀ngó mas a pronúncia era a mesma.


Gui Pereira

Agora a pessoa ser de oxum no batuque, ter feito seu ori a oxum e ir para o candomble e lá por exemplo for de oya eu acho errado, o ori é um só , dar o ori a 2 orixas diferentes isso pra mim é errado


Suelen Barcello

[Gui Pereira] mas se pode cultuar os dois exemplos o candomblé e o batuque eu acho muito confuso isso pós as rezas as doutrinas as cores são totalmente diferente então como e possível a pessoa lhe dar com os dois rituais??🙆‍♀️


Andersom Gonçalves

[Gui Pereira] eu conheço uma ialorixa q e do oya no candoble e do oxala no batuke pra mim ta errado mais a casa bonba de filhos


Alberto Moreira

[Gui Pereira] há um caso exatamente assim aqui em Porto Alegre.... Oxum no batuque e Iansã no candomblé....


Gui Pereira

Alberto e o que eu digo, é errado, como que teu ori vai ser de 2 orixas diferentes?


Daniel Do Bará

Cuidado com certas afirmações

Existe muita coisa neste mundo do que nosso pouco conhecimento....

Meu baba é feito no Candomblé e no batuque.

E olha que é uma pessoa com mais de 50 anos de religião.... Isso não é modismo de hj. Isso já acontece a muito tempo

 

Suelen Barcello

[Daniel Do Bará] o que não da para entender como seu baba lidar com isso pós a feitura e totalmente diferente, as rezas, as cores, os dias da semana e ano para mim também e muito confuso tudo isso mas respeito quem consegui entender.


Daniel Do Bará

[Suelen Barcello] eu fico apavorado com o discernimento e a inteligência dele...

Muito bom sempre falar com ele ....

Tem conhecimento pra dar e vender


O Tal Rodrigo Finger

Não entendo está pessoa gosta de afirmar fatos e chamar atenção no grupo,faz tempo que vejo está carência deste ser em tentar criar polêmica..... É só olhar as outras publicações dele !!! Não sou de candomblé e nem acho bonito ( minha opinião) agora nã… Ver mais


Patricia Sampaio

Não sei só sei que não se pode servir dois senhores ou duas senhoras


Julio Cesar

Eu acho no mínimo interessante essa questão de ter dois cultos diferentes no Ori.

Não tenho nada a ver com o que as pessoas fazem com suas vidas.

Acredito que afirmar que não possa, seja algo realmente muito forte, porém gostaria que me explicassem, co… Ver mais


Inácio Machado Jr.

[Julio Cesar] oi pai sua bênção também acho complicado pois as duas são culto ao Orixá, como séria o desligamento? Muito boa a pergunta do senhor. Além da questão quando troca o Orixá sendo que o Ori é um só...


Bàbá Marco

[Julio Cesar] e como seria o jogo, se no Batuque é de uma forma e no Candomblé outra?

E como ficaria o tabu da ocupação?

E como ficariam os Igba de um mesmo Orixá? Haveriam dois ou se manteria um deles? Quem comandaria a coisa toda: os dois? Um deles? Qual?


Mário Oxalá Obokun

[Bàbá Marco] da Banana para exu ou não dá?


Julio Cesar

[Luis Felipe Soares] entendi.

Me parece meio vago, mas entendi.

Com relação a umbanda e kimbanda, esses cultos tem ligação com Ori?


Luis Felipe Soares

[Julio Cesar] tem quem o faça inclusive aqui no RS tem 2 que eu conheça. Mas como tem outros debates em alta. Isso fica no limbo.


Luis Felipe Soares

[Julio Cesar] pergunta. Se falam que não tem ligação com o ori.

Como é que dão passagem os espiritos para a incorporação?

Falar que umbanda e kimbanda não tem relação com ori, no meu ver acho muito mais vago.


Julio Cesar

[Luis Felipe Soares] pergunto se tem ligação, pois não cultuo e não sei mesmo.

Ligação a ponto de ter que desligar.


Luis Felipe Soares

[Julio Cesar] depende de que ótica se vê. No meu ver, se passou por um rito de passagem e /ou iniciação dentro de um culto. Tem que ser feito feito o desligamento espiritual dentro da forma de culto, independente do que for. Minha opinião segundo o que me passou mru olwo.


Franciele Rosa

Não entendo… aí o Ori recebe axoro de dois orixás diferentes? Se no batuque isso não é permitido, então não tem como ter candomblé.


Luis Felipe Soares

Fala isso pros que respondem no jogo do marmoteiro do Mano Alves . Me mandaram pro tal Ifa 😂😂

Essa tua afirmativa ai, se não tiver uma boa dissertação. Mostra que ta muito fraco de conhecimento do propio culto que pratica.

Desde que a pessoa saiba tratar e diferenciar uma prática da outra, uma só incrementa a outra.

O propio Borel aperfeiçoou seus conhecimentos de rezas e fundamentos do toque nos terreiros sob a bandeira de Mãe Menininha.

Não me adoece!


Mano Alves

[Julio Cesar] Dentro da pouca vivência que eu tenho nessa questão, as pessoas (que eu conheço) que foram para o candomblé mesmo sendo o mesmo orixá deixaram de praticar o culto do batuque em seus Oris, alguns seguem cuidand de seus orixás do batuque poré… Ver mais


Julio Cesar

[Mano Alves] entendi.

No caso que citou as pessoas não fazem mais obrigação para os orixás do batuque, ou seja não deitam mais para aquele Orixa.

Nesse caso entendo perfeitamente, apesar de não reforçarem nunca mais a ligação com o seu próprio ori, até e… Ver mais


Suelen Barcello

Bom tem babas já adquirindo rezas de candomblé no batuque 🤷‍♀️


Luis Felipe Soares

[Suelen Barcello] tem rezas do batuque que são cantadas no candomblé e na Osha Cubana a séculos. Ai como é que fica?


Suelen Barcello

[Luis Felipe Soares] não sei eu acho os rituais diferentes particularmente não sei como é possível mais se você teria uma explicação para isso para mim e muito confuso por ser rituais com ritmo,cores,dias e anos diferente do que agente do batuque cultua.


Iuri Beranach

Até as roupas, o adjá, os cargos, e até umas folhas e ebós do candomblé estão enfiados em algumas famílias de Batuque...

Inclusive teve uma Yalorixa já falecida e bem famosa no RS que era de candomblé, batuque, umbanda, Kimbanda, etc etc etc...

Ninguém nunca falou nada...


Adilson Piedras Junior

[Iuri Beranach] muita gente acredita que o candomblé é uma religião mais estruturada , mas não é verdade... Nossa sineta , o comportamento do Òrìsà , a forma de fazer as comidas , e muitas outras coisas é muito mais semelhante a religião tradicional que o candomblé


Kessi Marques

Aí mas se for o mesmo santo pode. Aí o santo desce no candomblé e não no batuque ? Ou aí a pessoa não precisa de segredo da ocupação? Pessoal lá de cima gosta de dizer que nós somos "marmoteiros", é cada um que acontece que não tem como não dar razão


Cristiano Barros Suraoob

O candomblé, batuque,omolocum,tambor de Mina,xangô de Recife....todos estes seguimentos....foram organizados aqui no Brasil por nossos ancestrais.....na África está totalmente,o que se expõe e opinião....pra ter certeza do que pode ou não pode ...tem q… Ver mais


Juliane Leal

Cada casa com sua verdade, dificilmente você vai conhecer um ilê e vai gostar de tudo, concordar mas o respeito é sempre bom! O preconceito não vem só dos de fora e sim os da própria religião, na dúvida saiba que dentro daquele ilê pode, se não pode em outro veja em qual está e siga a doutrina.


Gil Jumier Jumier

Tem que perguntar pro Rui do Xangô ou Bruxo Malagueta que tem nação e candomblé.


Léo Agandjú Ïomí

E ao contrário, pode também ? A pessoa cumpriu todos seus preceitos no Candomblé e entrou pro Batuque, deixa de lado o culto à seu Orí no Candomblé e passa a cultuar somente no Batuque com a ligação respectiva aos Orixás do Batuque ? Continua cultua… Ver mais


Roger Duarte

A questão é: pra que dois cultos ao orixá no mesmo orí?

Creio que o orixá permanece o mesmo, só vão se acrescentar um bom punhado de dogmas, ritos e práticas que, no mínimo, entrarão em choque em algum momento... É procurar mais do mesmo, ao meu ver.


Hendrix Silveira

Sou afroteólogo, ou seja, minha profissão é refletir teologicamente as tradições de matriz africana. Candomblé e Batuque são tradições irmãs. Cultuam as mesmas divindades, praticam os mesmos ritos (embora de forma diferente) e tem a mesma filosofia. Praticar as duas tradições é o mesmo que um cristão dizer que é católico e luterano ao mesmo tempo. Não é possível. A partir do momento que raspou a cabeça, deixou de ser batuqueiro.


Lisiani Bauer

[Hendrix Silveira] interessante sua explicação,oq fiquei em dúvida é que tem alguns (q não vou citar nomes)se dizem "prontos"na Nação batuque e são do candomblé tbm,ou seja tem algo q não bate nisso?.

Se foi pro candomblé não é mais pai ou mãe de santo no batuque?


Hendrix Silveira

[Lisiani Bauer] os ritos são diferentes, por isso um pai/mãe de santo do Batuque precisará passar por outros rituais específicos do Candomblé para poder ser pai/mãe de santo dessa tradição, assim como um padre não é automaticamente um pastor na igreja luterana. A feitura do batuque não será apagada da história da pessoa, mas ao raspar e fazer as obrigações comprometerá a obrigação anterior. O mesmo acontece com candomblecistas que foram iniciados no Ifá, não poderão mais participar de rituais de candomblé e nem mesmo poderá "virar" no santo. Batuque e Candomblé não é umbanda que a pessoa incorpora várias entidades.


Lucas Melo

[Hendrix Silveira] o Sr intende de feitura tbm pq nação brasileira faz o acentamenti de uma África toda e se torna pai de santo já no candomblé se faz o corpo e se torna baba mais pra ter a África toda tem q ter um filho de cada na casa pois ele mesmo não pode sentar a africa


Hendrix Silveira

[Lucas Melo] Existem diferenças na forma dos rituais principais e o candomblé possui outras formas e ritos que não tem no Batuque e viceversa, contudo, o candomblé não pode ser pensado como um complemeto ao batuque como muitos pensam, por exemplo, a umbanda e a quimbanda.


Adilson Piedras Junior

Com respeito a todos e as opiniões adversas, mas alguns fatores precisam ser repensados....

São ambas religiões de matriz africana mas são diferentes, contudo cada uma tem estrutura, preceitos e características próprias!

O que ocorre muito é a tentativa de introduzir alguns ritos, objetos, toques, cantigas, de uma religião a outra, o que na minha opinião é um equívoco quando se trata do batuque, pois nossa religião é uma diáspora que não nasceu de outra diáspora, ela originou-se com base na matriz, mas possui característica própria e não depende de outra religião

Além do mais, temos tradições diferentes, mas somos todos Nagọ, ou seja somos orixaístas, diferentemente do candomblé que nem sempre são adeptos de cultuar òrìsà!

Respeite sua religião! O momento que alguém precisa de duas religiões diferentes , para cultuar as mesmas divindades ou pior ainda divindades diferentes , significa que há uma insuficiência que deve ser analisada e repensada se está de acordo com aquilo que quer, precisa e acredita.


Chico Neto

Caro afroteologo [Hendrix Silveira] excelente informação de que o candomblé e o batuque são irmãs.

No entanto, observo que se generalizar acabaremos ignorando as divindades dos povos que não cultuam orixás do candomblé, mesmo assim, ainda poderemos dizer


Hendrix Silveira

[Chico Neto] Não generalizo, apresento elementos que estão presentes em todas as tradições, ainda que os entendimentos sobre esses elementos possam ser divergentes. O culto ou não de certos Orixás é irrelevante, já que o candomblé também não cultua algun… Ver mais


Chico Neto

[Hendrix Silveira] Ainda a tempo, importante destacar que os banto e os fon não praticam o rito do bori e não possuem similar, pois o rito do ori tem origem nos povos iorubá.


Hendrix Silveira

[Chico Neto] na verdade há sim ritos semelhantes: no Candomblé Angola há o ngudia camutue ou pangu camutue. E no Jeje há o tasén, apehe ou Ahisu.


Adilson Piedras Junior

[Hendrix Silveira] Saudações Sr. Conhece Ile no batuque que cultua nkise? O conceito se Ori é igual no candomblé banto?


Hendrix Silveira

[Adilson Piedras Junior] Não sou um estudioso da cultura bantu, exceto por alguns conceitos filosóficos como ubuntu e "ser-força". Essa pergunta teria que fazer para um especialista na área, mas sob o ponto de vista da unidade africana falada por Amadu H… Ver mais


Hendrix Silveira

[Adilson Piedras Junior] Não há culto formal a Nkisi no Batuque, ainda que haja uma nação que adote o nome Cabinda. Há indícios de que Kamuká, cultuado na nação Cabinda do Batuque, seja uma divindade angolana, mas de qualquer forma não é um culto completo.


Chico Neto

[Hendrix Silveira]

Antes falaremos sobre as divindades cultuadas entre os povos do Candomblé e depois falaremos sobre o conceito de noção de pessoa.

Entre os povos ioruba possuímos os orixás que são divindades que habitam a natureza e muitos dominam os elementos da natureza.

As divindades banto é a própria natureza, e os vodun são ancestrais, entre o candomblé tradicional destaca-se claramente estas diferenças, além dos ritos, iniciações e idioma.

O Batuque possuem uma parcela das divindades e suas nações nao possuem elementos para formação de novas nações.

Assim temos a melhor citação é do prof Vivaldo da Costa Lima:


Hendrix Silveira

Não sou antropólogo, mas sim teólogo, logo, minhas proposições e reflexões partem de princípios teórica e metodologicamente referenciados na Teologia e esses princípios são muito diferentes dos apresentados pela Antropologia. Além disso, não vi qualque… Ver mais

Afroteologia: Construindo uma teologia das Tradições de Matriz Africana

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Chico Neto

[Hendrix Silveira]

Já que eu apresentei o conceito, agora gentilmente abro espaço para que o professor nos apresente os pontos similares dos conceitos de Ori, Camutue e Tasen. Uma rara oportunidade que temos de sentarmos para estudar com o mestre.


Hendrix Silveira

Não sou um estudioso dessas outras tradições. Veja com quem as estudou. Apenas conversei com babás que me disseram isto. Se discorda, tudo bem.


Chico Neto

[Hendrix Silveira Hendrix]

São divindades, no entanto, cada povo tem o seu Deus, ignorar isso seria um equívoco da nossa parte não acha ?


Hendrix Silveira

[Chico Neto] Mais ou menos. Depende de como entendes esse Deus. Se Olodumare, Nzambiampungu e Mawu são deuses diferentes ou se seriam o mesmo Deus manifestado em diferentes povos.


Chico Neto

[Hendrix Silveira]

Quais seriam os indícios de que a a Cabinda seria banto? e como chegou a conclusão de que o culto de Sango Kamuka nao estaria completo?


Hendrix Silveira

[Chico Neto] Não disse que o culto a Xangô Kamuká está incompleto, disse que, caso Kamuká pudéssemos comprovar que Kamuká seja um Nkisi, seu culto não está em conformidade com o culto aos Nkisi, logo não estaria completo neste sentido.


Adilson Piedras Junior

Sr [Hendrix Silveira] poderia me indicar uma fonte sobre os índicios de Kamuka ser uma divindade angolana?


Hendrix Silveira

[Adilson Piedras Junior] escrevi no meu livro. https://a.co/d/cT6EXpc

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Chico Neto

[Hendrix Silveira] Interessante, poderia citar os babás que lhe disseram, por que jogou o tema, porém não embasou.


Hendrix Silveira

Desculpe. Não sabia que isso aqui era uma banca de doutorado. Preciso me preparar melhor. 😉


Chico Neto

[Hendrix Silveira]

Não é uma banca, nem há necessidade, porém, não é sempre que temos uma oportunidade de um PhD na prosa, desta forma, nos maravilhamos ao ter oportunidade de ter fontes e informações devidamente citadas e uma conversa boa, pelo menos p… Ver mais


Adilson Piedras Junior

Sr [Hendrix Silveira]

Não vi sua fonte ainda, vou pesquisar com toda atenção , contudo segue uma fonte


Hendrix Silveira

[Adilson Piedras Junior] meu velho. Fui o primeiro a descobrir isto e publiquei no Jornal Bom Axé em Janeiro de 2008. Este é ym indício.


Adilson Piedras Junior

Sr. [Hendrix Silveira]

Excelente que tenha sido o primeiro a registrar esta informação, pois, segundo informações, este povo citado é uma migração decorrente da guerra, que levanta a possibilidade de ser o povo original "Kamuka" na Nigéria que estava em plena atividade no século XIV, situavam ao lado do Oyo antigo.


Hendrix Silveira

Então Erick. A citação está incompleta, pois falta a fonte de onde tirou esta citação. Entrementes, sei da existência de um grupo étnico chamado Kamuku no norte da Nigéria, onde há até mesmo um parque nacional com esse nome. KAMUKU e não KAMUKA. A confirmação é dessas fontes: YAKAN, Muhammad Zuhdi. Kamuku. Almanac of African peoples & nations. Transaction Publishers, 19999. p. 369. OLSON, James Stuart. Kamuku. The peoples of Africa: an ethnohistorial dictionary. Greenwood Publish Group, 1996. p. 270. Além disso existem outras questões que precisam ser avaliadas: 1°) a região em que ainda vivem é o norte da Nigéria, região islamizada desde o século IX e os islâmicos possuíam uma política de não escravização dos seus, ao contrário dos cristãos, majoritários na metade sul do país; 2°) não há registro histórico de migração desse grupo para fora da Nigéria; 3°) não há registro de entrada dessa etnia no estado do RS no período escravista (por isso a ideia de que seja um grupo étnico de Angola também é especulativo). 4°) há registros de entrada de cabindas no RS, exatamente nestes termos: CABINDA. Então o que fazemos é apenas especular sobre essas evidências.

 

Adilson Piedras Junior

[Hendrix Silveira]

Correto, e um estudo do erick, somente uma correção, a Dra. Paula Gomes, informou que o nome do parque é Kamuka, porém como está escrito em

Inglês ficou kamuku, por isso, volto a dizer que é Kamuka. 

Quanto a fonte, está no topo da imagem, conforme você mesmo mandou que fossemos buscar no seu livro, pelo menos, a revista é gratuita, para acesso de todos em qualquer lugar do mundo. 


Adilson Piedras Junior

Outra fonte incrível para apoiar o tema ... Sr [Hendrix Silveira]


Link da postagem:  https://m.facebook.com/groups/BATUQUESRS/permalink/2537040933124725/?mibextid=Nif5oz

Imagens comprobatórias 





































sexta-feira, 10 de novembro de 2023

O QUE SE PASSA COM AS CASAS DE BATUQUES

Este artigo foi publicado na pagina do facebook do Jornal do Batuqueiro, em 04/11/23.

O texto transcrito de um artigo de 1930, fala sobre o preconceito contra as religiões de matriz africana.

"PRÍNCIPE", O REI DOS BATUQUEIROS, COMPLETOU MAIS UM ANIVERSÁRIO NATALÍCIO.

Jornal Estado do RS 21 de julho de 1930
Tomaram parte no festim em sua honra algumas autoridades.
Data de longos anos a introdução da grosseira prática do Batuque em Porto Alegre.
Com o decorrer do tempo, a exótica feitiçaria espalhou-se por todos os recantos da cidade, constituindo isso um grave transtorno para os moradores das vizinhanças dessas casas.
Ninguém pode dormir socegado na noite em que os Batuqueiros estão em plena actividade. A pancadaria infernal, os cantos tétricos, que mais se assemelham a lamentos, as danças ao som do tambor e do pandeiro, e por fim, os suculentos jantares, fazem parte do programa dessas reuniões descabidas e perniciosas.
Os Batuqueiros dão início a sua "festa" a cair a tarde, prolongando-a até ao amanhecer. Diante de tal algazarra, não é possível aos habitantes das redondezas conciliar o mesmo.
Inúmeras foram as queixas dirigidas a polícia, contra taos antros. Mas está nem siquer até hoje, tomou uma providência qualquer para terminar de vez com esse prejudicial abuso.
Ignoramos a razão da incúria das autoridades, que não perseguem os Batuqueiros, deixando-os à vontade, sem se importarem com o bem estar e tranquilidade da sociedade, que justamente indignada, não cansa de exigir uma providência energética, pondo cobro ao desmando.
Será que a polícia tem medo das "mandingas" dos feiticeiros?
BATUQUES POR TODA PARTE:
As casas de batuque alastraram-se por diferentes pontos da cidade, uma verdadeira praga enfim.
A Colônia Africana, Mont-serrat, arralbade do Partenon e Glória e Morro do Menino Deus, são os principais redutos dos Batuqueiros.
Ante a inépcia da policia, os "Caciques" dessa religião Africana redobraram de actividade, fazendo funcionar com mais frequência as suas sessões de pancadaria e algazarra.
Link da reportagem original:"

Link do Jornal do Batuque
https://www.facebook.com/jornaldobatuqueiro/posts/pfbid02SHPx5iGg1KFnJKNyDsQ8aNR7MV6g8gmE23PU29jhJBRSQFHXYWZhKzmxFSySCcFcl


ORANGUN IGBO

Este texto foi compartilhado por Ricardo Régis na pagina pessoal do facebook, em 07/11/23.





Por Dotun Oyeniyi,

"Na terra iorubá, Ila Orangun não é apenas uma das cidades mais antigas, é também uma onde as tradições e culturas iorubás enterram suas raízes e são observadas e exibidas com religiosidade de tirar o fôlego e esoterismo irrestrito. Isso, talvez, seja uma manifestação da posição de Orangun na casa de Oduduwa - o primeiro filho masculino de Oduduwa e um verdadeiro guardião da cultura iorubá.

 

O festival de Egungun é celebrado em todas as cidades iorubás em memória ou reencontro com os espíritos dos antepassados. Em Ìlá, o festival dá um passo além. No final do festival, o rei dos Egunguns, um monarca ancestral chamado Orangun Igbo emerge do bosque, vestido com regalias reais. Ele segura mosca frisada, cetro frisado, usa sapatos frisados e uma coroa frisada sob seu traje; e senta-se em um trono com um enorme guarda-chuva real lançado sobre sua cabeça, cercado por servos.

 

Com os "dois Obas" frente a frente, eles rezam por paz e progresso para a cidade e o Orangun reinante que não deve se vestir realmente para esta ocasião (para evitar a competição com Orangun Igbo) ofereceria presentes ao ancestral real antes que o convidado real desembarcasse no bosque.

 

To ba ru'ju, e bi Ile lere
To ba ru'ju, e bi ila empty
Ila l'ade wa, won o kowo ra'de."


Link https://www.facebook.com/ricardo.regis.1238/posts/pfbid02NHYVpgcEv7ME8pE1bvPKT5B5JYsUP995vWvfh3NYWbwXRc9NoRmG7MMrkm6NSPtyl 

Imagem comprobatória 

CRENÇA TRADICIONAL DO POVO OWA, EM IKA NORDESTE, ESTADO DELTA.

Postado por alomão Omojie -mgbejume, na pagina pessoal do facebook, em 09/11/2023



"Os ancestrais do povo Owa acreditavam em um ser supremo chamado Oselobue, e Ehi, como o espírito guardião do homem, algo semelhante a um deus pessoal.

Este Ehi é visto também como o destino do homem, pelo antigo povo owa, daí eles dizem Oriehi (destino), além disso, eles também acreditaram, em várias divindades chamadas Nmor, a divindade principal do povo Owa é Olokun, que acredita-se ser o filho de Oselobue. Olokun é responsável pelo mar, e pela água em geral, no entanto, temos outros espíritos do rio, mas o famoso é iyi ama no kpurogbe, e Ezenughegbe.

Eles também acreditavam em Idigun como deus do ferro e Ohointe como também deus do ferro, na verdade o povo owa tem dois deuses do ferro e da guerra (Idigun e Ohointë).

Mkpitime - é deus do trovão, Ikpai é o deus do fogo, ohunweden - protetor de família, Akangbozi e Odele, Osun para a floresta, uwajiokun para a terra (inhame novo) festival.

Também igele que é um santuário de guerra

Ajan é a divindade do vento do povo Owa, e uma série de vários outros não mencionados, para não esquecer Efa também conhecido como Ominigbon, deus da adivinhação.

O povo Owa acreditava que o Ehi de uma pessoa pode trazer má ou boa sorte, portanto, acredita-se que a propiciação frequente da cabeça, pode conceder boa sorte e sucesso.

Então, no passado, nosso povo tinha um vaso em forma cônica, feito com búzios, este vaso continha giz nativo, e isso é usado na propiciação do Ehi (que reside na cabeça. Esta é também a razão para o festival igue, em que a cabeça é alimentada com itens rituais.

O povo owa tem uma guilda majoritariamente feminina que são os Okaiwina, que adoram a divindade idinowina. Esta guilda também são parteiras tradicionais, que também realizam a circunscisão, através de sua faca que é chamada de Osigu, eles também realizam a incisão ou marcas tribais do povo owa chamado Igu. Embora essa marca só possa ser encontrada em pessoas muito idosas hoje.

O antigo povo owa também acreditava que os humanos podem ser onyiugu-pessoa boa ou Eje-ihian (pessoa má).

Também a comunidade Owa acreditava que havia espíritos malignos conhecidos como ighionghai e ojuwu (diabo) e também os Uhuki (maldições) e que estes são espíritos que perturbam o homem na terra e, portanto, é importante adorar as divindades.

As crianças da água, chamado Igheleken ou dada, recebem tratamentos especiais.
Os sacerdotes de outras divindades são chamados de Ohenren, enquanto o de Ferro são chamados de Ojogun e para os cultos de Efa, é Obuh/ Idibie.

Outro aspecto importante da cultura Owa é que uma bruxa chamada Ogbome não pode ser enterrada em casa, mas no Ikoekpe (cemitério do mato) como qualquer pessoa owa, que é um Ogbome enterrado em casa, será rejeitada pela terra e isso faz com que muitos membros da família morram. Assim, sob o reinado de Obi Oghogbua no século 15, o chefe Ikpaemi chamado Ugbala, da aldeia de Idumuebor, em Owa Alero, criou o Imaihian - um sistema onde os mortos são interrogados para determinar a causa da morte e descobrir se a pessoa era onyiugu ou Eje-ihian (Ogbome).

O povo Owa também acreditava em uma realeza (Obiship) com um Edaiken (príncipe herdeiro) iniciado em Uselu em Owa -Oyibu. E três níveis de chefia - ogua ohaimen (chefes de palácio). ,ohaimen -Itebite (chefes hereditários) e Ohaimen ogbe (chefes da cidade)

Eles também acreditavam no culto ancestral, como o festival para adorar nossos ancestrais o Osiezi continua sendo o nosso festival mais importante.
Outros festivais importantes do povo Owa incluem - Festivais de Igue e ibiewere
Iwagi (Festival do inhame novo),
Ikaba
Ugboze
Idugie
Etc.
O povo Owa acreditava na reencarnação e, portanto, diz que uma pessoa deve viver uma boa vida, para que possa reencarnar em um bom estado.
A imagem abaixo é a de Erina iyase, a sacerdotisa-chefe de Olokun em Owa -Oyibu , desenhando os diagramas de Ikaye, para o culto de Olokun."

quarta-feira, 8 de novembro de 2023

BABA KING INAUGURA ESTATUA DO ELEGUN DE SANGO EM OYO.

Coletamos uma postagem de um integrante do templo Oduduwa, na página pessoal do João Paulo Ògúndáreem 08/11/23.

A postagem informa que o Baba King inaugurou uma estatua do Elegun de Sango, Falecido em 2021;

"Bàbá King em Ọ̀yọ́ inaugurando estátua doada em homenagem ao grandioso Ẹlẹ́gùn Ṣàngó Kóso.

Kábiyèsi Sàngó
❤️
(Foto: Bàbá Ṣàngówále)"

TIKTOK ERICK WOLFF