domingo, 1 de maio de 2022

FONTES DE PESQUISA E CONFLITO DE INFORMAÇÕES.

Por Erick Wolff de Oxalá

Postado em 01/05/2022

Este artigo tem a finalidade de apresentar informações de fontes primarias e mostrar que com o tempo os informantes mudam de opinião gerando conflito entre os dados e as informações.

Tal situação de conflito é diferente de uma atualização e de uma revisão, quando o pesquisador tem novos dados e novas informações legitimas. 


CAMBINA E CABINDA

No texto do artigo do Jornal Diário de notícias, dia 05 de julho de 1959, o entrevistado Borel (Walter Calixto), na época cita os lados do conhecimento dele: Cambina, Moçambique, Bantú, Jeje, Ijexá, Oió e Nagô.

O tamanho das imagens foi ajustado para uma melhor leitura, em prejuízo da estética. 




O Jornal do Batuqueiro, publicou na sua pagina do Facebook, em 2019, este texto, porem, equivocadamente o transcreve como Cabinda, quando de forma clara o jornal publicou Cambina, equivocando-se também em trocar o  autor Rui Pratini por Rui Piratini.




Também, neste vídeo, de 2013, Borel (Walter Calisto), muda de opinião, e usa a expressão Cabinda, diferente da palavra Cambina que usou na entrevista do jornal em 1959. Borel afirma Waldemar ser negro de origem, mas não explica qual origem.

O vídeo completo pode ser


OS EQUIVOCOS DE KREBS 

Krebs publica um texto sobre o Batuque, religião orixaísta do Rio Grande do Sul, e mistura o culto de Caboclo com o culto de orixá, sendo que o Batuque não é um culto de Caboclo. 

Nesta imagem Krebs registra a roda de "quatro pés" (balança), do Batuque e afirma ser um culto de caboclo













Nesta outra imagem, publicada na época, Krebs ignorando o tabu da ocupação,  observamos que se tratam dos orixás manifestados durante o ritual do Batuque.



A seguir nesta imagem, Krebs confunde Batuque com Candomblé, afirmando serem a mesma coisa. 





















Nesta imagem Krebs afirma que a Umbanda tem a mesma origem, e segmento do Batuque e Candomblé.  












 

[...]

Não obstante, as casas umbandistas têm a mesma origem cultural, que é a África, e a mesma essência religiosa de todas as outras apontadas [...]



Na imagem seguinte, Krebs fala do sincretismo, sugerindo a mistura de vários segmentos religiosos e exotéricos, citando Arthur Ramos, sem referenciar. Um leitor menos atento, poderia entender que Umbanda, Batuque, Candomblé, Cristianismo, espiritismo e esoterismo, praticamente foram se fundindo na época, gerando o sincretismo. 


 


















Nesta imagem o Jornal do Batuqueiro, publica informações sobre Laudelino de Souza Gomes, citado na imagem anterior. Onde mais uma vez Krebs confunde culto Ameríndio com o culto Bantu. 




















CONSIDERAÇÕES FINAIS

Apesar de todo respeito que temos pelos escritores antigos, entretanto, claramente se percebe que a eles faltava o entendimento temático, para que pudesse definir conceitos discutidos hoje sobre religiões afro-brasileiras e seus costumes, devido aos equívocos que naturalmente observamos nos textos da época. 


Imagens comprobatório:

Revista Manchete

Jornal do Batuqueiro


Diário de notícias

REFERÊNCIA 

Biblioteca digital Brasil, Diário de Notícias, 05, julho de 1959, acessado em 18/04/2022 às 22:45 http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=093726_03&pasta=ano%20195&pesq=1959&pagfis=32058

Biblioteca digital Brasil, Revista Manchete, 04, abril de 1953, acessado em 01/05/2022 às 11:45 http://memoria.bn.br/docreader/DocReader.aspx?bib=004120&pagfis=3323

Facebook, Jornal do Batuqueiro, Cambina, 05/08/ 2019, acessado em 01/05/2022 às 14:02 https://www.facebook.com/108889847126536/photos/a.109172540431600/109172507098270

Facebook, Jornal do Batuqueiro, Laudelino, 05/08/ 2019, acessado em 01/05/2022 às 14:02 https://www.facebook.com/photo?fbid=390204746445688&set=a.153940853405413

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