quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

O BATUQUE COMEÇAVA ÀS 14H E NO MÁXIMO TERMINAVA ÀS 5H OU 6H DA TARDE (1988)

Coletamos este registro, de 2019, para preservar a memoria do Batuque e para o bem da ciência, pois algumas informações são desconhecidas ou ignoradas por muitos.

Postado por Dídio De Xangô Aganjú

Em 08/10/2019 acessado em 28/12/2022 às 11:32

"Boa tarde irmãos de Lei.

Mesmo sendo um jovem dentro da nossa religião, o Batuque, me criei dentro de uma casa de religião vendo pessoas como Tesoura de Ogum, Agenor de Oxalá, Marlene de Xapanã, Marli de Ogum, Silas da Oyá, Dadá de Xangô, Inês de Ogum Avagam, Odilon de Iemanjá,Lurdes Oya, Ilê Albino, Camir de Ogun, Eva Regina, Yalorixá Mara D'Oya, Evanai Domingues de Ogum, Silás da Oyá, Abilio de Ogum, Fernando Avagã, Tania Moraes dentre tantas outras pessoas que fazem a religião de forma séria, me desculpe se esqueci de alguém, mas por conta destas referencias e de meu Pai Ivan de Oxalá aprendi que não há espaço para brincadeiras e muito menos para erros dentro de uma obrigação, o que tem que ser feito deve ser feito, de forma correta, de forma segura.
Penso que estamos passando por um momento de transformação de renovação, mas será que estamos no caminho certo, vejo salões lotados, onde a roda não anda, cada vez mais as pessoas não tem respeito umas pelas outras, vejo Orixás indo embora antes do fim, incorporações cada vez mais desregradas, muitas pessoas recebendo santo, novos não respeitam os mais velhos, Orixás novos não identificam Orixás de feitura mais antiga, tamboreiro parando o tambor antes de o Orixá fazer toda a obrigação, tamboreiro fazendo cara feia para Orixá velho que vem nos abençoar no batuque, comidas de batuque praticamente não existem mais dentre tantas outras coisas que na minha opinião não vão de encontro ao conceito de tradição, de levar adiante o fundamento religioso do batuque.
Vejam bem isto não é uma critica e muito menos pretendo denegrir a imagem de algum irmão é apenas um desabafo sobre tudo que vi nestes 12 anos de participação efetiva dentro da religião.
Para ajudar na reflexão, compartilho com os irmãos um pequeno trecho de uma conversa entre meu Pai Ivan de Oxalá e o mestre Tamboreiro Tesoura do Ogum, este foi gravado no ano de 1988.
Axé a todos."

min 1:23
[...] o Batuque começava as 2 horas da tarde e no máximo 5 ou 6 horas terminava [...]


Imagem comprovativa

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