Em 30/06/2023
"O que é ẹ̀jẹ̀?
O sangue, que contém o àṣẹ (força vital) do ser, quando ofertado ao Òrìṣà, devemos apurar se será ofertado gbóná (quente) ou òtútù (frio), as duas formas são especificas. Tem Òrìṣà que nem perguntamos, alguns é regra oferecer quente, outros é regra frio.
Também é sempre necessário perguntar qual ẹ̀jẹ̀ animal aquele Òrìṣà quer receber, por exemplo não é porque Ṣàngó come carneiro que sempre pedirá um carneiro, não é porque muitos Òrìṣà aceitam boi que irão aceitar sempre.
Além disso, nas duas culturas, Yorùbá e candomblé, uso do obì e/ou orógbó como a utilização do Orí do que foi ofertado e outras partes é fundamental para o culto.
Agora, uma situação é consenso, há um procedimento litúrgico para isso.
Ir em uma casa de Òrìṣà e pegar ẹ̀jẹ̀ diluído em bebida na garrafa e levar para a sua casa para colocar em seu Igbá, é algo inexistente na Religião tradicional Yorùbá e no próprio candomblé.
Seja de maneira gratuita, ou paga, propiciar um Òrìṣà e seu assentamento requer respeito, seriedade e consciência.
Estamos cientes que não somos aqueles que podem ditar regras, mas estamos certos que ẹ̀jẹ̀ animal envasado, não pode ser chamado de tradicional, e não deveria ser prática de qualquer lugar que queira se nomear como tradicional e principalmente vive a ensinar o que algumas vezes foi auto rotulado como a tradição mais antiga da “África”.
Autores: @zarcel_elesire e @yemoja_arike
Respeitamos os nossos seguidores e leitores, após recebermos uma denúncia sobre isso, nós dois (os autores) optamos em duas mãos produzir esse texto com a finalidade de ajudar a você que nos acompanha a anos, ou que é novo aqui, a compreender sobre esse assunto de maneira clara."
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