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domingo, 12 de dezembro de 2021

BATUQUE FUNDAMENTAL II

Por Alexandre Custodio

Postado em 12/12/2021




Seguindo com os temas corriqueiros do cotidiano dos batuqueiros, sempre tendo o cuidado de não entrar nos fundamentos, pois esses devem ser recebidos no templo através dos sacerdotes devidamente preparados para isso.

TEMA QUATRO: RITUALISTICA
O Batuque como liturgia, possui uma série de procedimentos que ocorrem durante a vida religiosa de seus seguidores, esses procedimentos têm por função iniciar e fortalecer o culto a pessoa(ori) e as divindades(orixás), essa caminhada litúrgica termina com o orissum o rito de desligamento e preparação deste iniciado para sua volta ao orun. Cada rito pelo qual o iniciado passa, o torna mais apto a interagir com o axé e lhe permite participar de alguns outros rituais de forma segura. É comum no Batuque durante os rituais as divindades ligadas ao templo se manifestarem em seus iniciados, participarem ajudando nas atividades que circundam aquele ritual, por exemplo no serão, O sacerdote pode confirmar com os orixás estando esses no mundo durante os rituais, se tudo que está sendo feito é o necessário e está de acordo com o desejo dos mesmos. Antes de cada ritual, dependendo, prepara-se o ecomi azedo frenteia e sacraliza para a rua, orixás responsáveis pela segurança do templo, bem como são feitos seguranças especificas para a proteção do templo durantes essas funções. Os ritos seguem para o quarto de santo, lá já se encontram os ecomi doce e azedo e as frentes dos devidos orixás que irão comer no ritual, deve-se oferendar a Bará, também orixá do sacerdote, para a realização satisfatória, a partir daí segue a sequência dos rituais.

Lavar a Cabeça
Primeiro passo do rito do Batuque, pois é através do qual a pessoa se prepara para passar por um outro rito maior do templo, esse rito pode ser feito dentro ou fora dos templos, sendo feito fora geralmente são feitos em praias de água doces ou salgadas. quando um religioso vai migrar de uma família para outra ele repete esse ritual para se desligar do sacerdote anterior.

Omiero (Omièrọ)
Depois de jogada e confirmada nos búzios a cabeça e as passagens do filho, é feito o omiero, que é um ritual realizado com ervas específicas de cada orixá, maceradas na água onde o Babalorixá lava a cabeça do filho que fará a obrigação enquanto entoa a orins do orixá da pessoa e da Bandeira (Orixá no qual o Babalorixá é iniciado). Tem de ser levado em conta as folhas usadas pois dependendo da categoria das folhas, se nesta água tiver ervas quentes ou elementos quentes, não será mais omiero, e sim omiaxé (omiàṣẹ).

Omiero Coberto
Segue o mesmo padrão do omiero, mas nele é acrescentado eje(ejè) a mistura. É o costume cortar uma ave para consagrar o omiero.
N.E. No Batuque existem muitas famílias que não separam os ritos de ori e orixá, já ouvi muito sobre o fato, vou tratar aqui como ritos separados alimentar ori e alimentar orixá abaixo uma fala sobre o tema.
[...] O que eu quero comer você não quer comer, devemos comer separados, ou um de nós ficará com fome. (Provérbio Iorubá) [..]
Essa fala destaca a importância de separarmos os rituais, pois ori e orixá podem desejar coisas diferentes para seus rituais como oferendas desde comidas secas até animais a serem sacralizados, pois ori é tão ou mais importante que orixá, dado que na própria sequência dos ritos do próprio Batuque, nas casas onde os rituais ocorrem em separado, como vamos ver a seguir orixá começa a comer muito tempo depois de ori, somente na iniciação do religioso a sua divindade regente. Vou deixar o link do trabalho de registro feito pelo Rudinei Oliveira Borba.
[...] O Batuque não realiza mais o culto de Orí, perdeu o conceito e o rito. O que faz hoje no Batuque não é um bori ao orí, mas um reforço de Òrìsà para a cabeça. Com exceção de alguns poucos mais antigos. [...]
Bom esse tema gera muito debate, mesmo a alguns entendam que cortar na cabeça para o orixá esteja alimentando ori, esses sacerdotes estão considerando apenas a cabeça física, considerando apenas o ato de sacralizar na cabeça como alimentar ori, ignorando parte espiritual a noção de pessoa, tornando o bori deste modo um ritual de orixá, passam assim a consagrar a cremeira (ile ori) e seus elemento que deveriam pertencer do Ori, representação espiritual da pessoa, mais um assentamento de orixá.

Ibin (Igbin)
Em algumas situações o sacerdote pode sacralizar Ibi (caracóis) na cabeça de iniciados, podendo ser usado tanto para ori quanto para orixá.

Oribibo (Orì bi bó)
O Oribibo é a obrigação realizada com um casal de pombos, brancos pois é cor de ori, visto que se trata de um reforço ou até mesmo um axé de saúde, grosso modo a tradução de oribibo seria cobrir(proteger) a cabeça.
Nesse ritual frenteia-se um orixá essa decisão diz respeito ao sacerdote, são colocados os ecomi doce e azedo, acendem velas no quarto de santo, colhem e maceram as ervas, para preparar o omiero, em um reservatório colocam uma quartinha nesse reservatório para imantar, o sacerdote começa a executar os procedimentos para o iniciado lavado a cabeça, jogado a cabeça, é separado parte deste o omiero para banhar o corpo, depois do balho é passado a limpeza, consecutivamente tem a cabeça lavada.
Seguindo com o rito segue a marcação da pessoa, marca-se com banha de ori, no meio da cabeça, nas fontes, no pescoço, na nuca, na palma das mãos, nas costas das mãos, no peito dos pés e na sola dos pés. Retiram a quartinha e na guia do omiero e elas também são marcadas. Em frente aos assentamentos do quarto de santo, acende-se uma vela ao lado da pessoa que é colocada sentada de frente para o quarto de santo.
Apresentam os pombos e então sacraliza-se os animais na cabeça da pessoa, marcando a pessoa e os utensílios acima citados enquanto são entoadas as orins durante todo o processo, faz se a coroa de penas ao redor do eleda (Eléèdá) da pessoa. Apresenta-se o pano de cabeça da pessoa aos orixás no quarto de santo pedindo licença aos mesmos e depois apresenta-se pano as demais pessoas no templo ali presentes. O padrinho ou madrinha amarra a trunfa no seu futuro afilhado, o sacerdote junto com padrinho levanta a pessoa. A pessoa deverá bater cabeça no quarto de santo para seu sacerdote para seu padrinho ou madrinha.
Não tendo mais pessoas inicia-se o recolhimento, após encerrado o prazo de recolhimento de 24 horas da pessoa, vem a levantação. Durante um período de resguardo que pode variar 7 (sete) ou 8 (oito) dias proteger a cabeça do sol, da chuva e do sereno. O oribibo não permite muita participação nos demais ritos religiosos.

Bori
O Bori é a primeira obrigação propriamente dita onde é alimentado tudo que representamos no orun, a cabeça espiritual. Na obrigação do bori são consagrados alguns objetos que formam a representação de ori aqui no Aye, apesar de muitas famílias incluir orixá nesse ritual esse não é o correto segundo a matriz, bori e iniciação em orixá, são dois ritos distintos, como poderemos ver abaixo mesmo no bori feito para orixá no Batuque, na manteigueira não vão elementos do orixá, pois como já falei antes é uma representação espiritual da pessoa, sem ligação com o orixá:
• Manteigueira de vidro ou porcelana.
• 01 moeda antiga.
• 08 búzios .
• 01 quartinha (espécie de jarro de barro com tampa) ao natural ou pintada na cor branca.
Estes objetos são colocados dentro de uma vasilha, juntamente com as guias e recebem o ejè/axorô dos animais sacrificados, vasilha esta que fica no colo do filho que está sendo borido, enquanto este fica sentado no chão. O sacerdote faz as marcações no corpo do filho da mesma forma que foi feita no aribibó, Na continuação da obrigação de bori conservam-se as mesmas etapas do oribibo.
Porém no bori há uma testemunha a quem chamamos de padrinho ou madrinha de cabeça, devendo-se total respeito ao padrinho, que deverá ser alguém com feitura, filho-de-santo pronto, pois é o padrinho ou madrinha que deverá ser procurado caso o afilhado necessite de orientação e o Babalorixá estiver impossibilitado de auxiliar o filho-de-santo.
Terminada as etapas da matança o borido é auxiliado a trocar de roupa e deita-se no chão mantendo-se o mais próximo de sua obrigação. Os animais sacrificados vão para a cozinha, onde são preparados, separadas as partes que serão colocadas no quarto de santo, o restante do corpo das aves serão preparadas as refeições para alimentar o povo que permanecerá no Ilê durante o período de obrigação.
A reclusão do filho de santo que está sendo borido varia de 03 a 07 dias. Durante este período o borido reduz ao máximo suas atividades e movimentos, permanecendo a maior parte do tempo deitado ao chão. Após o término do período de reclusão levanta-se a obrigação e monta-se o bori: Faz-se uma cama de algodão dentro da manteigueira e põe-se a moeda ao centro rodeada pelos búzios.
Cobre-se com bastante banha de ori. Agora o filho-de-santo tem o bori (a manteigueira com os búzios, dna, moeda e a quartinha cheia d'água), que ficará guardado no Quarto-de-Santo do templo, numa prateleira coberto por cortinas, juntamente com os boris dos demais filhos.
O bori é considerado a representação de tudo que a pessoa é no orun, portanto exige certos cuidados, não deve ser mexido, a quartinha deve estar sempre com água e deve ser reforçado de tempos em tempos com nova obrigação.
Existem alguns tipos de Bori na liturgia do Batuque, em cada um dos ritos abaixo os elementos que representam ori citados acima, e que compõem o ile ori passam junto com o religioso pelo ritual novamente.

Bori de Aves
Ritual no qual são sacrificados além dos pombos, galos ou galinhas pedidos por ori. É recomendável que o religioso, que passará pelo rito, já tenha passado pelo oribibo. O Bori de aves é mais um degrau galgado pelo religioso em sua caminhada até o aprontamento.

Bori de Meio Quatro-Pé
É recomendável que o religioso, que passará pelo rito, já tenha passado pelo bori de aves, também pode ser feito como reforço, até para os que já são filhos prontos. Nesse rito são sacralizadas aves que são consideradas meios quatro pés, ou seja, aves consideradas superiores a galos e galinhas. Exemplo galinhas d’angola, perus, patos, marrecos etc. ou outras aves requisitadas por Ori no jogo.

Bori de Quatro-Pés
Como podemos ver no Batuque as obrigações vão crescendo, é recomendável que o religioso, que passará pelo rito, já tenha passado pelo menos por bori de aves, nessa obrigação são sacralizadas aves, e o animal de quatro pés da escolha de ori.

Assentamento de Orixá/Iniciação
Ocasião em se individualiza as divindades do iniciado e/ou se faz a iniciação no Orixá de Cabeça, imantando os elementos do assentamento de cada orixá axé de suas oferendas, criando assim ponto de acesso a divindade respectiva.
Fazem parte do assentamento:
• Okuta(pedra) ou vulto para algumas divindades.
• Delegum, guia com vários fios de contas que variam em número e cor de acordo com o axé do Orixá, quando o assentamento for do orixá de cabeça.
• Imperial, guia do jogo, algumas famílias colocam junto, quando o assentamento for do orixá de cabeça, pois entendem que é o responsável pelo jogo já que ele é o comandante do Irunmole, essa guia posteriormente irá passar também pelo ritual de Oromilaia.
• Ferramentas.
• Facas de iniciação e serviço, nas respectivas divindades.
• Quartinha (espécie de jarro de barro com tampa) pintada nas cores do Orixá.
• Búzios, se for o orixá de cabeça é além dos búzios referentes a conta do orixá, são colocados a mais os búzios referentes ao jogo 08 é o tradicional, mas também podem ser colocados 16 em algumas famílias, pode variar algumas famílias não colocam os búzios referente ao jogo para comer junto com o Orixá de cabeça.
• Vasilhames recipientes que irão comportar o assentamento.
Nessa ocasião são sacralizados os animais da divindade aves e 4pés, se for feito sem a inclusão dos animais de 4pés é chamado de encostar o Orixá.
Terminada as etapas da sacralização o iniciado é auxiliado a trocar de roupa e deita-se no chão mantendo-se o mais próximo de sua obrigação. Os animais sacrificados vão para a cozinha, onde são preparadas as inhelas (partes extremas e vitais das aves, fritas em óleo, algumas tradições fritam tudo outras apenas algumas partes) que serão servidas aos orixás e com o restante do corpo das aves serão preparadas as refeições para alimentar o povo que permanecerá no Ilê durante o período de obrigação, ou então serem servidas durante a noite de Batuque.
A reclusão do filho de santo que está sendo borido varia de 07 a 30 dias podendo ser mais em algumas casas. Durante período em que o orixá está comendo o iniciado fica recolhido, reduz ao máximo suas atividades e movimentos, permanecendo a maior parte do tempo deitado ao chão. Recebe visitas dos seus irmãos de santo, familiares e amigos de outros templos. Após o término do período de reclusão, os toques levanta-se a obrigação e monta-se os assentamentos, que ficaram guardado no Quarto-de-Santo do templo junto do ile ori (Bori) deste religioso, numa prateleira coberto por cortinas formando o Irunmole do mesmo, ou aguardando o assentamento das demais divindades para a formação.
N.E. Vou acrescentar aqui algumas informações sobre os costumes do antigos que não dividiam eje e não assentavam todos os orixás de uma vez, podendo muitos deles assentarem esses com aves primeiro antes de completarem com 4 pés. Seguindo praticamente a mesma sequência descrita no bori.
[...] Conforme o costume da época sentava-se somente 3 ou 4 orixás principais do sacerdote, e com estes orixás abriam casa, ficando a vida toda somente com estes sem necessidade de assentar de Bara a Oxalá. Ele informa que na tradição Oyo do Batuque, o orixá de rua, quando pega cabeça, ele passa a ser cultuado dentro de casa. [...]
[...]que antigamente, primeiro assentava o Bara, para ele abrir os caminhos, a maioria dos baba antigos, não tinham todos os orixás, hoje é moda de Bara a oxalá. [...]
[...] Naquela época, era costume não dividir "quatro pés" e não se dava "carona", isto é, não sentava outros orixás com o mesmo quatro pé, nem deitava filhos com o mesmo quatro pé. Era também costume "encostar" orixá com ave, angola ou marreco, e era costume também usar pato para "encostar" o orixá. [...]

Oromilaia
Ritual pelo qual passam os iniciados que já tem seu orixá de cabeça assentado, para ter acesso ao oráculo, são sacralizadas as aves para o ritual (galinhas uma preta e uma branca), com as quais os participantes do ritual são marcados pelo sacerdote nos olhos, boca, ouvidos e mãos sob o ala, bem como os búzios e imperial, tem famílias que procedem diferente, depois da sacralização essas aves são preparadas dentro do fundamento do Batuque e servidas aos participantes, os mesmos envoltos em pano branco se deitam até a manhã seguinte quando são levantados.

Entrega de axés
A entrega destes axés ocorre no início ou após o término do xirê da terminação, geralmente no sábado posterior ao Batuque em que ocorre o Kassum. Quando for entregue os objetos que compõe o jogo de búzios e as facas, deverão ser colocados em uma bandeja e se fará o ritual de entrega. O padrinho ou madrinha testemunham a obrigação. A partir daí o iniciado(filho-de-santo), é considerado pronto, isto é, tem sua obrigação completa com o assentamento de todos os Orixás pertencentes ao Irunmole, alguns orixás são assentados somente quando a pessoa abre seu templo. Depende agora de seu conhecimento, desenvolvimento de aptidões, e com o consentimento de seu orixá e de seu Babalorixá ou Yalorixá (Pai e Mãe de Santo), poderá ter seu próprio Ilê (Casa de Santo).

Ritual da Obrigação do Peixe
São sacrificados aos orixás peixes vivos, logo pela manhã cedo, os peixes variam de acordo com os Orixás que vão receber a obrigação, e a sua quantidade varia muito de acordo com o axé de número do mesmo. Os orixás de frente recebem pintado como obrigação e os orixás de praia recebem jundiá. Nos Quartos-de-santo são sacrificados ao menos um peixe para cada orixá e a eles são destinados: a cabeça, a cauda, as barbatanas e um pouco de axorô (ejè/sangue). Os peixes sacrificados, são servidos, com pirão, no almoço e devem ser consumidos, pelos filhos que estão de obrigação e pelos que estão na casa, pois o ebó de peixe simboliza fartura e prosperidade. E uma quantidade maior de peixes, é preparada frita, para serem servidos ao povo que comparecer ao batuque de encerramento ou no toque do Peixe, toque realizado na noite do corte do peixe, porém com duração mais curta quando serão consumidos o ebó do peixe e peixes fritos, além das comidas dos Orixás.

A Festa do Batuque
Após cumpridas as obrigações, também quando encerrado o levantamento, são feitos os toques ao sons do tambores, ages e agogos, para os orixás conhecidos como xirês, que tornaram a Nação conhecida como o Batuque. O sacerdote, ajoelhado em frente ao quarto de santo, juntamente com todos seus filhos e demais convidados, toca-se a sineta (Adjarin), fazendo a chamada de todos os Orixás, de Bará a Oxalá com suas saudações específicas, pedindo-se aos Orixás, as coisas que a eles competem. Terminada a invocação, o sacerdote, autoriza o tamboreiro/alabe os toques, que correm, na ordem de Bará a Oxalá respeitando a sequência de cada tradição. Todos que estão na roda, gira dançam com as características de cada Orixá aos quais estão sendo tocado as orins.

Balança
Se a obrigação que originou a festa teve o corte de quatro-pés, deverá ser realizada dentro das rezas para Xangô, a obrigação da balança em homenagem, a Xangô, e por conter o axé de todos os Orixás em harmonia. Há um intervalo na movimentação da roda e os presentes, inclusive os Orixás afastam-se do centro do salão, deixando espaço para a gira da roda da balança. Nesta hora, participam só os já prontos colocados lado a lado, formando uma gira uma roda de mãos dadas, dançam ao ritmo dos tambores que vão indo gradualmente aumentando de intensidade. É quando ocorre o maior número de ocupações. Ao terminar a balança os Orixás cumprem o fundamento: vão ao Quarto-de-santo, depois até a porta da rua para cumprimentar os Orixás da rua e depois dançam ao som do Alujás de Xangô.

Aforiba
Já o Aforiba, é o momento em que o orixá Ogum e Iansã estejam presentes demonstram a passagem em que Iansã embebeda Ogum para fugir com Xangô. O sacerdote convida um Ogum e uma Iansã para fazerem o Aforiba, então colocam-se no centro do salão duas garrafas contendo atã (Aforiba) e as armas inerentes a estes Orixás (espadas). Iansã pega as garrafas e oferece a Ogum que logo se embriaga, mas logo em seguida Ogum volta a si e vai atrás de Iansã empunhando a sua espada. Os dois digladiam, mas Iansã consegue acalmar Ogum e os dois reconciliam-se e assim voltam a dançar juntos. Tendo um Xangô no mundo poderá vir a fazer parte do Aforiba. Xangô vem em defesa de Iansã e com seu machado de dois gumes entra na luta com Ogum. Aí então, Iansã acalma os dois Orixás (que por natureza, não se dão bem, fato criado aqui no Brasil pois na matriz não existe essa informação).
N.E. Esse ritual praticado pelos orixás dentro do Batuque é representação de um mito, que em momento algum influenciará os filhos de Ogun, Iansã, ou Xangô causando dependência de bebidas alcoólicas.

Ecó
Terminado as orins de Xapanã é hora da Saída do Ecó, que nada mais é do que o despacho do ecomi de azedo e doce, marcando o término das orins dos orixás de mato e o início das orins dos orixás de praia. A saída do ecó simboliza a saída de toda a negatividade que existe no ambiente e nas pessoas presentes, prepara o ambiente para os orins dos Orixás mais velhos, que tem um toque mais brando, enquanto sai o ecó, os alabês continuam puxando os orins, só que agora puxam os orins dos orixás da rua (Bará Lodê, Ogum Avagã e Iansã Timboá), não há movimento da roda e a assistência evita olhar para o que está acontecendo, virando para a parede. Diz a crença que quem olhar a saída do ecó atrai para si a negatividade ali contida.

Roda de Ibeji
No Batuque de Quatro-pés há a roda de Ibejis, no Jejê-Ijexá ela acontece durante os orins de Oxum. É o momento em que as crianças participam da obrigação e as mulheres que pretendem a maternidade ou que estão grávidas fazem os seus pedidos e agradecimentos. Os orixás, principalmente Oxum e Xangô, distribuem aos que estão na roda e assistindo, as frutas e os doces que estão no quarto de santo.

Axé dos Presentes
Acontece no final do Batuque, os Orixás seus bolos, comidas enquanto os presentes os saúdam. Depois os bolos são servidos aos convidados e o excedente é distribuído juntamente com as oferendas. É tradição, também, os convidados ofertarem presentes ao Orixá do sacerdote, por ocasião de seu aniversário de aprontamento. Os presentes mais comuns são perfumes, flores, doces, e outros utensílios que podem ser usados no dia a dia do templo.

Axé dos Perfumes
Acontece no final do Batuque, o sacerdote, pega os perfumes no quarto de santo, e com as Iyabas no mundo, distribui entre elas que dançam e perfumam os presentes no salão, distribuindo o seu axé enquanto são entoadas suas orins.

Alá de Oxalá
Pertence aos orins do Oxalá o axé do Alá. Em determinado momento, os filhos de santo com estatura mais elevada suspendem ao alto um grande Pano branco (Alá). Enquanto a gira e os orins continuam, todos passam por baixo do Pano branco (Alá), pedindo ao Orixá funfun, ou seja, o orixá do branco a paz, saúde, fartura, prosperidade e a proteção.

Axêros
Conforme o Batuque vai se desenrolando, os Orixás “chegam” e “sobem”, e vão embora. Os orixás são suspendidos, normalmente, pelos “filhos de santo”, mais antigos e experientes do Ilê (Casa de Santo), porém eles ficam em “axêre” ou “axêro”, estado intermediário entre a ocupação do Orixá e do médium propriamente dito.

Mesa de Ibeji
A obrigação da Mesa de Ibeji é feita no Batuque de Encerramento e nas ocasiões em que o sacerdote, ache necessárias. É realizada a tarde ou no início da noite e antecede o Batuque de Encerramento. Dela participam crianças de zero a doze anos, além de mulheres grávidas, ou que queiram engravidar. São cantados orins de Xangô e Oxum (que representam os Ibeji) e dos orixás velhos. A Mesa de Ibeji é riquíssima de detalhes e constitui uma obrigação religiosa com muito axé e beleza.
Ao agradar e reverenciar aos orixás crianças, que simbolizam pureza, paz e prosperidade, procuramos alcançar a solução para algumas necessidades específicas que só podem ser atingidas através de suas ações.
Uma grande toalha branca é colocada ao chão e nela colocam-se frutas, Amalá, flores, uma quartinha, brinquedinhos, bolo, doces e refrigerantes. As crianças sentam-se ao redor da toalha, as menores acompanhadas por um adulto. Servem-se para as crianças: primeiramente canja de galinha, depois os doces e refrigerante. Depois são lavadas e enxugadas as mãos das crianças.
Terminadas estas etapas as crianças são levantadas da mesa por pessoas adultas ou por Orixás que tenham chegado e conduzidos a formarem uma roda ao som de orins de Xangô. Encerrada a Mesa, os Orixás que chegaram recolhem os itens que ainda restam na mesa e levam até o quarto de santo. Os brinquedos são distribuídos entre as crianças que participaram.

Encerramento
É o toque que encerra as atividades públicas daquela obrigação, tem uma proporção um pouco menor do que o primeiro toque, pois é antecedido pelos toques da confirmação e do peixe, quando são imoladas somente aves aos Orixás. A cor dos axós é preferencialmente o branco, pois esse toque pode acontecer depois da Mesa de Ibejis. É nesta noite que serão dados os axés para os filhos prontos caso necessário. Seguido do toque, no dia posterior há a levantação da obrigação.

Levantação
Terminada o período em que a obrigação deve ficar arriada, há a levantação, termo que se refere ao ato de levantar as vasilhas contendo as obrigações de corte que estavam arriadas, limpá-las e guardá-las nas prateleiras dentro do quarto de santo. Mantendo um costume desde o tempo início do batuque, as obrigações são guardadas e ocultas por cortinas que geralmente tem a sua frente velas, castiçais, comidas de santo, flores e outros objetos sagrados pertencentes aos Orixás.

Passeio
O término da obrigação para os filhos de santo que estão em reclusão é o passeio no dia posterior a Levantação. Pela manhã, o Babalorixá ou Yalorixá os leva até a porta da frente do Ilê e apresenta-os à rua (aos Orixás da Rua), liberando-os para saírem fora dos limites do Ilê. Vão até o centro visitar lugares de grande significado: o mercado público (onde compram velas, grãos, ervas, cereais etc.). Em seguida, vão visitar algum Ilê(casa), de um conhecido onde batem cabeça cumprimentando os Orixás do Ilê(casa), e lá depositam parte das compras feitas no mercado. De volta ao Ilê(casa), batem-se a cabeça no quarto de santo e arriam-se o restante das compras feitas. Cumprimentam o Babalorixá ou Yalorixá (Pai e Mãe de Santo), agora na nova condição de filho de santo.

Quinzenas
As obrigações das quinzenas, são obrigações que duram normalmente dois ou três dias em que é feito a matança e os toques. Geralmente, um número não muito grande de pessoas fazem parte desta, que estão associadas a alguma data especial ou a obrigação de bori de filhos de santo do Ilê(casa) quando não existe assentamento de divindades. Começa com os toques das orins, onde as comidas de santo são oferendadas aos Orixás, e as comidas servidas a todos, como: canjas, canjicas brancas e amarelas, os Amalá. Sendo uma obrigação menor, exige-se um mínimo de aves a serem sacrificadas. As carnes das aves são consumidas e ofertadas nos intervalos do toque e dos pontos dos atabaques, servindo enfaroados e as canjas, comidas que por tradição são ofertadas às pessoas que comparecem ao ebó.
Exitem ainda as “quinzenas secas”, quando não se sacrificam animais.

Orisun
Com passagem do religioso tudo que foi feito deve ser desfeito, os ritos fúnebres são praticados preparando a volta do mesmo para o orun, posteriormente a isso as obrigações que o mesmo possuir são desfeitas e os orixás devolvidos a natureza, se o mesmo tiver casa aberta, era costume antigamente jogar para ver se a rua iria ser devolvida a natureza ou não. Temos conto do Deodé que narra esse fato.
N.E. Conto com a colaboração de todos para aperfeiçoar e enriquecer essa postagem, e ainda apontar algo que tenha sido ignorado por mim. Todas as informações pertinentes serão acrescidas ao texto.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

NÃO SE DIVIDE 4 PÉS PARA ASSENTAR ORIXÁ

 Mãe Heloisa faleceu aos 94 anos em 2004. 



Mãe Heloísa da Iemanjá, foi a segunda filha do Pai Henrique da Oxum, na época do Ingá. 

 

Relato de um filho da Mãe Rola do Oxalá (tradição Oyo).* 

Naquela época, era costume não dividir "quatro pés" e não se dava "carona", isto é, não sentava outros orixás com o mesmo quatro pé, nem deitava filhos com o mesmo quatro pé.   
 
Era também costume "encostar" orixá com ave, angola ou marreco, e era costume também usar pato para "encostar" o orixá.  

 

CONSIDERAÇÕES DO BLOG:

Não tem nenhum fundamento e não faz o menor sentido dividir o mesmo "quatro pé" entre Lode e Avagan, ou entre qualquer outro orixá. Se você foi feito assim, acorde! 

Cada orixá precisa ter seu próprio "ejé", da mesma forma que cada pessoa precisa ter seu próprio sangue. Se a feitura de um orixá não for individual, não haverá feitura nenhuma.

Também não tem nenhum fundamento usar o mesmo okuta para sentar mais de um orixá, nem dividir o mesmo quatro pé na feitura de várias pessoas.

  

*A identidade do filho da mãe Rola de Oxalá foi preservada. Caso haja necessidade, poderá ser revelado somente para trabalhos acadêmicos.


Revisado e aumentado em 14/04/2023

O Alagbe Ruan de Oxalá, postou no facebook que fez obrigação de 4 pés a 28 anos atrás e mantém este costume até atualidade.


Ruan nos informa que:

"Não dividimos 4 pés... Com ninguém pai" (informação pessoal)

E completa:

"Não se divide 4 pés para cabeça com ninguém" (informação pessoal)


Sobre Ruan
Alabê ruan de oxalá, iniciado por Pai Paulinho de Iemanjá, Nação - Ijexa Jeje, em São Gabriel.
Iniciação 14/04/1995

Alabê Ruan

Imagens comprobatórias



Revisado e aumentado em 16/04/2023

Selecionamos algumas das principais respostas de um debate aberto no Facebook, publicado em 14/04/2023.

Neste debate foram apresentadas as diversas formas que algumas famílias praticam, vejamos a seguir:

Concordo axé não se divide...uma pessoa não é igual a outra, uma precisa de saúde outra caminho, cada uma com sua prioridade vc não pode tirar de uma para dar para outra...e vice versa...na minha casa hoje é assim, mas não crítico quem faz cada um sabe de si...

Na Foto minha avó Heloisa Carbone de Iemanja e Alexandre de Oxala, conhecido como Xandao. Este bebeu agua diretamente da fonte da Vó.
Vo Helo, tinha muitas histórias... E um axé espetacular.

Ubiraci, É verdade.
Meus respeitos
Abraço

Outra dúvida. Não se divide 4 pés somente na FEITURA do orixá, ou também não se divide nas próximas obrigações periódicas?
Melhor perguntando. Se VOU FAZER UM ORIXA não posso dividir, mas se meu orixa já é sento, quando dou obrigações, posso dividir ou não?

Na minha bacia, o bara é individual, os outros pode se dividir

Bom Pai Erick Wolff como disse não minha colocação que isso depende muito de Nação ou Tradição e até me arrisco a dizer FAMILIA. Pois vamos pensar um pouco uma casa média onde 10 filhos PRONTOS vão cortar para seus respectivos Orumalés em nosso tradicional BATUQUE de Bará a Oxalá são 12 Orixás, ou seja, 10 filhos oferecendo um 4 pés para cada Orixá só nessa analogia já estamos falando de 120 quadrupedes e fora as aves que pode ser de 4 a 8 para cada Orixá então já estamos falando de 480 a 960 aves. Por maior habilidade e destreza do Pai ou Mãe de santo ele começa o SERÃO às 20h e vai terminar meio dia. E como deve de ser o tamanho desse Pejí para caber arriar 120 Orixás mais 120 cabeças. E isso que 10 filhos irem fazer OBRIGAÇÃO não é um número tão expressivo já vi serão de 15 e já ouvi serão de 25 filhos. APENAS FIQUEI PENSANDO.

Roger de Xangô essa é a explicação que dou, à quem vem para minha casa e faz essa pergunta, é tão lógico que não deveriam sequer fazer a pergunta, eu pergunto " vai pro cháo sozinho (a) e vai bancar toda a festa?)

Já imaginou cortar mais de dois carneiros 
 
A tradição à que pertenço aceita a carona do quatro pés. Em nosso caso cabeça não compartilha jamais e o corpo, no momento de consagrar o okutá por vez primeira, também não. Quando o okutá do adjuntor já se encontra assentado pode compartilhar más primeiro é preciso jogar os búzios. Passagens e Bará compartilham desde o primeiro assentamento.
Erick Wolff a bacia de minha Iyá vem de Valdecir de Oxum filho de Luiz do Bará Lanã.


Respeitosamente, gostaria de deixar uma pergunta pertinente sobre o assunto:
Fulano e Beltrano fizeram obrigação juntos, o Bara deles "comeram juntos" , passados alguns anos, Beltrano veio a falecer, se despacha também os orixás do fulano?
Visto que ambos comeram juntos no mesmo dia, na mesma obrigação, na mesma bacia...
Poderiam informar como é feito?

 

Lya Tarosh
Chico Neto em algumas bacias talvez se desliga com aves
Mas eu não faço assim
Não divido nada para Bara

Interessante sua explanação. Mas depende da Nação ou Tradição. Cabeça sim NÃO se divide com ninguém, MAS demais Orixás pode se dividir SIM. Ex. Os Barás ñ sendo cabeça, ou seja, sendo 3⁰ orixá (pernas) ou 4⁰ orixá (passagens) SIM se pode dividir o mesmo 4 pés as AVES não.

Cleusa Terezinha Salles
Isso tudo depende da bacia...pq cabeça com cabeça sim...mas entre outros orixás amuito já se faz...minha avó de santo que quando morreu sei orixá oxalá obocum ..tinha 73 ...e ela 86 ..feita em rio Grande pelo começo do Batuque aqui no rio grandeq do sul ..Erondina Marques de Oliveira...da Rua Chico Pedro na zona sul..já fazia...
Por dois motivos...
1 muito sangue para derrubar em cima de um.so orixá..
Segundo ...muita pobreza nos primórdios dos tempos...
E muito peso ...pq mesmo imolado o 4 pes ...e morte..
Se hoje e difícil... imagina no antigo que eram pessoas muito pobres...
Outra coisa...
Não se aprontava ninguém...
Como hoje...que a pessoa tem assentar todos os orixás...
E muita exploração...
4 pes não se divide as cabeças . E se divide os outros e separasse com as aves...
Das nações de Mattos africana no Brasil...
As do Rio grande do Sul e que derrama mais sangue... nenhuma outra age assim...e a vaidade se sobrepõe...
E mudanças de fundamentos atualmente...
E muito horrível ver o que está acontecendo...
As pessoas explorando as outras...com fundamentos inventados pra explorar mais...dando Axes pra as pessoas sem ter o tempo devido..e sem elas nem saber usar...

Minha humilde opinião
Aprendi assim
Fazer Santo é como construir uma casa , então é aos poucos e não aprontar vários filhos tudo de uma vez só
Porquê fazer Santo não é como uma produção em uma fábrica e sim a feitura de Orixás para a vida toda de um ser humano individual.
Mas porquê não dividir ? Tem fundamento nisto ? Sim !!
Porquê cada ser humano tem sua própria ancestralidade familiar e não só a ancestralidade religiosa
Independente de avós , bisavós , tataravós terem sido de religião ou não , mas é o sangue que corre em nossas veias e só estamos vivos por causa que um dia eles viveram e nisto trazemos muitos aspectos particulares.
Cada ser humano é único , e o nosso próprio Ori é intransferível.
Cada Orixá tem seus segredos anelados com a linha de vida e caminho de cada individuo.
Bará é individual de cada um , é o primeiro a ser despachado no Axexe , então ele não deve estar arraigado em feitura ao Bara de outra pessoa.
Orixás principais da mesma forma , cabeça e corpo.
Dependendo , DEPENDENDO ( !!! ) Até pode se dividir um quatro pés de outro Orixá da nossa África com um Orixá que seja da África de outro irmão
Exemplo : Uma pessoa é de Ogum , Oxum , Bara
O outro irmão é de Xangô , Oxum , Bara
Os 4 pés de Bara e Oxum poderão ser divididos com os do meu irmão ? Não ! Porquê são os Orixás principais de cada um.
Mas ambos vão assentar também Odé , e pode ser dividido o 4 pés do Odé para as Áfricas de ambos ? Sim ! Posso até repartir o 4 pés , no máximo para 2 filhos , mas separo nas aves e pombos , e ambos os filhos terão o prazo máximo de três anos para renovar o 4 pé de Odé cada um em individual.
E um 4 pés para Ogum pode ser repartido , caso um seja Onira e outro Adiola ? Não ! Os dois são Ogum mas tem aspectos ou dizemos caminhos diferentes.
Até nas rezas , adjuntos , há diferenças.
Não estou julgando ninguém , estou dizendo como aprendi e faço na minha casa. E para nós é regra não acostumar a dividir 4 pés entre Orixás de irmãos , que no caso me atento aqui há não revelar o porquê.
Agradeço sempre ao meu Bàbálòrìsà Joãozinho do Ijexá ( inmemorian ) 
Imagens comprobatórias










Revisado e aumentado em 17/04/2023, ainda na mesma postagem, alguns comentários poderão contribuir para o crescimento do trabalho. 

Pido permiso aquí para los más antiguos y para los más nuevos también.
Hace muchos años atrás cuando di el primer cuatro pies para mi mae, el mismo fue compartido con otro hermano del mismo Orixa ( llamado comúnmente de “carona”).
Se dan algunas desavenencias y decido jugar com una sacerdotisa aqui en Uruguay, y el juego fue claro, que mi mãe no permitiria comer de carona e que debía buscar uma casa lejos de aquí.
Años después, cuando voy a hacer mi próxima obligación, mi mãe confirma nuevamente por medio del juego de búzios pedir un cuatro pies individual, determina también la cantidad de aves e hasta como deseaba comer… quede impressionada com o resultado e con la forma que o orixá se comunica con nosotros y nos ajuda, orientandonos en rituales e iniciaciones.
Desde entonces, he dado para ella apenas lo que ella pide por medio del juego de búzios.

 

 Bàbá Ifaburè Dirojaye 

Roger de Xangô Este tema sucede porque no se toma conciencia del ritual que se lleva a cabo. Que dedicación puede dar un sacerdote a cada asentamiento en el proceso ritual, si tiene 120 en un mismo ciclo litúrgico? Tal vez deberíamos replantear ese tema...

Chico Neto
Conheci babás e iya que encostavam orixás da passagem com aves nobres para não ter que dividir eje do cabrito e com o tempo iam dando 4 pés, será preciso mesmo colocar todos os orixás numa bacia e misturar qualidades de orixá com o mesmo eje?

Imagens comprobatórias  






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