Postado por orisa Brasil
Em 09/12/2022
"Em Lagos - NigériaFestival de Logunede ali - Osun Logunede"
Postado por orisa Brasil
Em 09/12/2022
"Em Lagos - NigériaFestival de Logunede ali - Osun Logunede"
Por Erick Wolff
Postado em 09/12/2022
O Rio Grande do Sul, é um estado que contêm uma grande diversidade cultural, talvez encontremos mais templos afro-religiosos aqui do que nos outros estados, mesmo assim, ainda sofremos atos de intolerância e perseguição por parte de intolerantes que perseguem os afrodescendentes.
Por isso, dia 8 de dezembro é movido pelo sincretismo praticado por parte da população afro-religiosa, tem como base o dia de Nossa Senhora da Conceição sincretizado para Òsùn, data que para alguns estados chega a ser feriado.
Neste último dia oito de dezembro de 2020, houve mais um gigantesco evento em comemoração ao òrìsà Òsùn, divindade Yorùbá, que possui grande popularidade no Brasil, possivelmente pelas suas qualidades de poder abençoar crianças, casais e gestantes, além de proteger os afro-religiosos e seus descendentes.
Em Porto Alegre, o ápice da comemoração ocorreu aos pés do maior monumento de Òsùn, às margens do lago Guaíba, que com o apoio da Prefeitura Municipal através da Secretaria da Cultura, comemoraram 250 anos de fundação da cidade de Porto Alegre.
Na maior organização e impecável cuidados com o meio ambiente, os organizadores frisavam a todo momento que os devotos, simpatizantes e praticantes levassem apenas presentes biodegradáveis para a divindade, evitando acúmulo de detritos que prejudicassem o meio ambiente.
Os responsáveis e organizadores do evento Babalorixá Dr. José Antonio Salvador, Presidente da AFROBRAS, Babalorixá Mozart de Iemanjá e Diretor Social da AFROBRAS - Presidente da Comissão Organizadora da FESTA DE OXUM.
Por Erick Wolff de Oxalá
06/12/2022
Estamos numa constante evolução em busca do aprendizado e do equilíbrio.
O médium contemporâneo, almeja ascensão espiritual evitando a toxidade energética.
O Batuque com a sua identidade e ritualística, pode fornecer segurança e boas práticas para a cada dia nos tornarmos pessoas melhores.
A esperança de caminhos melhores e sadios para o orixaísta o impulsiona a sonhar e desejar uma vida amena e com amor da sua família, por isso, o papel do Batuqueiro coevo é ajudar a sociedade a se tornar melhor e passar a mensagem que o Orixá abençoa todos e jamais amaldiçoa ninguém.
Os orixás protegem e ajudam a humanidade contra os males do destino, jamais para satisfazer os caprichos de alguém, por isso, aprendemos no Batuque que o Orixá é inteligente e sabe julgar quem é inocente, ou não, sabendo ser justo ou abençoar a quem estiver na sua frente.
Buscamos a sabedoria para poder ajudar a quem nos procura, simples assim.
Egbé Òrun
Bem hoje vou falar um pouco sobre Egbé Òrun.
Muito se ouve e muito se fala. Pensa-se que até é simples, mas é mais delicado do que aquilo do que se pensa.
Vamos começar por entender a palavra Egbé que significa em Yorùbá sociedade e assim como existem sociedades na terra, também existem, segundo a Tradição Yorùbá, sociedades no òrun (a nível celestial).
Estas sociedades no òrun são uma fraternidade de amigos e familiares espirituais, sendo umas das mais poderosas fraternidades celestiais, constituída de pai, mãe, amigo/a, marido/ esposa que são a ligação com o Egbé Òrun.
Egbé Òrun é um assunto complexo, difícil e até mesmo misterioso, com tantas perguntas que parecem não ter respostas.
Segundo a Tradição Yorùbá todos temos o nosso Egbé Òrun, não interessa a cor, nacionalidade ou religião.
Dentro do culto de Egbé encontram-se pessoas de várias religiões, como cristãos, mulçumanos e da religião tradicional, o fato de ser um membro não é por crença, mas sim por necessidade.
Egbé Òrun faz parte da vida diária de cada um. Há pessoas que a relação com o seu Egbé Òrun é muito intensa e outras não.
Egbé Òrun não é Òrìsà e também não está relacionado com o ori nem com o destino de cada indivíduo.
Egbé Òrun é um culto muito específico com as suas características próprias em que certos assuntos só devem ser tratados por famílias de Egbé Òrun especializadas nesta área.
Apesar de todos pertencerem ao Egbé Òrun, nem todos os problemas estão relacionados a Egbé, assim como nem todos os que nascem e morrem e tem comportamentos difíceis são Àbíkú ou Emèrè - ou seja nem todo mundo possui forte ligação com Egbé Òrun.
Existem pessoas que possuem forte ligação com os membros do seu Egbé Òrun, assim como o Àbíkú ou Emèrè . Essa ligação provoca a SAUDADE – o desejo de regressar que pode trazer forte distúrbios na vida terrestre de cada indivíduo.
Àbíkú e Emèrè pertencem ao Egbé Òrun e se diferenciam pela sua ligação a sua fraternidade celestial que vai influenciar no seu comportamento terrestre.
No entanto é importante deixar claro de que os membros do Egbé Òrun são leais aos seus membros na terra, proporcionando sempre tudo de bom, mas quando a ligação é muito forte, então acaba por existir um desiquilíbrio a nível terrestre.
É normal que um Elegbé comunique com o seu Egbé Òrun através de sonhos, visões, vozes, barulhos, pressentimentos, etc.
Conclusão:
Todos os seres humanos têm uma fraternidade no òrun (céu), mas só alguns tem forte ligação com os seus membros espirituais.
Além disso é
importante salientar que nem todos os problemas da humanidade estão
relacionados com Egbé Òrun.
Créditos a
Sociedade de Egbé Òrun em Oyo.
E ao meu trabalho
de pesquisa como membro dentro do culto a Egbé Òrun
Paula Gomes
Prova da publicação:
Esta postagem foi publicada na página do Hérick Lechinski, em 01/12/2022 acessado as 13:21h.
"De fato, a pedra da cabeça da Corvina possui várias utilidades, uma delas é colocar no C#&&@ das pessoas que falam bobagens.
DESCULPE MINHA FALTA DE EDUCAÇÃO, É QUE TEM HORAS QUE A PACIÊNCIA ACABA.Primeiro, o nome do culto/religião NÃO É ÌṢẸ̀ṢE LÀGBÀ, Ìṣẹ̀ṣe Làgbà é apenas uma expressão (um slogan) referente ao Ìṣẹ̀ṣe (cultura/costumes tradicional iorubá).Segundo, AINDA desconheço a existência desta espécie (Corvina) de peixe na Nigéria, muito menos a sua utilização dentro da cultura tradicional iorubá.Terceiro, não se monta Igbá Orí na tradicionalidade iorubá, o máximo que se monta é Ilé Orí, e jamais se utiliza a "pedra da cabeça da Corvina" no mesmo.Quarto, a utilização da pedra da cabeça da Corvina é um costume e uma tradição de ALGUNS CANDOMBLÉS, que utilizam este elemento no culto de Orí e Yemọja, e a denominam popularmente de "pedra do juízo". Assim como também fazem a utilização do "coral cérebro". ISSO É UM COSTUME DE ALGUNS CANDOMBLÉS, RESPEITAMOS. Mas por isso que é uma merda as pessoas misturarem as coisas.Quinto e último, pessoal, por favorrrrr, tomem cuidado com o que vocês leem na Internet, busquem ler apenas coisas de fontes confiáveis. Nem tudo que tem muitos likes, curtidas, etc, as vezes é correto. CUIDADO.É tanta gente falando e fazendo bobagens, que nos desanima falar e fazer a verdade.Hérick LechinskiImagem comprobatória "
Link acesso a fonte
Imagem comprobatória
ESTUDO E PESQUISA DO BOLIVAR
Entretanto, Bolivar em 2012, o artigo "A Nação Oyó em Alegrete, Uma Etnografia do Batuque Oyó", que segundo seu informante o Babalorixá José Airton Barraganas, no dia 22 de abril de 2012, informa, que mãe Emilia era filha de escravos, nascida sob a lei do ventre livre, e completa com informações sobre a Iyalorixá. Segue:
![]() | ||
Figura 1: Foto do “local de honra” 23 do terreiro de Airton de Yemanjá. À esquerda, Mãe Doca de Yemanjá e à direita, Mãe Emilia da Oyá Ladjá. P. 24 |
Referências
[...]
CHENDER SIQUEIRA
Sua benção meu pai. Com todo o respeito que lhe devo.
Rio grande, o berço do Batuque no RS, a primeira cidade do Estado, onde desembarcaram mais de 80% dos negros e negras escravizados, sempre soube que a princesa Emília era nagô. Temos provas vivas dessa relação. Iya Alzenda de Iansã, com seus 85 anos de idade, e 76 de iniciada. Filha de mãe Margarida de Iansã e neta de Mãe Emília de Oya Ladja.
Igualmente Rio Grande sempre soube que a princesa Emília não trouxe o Oyo de África. Pois foi iniciada aqui em Rio Grande, por Iya Bibica de Ogun e negro Ozébio. Rio Grande também sempre soube que ela já nascerá na Lei do Ventre livre e que veio de Recife para Rio Grande.
Seus pais biológicos foram vendidos para as Charqueadas. E Iya Bibica, que lhe iniciou, havia vindo tempos antes do mesmo local. Tinham relações com as tias do pátio do terço, casa de Santa Barbara (Iyaya e Sinhá). E sempre compreendemos que lhe foi dado o título de princesa na tradição, por reconhecimento dos seus e das suas e pela expansão do axé que executou ao iniciar muita gente no caminho de Rio Grande até a capital.
Então para nós a não ser as datas e o local de sepultamento, não tem grandes novidades. Em nada muda nosso respeito, admiração e amor por nossa matriarca. Responsável pela expansão da nossa nação.
A capital é que nunca nos deu ouvidos. E inclusive finge não saber da existência de Iya Alzenda, em plena atividade aqui no Interior do Estado. A Iya mais velha da nossa cidade, em tempo de iniciada.
Sua benção...
[...]
NORTON CORREIA
Boa tarde, Chendler.
Quando comecei a pesquisar sobre o batuque, a turma da velha guarda me dizia que a religião surgiu em Rio Grande.
No templo da Mãe Merces da Iemanjá, na Cidade Baixa, conheci o tamboreiro Donga, assim como o Seu Jauri da Oxum, todos de Oió, de Pelotas, e que diziam a mesma coisa.
Quando fui a Rio Grande, entrevistei a Mãe Alzenda, do mesmo lado, e o Pai Miro (?) que se dizia de nagô. Mais recentemente, o historiador Jovani Scherer identificou uma colônia de negros auto intitulados também nagô, na cidade.
Quando fui a Recife, compareci a uma festa no muito antigo e respeitado templo no bairro da Água Fria, logo percebendo, surpreso, muitas coisas similares às do batuque, como os tambores, cânticos, preceitos, nomenclaturas etc.
Anos depois, quando a pesquisadora do xangô, Rita Segatto, minha amiga, veio a Porto Alegre, levei-a a uma festa na casa da Santinha. Disse que se sentia no xangô. Vários destes dados me levaram a supor, como escrevi em meu livro, O Batuque do RS, que havia uma relação entre o batuque e o xangô, que a fundadora possivelmente seria uma mulher vinda de Pernambuco. E que escravizados ou livres - talvez vindos de outros templos em outros lugares - teriam se filiado a ele, com o tempo, fundando outros templos e acrescentando aportes da fauna e flora do RGS, o que teria resultado no batuque mais ou menos como é hoje.
O certo é que a mulher que imaginei ter sido fundadora do batuque seria bem mais antiga do que a Mãe Emília, esta, sendo descendente de santo dela. Há mais coisas interessantes a desvendar: ela seria de nagô, mas suas descendentes de santo tomam-na como de Oió, como é o caso da Mãe Alzenda, do Pai Antoninho e sua filha Moça, ambos da Oxum. Não tenho dados suficientes sobre este assunto, mas algo me diz que Oió e Nagô podem ser a mesma coisa com pequenas alterações. Taí algo para ser esclarecido.
Finalizando, cabe e dizer que esta extraordinária dupla de pesquisadores de alto bordo - Vinícius de Oliveira e Jovani Scherer - têm trazido dados indiscutíveis, pois cientificamente embasados -, que muito nos contam sobre a história real do batuque. Meus parabéns à dupla.
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